quarta-feira, 23 de maio de 2012

Bruna Entrevista: 1x08 - Diego Soares


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje não faz parte da mídia artística, convidei o meu querido amigo Diego Soares para compartilhar um pouco da sua experiência no ramo da farmácia, área na qual ele é formado. Então se você possui vontade de saber mais sobre como é esse ambiente de trabalho, vem com a gente! 

Bruna Jones: Qual o papel do farmacêutico na promoção e manutenção da saúde pública?
Diego Soares: O papel do farmacêutico implica principalmente na orientação quanto ao uso racional dos medicamentos, para que os pacientes recebam os mesmos nas doses, vias de administração, indicação, e duração apropriadas. Essa atenção farmacêutica também está em evitar que haja contraindicações e que a ocorrência de reações adversas aos medicamentos seja mínima.

Bruna Jones: Em quais áreas um farmacêutico pode atuar?
Diego Soares: O campo é bastante vasto para o farmacêutico, podendo trabalhar em farmácias ou drogarias, hospitais, em indústrias, laboratórios de análises clínicas, cosméticos, prevenção de pragas, distribuição, transporte e desenvolvimento de medicamentos, etc.

Bruna Jones: Você considera a automedicação um ato já cultural no Brasil?
Diego Soares: De certa forma sim, já que as pessoas fazem uso de medicamentos sem prescrição principalmente por falta de informação, muitas vezes correndo sérios riscos. Outras vezes por falta de condições de consultar um médico ou alguém que possa orientá-las, ou por comodidade mesmo. Medicamentos vendidos sem necessidade de receita, como analgésicos, fitoterápicos e outros, parecem inofensivos e isso favorece a automedicação, e seu uso indevido causa graves problemas à saúde, por exemplo.

Bruna Jones: Quais medicamentos você tem sempre com você quando viaja?
Diego Soares: Quando eu viajo não carrego medicamentos geralmente, salvo raras exceções. Só tomo medicamentos quando necessário, mas posso carregar algum antigripal, paracetamol, mas é bem raro. Aquela velha história: Casa de ferreiro, espeto de pau.

Bruna Jones: Você acha que o farmacêutico enquanto responsável ou dono de farmácia deve sempre oferecer ao seu cliente as opções genéricas dos medicamentos procurados?
Diego Soares: Com certeza, já que se trata da mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação do medicamento de referência, sendo que na grande maioria das vezes a um preço mais acessível. Não só oferecer a opção de poder levar o mesmo medicamento por um preço menor, como também explicar e tirar suas dúvidas quanto a ele. Se a pessoa tiver algum tipo de resistência ao medicamento genérico (isso ainda acontece), o farmacêutico deve respeitar a escolha do cliente, assim como se na receita estiver especificado que o medicamento em questão é o de referência.

Bruna Jones: Se os medicamentos só chegam ao consumidor após rigorosas avaliações sobre sua eficácia e segurança, a que você atribui o fato de ainda hoje medicamentos terem a venda proibida depois de já estarem no mercado?
Diego Soares: Essa é uma questão polêmica. Quando os medicamentos são liberados para serem comercializados, nem sempre os resultados são os esperados. Ocorre do medicamento ter sua eficácia comprovada, mas com o surgimento de efeitos colaterais adversos eles devem ser retirados do mercado farmacêutico o quanto antes.

Bruna Jones: Como é a relação de vocês com os outros profissionais da saúde?
Diego Soares: A relação no geral é complementar, afinal de contas, cada profissional da área da saúde sabe das suas atribuições, e estas são bem definidas. O que pode vir a atrapalhar essa questão é a Lei do Ato Médico, que define as atividades exclusivas dos médicos, só podendo ser realizadas por eles ou com sua autorização. É um projeto polêmico, já que não só os farmacêuticos como os outros profissionais da área da saúde temem que, com essa lei, eles se vejam 'sob tutela' dos médicos.

Bruna Jones: Nessa área é preciso estar sempre se atualizando, como faz para manter-se em dia nos conhecimentos de novas tecnologias e fármacos?
Diego Soares: O próprio dia-a-dia nos mantém atualizados, assim como deve partir do profissional essa busca por novos conhecimentos, seja pela internet, os artigos que têm saído sobre essa área, livros (eu costumo utilizar o Dicionário Terapêutico Guanabara, que é bastante completo), assim como algumas publicações como Pharmacia Brasileira, que recebo periodicamente em casa.

Antes de encerrar a nossa conversa, ele ainda conta um pouco mais sobre ser um farmacêutico: "O que posso falar é que é uma profissão para quem gosta de trabalhar com o público, especialmente em farmácia comercial, sendo o farmacêutico o último contato com o paciente durante o tratamento. É recompensador, você deve estar constantemente se atualizando, e é importante salientar que o bom farmacêutico não é só aquele que conhece o medicamento, mas também aquele que sabe ouvir as necessidades da pessoa que está do outro lado do balcão." Para entrar em contato profissional com ele, basta enviar um e-mail para d_g_soares@hotmail.com; uma mensagem no número (53) 8119 2666; ou visitar sua página no Facebook AQUI.

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado? 

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