terça-feira, 3 de julho de 2018

Bruna Entrevista: 7x36 - Oscar Filho


Olá, olá... Tudo bom, minha gente? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista aqui no blog e hoje... Vocês vão dar uma bizolinha na conversa que eu tive com o humorista Oscar Filho, nós conversamos um pouco sobre a sua carreira, suas experiencias de vida e ainda vamos conferir sobre o que vem por ai. Olha que bacana? Foi uma conversa bem divertida e vale dar aquela conferidinha básica, vem comigo!

Bruna Jones: Vamos começar pelo começo... Como foi que você descobriu que você gostava e poderia criar uma carreira na área da atuação e do entretenimento?
Oscar Filho: Comecei na lavoura aos 8 anos de idade. Um dia peguei uma mandioca e imaginei que fosse um microfone. Apesar de desafinado, eu tinha alguma graça. Fui para a cidade grande com 22 anos, mas percebi que não era SP, era Mairiporã, uma cidade que ficava no meio do caminho. Só percebi 3 anos depois. Aí alguém resolveu me falar a verdade e, aí sim, fui pra SP. Comecei no entretenimento adulto aos 26 anos. Digo adulto porque fazia teatro infantil até então. Ou seja, querer não é poder.

Bruna Jones: Todo começo de carreira é um pouco difícil. Quais foram às dificuldades que você encontrou pelo caminho?
Oscar Filho: Tendo trabalhado na lavoura desde muito cedo, sempre tive problemas nas costas. O sol à pino também sempre foi um dificultador. Um dia, peguei uma cenoura, ergui aos céus e prometi pra mim mesmo: "Eu nunca mais terei um foco de luz em cima de mim.". Hoje em dia é o que eu mais tenho nos teatros pelo Brasil. A mãe Terra é sábia.


Bruna Jones: Você já possui uma carreira muito bem estabelecida na área do humor, a maior parte do seu trabalho até aqui é voltado para isso, mas... Você gostaria de poder diversificar um pouco e fazer parte de algum projeto em outro gênero da atuação?
Oscar Filho: Às vezes fico me imaginando apenas escrevendo... Algo que eu poderia fazer em qualquer parte do mundo que não dependesse da minha presença física. Ter uma publicação diária, ou escrever best-sellers... Seria incrível morar fora do país escrevendo histórias para as pessoas tirarem algumas horas de prazer e riso. Ou não.

Bruna Jones: Nem sempre o humor de um artista consegue atingir o público alvo, já aconteceu alguma situação constrangedora de você fazer uma piada ou comentário e ele acabar tomando um rumo diferente do que você esperava?
Oscar Filho: Sim, às vezes você mira a boca do estômago da pessoa pra fazer ela rir sem parar, mas acerta nas partes íntimas. Aí dói um pouco. Eu estava fazendo um show em Mossoró, RN, e tinha um bêbado numa poltrona da última fila. Ele estava atrapalhando bastante o show. Acredite, usei todos os recursos que eu pude para fazê-lo parar, mas tive que apelar. Disse algo parecido como "Você quer aparecer? Vem aqui em cima então fazer o show". As pessoas me vaiaram. Aí eu perguntei se ele não tava atrapalhando as pessoas e elas responderam que não!!! Aí eu disse: "Ah, então dane-se". E continuei e tudo voltou ao normal. Eu tinha certeza que ele estava atrapalhando quem queria ouvir, mas eu estava errado. Pelo menos para a maioria.

Bruna Jones: Seu material é todo escrito por você ou você recebe a colaboração de outras pessoas?
Oscar Filho: Tudo meu. Claro que eu mostro o material para outras pessoas pra sentir se está num caminho bom antes de eu levá-lo para o palco, mas é tudo autoral. Tem que ser. Roubar um material que não é seu, pra mim, é um crime no humor, apesar de não ter nenhuma consequência legal. Acho um desrespeito com quem criou sair fazendo o material dele por aí. Mas a nossa cultura tem disso: a gente reproduz piadas de salão porque a gente ouviu por aí. Então, a maioria tem a impressão que piada não tem dono. Claro que tem. Saiu a partir de um raciocínio e não é nada fácil fazer isso. Tudo me inspira. Se não inspira, eu tenho demorar um tempo em cima de algum assunto que eu acho que valha a pena. Por exemplo: Por que as etiquetas das roupas continuam tão grandes? Daqui a pouco vou alugar esse espaço para alguém usar como outdoor.


Bruna Jones: Artistas costumam ser bem autocríticos em seus trabalhos, você também é? Como lida com isso?
Oscar Filho: Muito. Pp. Jesus, como eu sou. Demais. Eu saio de um show que pra todo mundo foi bom achando que o meu precisava ser melhor. Chego em casa e fico pensando em como melhorar o texto e o acting. Acho que isso me atrapalha um pouco porque sou muito encanado, mas é bom também porque eu não me acomodo... Apesar de estar há 10 anos com o mesmo show de stand-up em cartaz, hahahahahahahahahahahah...

Bruna Jones: A fama nem sempre possui um lado bacana, às vezes você precisa lidar com um certo incomodo, como a mídia e a invasão de privacidade. Como é isso para você?
Oscar Filho: Não gosto quando estou transando e aparece gente debaixo da cama pra tirar uma selfie. Acho uma verdadeira invasão, principalmente se a pessoa quiser participar do coito. Já me disseram que eu fico de mimimi quando falo isso, talvez seja verdade.

Bruna Jones: De onde surgiu a ideia de escrever o livro "Autobiografia não Autorizada"? Existem planos de mais livros virem por ai?
Oscar Filho: Surgiu das pataquadas da minha vida. Já me ferrei muito e as histórias são engraçadas. Pelo menos eu quero que sejam. Aí tive a ideia de escrever um livro e que quem lesse, tivesse a impressão de que eu estivesse contando as histórias ali, ao vivo, pra ela. Como um personal stand-up. Quero escrever sim, o que escrevi ali em cima é sério! Eu vim da lavoura.


Bruna Jones: Você já participou de teatro, televisão, cinema... De tudo o que você fez ao longo de sua carreiro, qual projeto ou trabalho você possui mais carinho?
Oscar Filho: O projeto da minha casa. É demais pensar no lugar onde você vai passar muito tempo. Gosto muito de fazer fotos também. Entra lá no meu perfil do insta das minhas fotos: @soumhobby

Bruna Jones: Já estamos quase entrando no segundo semestre de 2018, algum plano ou projeto vindo por ai que você possa compartilhar com a gente?
Oscar Filho: O plano é me manter vivo para que eu possa ter outros mais longevos. Não que eu estava com um doença grave, mas é sempre bom se manter vivo. Queria muito aprender a fazer mousse!

Muito bacana essa conversa doida que nós tivemos, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho, olha só: "Enfiem a mão na buzina quando estiverem atrás de um carro da auto-escola. É bem divertido!"


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Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter no @odiariodebrunaj certo?

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