terça-feira, 21 de outubro de 2014

Bruna Entrevista: 3x35 - Bruno Motta


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é ator, roteirista e humorista, estou falando do querido Bruno Motta, que aceitou vir aqui no blog compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem conferir!

Bruna Jones: Você possui uma vasta carreira artística e de sucesso, mas vamos voltar um pouco no tempo... Você sempre quis trabalhar no ramo do entretenimento e do humor?
Bruno Motta: Meu pai e meu avô eram excelentes piadistas. Nas férias ou em festas eles estavam no meio da roda, contando casos. Assim que aprendi a falar me divertira reproduzindo aquilo, e claro, adultos e crianças ficavam em volta assistindo um pirralho repetindo piadas que nem ele entendia. Ainda assim, sempre fiz teatro, na juventude promovia festivais e acabei me envolvendo com comunicação. Daí a fazer humor solo foi um pulo, venci muitos festivais e não por ser o melhor comediante, mas porque eu fazia algo diferente. Enquanto todos faziam personagens ou continuavam contando anedotas, eu queria dizer um texto original. Na minha pesquisa, acabei descobrindo que aquilo tinha nome, e era um estilo. Quer dizer, eu faço stand up há um tempo, já. Profissionalmente, desde 1998, desde o Prêmio Multishow do Bom Humor Brasileiro, onde fui um dos vencedores fazendo justamente comédia stand up.

Bruna Jones: Inícios de carreiras costumam ser bastante complicados, principalmente para quem busca uma carreira artística. Como foi o inicio da sua jornada até conseguir se estabilizar?
Bruno Motta: Pra quem sabe fazer isso, não tem dificuldade. Acho que nessa hora se aplica a resposta de Oscar Wilde. O Chico Anysio me contou essa história: um dia uma senhora pergunta "Sr. Wilde, escrever é difícil?" e ele responde "Minha senhora, escrever ou é fácil ou é impossível". Quer dizer, pra quem sabe fazer isso, não é trabalho. A gente tá fazendo o que a gente sabe fazer. E de repente estamos sendo pagos pra isso. Alguns são mais bem pagos que outros, outros são incrivelmente mais bem pagos que uns, mas o resto de nós está aí trabalhando e ganhando pra isso. Só de ganhar dinheiro com algo que a gente ama fazer já parece férias.


Bruna Jones: Quais foram os exemplos que você tinha no inicio da sua carreira?
Bruno Motta: Eu não me espelhei necessariamente em alguém específico, mas eu tinha um público em mente. Eu queria agradar pessoas como eu, que gostavam de ir a shows de humor mas acabavam sempre ouvindo as mesmas piadas. Pensei "poxa, se a pessoa gosta de humor ela já conhece essas histórias. Seria legal ir num espetáculo só com material inédito". Mas claro que eu tenho meus ídolos. No começo era o Chico, o Jô, além do Jerry Seinfeld e do Johnny Carson, que eu via na TV a cabo. 

Bruna Jones: Antes de se tornar ator e jornalista, você teve alguma outra profissão? Sua família sempre apoiou suas vontades profissionais?
Bruno Motta: Eu sempre fui ator, comediante e redator de humor. Nunca fiz outra coisa! Minha família sempre esteve me apoiando em tudo.

Bruna Jones: Para a divulgação de trabalhos, os artistas dependem dos veículos de comunicação, como televisão, rádio, internet, etc. Até que ponto esses veículos influenciam no trabalho de um artista?
Bruno Motta: McLuhan disse (quase) tudo quando afirmou: "o meio é a mensagem". Quanto mais você entende o meio, seja ele bar, teatro, televisão, internet, mais você consegue usá-lo a seu favor. Em apresentações ao vivo, por exemplo... No bar surgem coisas novas, o público está mais aberto ao improviso e a experimentação, porque o clima é amigável, a entrada é mais barata, a platéia está bebendo, entre amigos. É essencial para a experimentação. No teatro o ingresso é mais caro, as pessoas não conversam, o foco está em você. Isso quer dizer que o público também vai acompanhar mais o seu raciocínio, mas também quer dizer que eles vão te julgar mais. Teatro é lugar pra um show com melhores momentos, ou pra espetáculos com apenas um humoristas (o que andam chamando de "solos"). A TV é para você apresentar seus melhores momentos nesses dois campos, escolhidos com mais cuidado, já que é um meio onde seu tempo é muito curto, e além disso, muito "vigiado" e você tem que desviar de publicidades, termos muito fortes... na internet você pode quase tudo. Você define o tempo, o conteúdo, e "paga pra ver" o resultado.


Bruna Jones: O que você acha do cenário de humor brasileiro? E qual é a dica que você daria para quem está querendo entrar nesta profissão?
Bruno Motta: O humor é uma coisa muito, muito viva. Toma direto o pulso do povo. Tem sempre muita gente nova fazendo coisas que nunca foram feitas antes, ou o que já foi feito antes com um vigor incrível. Trabalhar com humor é realmente incrível. Minha dica é que comece. Seu estilo pode ser um que ninguém viu antes.

Bruna Jones: Seu nome já esteve na lista de especulados de edições anteriores do reality show "A Fazenda" da Record, você aceitaria participar de um programa assim?
Bruno Motta: hahaha... Meu nome sempre aparece mesmo. Bom, o que posso responder? Trabalho em televisão. Mas acho que eu teria um preço muito alto para ir...

Bruna Jones: E quais são as novidades que suas fãs podem ficar esperando?
Bruno Motta: Estreei um espetáculo novo no segundo semestre, contando a historia do mundo. Viajo pelo Brasil e no próximo ano fico em cartaz em São Paulo e no Rio de Janeiro.


Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Muito obrigado pelo carinho. Coisas boas tem que ser valorizadas! Espalhem amor!" e para quem quiser continuar acompanhando as suas redes sociais, basta procurar por @brunomotta no Twitter, combinado?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

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