segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x75 - Wilson Rafael


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é o queridíssimo Wilson Rafael, também conhecido como o Sr. Wilson da "Colônia Contra Ataca" e hoje ele vem aqui conversar com a gente sobre seus projetos e experiências que teve até chegar aqui. Vem conferir o nosso papo!

Bruna Jones: Você é um dos maiores e melhores, se me permite dizer, entre os criadores de conteúdo sobre games, web-séries e muitos outros assuntos para o YouTube. Mas, antes da gente começar a falar sobre isso, conte para a gente como foi que começou essa sua história com o YouTube, como você chegou à plataforma? 
Wilson Rafael: Ah obrigado Bruna! Bom, lá pra 2009 eu sofri um acidente de moto e quebrei um braço, e tive que ficar imóvel por quase um ano inteiro. E como eu só tinha o Wii e não conseguia jogar os jogos pois obrigavam a movimentar os braços eu comecei a assistir Youtubers americanos que faziam vídeo de jogos e filmes antigos que eu gostava, como Angry Video Game Nerd, Spoony, AngryJoe, Nostalgia Critic. E como eu já trabalhava com edição de vídeo, pensei em começar a produzir algo depois de curar o braço. E foi assim que entrei na plataforma em 2011. 

Bruna Jones: Desde o começo do projeto "Colônia Contra-Ataca!" que você mistura reviews de games com personagens de humor, inclusive criando a persona "Sr. Wilson". Como surgiu a ideia de misturar esses dois universos? 
Wilson Rafael: Fui bastante inspirado em gravar os vídeos com personalidade forte graças aos Youtubers americanos que sempre tinham isso na epoca. Hoje em dia não é tão comum, todo mundo é uma versão mais animada de você mesmo. Mas comecei com essa ideia, e com o tempo foi evoluindo e até ficando mais exagerado, tanto que me falam que eu não tenho nada a ver na vida real e nos vídeos hehe. 

Bruna Jones: Todo início de projeto é meio complicado, ainda mais quando se trata das plataformas sociais, onde surgem novos concorrentes a todo instante. Como foi para você esse início até conseguir estabelecer um público fiel? 
Wilson Rafael: No meu caso não sei se existia concorrência, já que eu fazia animações, edições pesadas e vídeo com roteiros e cenas gigantes. Na época quase que só existia vlogs e gameplays simples. Mas mesmo assim não foi fácil começar pois o que eu fazia era diferente no Brasil, e achavam "cringe" mesmo essa palavra não existindo na época HAHA 

Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, você possui seus próprios personagens e histórias que foram crescendo ao longo dos últimos dez anos na plataforma do YouTube, inclusive antes de começar o canal, você chegou a produzir alguns filmes acadêmicos, não é mesmo? Dito tudo isso, o que eu quero saber é: Já passou pela sua cabeça migrar essas histórias ou produzir novas histórias para um formato de longa metragem?
Wilson Rafael: AH seria maravilhoso, eu namoro essa ideia desde o começo. Até tenho anotações de ideias de um filme. Mas isso ficaria absurdamente caro, fico imaginando as despesas e já fico perdido, eu não conseguiria fazer sozinho. Mas espero conseguir um dia. 

Bruna Jones: No canal você possui diversos personagens sob o seu comando, inclusive até dublando... Entre eles, tem algum que você possui um carinho maior e algum que tenha sido mais difícil na hora de compor? 
Wilson Rafael: Muitos personagens nascem só por causa de uma voz engraçada que conseguimos fazer. O de maior carinho é o Odiador, pois começou sendo só um "chatão de internet" e ficou mais sábio com o tempo. Já os mais difíceis foram o Bob e o capanga dele, o Bob foi difícil no começo encontrar seu estilo e voz, e o capanga só pq odeio fazer o efeito dele no escuro hahaha, são 3 camadas de filtros pra ficar daquele jeito.

Bruna Jones: A gente sabe que hoje o YouTube valoriza muito mais a quantidade de vídeos que alguém posta do que a qualidade do conteúdo deles, e você é uma das pessoas que se mantém fiel ao seu material, o que é uma atitude ousada, tendo em vista que de certo modo, é algo que mexe financeiramente com você... O que te faz se manter firme nesta decisão? 
Wilson Rafael: Antigamente isso afetava mais, pois o canal era relativamente menor e gerava menos visualizações. Então a gente se forçava a manter o canal com vídeos "tapa buraco", tipo gameplays ou unboxings. Mas nesses últimos anos, decidi focar 100% em vídeos grandes e as views acabaram sendo o suficiente pra segurar o mês inteiro. Mas claro que a cada mudança do Youtube a gente entra em choque com medo de ter que mudar o estilo de vídeo pra se encaixar :(

Bruna Jones: Recentemente tive a felicidade de conversar com a Moriá, onde falamos sobre o fato de querer ou não, vocês acabam se tornando meio que "pessoas públicas", então nem sempre é só o seu trabalho que está em pauta, fãs acabam se aproximando mais por causa das redes sociais, etc... Como você lida com esse tipo de exposição? 
Wilson Rafael: Essa é super difícil de responder, até hoje não tenho a resposta. Antigamente eu tentava ser o mais acessível possível, mas nem sempre isso trouxe resultados legais. Então realmente não sei hehe... 

Bruna Jones: Bom, um dos motivos pelos quais você começou lá atrás, era a vontade de criar uma comunidade, um projeto coletivo, tanto que se chama "Colônia". Olhando hoje, mais de dez anos depois que você deu início nisso tudo, você sente que realizou o seu propósito? 
Wilson Rafael: Mais ou menos, o público é o que mais realizou isso pra mim. São maravilhosos, já a comunidade de criadores de conteúdo teve uma época boa sim. Mas com o tempo muitos se distanciaram e a visão deles não eram mais a mesma visão que a minha, tive muitos desapontamentos com criadores que eram amigos que acho que todo mundo já conhece. Mas o sonho de ter a comunidade e gravar junto com vários de uma vez só será impossível hoje em dia.... Por isso que gravo com q de cada vez agora hahaha...

Bruna Jones: Felizmente a gente já está conseguindo colocar em prática novos projetos depois de mais de 2 anos com praticamente tudo pausado, dito isso, tem novidades vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente? 
Wilson Rafael: O foco agora está 100% nos vídeos grandes, estou sendo mais realista não tentando ser mil coisas ao mesmo tempo, e quero fazer mais FreakingPauses e FFG, principalmente mover a Saga Vinet pra frente... Algo que posso compartilhar, é que vamos ter novas transformações, e não são do SrWilson, hehehe...

Bruna Jones: Como o seu canal é um dos maiores do nicho de games, eu não poderia encerrar essa conversa sem perguntar: Qual é o top 5 de games da sua vida?
Wilson Rafael: TOP 5 JOGOS DO WILSO, ok! 1- Perfect Dark, 2- Sonic Adventure 2, 3- BanjoKazooie, 4- DOOM, 5- ConkerBadFurDay 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Obrigado por acompanharem por tanto tempo! Espero que estejam gostando dos vídeos, e quero fazer mais loucuras, reviews e efeitos especiais cada vez mais complexos!" e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, ele também avisa: "Tem o canal do YouTube que aposto que já conhecem, ColôniaContraAtaca. Mas podem me seguir no Twitter e Instagram @SrWilsonCCA, que posto mais coisas bobas do dia a dia. E se eu tiver tempo faço lives na Twitch @ColoniaContraAtacaLive"

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x74 - Álvaro Viana


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, desta vez trazendo alguém que já foi várias vezes pedido por leitores, estou falando do queridíssimo Álvaro Viana. Convidei e ele aceitou vir aqui conversar um pouco e relembrar algumas histórias da época em que era go go boy e posou na "G Magazine", além de contar um pouco sobre o que anda fazendo hoje, vem conferir!

Bruna Jones: Você começou a sua carreira como modelo ainda muito jovem, além de ter sido dançarino de clubes e até mesmo fazendo fotos de nudez, mas antes da gente falar melhor sobre isso, vamos voltar lá no começo... Como foi que surgiu essa vontade e oportunidade de trabalhar com o meio artístico?
Álvaro Viana: Em primeiro lugar meu muito obrigado pela entrevista, neste ano o ensaio completou 20 anos e até hoje as pessoas lembram do menino nu lavando o Mustang branco (rs). Esse desejo de dançar na noite surgiu de um dilema: Na época eu fazia ballet clássico e tinha a pretensão de me tornar bailarino ou coreógrafo, mas ao mesmo tempo estava apaixonado pela musculação na academia e o meio da educação física e chegou um momento em que os biótipos não combinavam, ou malhava ou dançava, foi aí que numa noite fui a uma boate gay na Bela Cintra e fiquei fascinado com os gogo boys que dançavam nos “queijos”, por hora com sunga, por hora como personagens e todos muito malhados e sensuais foi neste momento que decidi que queria fazer aquilo: Trabalhar na noite, pois unia as duas coisas que queria (corpo e dança). Só que a disputa por um espaço em São Paulo era complicado porque vários strippers famosos meio que dominavam e monopolizavam as casas noturnas, foi aí que um amigo meu que treinava na mesma academia me chamou para um teste que ele iria fazer numa boate em Campinas que era uma das maiores do Brasil; Fomos, chegando lá perguntei se poderia fazer o teste e como resultado o meu amigo reprovou e eu passei. Dançando na The Club como fixo quem abriu mesmo as portas para a visibilidade que eu tive na noite foi o Paulo Balderramas que na época personificava a Drag Queen Rubya Bittencourt - uma das mais famosas do Brasil -, foi o Paulo que como diretor artístico da The Club me deu todas as oportunidades, não só como dançarino mas como stripper fazendo parte do casting fixo de shows com dublagens, strippers, festas que ultrapassaram os muros da The Club e começaram a me projetar para todo interior paulista. O Paulo mandava eu fazia, rs... 

Bruna Jones: Em 2001, você acabou fazendo um ensaio de nudez para a "G Magazine", apesar de ser um ensaio interno, acredito que isso tenha movimentado um pouco a sua vida pessoal, não é mesmo? Mas diferente de outros modelos, foi você quem buscou a oportunidade e demonstrou interesse no ensaio. O que te motivou a querer fazer essas fotos?
Álvaro Viana: Como a The Club estava no auge colocando mais de 5 mil pessoas naquele sítio maravilhoso por final de semana, as festas temáticas organizaras pela Rubya e a Helloa Meirelles (também Drag Queen) começaram a ficar famosas pelo casting de gogo’s que dublavam nos seus shows, abriam pista (isso era muito difícil pois eram as drags que faziam essa parte) e o primeiro famoso que posou foi o Maikon Milani - que fez aquele ensaio beijando o Alexandre Frota - o Maikon de uma certa forma atraiu os olhares para nós em Campinas e como eu estava despontando na época, o Bauer - fotógrafo da G - me apresentou ao Paulo Branco que era produtor da revista e logo fechamos o ensaio que seria uma espécie de fetiche: Um homem lavando um carro. Isso veio muito de encontro com o que eu queria no momento pois posar numa revista de fama nacional - a G quebrou todas as barreiras e paradigmas na época ao trazer e vender o nu masculino com classe e sensualidade . Posar para a revista me traria a visibilidade nacional que até então eu tinha somente no interior de São Paulo e foi o que aconteceu, com a G eu viajei o Brasil inteiro tirando a roupa, ganhei o troféu "Abalo" de melhor Gogo boy do Brasil e no ano seguinte fui eleito o melhor stripper do Brasil, foi nesse momento que a noite Paulistana abriu as portas para mim, por um acaso de sorte o Paulo Balderramas me levou para fazer um show em Bauru e lá eu conheci a Thalia Bombinha e a Pandora Bolt (um gênio! In memorian) que me apresentaram ao Victor dono da Blue Space (um pai) e da The Club acabei indo como fixo para a Blue Space. Além do mais posar para uma revista que revolucionou o mercado editorial, fez os gays e mulheres irem até a banca de jornal e comprar a revista sem medo, e estar entre os homens mais bonitos do Brasil sempre foi motivo de orgulho para mim, sem contar o fato de que muita gente escreveu para a redação pedindo para que eu fosse a capa no lugar do Théo Becker. 

Bruna Jones: Na época este tinha sido o seu primeiro ensaio nu (após esse, você chegou a realizar outros ensaios para outras revistas), imagino que nos bastidores as fotos vão sendo realizadas em etapas, então a pergunta é: Como foi para você quando chegou o momento de tirar as fotos nu de fato? Foi mais fácil fazer os ensaios seguintes?
Álvaro Viana: Quando você é stripper é meio que normal chegar e tirar a roupa, até hoje eu sou o vizinho que anda pelado em casa (rs...) quando dançava eu fiz dezenas de despedidas de solteira, praticamente todo final de semana antes de dançar eu tinha duas ou três despedidas ou festas do pijama, ou eventos só para mulheres onde tirava a roupa. Nos ensaios que fiz tanto para a "G", quanto para "Homens", quanto para as publicações americanas o processo foi relativamente fácil: O fotógrafo dirigia as posições, o diretor brifava a situação, eu ensaiava, voltava, me concentrava, ficava excitado e quando finalmente ficava ereto era um corre com cliques, luz e posições até relaxar de novo. Isso durava as vezes uma tarde inteira ou no caso da "Homens" que foi num motel em São Conrado com outro gogo boy foi um dia inteiro. 

Bruna Jones: Apesar de na época ainda ser apenas o começo da internet e as pessoas precisarem realmente comprar a revista para poder ver as fotos, hoje em dia com a digitalização de arquivos, elas estão disponíveis para qualquer um, a qualquer momento. Como você se sente sabendo que mesmo 20 anos depois, essas fotos ainda podem ser vistas, inclusive sendo de fácil acesso?
Álvaro Viana: Quando a revista saiu eu fui correndo na banca de jornal e comprei 10 exemplares e mandei pelo correio para todas as mulheres da minha família inclusive minha avó que morava no interior em Pindamonhangaba. Mesmo sabendo que elas seriam digitalizadas e eternas, eu sempre achei arte - você esculpir seu corpo e eternizar de alguma forma, não deixa de ser um legado - mesmo tendo excitação que mesmo assim na revista não tinha vulgaridade. Eu já tinha intenção de fazer educação física mas sempre orientado para o fitness de academias e nunca educação física escolar então isso não me preocupava. Eu recebi duas propostas bem tentadoras para a indústria pornô; uma brasileira e outra americana que tinha os homens mais espetaculares do mundo inteiro, mas como não queria seguir a carreira de ator e também sabia que sim o pornô me traria problemas, acabei recusando. 

Bruna Jones: Andando com o sucesso da revista e com a sua carreira como dançarino nas boates, profissionalmente você foi crescendo cada vez mais e ganhando destaque nos clubes, desempenhando papéis ao lado de outras performers e eventualmente se tornando o nome referência da época. Como foi para você essa fase de adaptação e mudanças de realidades, inclusive para não acabar perdendo o seu foco?
Álvaro Viana: Eu fui o primeiro gogo boy assumidamente gay a ter destaque na noite paulistana. Por incrível que pareça tinha preconceito dentro do próprio meio gay e eu fui quebrando isso com carisma, talento e muito discurso e assim fui ganhando espaço. Como tinha o lado artístico logo fui fazendo dupla com todas as grandes drags do momento e me tornando indispensável nos shows a ponto das minhas fotos fazerem parte dos flyers de divulgação das casas. Na pré-história das boates, as drags eram as atrações, depois vieram as drags performáticas, depois os gogo boys, agora são os DJs as grandes estrelas. Eu peguei e fomentei a era de ouro dos Gogo boys. Na realidade você não quer sair nunca daquele mundo de glamour, mas no nosso caso entram rapazes mais jovens e tudo tem prazo de validade, eu fui fazendo a educação física respeitando justamente esse prazo. Como não queria virar segurança de boate, eu resolvi estudar e concluir minha segunda faculdade que é a paixão da minha vida. Não foi fácil porque tem muito ego em jogo mas sabia que se insistisse não daria certo. 

Bruna Jones: Com essa carreira, você acabou tendo a oportunidade de fazer bastante coisa interessante, seja idas em programas televisivos, capas de revistas ou até mesmo viagens a trabalho... Foi uma boa experiência na sua vida?
Álvaro Viana: Eu fiz shows em casas de Manaus até Porto Alegre. Viajei o Brasil inteiro tirando a roupa, sendo fetiche de muita gente que chegava e dizia que tinha a revista, que queria autógrafo na mesma, que queria pagar almoço, que queria fazer programa, rs... Teve um cara em Manaus que queria me dar um carro se eu ficasse mais uma semana lá. Em Recife além da casa que me contratou eu fiz umas dez despedidas de solteira, no sul teve uma casa que no camarim preparou uma mesa com frutas, bebidas, toalhas - tipo celebridade - só tenho lembranças boas das viagens. Um cara em Cuiabá tirou um anel de ouro e colocou no meu dedo no meio do show. Em 2001 o Silvio (outro pai) dono da The Club bancou um trio elétrico na época que a Parada Gay de SP não chegava a um milhão e estampou uma foto imensa do casting da casa e eu estava lá. Aquilo foi inesquecível. 

Bruna Jones: Hoje em dia a televisão basicamente gira em torno de realities. Você por já ter vivido uma experiência de vida pública, é capaz de acabar recebendo um convite para reality show em algum momento, se você fosse convidado para ficar confinado em "A Fazenda", "BBB" ou algo do tipo, você aceitaria retornar para a mídia?
Álvaro Viana: Tanto o "BBB" quanto a "A Fazenda" mudaram bastante durante os anos e hoje existem profissionais que participam desses realities, mas confesso que se tivesse um convite iria sim. 

Bruna Jones: Nos últimos anos você acabou transitando de carreira, passando a atuar como personal trainer, além de auxiliar na nutrição e outras áreas da saúde e bem estar. O que motivou essa mudança?
Álvaro Viana: Minha primeira formação foi em publicidade e trabalhei um tempão com marketing com o segundo trabalho que era a noite, a vontade de trabalhar com fitness aumentou e como sabia do prazo de validade de ser stripper, acabei planejando a migração para academia. Meu primeiro trabalho em academia foi justamente na academia que treinava. Agora estou dando um novo salto fazendo minha terceira graduação que é nutrição, assim posso melhorar e valorizar minha prestação de serviço aqui no Rio onde as pessoas respiram atividade física. 

Bruna Jones: A gente vive hoje uma era um pouco complicada com as redes sociais, na qual pessoas completamente despreparadas, mesmo não tendo formação acadêmica para isso, ficam dando "ensinamentos" sobre treinamentos e alimentação. Você poderia explicar aos leitores os riscos de seguir orientações sem saber se a fonte é apta para isso?
Álvaro Viana: Infelizmente não existe um órgão efetivo que puna de forma mais severa esse monte de influenciadores e blogueiros fitness que em nada agregam na qualidade de vida das pessoas. Pessoas que usam a sua experiência própria divulgando dietas milagrosas. Isso é crime. Mas até hoje nunca vi o CONAR que é o órgão que pode regulamentar esse tipo de publicidade tirar ou excluir a conta de uma pessoa deste perfil. Para fazer seu programa de treinos procure sempre um profissional de educação física, assim como um nutricionista para montar a sua dieta. Quando buscamos um médico não escolhemos alguém da internet, o mesmo se aplica a nós. 

Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, hoje você trabalha como personal, mas ainda assim, tem alguma novidade vindo pela frente? Algo que você gostaria de compartilhar com os fãs?
Álvaro Viana: Gostaria de fazer um novo ensaio, mas pela minha profissão, preciso que ele tenha uma estética mais fitness e sensual. Mostrando mais o trabalho do corpo e não tanto sexualidade. Se fosse nos Estados Unidos ok, lá você entra no Instagram da galera e tem foto de batizado misturada com post de balada com todo mundo se pegando. Aqui vivemos dias tensos onde os conceitos estão todos misturados, onde a tua cor incomoda, tua preferência sexual incomoda, até a tua felicidade incomoda. Infelizmente vivemos num país repleto de demagogia barata onde as pessoas preferem julgar o próximo do que a si próprio. Nossa comunidade não deve nunca baixar a cabeça e se impor sempre. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Eu quero agradecer o carinho, a lembrança e a felicidade que me proporcionam toda vez que lembram do ensaio. Nesses 20 anos eu não li sequer uma crítica negativa sobre ele e eu tenho tanto, mas tanto orgulho deste trabalho que me retroalimentam até hoje." e se você quiser continuar acompanhando ele nas redes, ele também avisa: "Minha conta no Instagram é @alvaro_jr_personaltrainer. Essa conta é nova, a antiga com mais de 50 mil seguidores foi rackeada por um cara na Turquia que deve estar vendendo minhas foros em Euro (rs). Não consegui resgatar a conta." 

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x73 - André Barros


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é chef que participou da primeira temporada do "Mestre do Sabor" da Globo, estou falando do querido André Barros que vem compartilhar com a gente um pouco das suas experiências profissionais. Vem conferir tudo isso e mais um pouco, agora! 

Bruna Jones: Você hoje possui uma carreira bem sólida como chef, mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar ao começo, sim? Como foi que você acabou iniciando a sua jornada gastronômica e acabou percebendo que gostaria de se tornar um profissional desta área? 
André Barros: Bom, fui criado no interior de Goiás, numa fazenda e sempre gostei de ficar próximo das pessoas que sabiam cozinhar. Depois convivi com uma madrinha banqueteira e ajudava ela nos preparos em datas especiais como Natal e Ano Novo. Na adolescência morei uns anos em Manaus e meu irmão tinha uma lanchonete onde trabalhei como chapeiro. Alguns anos se passaram e eu segui por outro caminho, a moda. Mas tempos depois, após um tempinho sem emprego consegui uma vaga de gerência numa rede de 'fast food' - Pizza Hut - numa passagem muito rápida e logo em seguida fui morar em Boston, M.A. - USA. O ano era 1994 e foi quando comecei numa cozinha profissional num restaurante - CLUB CAFÉ- da chef Julia Brant. Foi quando percebi que gostava da área de alimentação e dei continuidade trabalhando em outros bistrôs e restaurantes pra aprender mais na prática e conhecer diferentes linhas de culinária. Enfim,... 

Bruna Jones: Na época que você começou a dar os seus primeiros passos na profissão em si, a carreira de um chef gastronômico ainda não estava muito em alta aqui no Brasil... Em algum momento você chegou a ter dúvidas em relação a sua escolha, por algum tipo de medo ou receio por se tratar de algo relativamente novo?
André Barros: Não, eu acompanhei o início de tudo, mesmo morando fora do Brasil. Na época estava dando inicio a internet, mas eu comprava (toda semana) um exemplar da FOLHA DE SÁO PAULO que trazia um caderno especial sobre gastronomia. Era ali que eu percebia que a cena gastronômica estava crescendo e tomando forma aqui no Brasil. Novas escolas, faculdades, chefs descolados foram surgindo e o interesse da população foi crescendo nesse setor. Eu tinha certeza que estava no caminho certo!


Bruna Jones: Muitas pessoas possuem a ideia errada de que para ser um chef basta saber cozinhar e conseguir fotos bonitas de seus pratos, o que é um absurdo, não é mesmo? O que você acha sobre essa ideia equivocada que a internet pode causar nas pessoas?
André Barros: Acho um grande equívoco! :/ 

Bruna Jones: Além de talento e estudos, um outro ingrediente importante para a sua profissão é ter inspiração e criatividade. O que motiva essas duas coisas na sua vida e no seu trabalho?
André Barros: Busco inspiração em viagens, em livros de culinária, em 'insights' no meu cotidiano... Mas o que me motiva mesmo, é a força de vontade e a oportunidade de fazer o que gosto. Cozinhar, ver e sentir de perto a transformação do alimento em comida de verdade. O lado sensorial como sentir o cheiro, o sabor,... e conhecer novos ingredientes e sabores. Isso tudo me inspira! Agradeço muito ao Universo, a Deus pela vocação de cozinheiro. Gratidão! 💚 

Bruna Jones: Em 2019 você acabou participando da primeira temporada do "Mestre do Sabor" da Globo. O que te motivou a participar de uma competição na televisão?
André Barros: Então, era a primeira temporada do 'reality' na TV GLOBO e eu estava na rua quando recebi uma ligação da produção do programa convidando pra eu participar dos testes iniciais. Topei na hora! Lógico né! (rs..) O que realmente me motivou foi o desafio de participar e vivenciar algo novo na minha vida. Era o primeiro reality de culinária da emissora e a direção do programa estava trabalhando todos os detalhes pra ser diferente dos que já existiam. Um programa com foco na cozinha brasileira, muito alto astral e mais leve, e um acabamento fino. Estava nítido que seria um sucesso! Sem falar na visibilidade que o programa trouxe pra minha carreira profissional. Sou muito grato a todos que acreditaram em mim! 


Bruna Jones: Para participar de um reality show, durante o tempo que for, os participantes precisam abrir mão de algumas coisas para estar à disposição da produção durante o período de gravação. Você teve que mudar algo na sua vida para participar do "Mestre do Sabor"?
André Barros: Na época das gravações fiquei por volta de 10 dias no Rio de Janeiro durante as gravações do MDS. Depois voltei pra Goiânia e continuei a minha vida na cozinha do restaurante e compromissos profissionais. Claro que a agenda ficou mais agitada e turbulenta. Mas é normal! 

Bruna Jones: Você teve a oportunidade de participar de alguns desafios que o programa proporcionou, inclusive alguns foram bem criativos, enquanto que outros mais desafiadores... Mas para você, qual foi o mais difícil e qual foi o mais divertido?
André Barros: O mais difícil foi no primeiro dia de gravação nos Estúdios Globo trabalhando com uma equipe de chefs super talentosos, que apesar de novos eram muito experientes em cozinhas tecnológicas. Todos muito tensos numa cozinha high-tech criando receitas e cardápios a partir do ZERO e diante de uma platéia de 150 convidados da emissora. Sem falar na ego-trip da galera. Nesse primeiro episódio foi com a Ana Maria 

Bruna Jones: Nos últimos anos, a "reciclagem" de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de "A Fazenda" ou "BBB", por exemplo, ou ainda de um novo reality de culinária?
André Barros: Talvez sim, mas antes tem muita coisa pra ser analisada como vida profissional aqui fora. Mas pode ser uma boa ideia. 


Bruna Jones: Infelizmente o mundo inteiro atravessou um período bem difícil por conta da pandemia desde março de 2020, com diversas limitações e incertezas. Como uma pessoa que trabalha diretamente com o público, como foi esse período para você?
André Barros: Foi tenso! A empresa onde trabalho fechou e a gente esperava que isso iria passar em um mês, mas não. Um mês após o início do 'lockdown' resolvi começar a preparar comidinhas aqui em casa e vender pelo WhatsApp pra alguns clientes. Criei o "Andrélivery". Foi assim que mantive a mente e o corpo ocupados, fazendo o que mais gosto, cozinhar. Consegui levantar uma grana pras despesas pessoais e me ocupar com algo. Consegui! :) 

Bruna Jones: Felizmente, mesmo que aos poucos, nós estamos conseguindo retomar a nossa vida social e profissional, não é mesmo? E com isso, projetos podem ser colocados em prática e novidades surgem... Tem algo novo vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
André Barros: Sim, tenho! Nesse momento estou finalizando as gravações e a edição de um curso de culinária virtual com módulos específicos como 'saladas criativas', 'peixes e frutos do mar',.. pra plataforma HOTMART. O link desse curso está na BIO do meu Instragram. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Bom o recado que eu tenho pra dar é que 'todo mundo é capaz de cozinhar'. Preparar a sua alimentação em casa além de ser uma terapia é uma forma de interagir com a vida, com a família e amigos. Hoje em dia 'luxo é comer bem e em casa". Cozinhar é acompanhar a metamorfose dos alimentos na panela. Comer é o epílogo." e se vocês quiserem continuar acompanhando, basta seguir no Instagram: @chefandrebarros ou no  Facebook: chefandrebarros, para contatos profissionais, é só enviar uma mensagem no Whatsapp: +55 62 99233 6666. Beleza? 


Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x72 - Douglas Oliveira


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é o talentosíssimo coreografo, ator e atual bailarino do "Programa Silvio Santos", Douglas Oliveira. Convidamos o rapaz para conversar um pouco sobre suas experiências profissionais e vocês conferem tudo agora mesmo, vem comigo!

Bruna Jones: Hoje você é um coreógrafo de sucesso, tendo em seu currículo trabalhos com a Jojo Todynho e também no "Programa Silvio Santos", mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar ao início? Como foi que surgiu a sua admiração e vontade de entrar na profissão?
Douglas Oliveira: A "Dança" já faz parte da minha vida há 19 anos. Confesso que no começo das aulas, eu apenas fazia por gostar de dançar! Desde então estava atuando como modelo, participando em alguns trabalhos mais infantis relacionado a moda e dança, mas ainda assim sem olhar como profissão. Apenas amava! Ao mesmo tempo eu fazia parte do grupo de dança dentro da Igreja Católica chamado "Cristoteca" da Aliança De Misericórdia, levávamos essa festa para diversos lugares do Brasil. A Cristoteca era uma balada Gospel. Mesmo assim, meu sonho quando mais jovem era ser cantor. rs... Apesar de ter estudado canto e artes cênicas, não foram suficientes para ter esse sonho de ser um bailarino profissional. Então estudei outras áreas, trabalhei em outro ramo até entrar em depressão por não me sentir bem. Até então não havia entendido que queria ser Bailarino. Então pedi para que meu supervisor me mandasse embora e ele relutou dizendo: “Robinho (Era um apelido dentro da empresa) você está dentro de uma empresa gigante, e que muitos já formados na área gostariam de estar” e assim ele me direcionou para outro local, porém dentro da mesma empresa. Me deu 3 meses para finalizar o trabalho e comentou que depois disso, se eu quisesse continuar com eles, a gente conversaria. Terminei antes desses 3 meses, porém eu adorei! Hahaha... Mas minha vaga já havia sido preenchida. Ok! Estou tentando ser o mais breve possível!!! rs... No dia seguinte após de fato ocorrer a dispensa do trabalho, tranquei minha faculdade de Engenharia Elétrica, e andando sem rumo, fui subindo a Brigadeiro Luis Antônio até que avistei uma universidade chamada FPA (Faculdade Paulista de Artes). Despretensiosamente entrei e vi os cursos que tinham... Acabei que me inscrevi para estudar Dança (Para minha jornada). Na semana seguinte já estava matriculado. Com 3 meses de faculdade. Fiz uma seleção para um musical e passei como Cantor Bailarino. Desde então minha paixão e entrega a dança vem só aumentando. Então profissionalmente trabalho de fato com Dança a uns 13 anos. 

Bruna Jones: Todo início de carreira costuma ser um pouco difícil no início, quais foram as dificuldades que você encontrou até aqui?
Douglas Oliveira: Acredito que se encaixar no ramo, fazer parte dos grandes artistas bailarinos. Quando consegui foi massa. (Novinho, rsrs...). Porém ainda tem algo que me deixa desconfortável. Nem sempre o bailarino é visto como Artista. Com isso somos desvalorizados, e nem digo que isso seja algo feito por muitos de propósito, porém é feito inconscientemente. Ex. Uma amiga de 9 anos, já sabendo de todos meus corres pela arte, me respondeu uma pergunta assim: (Vale contextualizar que dentro de nossa conversa eu falava sobre o não reconhecimento de um artista bailarino e citei exemplos. Em certa parte, ela não concordou então fiz a pergunta como exemplo.) “Se Eu colocar uma foto da Anitta e uma minha, quem é o artista?” Rapidamente ela respondeu: “Anitta.” Retornei dizendo: “Está vendo, Você me conhece a 9 anos e, não desmerecendo Anitta até porquê ela é phoda, mas assim... é sobre isso! Sou tão artista quanto Anitta, e dentro do mercado ser Bailarino por mais lindo que seja, por mais que abrace a todos, ainda assim não seremos vistos e valorizado como ARTISTAS de fato”. Mesmo neste contratempo eu amo meu trabalho, e de alguma forma esse lance impulsiona mais, para que assim possamos ser mais vistos e valorizado. Costumo cantar "Avião sem asa, Fogueira sem brasa, Sou eu assim sem você, Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola, Sou eu assim sem você... Por que é que tem que ser assim, Se o meu desejo não tem fim?, Eu te quero a todo instante, Nem mil alto-falantes, Vão poder falar por mim… Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho, Sou eu (Dogan) assim sem você (dança), Circo sem palhaço, Namoro sem abraço, Sou eu assim sem você!!!"  Dança hoje é meu grande amor real! 

Bruna Jones: Ser bailarino profissional é algo que exige bastante esforço físico, estudos e criatividade, certo? O que te inspira ou mexe com a sua criatividade no seu dia-a-dia?
Douglas Oliveira: Olha que pergunta gostosa, de fato a Dança se move muito, tudo é um movimento, seja dentro da violência ou na calmaria. A dança sempre aparece! Ou seja... Me inspira muito assistir, ver os movimentos, analisar detalhadamente cada pessoa, perceber os movimentos, e com isso ter ideias para criar. As vezes gosto de olhar julgando (não no sentido negativo), mas, buscando ter um olhar crítico e franco comigo se gostei ou não, na parte técnica; observando se perdeu intensidade, limpeza, finalização de movimentos. rsrs... Sendo aberto a fazer isso e também aprender, com o corpo do outro. Referências como Michael Jackson que muito me inspira. Quando com artistas, prefiro criar junto dele, até porque, o ideal é ficar a cara dele e no seu corpo. Nos bailarinos estudamos esse corpo. 

Bruna Jones: Além disso, muita gente acredita que ser bailarino/dançarino, basta ir no palco e dançar, o que é uma opinião “ignorante”, podemos dizer? Como é o seu processo de treinamento?
Douglas Oliveira: De fato, muitos não veem como PROFISSÃO e sim Hobby. Já ouvi muito “Você faz o que dá vida?” E quando eu respondo: “Dança!” o retorno é: “Mas você trabalha? Vive disso?” e imediatamente eu: “Whats???” Sim! Essa resposta soa como um é possível?! rsrs... Hoje está mais normalizado, mas poucos também veem a desvalorização dentro disso, e pensam que estamos bem de vida, sendo que na realidade, não! Investimos muito tempo, muita energia, e as vezes só é mostrada em um único show. Ensaiamos por meses para um show, e em 1h já executamos tudo. Às vezes 3 min, quando trata-se de uma única apresentação. Repetimos por diversas vezes, por vários dias, e quando acontece parece ser segundos. rs... O treino por muitas vezes é visto dentro dos ensaios, com isso temos cada um o seu flow no corpo, fazendo ser algo incrível e muito particular. É realmente ser Artista pois assumimos o compromisso de entregar o processo a arte pedida. Somos de treinos constantes, de estilos diferenciados, aulas de vários ritmos do ballet, danças urbanas, dança de salão... Mas Amo essa correria, essa troca de chave! 

Bruna Jones: Você também já teve a oportunidade de trabalhar em teatro musical, não é mesmo? Como foi essa experiência para você? É algo que você gostaria de fazer mais vezes?
Douglas Oliveira: Já sim! Uma experiência muito única, e parte de uma grande construção do profissional que sou hoje. Cantar, dançar e atuar é lindo, porém é trabalhoso! Concentração triplicada! Quando se entende essa junção, as coisas fluem de forma linda e grandiosa! Com toda certeza irei fazer ainda!! Aguardamos os próximos capítulos, e claro, oportunidades. Hahaha... Falo oportunidade, por ter levado minha dança, para outro lado dentro desse mundo, mas gostaria de retornar nesse tipo de trabalho. 

Bruna Jones: Programas de televisão que envolvem a dança hoje em dia estão na moda, como o “Dança dos Famosos” na Globo e o “Dancing Brasil” na Record, você aceitaria ser professor de um desses programas?
Douglas Oliveira: Com toda certeza adoraria! Inclusive já fiz testes para alguns, então tive uma resposta nada plausível e sem sentido dentro da tal audição. Até porquê comecei as 9h da manhã, e as 18h fui dispensado com um discurso que já na primeira hora poderia ser visto e terem me liberado. Já nessa nova família, SBT que estou, permaneço bem feliz. Um momento bem marcante dentro da História do PSS (Programa Silvio Santos). 

Bruna Jones: Aliás, eu não poderia deixar de perguntar... Hoje em dia a televisão basicamente gira em torno de realities. Você por já ter vivido uma experiência de vida pública, é capaz de acabar recebendo um convite para reality show em algum momento, se você fosse convidado para ficar confinado em "A Fazenda", "BBB" ou algo do tipo, você aceitaria retornar para a mídia?
Douglas Oliveira: Toparia sim! Embora acredito que poderia mexer nos meus sonhos, inclusive aprimora-los mais... Então... Vejo como algo positivo, tenho até vontade gigantesca inclusive! rs... Boninho me chamaa... hahaha... 

Bruna Jones: Como eu disse no começo, você se tornou coreógrafo da Jojo Todynho. Como foi que você acabou conquistando uma das personalidades mais populares desta década?
Douglas Oliveira: Fluiu tudo muito natural. Chamado para substituir um bailarino em uma performance da Jojo aqui em São Paulo, De um dia para o outro recebi o vídeo da galera que já estava a ensaiar, e na madrugada fiquei estudando para estar às 7h da manhã no local dessa performance. Era o prêmio MTV do ano de 2018. Conheci ela neste momento e desde então criamos uma conexão única, super amigável. A relação fora fortificada e de cara se encaixou com sua Produtora que me chamou, a Renata Oliveira. Então me Tornei bailarino oficial junto do Weskley Faustino. Juntos criávamos os shows e as coreografias. Fui coreografando clipes e ajudando na produção de outros a convite da produtora. 

Bruna Jones: Atualmente você está fazendo parte da história da televisão brasileira, ao ser incluído no time de bailarinos do "Programa Silvio Santos", que era algo que era popularizado por ser composto apenas por mulheres. Como surgiu essa proposta de ter um casting misto e como está sendo essa experiência para você?
Douglas Oliveira: O casting surgiu por indicação de duas bailarinas fixas do programa que são minhas amigas, a Talita Vital e Claudinha Catharine. Me indicaram já sabendo mas não podiam me falar. Afinal tinha que ser surpresa até mesmo para nós. Passei na audição, e super bem recebido tanto pela produção quanto pela audiência do programa. Esse momento está sendo incrivelmente mágico e único, novamente estou fazendo parte de um trabalho que sempre foi visto em um formato específico. (Esse outro trabalho foi participar da nova chamada Carnavalesca da Globeleza, onde foi inserido homens e mulheres caracterizados das grandes e abrangentes cultura do nosso Brasil). Então só tenho gratidão e vivendo cada detalhe e momento dessa experiência linda. 

Bruna Jones: Aos poucos estamos retomando a nossa rotina após dois anos complicados que tivemos... Ainda assim, existe alguma novidade vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Douglas Oliveira: Pois é... Passamos por um momento bem delicado! Dentro do trabalho nada funcionou ou rolou, a não ser aulas online que não sou muito fã, então aproveitei esse ganho e aprimorei outros lados, como desenho, cozinhar, enfermagem e tal... Hoje tem sido uma novidade gigantesca ainda sentida, a adrenalina sentida por estar retomando tudo está dando uma intenção maior de se alegrar com as conquistas. Então vem novos trabalhos sim. Estou coreografando um grande artista chamado Nathan Barone, que estava incluso em um grupo de grande sucesso no ano de 2013 a 2017 chamado Grupo Flay composto por eles: Nathan Barone, Caíque Gama e Paulo Castagnoli. E novo show que será feito ao vivo na Festa Gambiarra, em novembro. Local: Audio Club (Barra Funda). Por enquanto é o que posso adiantar. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho, olha só: "Primeiramente gratidão a todos que se interessaram em saber um pouco sobre minha arte, gratidão aos que me seguem e incentivam. É primeiramente por nós em segundo por vocês que fazemos e queremos o melhor. Sem hipocrisia. rs... Então só uma dica, nos valorizem. Somos bailarinos, dançarinos. Somos ARTISTAS... Vamos vibrar mais... vamos incluir mais a arte, porque a arte salva, a arte educa a arte é leve! ❤️" e se quiserem continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar no Facebook por Douglas Oliveira e no Instagram por @Dogan_oficial. Para contatos profissionais, basta enviar um e-mail para Douglas.01v@hotmail.com ou uma mensagem no número (11) 97509-4757, beleza????

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x71 - Maikon Milani


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é o Maikon Milani, que ficou bastante famoso por causa dos seus trabalhos como modelo, inclusive sendo um dos homens mais populares a passar pela "G Magazine" e hoje ele topou vir aqui, conversar sobre tudo isso e sobre o que ele anda fazendo hoje em dia. Vem conferir!

Bruna Jones: Você começou a sua carreira como modelo ainda muito jovem, seguindo para concursos de moda, dançarino de clubes e até mesmo fazendo fotos de nudez, mas antes da gente falar melhor sobre isso, vamos voltar lá no começo... Como foi que surgiu essa vontade e oportunidade de trabalhar como modelo? 
Maikon Milani: Eu estava andando no centro da cidade onde eu moro e um dia trabalhando, uma moça me viu e me perguntou se eu gostaria de fazer parte de um desfile para a "Riachuelo", pois eu tinha o perfil que ela estava procurando, ia ter um desfile de moda pra cidade e me viu passando e achou que o perfil era esse. De inicio achei estranho a conversa, mas ai ela falou que tinha um cachê, eu vi que era sério o negócio, estava próximo da loja e ai foi assim, fiz o desfile todo sem jeito, todo tímido... Mas no geral até que foi bem, então depois deste dia começaram a aparecer outros trabalhos como modelo, até que ficou sério e comecei a encarar isso como uma profissão. Mas foi assim que começou, de uma maneira inusitada.  

Bruna Jones: Quando você começou, você era relativamente jovem, vindo de uma cidade do interior de São Paulo e "de repente" você estava ganhando dinheiro, se tornando influente não só em clubes, como na mídia também... Como foi para você essa fase de adaptação e mudanças de realidades, inclusive para não acabar perdendo o seu foco? 
Maikon Milani: De inicio foi natural, uma coisa fácil... Eu nunca tive essa noção de que eu seria uma pessoa influente por estar fazendo algumas coisas na mídia, era muito jovem e imaturo, então não tinha essa noção, nunca passou pela minha cabeça de que eu poderia ser influenciador de alguma coisa, eu fazia o meu trabalho e ganhava o meu dinheiro, gostava do que eu fazia, mas nunca tinha parado pra pensar nisso até pelo fato de que na época não existia essa consciência, né? Muito jovem, a gente só queria saber de curtir, viajar, balada, festas, etc... Naquela época eu tinha outros objetivos, que não eram muitos, rs...  


Bruna Jones: Ainda muito jovem, você acabou aceitando fazer um ensaio de nudez para a "G Magazine", apesar de ser um ensaio interno, acredito que isso tenha movimentado um pouco a sua vida pessoal, não é mesmo? Você chegou a cogitar não fazer o ensaio pensando nisso? O que te motivou a aceitar fazer essas fotos? 
Maikon Milani: Na época eu era muito jovem mesmo, mas quando surgiu o convite eu já trabalhava como modelo fazia algum tempo, então acabei encarando de uma forma muito natural, mas claro que acabei pensando pelo fato de ser uma pessoa de cidade do interior, com pessoas de cabeça um pouco fechada, mas isso não me incomodava, o que pegava era que eu tinha uma namorada na época que era bem ciumenta e ela não aceitou com muita facilidade não, mas o que mais me motivou na época foi o cachê, sem dúvida, rs... Pois como eu não aceitei o convite logo de cara, eles acabaram melhorando a proposta para que eu fizesse o ensaio, mas a realidade é essa, eu fiz pelo cachê mesmo, rs...     

Bruna Jones: Inclusive alguns anos depois você retornou para a revista como o modelo misterioso que beijou o Frota e consequentemente, ganhou uma capa especial da revista com um novo ensaio. Fazer esse novo ensaio, foi mais tranquilo? 
Maikon Milani: Ah, sim... Ai eu já era uma pessoa mais madura, já era mais experiente como modelo, na primeira vez eu ainda era um pouco mais tímido, nessa segunda já pedi um pouco mais de privacidade, ainda tendo um pouco de receio de ser mal interpretado, mas a produção sempre me tratou muito bem, com bastante profissionalismo, teve um número menor de pessoas no estúdio, enfim... Foram muito profissionais e ai fluiu muito bem, foi muito fácil fazer esse segundo ensaio, apesar de ter sido realizado em três locações diferentes, no primeiro teve a foto do beijo em estúdio, depois algumas fotos sozinho em estúdio num cinema abandonado em São Paulo e por fim as fotos na praia, mas foi tranquilo...      

Bruna Jones: Você foi um dos poucos modelos que posou nu na "G Magazine" para um ensaio interno e que acabou conquistando uma capa alguns anos depois, e inclusive conquistando fama ao ponto de participar de programas de televisão. Apesar de na época ainda ser apenas o começo da internet e as pessoas precisarem realmente comprar a revista para poder ver as fotos, hoje em dia com a digitalização de arquivos, elas estão disponíveis para qualquer um, a qualquer momento. Como você se sente em relação a isso? 
Maikon Milani: Então, nessa época o mundo era diferente, né? Então a gente não tinha a tecnologia de hoje, o acesso que temos hoje... Então os leitores mandavam cartas e e-mail para a revista, dizendo que queriam mais conteúdo, mais fotos e tal... Tanto que acabei fazendo essa capa especial. Participei de programa de televisão na época, mas essa questão do acesso fácil da mídia acaba complicando, acaba ficando muito fácil, fica ruim para a revista, fica ruim para o modelo, pois a revista acaba não conseguindo pagar um cachê tão atrativo, pois não vai vender mais tanta revista, hoje é fácil achar qualquer tipo de foto pesquisando na internet, então nesse sentido não foi bom, no geral a tecnologia veio para melhorar a nossa vida, mas nesse aspecto acabou atrapalhando.


Bruna Jones: Com essa carreira, você acabou tendo a oportunidade de fazer bastante coisa interessante, seja idas em programas televisivos, capas de revistas ou até mesmo viagens a trabalho... Foi uma boa experiência na sua vida? 
Maikon Milani: Sim, foi uma ótima experiência na minha vida, eu viajei o Brasil inteiro, fiz muito trabalho por conta da revista, quando fazia trabalhos como modelo eu ficava mais na minha região mesmo, ia para Campinas ou alguma coisa em São Paulo, mas depois que fiz a revista me abriram portas pelo Brasil inteiro, viajei muito, muito, muito... Foi uma boa experiência de vida sim, pelo fato de ter conhecido muita gente, vi muita coisa tanto boas quanto ruins, mas eu encaro isso tudo como uma experiência de aprendizado no geral, sem duvidas foi uma ótima experiência e não me arrependo de nada.  

Bruna Jones: Hoje em dia a televisão basicamente gira em torno de realities. Você por já ter vivido uma experiência de vida pública, é capaz de acabar recebendo um convite para reality show em algum momento, se você fosse convidado para ficar confinado em "A Fazenda", "BBB" ou algo do tipo, você aceitaria retornar para a mídia? 
Maikon Milani: Olha, tá ai... Essa é uma pergunta interessante... Eu não sei se faria, pois tenho muitos compromissos hoje, né? A minha preocupação com o meu trabalho é grande, tenho pessoas que dependem de mim e se eu não estiver presente a coisa não anda, rs... Então tinha que ser uma coisa muito nem estruturada para que eu pudesse deixar o meu trabalho, mas não sei se eu participaria de um tipo como esse de reality show, não... Como eu disse, teria que ser uma coisa atrativa em relação a cachê, pois conviver com pessoas em um local fechado do jeito que é em um reality show, eu acho que é bem complicado, então não sei, não sei te dizer hoje, dependeria de um cachê, de uma proposta bem interessante, pode ser que sim ou não, mas não sei te dizer isso hoje, rs... 

Bruna Jones: Nos últimos anos você acabou transitando de carreira, passando a ter sua própria empresa de construtora. O que motivou essa mudança? 
Maikon Milani: Com o tempo a idade chega, né? E ai gente tem outros objetivos de vida, com 44 anos já não dá mais pra ficar vivendo uma vida de modelo, rs... Já não tenho mais 20 anos como na época da revista, mas a construção civil é uma coisa que eu sempre gostei, meu avô, meu pai, meus tios, desde pequeno acompanhei eles trabalhando nisso, então era algo que eu gostava de fazer. Faço por gostar. Consegui unir o que eu gosto de fazer, com aquilo que sei que sou bom em fazer, consigo ganhar dinheiro com algo que gosto de fazer. Tenho meus funcionários, o meu trabalho... É gratificante poder trabalhar com algo que eu gosto e ainda ganhar pra isso. 


Bruna Jones:
 Com o seu trabalho, você basicamente está ajudando a construir grandes momentos de felicidades e memoráveis na vida de várias pessoas, seja na construção de uma casa onde uma família vai passar a morar e crescer ali ou até mesmo estabelecimentos profissionais que também é o resultado do sonho de alguém... Como é para você, saber que o seu trabalho, o seu esforço, o seu time de profissionais... Possuem a chance de fazer a diferença na vida de alguém? 
Maikon Milani: Quando a gente faz uma obra do inicio ao fim é muito gratificante ver o sorriso, a alegria da pessoa, a felicidade de que ali ela vai morar com a família dela, com os filhos, com o cachorro, é uma sensação muito gratificante mesmo, você ver a alegria da pessoa em entrar num "teto", vamos dizer assim, como já aconteceu de vezes de entregar a casa e a pessoa olhar, olhar, olhar e no final dizer: "É, eu tenho um teto", provavelmente deve ter uma história por trás disso, algo do passado que ela teve, algum sofrimento, pois falou de um jeito que eu senti que foi de dentro quando ela falou "um teto", então esse tipo de coisa é bem gratificante. A minha equipe não vê por esse lado não, eles trabalham pelo dinheiro mesmo, rs... Mas eu tenho essa percepção de que é uma coisa que é muito ligada a energia e a felicidade da pessoa que vai viver naquele lugar.    

Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, hoje você trabalha no ramo de construtora, mas ainda assim, tem alguma novidade vindo pela frente? Mesmo que seja em relação a sua empresa... Algo que você gostaria de compartilhar com os fãs? 
Maikon Milani: Sobre trabalho fotográfico, essas coisas, não... Apesar de ainda hoje gostar de malhar, de me cuidar, nem tanto pela estética, mais pela saúde mesmo, mas... Tenho recebido convites para entrevistas, fiz uma entrevista no canal do Rafa que é um canal que fala sobre a "G Magazine" e ele disse que fui o mais votado entre o top10 da revista e por isso ele queria fazer uma entrevista comigo, mas em relação a trabalho como modelo ou algo nesse sentido, não... Já no meu trabalho, graças a Deus está fluindo tudo muito bem, não existe nenhuma novidade que seja uma mudança brusca, mas é muito trabalho, muito orçamento, acabo escolhendo alguns que eu possa dar conta, pois tenho uma quantidade limitada de pessoas, então a ideia é expandir e aos poucos ir crescendo para absorver o trabalho de acordo com a minha capacidade, mas é isso mesmo...

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Nossa... Tão longe da minha realidade pensar que tenho fãs, mas eu agradeço pelo carinho, achava que nem tinha mais gente que lembrava dessas revistas, pois já faz tanto tempo... Mas, o recado é esse, eu agradeço todo o carinho e apoio, o pessoal que ainda lembra da revista e quer saber da minha vida, fico lisonjeado em saber que depois de tantos anos ainda tenha gente que se importa e que queira saber de mim." e para encontrar ele nas redes sociais, basta procurar no Facebook por Maikon Milani, onde ele usa pra sua construtora ou no Instagram que é @milanimaikon, que ele avisa que não conseguiu deixar na ordem certa, pois outra pessoa já tinha pego o username. 

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Bruna Entrevista: 11x70 - Elane Chaves


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje ganhou fama nacional com apenas 18 anos de idade ao participar da terceira temporada do "BBB" da Globo, convidamos ela para saber um pouco mais de sua experiência no reality show e também saber o que ela anda fazendo hoje em dia, vem descobrir com a gente nessa entrevista maravilhosa!

Bruna Jones: Quase 20 anos atrás o Brasil inteiro acabou te conhecendo através do "Big Brother Brasil" da Globo. Na época você era uma das pessoas mais jovens a passar pelo programa, ainda no começo de uma carreira... O que te motivou a se inscrever no programa?
Elane Chaves: O que me motivou a me inscrever e participar do programa há quase 20 anos foi realmente a chance de mudar de vida, pois eu morava na zona rural, filha de uma família muito pobre de pequenos agricultores e eu não tinha uma perspectiva, sempre quis estudar, fazer faculdade e naquela época não tinha tantos programas governamentais que facilitavam os estudos, então era uma chance pra mim entrar no programa e ter uma visibilidade para ganhar um bolsa, eu nunca pensei na fama, sempre foi sobre as bolsas de estudos e eu queria um sitio para os meus pais, pois a gente morava de favor em uma comunidade da igreja católica. Então esses foram os motivos, ganhar bolsas de faculdade e comprar um sitio para os meus pais.        

Bruna Jones: Você ficou os 78 dias confinada na atração, sendo finalista ela. Qual foi a coisa mais difícil que você passou dentro do programa? No fim, acabou sendo uma boa experiência para você? 
Elane Chaves: A coisa mais difícil que passei lá dentro foi ter que me adaptar a galera, pois era muita gente diferente e eu sendo uma menina da roça, apesar de não ter sofrido nenhum tipo de preconceito... Mas isso foi uma boa experiência, pois hoje em dia eu consigo lidar com qualquer tipo de pessoa, desde as mais humildes até as mais ricas, eu não tenho mais vergonha de lidar com ninguém.  

Bruna Jones: Você na época era professora em Itanhém, jovem e com uma realidade completamente diferente da qual começou a viver ainda estando no "BBB", ao sair do programa, como foi para você ter que de repente lidar com a fama e participar de eventos, programas de televisão e coisas do tipo?
Elane Chaves: Pra mim foi interessante que lidei com aquilo de uma forma muito natural, apesar de na época ser uma menina muito nova e sem experiência, mas eu realmente lidei de uma forma muito positiva e natural, eu encarava aquilo como algo positivo, quase como que umas férias, né? Pois era tudo muito diferente, então eu encarava como uma experiência de vida muito interessante e agradável, então não tive nenhuma dificuldade com isso.    

Bruna Jones: Esse ano o canal Viva reprisou a sua temporada e atualmente ela se encontra disponível na Globoplay. Você chegou a se assistir novamente? Teve receio de como seria a repercussão tantos anos depois do ocorrido? 
Elane Chaves: Assisti grande parte dele, a minha filha também... Eu não tive nenhum tipo de medo sobre a repercussão da minha participação, pelo simples fato de ter sido uma participação positiva, eu não fiz nada que me envergonhe, minha participação foi uma participação limpa... Tudo o que eu fiz foi no jogo... "Ah, você votou em fulano, você tentou separar a Sabrina e o Dhomini, etc..." isso pra mim não me gerou medo, tanto que alguém no Instagram do meu irmão ficou tacando hate pra mim e eu falei para ela ter calma, pois aquilo foi apenas um jogo a mais de 20 anos e era só um jogo. Então eu realmente não tive medo, pois encarei aqueles momentos de votar em "amigos" como apenas um jogo mesmo.    

Bruna Jones: Diferente de outras pessoas que passaram pelo programa, no decorrer dos anos você acabou meio que se afastando da mídia. Isso ocorreu por vontade própria ou de certo modo você acabou não encontrando o seu espaço naquele momento?
Elane Chaves: Inicialmente foi uma escolha, pois eu queria estudar, então seria impossível morar no extremo sul e continuar na ponte Rio/SP. E também foi falta de escolha, pois se fosse hoje, se eu saísse na segunda semana, sairia com milhões de seguidores, então seria mais fácil me manter na mídia, naquela época não tínhamos essa facilidade de hoje, então como era essa dificuldade de locomoção eu acabei recusando diversos trabalhos e programas, pois atrapalharia meus estudos, acabou que no fim eu tive que escolher e decidi ficar com os estudos. 


Bruna Jones: Saindo da mídia você deu continuidade nos seus estudos e acabou se tornando pós-graduada em educação ambiental e gestão escolar. O que te motivou a seguir na área da educação?
Elane Chaves: Eu sempre quis trabalhar na área da educação, eu fiz magistério e já dava aula com meus 17 anos, pois era uma área que eu sempre gostei muito, eu acho interessante você trabalhar com pessoas e você mostrar o caminho e colher os frutos observando a evolução delas, hoje em dia não estou na educação formal, estou coordenando um programa estadual de educação sanitária no órgão de defesa agropecuária da Bahia. Mas grande parte da minha experiência é na educação infantil, que é incrível conseguir enxergar no final de um ano de trabalho a evolução de uma criança de quatro anos, é encantador pra mim o trabalho com a educação. É um grande desafio trabalhar com educação no Brasil, principalmente educação pública, mas é extremamente gratificante. Acredito que tenha sido isso que me incentivou a permanecer na área.       

Bruna Jones: Falando em educação, entre 2020 e 2021 nós vivemos momentos completamente diferente de tudo o que a gente imaginava que poderia acontecer por causa da pandemia, felizmente a educação conseguiu encontrar uma maneira de se reinventar através de aulas online, porém, a gente sabe que nem toda família brasileira possui acesso a internet. Como você avalia esse período que passamos? 
Elane Chaves: Vivi na pele uma discrepância muito grande, infelizmente... A minha filha passou os dois anos de pandemia estudando em casa, ela graças a Deus não sofreu nenhum atraso no desenvolvimento dela, ela tem 12 anos agora e então fez todo o quarto e quinto ano online, mas ela tinha todo o apoio e arsenal, tinha acesso em tablet, notebook, internet boa, uma mãe em casa para estar auxiliando, o que não aconteceu com 99,9% dos alunos de escola pública, muitos deles acabaram ficando em atraso pela falta de acesso e as escolas públicas nem sempre conseguiram realmente fazer esse trabalho remoto de uma maneira bem feita. É uma forma de educação que veio pra ficar? É. Mas precisamos evoluir bastante na parte pública, da educação pública, para conseguir aproveitar o lado bom desse trabalho hibrido, ter uma parte remota e presencial, onde de manhã era presencial e de tarde online para reforço, mas a gente sabe que essa não é a realidade da maioria.     

Bruna Jones: Você acredita que aulas online podem acabar se tornando o futuro da educação? 
Elane Chaves: Eu acho que nada substitui o professor presencial, mas é sim uma fatia grande da educação, com certeza, principalmente para os alunos maiores que já possuem uma maior independente e autonomia para organizar seus horários de estudos. Hoje em dia você perde muito tempo no transito, então se a pessoa conseguir estudar de casa e tiver como fazer isso de maneira positiva, com seus aparelhos e internet boa, ela acaba escolhendo entre as duas possibilidades. Eu por exemplo fiz duas pós graduações online, mesmo antes da pandemia e eu absorvi praticamente tudo, mas eu sou uma adulta, e tenho acesso a tudo que facilita. Mas pra que isso aconteça de maneira positiva, tem que ter uma certa estrutura para que não se torne apenas uma enrolação.  


Bruna Jones: A gente sabe que a vida escolar pode acabar sendo uma época marcante na vida de uma pessoa, professores fazem a diferença na vida de seus alunos diariamente... Tendo isso em mente, pode contar algum fato marcante em sua experiência na vida escolar?
Elane Chaves: Essa pergunta mexe comigo, pois como eu morava em sitio, estudei em escola interna dos meus 9 aos 13 anos e depois morei de favor na casa de uma amiga para estudar onde eu ficava de segunda a sexta, voltando pra casa apenas no final de semana, meus pais sempre tiveram uma criação muito rígida e uma coisa que marca na minha vida escolar é que eu sinto falta de não ter participado de nenhuma gincana escolar, pois elas aconteciam de final de semana e meus pais não permitiam que eu ficasse na cidade para participar, então eu sinto essa falta, nós temos um grupo de colegas do segundo grau onde compartilhamos fotos e tal, e eu não apareço nas fotos pois eu não participava, então isso me marca pela falta dessa experiência, mas positivamente uma coisa que me marca muito foi na época do estágio, terminando o segundo grau com 15 ou 16 anos, onde eu tinha que fazer um estágio de observação e quando cheguei na sala a professora me orientou, ai ela pegou a folga dela e foi viajar, e eu tive que tomar conta da turma por praticamente um mês, isso me marcou tanto que até hoje eu tenho contato com um dos meus meninos que estagiei, o nome dele é Eliseu, ele já é advogado hoje, então isso é uma coisa que me marca muito, pois mesmo muito jovem eu já tinha bastante responsabilidade. 

Bruna Jones:
 Aos poucos estamos retomando a nossa rotina após dois anos complicados que tivemos... Ainda assim, existe alguma novidade vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Elane Chaves: Eu tenho um livro que se chama "Memórias de um Baobá" ele está para encomenda na Amazon já, ele está impresso, estou com 150 cópias dele na minha casa e por conta da pandemia acabei não fazendo exposição, eventos de lançamento e tal, acabou que me deu um desânimo de fazer esse processo, então estou decidindo se vou fazer um lançamento ou se vou doar para escolas públicas, é um lindo livro e infantil, fiz para os meus alunos na época que estava dando aula, para crianças até sete anos, mas tenho muito orgulho dele. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Se você tem um sonho, se você tem vontade de ser alguma coisa ou fazer algo na sua vida, por mais difícil que seja, persiga esse sonho, não desista dele. Eu tinha nenhuma perspectiva de vida, filha de pais semianalfabetos da zona rural, não tinha energia elétrica, água encanada, nem banheiro, etc... E do nada, Deus, o universo, criou essa oportunidade que mudou a minha vida. Então, você que está lendo, por mais que pense que seja difícil, persiga o seu sonho, sempre mentaliza ele já acontecendo, já acontecido, você se sentindo feliz por aquilo ter acontecido, e siga mesmo, pois milagres ainda existem para quem realmente busca e faz por onde. Eu hoje em dia pratico algo chamado autocriação, que é a gente criar conscientemente a nossa realidade, então acho que se você quer algo, corra atrás, mas fazendo de acordo com o que você quer colher, pois não adiante a gente querer que o universo mande algo positivo e a gente não viver de acordo com aquilo, né? A gente só colhe aquilo que a gente planta." e se você quiser continuar acompanhando ela nas redes, basta procurar por @elaneschaves, beleza?

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?