Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é escritor, modelo, foi capa da "G Magazine" há exatos 10 anos atrás e também rolou toda uma história de que ele teria participado do "Ilha da Sedução" do SBT, será que é verdade? Vem conferir um pouco mais da história do querido Marcus Deminco!
Bruna Jones: Vamos começar lá pelo inicio, sim? Muita gente possui a ideia de que você participou do "Ilha da Sedução", um reality show de romance do SBT. Isso de fato aconteceu ou não passou de uma especulação?
Marcus Deminco: É engraçado que – vez por outra – alguém ainda me pergunta detalhes sobre esse programa, como se eu, realmente tivesse participado. Dessa forma, acho que não seria totalmente equivocado afirmarmos que ganhei alguma visibilidade, mesmo sem ter sido visto (risos). Na realidade, eu participei, juntamente com outros candidatos, apenas do processo seletivo. Porém, depois de todas as avaliações, já na última etapa, acabei sendo reprovado, justamente no psicoteste. Embora eu sempre soubesse que alguma coisa em mim funcionava (e ainda funciona) bem diferente das outras pessoas, e sem jamais imaginar naquela época que a minha impulsividade desenfreada era decorrente do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), confesso que fiquei muito mais incomodado por aquela espécie de desaprovação psíquica que me privava, do que pelo fato de ter sido eliminado do programa.
Bruna Jones: Depois desta "participação", você despertou interesse no pessoal da "G Magazine" e acabou estrelando uma das capas da revista em junho de 2002, como foi pra você realizar este ensaio?
Marcus Deminco: O que despertou realmente o interesse por parte da revista foi o fato de eu ter desfilado em cima de um trio elétrico, em pleno carnaval baiano, representando um Deus grego. Quanto ao ensaio, apesar do imenso profissionalismo de toda equipe de produção, da enorme paciência com o meu amadorismo, da simpatia e boa vontade no intento de me tranquilizar, só fiquei, verdadeiramente calmo, quando as fotos acabaram.
Bruna Jones: Hoje, passados 10 anos deste ensaio, se houvesse um novo convite da revista, você aceitaria realizar um novo ensaio?
Marcus Deminco: NÃO! Mas não com o peso da negativa referente a algum tipo de arrependimento. De forma alguma! Afinal, eu sou hoje os remendos dos meus feitos entre as costuras dos defeitos. No entanto, afora esses 10 anos já passados, suscitaram também alguns quilos a mais, umas rugas indesejáveis, além de vivenciar outros projetos e nutrir diferentes ambições.
Bruna Jones: Hoje você é um escritor com três livros já escritos, como foi começar a escrever? De onde partiu a ideia de dar inicio nesta carreira um tanto quanto desafiadora?
Marcus Deminco: Creio que no começo, a vontade surgiu ingenuamente, sem noção alguma de que aquela despretensiosa escolha – de alguma forma – seria irregressível. Aos poucos, entretanto, comecei a compreender melhor, os mistérios e os conflitos que regem o universo literário. Em confluência com a descrição de muitos outros autores, passei a notar que as tramas fugiam completamente dos meus esboços e rabiscos. Percebi também que os personagens mais expressivos e atuantes, independiam completamente de minhas pretensões, ao passo em que, apenas a minoria obedecia realmente as minhas vontades.
Bruna Jones: De onde você tira inspiração para escrever seus livros? Como costuma ser o seu processo criativo? Você possui algum tipo de "ritual" que precisa realizar antes de começar a escrever?
Marcus Deminco: Eu considero a inspiração um processo muito arriscado para ser extraído fora do universo do próprio autor. A partir do instante em que começamos a receber inspirações de fora, corremos o risco de contaminarmos a nossa verve. A minha inspiração – e igualmente o meu processo criativo – são desarraigados das contradições e duelos entre o meu empirismo e os meus desejos abstratos. Ainda assim, em grande parte, a minha inspiração vital, emerge mesmo é da necessidade de colorir os enfados opacos do cotidiano que a rotina insiste em querer pintar de cinza. Já em relação ao período e a provável necessidade de estar em algum lugar específico durante a consecução de um livro; acredito que o prazo quando não for eterno, será indefinido, enquanto a necessidade de estar em algum local especial ou exclusivo, honestamente, não faz a menor diferença. EU NUNCA ESTOU REALMENTE ONDE ESCREVO.
Marcus Deminco: NÃO! Mas não com o peso da negativa referente a algum tipo de arrependimento. De forma alguma! Afinal, eu sou hoje os remendos dos meus feitos entre as costuras dos defeitos. No entanto, afora esses 10 anos já passados, suscitaram também alguns quilos a mais, umas rugas indesejáveis, além de vivenciar outros projetos e nutrir diferentes ambições.
Bruna Jones: Hoje você é um escritor com três livros já escritos, como foi começar a escrever? De onde partiu a ideia de dar inicio nesta carreira um tanto quanto desafiadora?
Marcus Deminco: Creio que no começo, a vontade surgiu ingenuamente, sem noção alguma de que aquela despretensiosa escolha – de alguma forma – seria irregressível. Aos poucos, entretanto, comecei a compreender melhor, os mistérios e os conflitos que regem o universo literário. Em confluência com a descrição de muitos outros autores, passei a notar que as tramas fugiam completamente dos meus esboços e rabiscos. Percebi também que os personagens mais expressivos e atuantes, independiam completamente de minhas pretensões, ao passo em que, apenas a minoria obedecia realmente as minhas vontades.
Bruna Jones: De onde você tira inspiração para escrever seus livros? Como costuma ser o seu processo criativo? Você possui algum tipo de "ritual" que precisa realizar antes de começar a escrever?
Marcus Deminco: Eu considero a inspiração um processo muito arriscado para ser extraído fora do universo do próprio autor. A partir do instante em que começamos a receber inspirações de fora, corremos o risco de contaminarmos a nossa verve. A minha inspiração – e igualmente o meu processo criativo – são desarraigados das contradições e duelos entre o meu empirismo e os meus desejos abstratos. Ainda assim, em grande parte, a minha inspiração vital, emerge mesmo é da necessidade de colorir os enfados opacos do cotidiano que a rotina insiste em querer pintar de cinza. Já em relação ao período e a provável necessidade de estar em algum lugar específico durante a consecução de um livro; acredito que o prazo quando não for eterno, será indefinido, enquanto a necessidade de estar em algum local especial ou exclusivo, honestamente, não faz a menor diferença. EU NUNCA ESTOU REALMENTE ONDE ESCREVO.
Bruna Jones: Algum escritor lhe inspira na hora da criação?
Marcus Deminco: No momento solitário do meu processo de criação, não permito a interferência de absolutamente NINGUÉM! Mas, tenho profunda admiração por inúmeros escritores, dos mais diversificados gêneros e de diferentes nacionalidades. Quanto aos nacionais, adoro a Clarice Lispector (embora fosse ucraniana), o Drummond, Fernando Pessoa, Mario Quintana, Jorge Amado, Luís Fernando Veríssimo, João Ubaldo, Fernando Sabino, Ariano Suassuna, Chico Buarque, Paulo Coelho e alguns outros que certamente acabei esquecendo. Já os estrangeiros: Flaubert, Kafka, Shakespeare, Proust, Hermann Hesse, Gabriel García Marquez, José Saramago... Gosto apenas de lê-los para espairecer. CONTUDO, JAMAIS – SOB-HIPÓTESE ALGUMA – DEIXO-LHES RESSUSCITAREM DURANTE O MEU PROCESSO DE CRIAÇÃO.
Bruna Jones: Como você chega na decisão sobre o tema a abordar no seu livro? Qual é a parte mais demorada no processo de criação?
Marcus Deminco: Não vejo uma sequência lógica. Creio que, de alguma maneira desconhecida, tudo começa através de uma junção de ideias soltas que pareciam lixos mentais voando em minha mente. Em seguida, elas vão se reunindo por semânticas, cores e ideologias, antes de serem recicladas para virarem insights. Esses insights norteiam a composição da trama e propiciam o desenvolvimento. Entretanto, eu considero a parte mais demorada no processo de criação, o desfecho. Sobretudo, quando existe cumplicidade e apego entre o autor e seus personagens.
Bruna Jones: Você acredita que finalmente encontrou sua vocação ou acredita que ainda pode encontrar outra área de atuação, na qual ainda não se arriscou?
Marcus Deminco: HONESTAMENTE? ENCONTREI SIM! Não apenas a minha maior vocação, como também um amor que coexiste em outra vida. Mas deixe-me contar-lhe um pouco mais essa história (...). (...) Apaixonei-me perdidamente pela literatura e entre tamanha intensidade, vivenciamos tudo muito depressa. Passamos quatro anos casados e logo tivemos três belos filhos (livros). Todavia, infelizmente, eu havia esquecido que a literatura como toda arte é uma transfiguração da realidade. De repente, a bela LITERATURA NACIONAL, negociada por proxenetas impatrióticos disfarçados de editores nacionalistas tornou-se uma reles prostituta. Atualmente, enviamos mais de 2 bilhões de dólares como pagamento de direito autoral, aos Estados Unidos, enquanto eles nos pagam apenas 25 milhões. Isso sem esquecer que 80% dos livros comercializados hoje no nosso país passaram a ser de escritores estrangeiros. E quanto aos outros 20% restantes, são divididos da seguinte forma: as editoras para não arriscaram perder dinheiro priorizam reeditar livros de autores póstumos já renomados, e a outra parcela dos nossos autores nacionais é composta por oprobriosos jornalistas monotemáticos que pertencem, obrigatoriamente, a um dos quatro grandes grupos de mídia impressa nacional que – na mais ingênua coincidência – por pura ironia do acaso são os principais veículos midiáticos responsáveis pelas divulgações periódicas dos livros mais vendidos no Brasil. Tudo começou ainda nos anos 80: dos 100 livros de ficção listados entre os 10 mais vendidos no Brasil, 26 títulos pertenciam a 13 autores nacionais. Entre 1990 e 1999, dos 10 livros de ficção mais vendidos entre os 100 resultantes, tínhamos 48 títulos de 13 autores nacionais. Entretanto, no funesto mês de abril de 2010, misteriosamente, na lista dos 10 livros de ficção mais vendidos em nosso próprio país 10 eram de 10 autores estrangeiros. Será que, repentinamente e ao mesmo tempo morreram tantos autores nacionais assim? E se todos eles morreram será que não nasceu mais nenhum?
Marcus Deminco: No momento solitário do meu processo de criação, não permito a interferência de absolutamente NINGUÉM! Mas, tenho profunda admiração por inúmeros escritores, dos mais diversificados gêneros e de diferentes nacionalidades. Quanto aos nacionais, adoro a Clarice Lispector (embora fosse ucraniana), o Drummond, Fernando Pessoa, Mario Quintana, Jorge Amado, Luís Fernando Veríssimo, João Ubaldo, Fernando Sabino, Ariano Suassuna, Chico Buarque, Paulo Coelho e alguns outros que certamente acabei esquecendo. Já os estrangeiros: Flaubert, Kafka, Shakespeare, Proust, Hermann Hesse, Gabriel García Marquez, José Saramago... Gosto apenas de lê-los para espairecer. CONTUDO, JAMAIS – SOB-HIPÓTESE ALGUMA – DEIXO-LHES RESSUSCITAREM DURANTE O MEU PROCESSO DE CRIAÇÃO.
Bruna Jones: Como você chega na decisão sobre o tema a abordar no seu livro? Qual é a parte mais demorada no processo de criação?
Marcus Deminco: Não vejo uma sequência lógica. Creio que, de alguma maneira desconhecida, tudo começa através de uma junção de ideias soltas que pareciam lixos mentais voando em minha mente. Em seguida, elas vão se reunindo por semânticas, cores e ideologias, antes de serem recicladas para virarem insights. Esses insights norteiam a composição da trama e propiciam o desenvolvimento. Entretanto, eu considero a parte mais demorada no processo de criação, o desfecho. Sobretudo, quando existe cumplicidade e apego entre o autor e seus personagens.
Bruna Jones: Você acredita que finalmente encontrou sua vocação ou acredita que ainda pode encontrar outra área de atuação, na qual ainda não se arriscou?
Marcus Deminco: HONESTAMENTE? ENCONTREI SIM! Não apenas a minha maior vocação, como também um amor que coexiste em outra vida. Mas deixe-me contar-lhe um pouco mais essa história (...). (...) Apaixonei-me perdidamente pela literatura e entre tamanha intensidade, vivenciamos tudo muito depressa. Passamos quatro anos casados e logo tivemos três belos filhos (livros). Todavia, infelizmente, eu havia esquecido que a literatura como toda arte é uma transfiguração da realidade. De repente, a bela LITERATURA NACIONAL, negociada por proxenetas impatrióticos disfarçados de editores nacionalistas tornou-se uma reles prostituta. Atualmente, enviamos mais de 2 bilhões de dólares como pagamento de direito autoral, aos Estados Unidos, enquanto eles nos pagam apenas 25 milhões. Isso sem esquecer que 80% dos livros comercializados hoje no nosso país passaram a ser de escritores estrangeiros. E quanto aos outros 20% restantes, são divididos da seguinte forma: as editoras para não arriscaram perder dinheiro priorizam reeditar livros de autores póstumos já renomados, e a outra parcela dos nossos autores nacionais é composta por oprobriosos jornalistas monotemáticos que pertencem, obrigatoriamente, a um dos quatro grandes grupos de mídia impressa nacional que – na mais ingênua coincidência – por pura ironia do acaso são os principais veículos midiáticos responsáveis pelas divulgações periódicas dos livros mais vendidos no Brasil. Tudo começou ainda nos anos 80: dos 100 livros de ficção listados entre os 10 mais vendidos no Brasil, 26 títulos pertenciam a 13 autores nacionais. Entre 1990 e 1999, dos 10 livros de ficção mais vendidos entre os 100 resultantes, tínhamos 48 títulos de 13 autores nacionais. Entretanto, no funesto mês de abril de 2010, misteriosamente, na lista dos 10 livros de ficção mais vendidos em nosso próprio país 10 eram de 10 autores estrangeiros. Será que, repentinamente e ao mesmo tempo morreram tantos autores nacionais assim? E se todos eles morreram será que não nasceu mais nenhum?
Bruna Jones: Antes de encerrar a nossa conversa, vamos voltar ao tema de reality show, se em uma oportunidade chegasse em suas mãos um convite para o programa "A Fazenda" ou "BBB" você aceitaria enfrentar esse tipo de exposição novamente?
Marcus Deminco: CLARO! Eu nasci justamente pronto para a única coisa que a vida diariamente pode nos oferece: a IMPREVISIBILIDADE. Desde que a produção permitisse os meus medicamentos.
Antes de ir, ele também deixou um recadinho para a gente, olha só: "Saudade sofrida mesmo é a ausência daquilo que não se teve e a imprecisa lembrança do que não se fez. Isso sem esquecer a dolorosa angústia de uma vida inteira presumida: Relembrando as promessas solidificadas no desquerer do destino ou lamuriando por cada desejo não consumado. Porém, ainda pior, será a contaminação venenosa para a descrença no amanhã. Porque, somente amanhã redobra-se o otimismo, recicla-se a força e torna-se capaz de sonhar com tudo aquilo novamente." e se vocês quiserem continuar acompanhando ele, podem acessar o seu blog, clicando AQUI e AQUI, conferir sua página no Facebook AQUI ou para contatos profissionais, enviar um e-mail para marcusdeminco@gmail.com, combinado?
Marcus Deminco: CLARO! Eu nasci justamente pronto para a única coisa que a vida diariamente pode nos oferece: a IMPREVISIBILIDADE. Desde que a produção permitisse os meus medicamentos.
Antes de ir, ele também deixou um recadinho para a gente, olha só: "Saudade sofrida mesmo é a ausência daquilo que não se teve e a imprecisa lembrança do que não se fez. Isso sem esquecer a dolorosa angústia de uma vida inteira presumida: Relembrando as promessas solidificadas no desquerer do destino ou lamuriando por cada desejo não consumado. Porém, ainda pior, será a contaminação venenosa para a descrença no amanhã. Porque, somente amanhã redobra-se o otimismo, recicla-se a força e torna-se capaz de sonhar com tudo aquilo novamente." e se vocês quiserem continuar acompanhando ele, podem acessar o seu blog, clicando AQUI e AQUI, conferir sua página no Facebook AQUI ou para contatos profissionais, enviar um e-mail para marcusdeminco@gmail.com, combinado?
Escritor; Doutor Honoris Causa em Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Brazilian Association of Psychosomatic Medicine); Tutor de Programação Neurolinguística (PNL); Professor de Educação Física (CREF: 000014-P/BA) e Acadêmico em Psicologia.
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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