Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é ator, roteirista e humorista, estou falando do querido Henrique Fedorowicz, que aceitou vir aqui no blog compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem conferir!
Bruna Jones: Você sempre quis trabalhar no ramo do entretenimento e humor? Quais foram os maiores desafios do inicio da carreira?
Henrique Fedorowicz: Na verdade nunca fez parte dos meus planos "oficiais" de carreira. Nunca pensei em "viver disso". Entende? Apenas foi acontecendo conforme fui me encontrando como pessoa... Com certeza a principal dificuldade foi enfrentar a timidez. As primeiras vezes fazia de boné e olhando pra baixo. Eu sabia mais ou menos o que falar, mas olhar pra frente era muito difícil. Até hoje, dez anos depois, ainda fico na coxia pensando... "Será que eles vão rir?".
Bruna Jones: Quais eram os seus exemplos de carreira, no inicio da sua?
Henrique Fedorowicz: Sempre gostei de humor, porém só pensei "caramba, que cara f***, como seria legal se eu pudesse fazer EXATAMENTE ISSO AÍ, quando assistindo a série Senfield, via as entradas dele fazendo stand-up comedy ao longo dos episódios... Daí comecei a catar mais gente primeiro lá fora e depois no Brasil. Diria que lá fora são Seinfeld e Chris Rock. E aqui Claudio Torres Gonzaga, Fernando Caruso, Fabio Porchat, Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Bruno Motta e Diogo Portugal. Fui descobrindo esses "pioneiros" em 2006-2008, correndo atrás de cada um pessoalmente pra me apresentar, aprender e convencer cada um a deixar eu fazer também. Todos foram muito solícitos e companheiros. E graças a Deus, acho que aprendi Além disso encontrei alguns outros caras começando e que também foram essenciais. Nigel Goodman, Marcos Castro e Felipe Absalão são alguns deles. Em 07/08/2007 subi a primeira vez e nunca mais parei...
Bruna Jones: Entrar no cenário do humor até pouco tempo atrás era muito difícil, o que você acha que mudou neste ramo que o fez crescer tanto no Brasil?
Henrique Fedorowicz: A democratização dos espaços. O stand-up particularmente só precisa de um microfone. Meio que "dá pra fazer isso em qualquer lugar". E em especial, a internet.
Bruna Jones: Para a divulgação de trabalhos, humoristas, atores, etc... Dependem de veículos de comunicação. Para você, até que ponto esses veículos influenciam no trabalho de um artista?
Henrique Fedorowicz: Completando a resposta anterior, a internet cada vez mais assume o papel de protagonista nessa história, visto que você não depende de um empresário, uma pessoa, uma "máfia" ou um "poderoso grupo de mídia" pra expor seu trabalho. Ajuda e MUITO.
Bruna Jones: O que você acha do atual cenário do humor Brasileiro?
Henrique Fedorowicz: Em processo de maturação e adaptação aos "novos tempos" que a sociedade vive. Devem morrer/se adaptar com o tempo as piadas que NECESSARIAMENTE precisam de "um ofensor e um ofendido" pra funcionarem... Não é fácil e só se fala nisso há alguns anos. Os famosos "limites do humor"... Mas acho que naturalmente vai rolar...
Henrique Fedorowicz: A democratização dos espaços. O stand-up particularmente só precisa de um microfone. Meio que "dá pra fazer isso em qualquer lugar". E em especial, a internet.
Bruna Jones: Para a divulgação de trabalhos, humoristas, atores, etc... Dependem de veículos de comunicação. Para você, até que ponto esses veículos influenciam no trabalho de um artista?
Henrique Fedorowicz: Completando a resposta anterior, a internet cada vez mais assume o papel de protagonista nessa história, visto que você não depende de um empresário, uma pessoa, uma "máfia" ou um "poderoso grupo de mídia" pra expor seu trabalho. Ajuda e MUITO.
Bruna Jones: O que você acha do atual cenário do humor Brasileiro?
Henrique Fedorowicz: Em processo de maturação e adaptação aos "novos tempos" que a sociedade vive. Devem morrer/se adaptar com o tempo as piadas que NECESSARIAMENTE precisam de "um ofensor e um ofendido" pra funcionarem... Não é fácil e só se fala nisso há alguns anos. Os famosos "limites do humor"... Mas acho que naturalmente vai rolar...
Bruna Jones: Atualmente quase todo mundo acredita que é humorista. Quais as características que você acredita ser necessárias para a formação de um humorista de verdade?
Henrique Fedorowicz: Para vencer meus principais desafios fiz 2 anos de aulas de teatro. Noções de humor físico, expressões faciais, posicionamento, como falar, improvisar quando a plateia reage (bem ou mal), etc... Eu diria que TEATRO... Teatro é essencial... Obviamente você vai ter exemplos de gente com talento nato, mas mesmo esses, se fizerem teatro podem melhorar mais ainda...
Bruna Jones: Além de se apresentar você também cria o próprio conteúdo, não é mesmo? O que te inspira na hora de escrever?
Henrique Fedorowicz: Sim. Tudo meu é 100% autoral. É uma "regra" do stand-up e que com o tempo em alguns casos costuma ser quebrada (como comediantes grandes que acabam por fazer tanta coisa que fica até difícil do cara escrever e passam a contratar o que se chama de "ghost writer". Alguém que escreve e não aparece. Isso nos Estados Unidos já rola direto e creio eu que por aqui possa estar começando. Somos um mercado de dez anos... Ainda tem muita coisa pra acontecer... Mas eu ainda sou old style... Tudo meu. Talvez por não ser famoso e ainda ter tempo pra "viver normalmente". O que me inspira? O ônibus, o táxi, a padaria, a esposa, os filhos, os programas de televisão, as noticias, o cachorro, as situações do bar, a família... Ou seja, a vida em toda a sua completude e banalidade...(Profundo, hein?).
Bruna Jones: Você já teve a oportunidade de viajar e se apresentar em diversos lugares. Você tem uma apresentação ou viagem em especial na sua memória?
Henrique Fedorowicz: Três me marcam. Uma apresentação com o grupo Comédia em Pé, em São Luiz do Maranhão. Teatro Arthur Azevedo. Que lugar lindo. Uma apresentação em Curitiba com um colega que estava começando na televisão e acabou ficando famoso rápido porém tinha experiência ZERO com stand-up. O lugar lotou "por ter o cara da televisão". Digamos que ele achou que era "subir e falar umas besteiras" e "se f****" de verde e amarelo no palco e eu (que não era e continuo não sendo ninguém) arrebentei. Mostrou pra ele e pra mim muita coisa. E depois todas as que fiz no Comedians em SP. Não existe lugar melhor do que aquele pra se fazer stand-up no Brasil.
Henrique Fedorowicz: Para vencer meus principais desafios fiz 2 anos de aulas de teatro. Noções de humor físico, expressões faciais, posicionamento, como falar, improvisar quando a plateia reage (bem ou mal), etc... Eu diria que TEATRO... Teatro é essencial... Obviamente você vai ter exemplos de gente com talento nato, mas mesmo esses, se fizerem teatro podem melhorar mais ainda...
Bruna Jones: Além de se apresentar você também cria o próprio conteúdo, não é mesmo? O que te inspira na hora de escrever?
Henrique Fedorowicz: Sim. Tudo meu é 100% autoral. É uma "regra" do stand-up e que com o tempo em alguns casos costuma ser quebrada (como comediantes grandes que acabam por fazer tanta coisa que fica até difícil do cara escrever e passam a contratar o que se chama de "ghost writer". Alguém que escreve e não aparece. Isso nos Estados Unidos já rola direto e creio eu que por aqui possa estar começando. Somos um mercado de dez anos... Ainda tem muita coisa pra acontecer... Mas eu ainda sou old style... Tudo meu. Talvez por não ser famoso e ainda ter tempo pra "viver normalmente". O que me inspira? O ônibus, o táxi, a padaria, a esposa, os filhos, os programas de televisão, as noticias, o cachorro, as situações do bar, a família... Ou seja, a vida em toda a sua completude e banalidade...(Profundo, hein?).
Bruna Jones: Você já teve a oportunidade de viajar e se apresentar em diversos lugares. Você tem uma apresentação ou viagem em especial na sua memória?
Henrique Fedorowicz: Três me marcam. Uma apresentação com o grupo Comédia em Pé, em São Luiz do Maranhão. Teatro Arthur Azevedo. Que lugar lindo. Uma apresentação em Curitiba com um colega que estava começando na televisão e acabou ficando famoso rápido porém tinha experiência ZERO com stand-up. O lugar lotou "por ter o cara da televisão". Digamos que ele achou que era "subir e falar umas besteiras" e "se f****" de verde e amarelo no palco e eu (que não era e continuo não sendo ninguém) arrebentei. Mostrou pra ele e pra mim muita coisa. E depois todas as que fiz no Comedians em SP. Não existe lugar melhor do que aquele pra se fazer stand-up no Brasil.
Bruna Jones: Segundo semestre de 2017 chegou ai, mas ainda dá tempo de ter novidades, certo? Tem alguma coisa que você possa compartilhar com a gente?
Henrique Fedorowicz: Esse ano venho exercitando mais o lado de roteirista ao lado do meu amigo Marcos Castro. Tenho feito alguns videos com ele no canal dele no youtube. Coisas boas vem por aí :). O Standup continuo fazendo mas esse ano tá fraco. A famosa "crise"....
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Curti o estilo do blog. Entrevistas bacanas e foco no conteúdo. Ta tão difícil hoje em dia. Vivemos uma geração selfie-fake news-meme-montagem-sarrada no ar-ostentação e ver uma galera ainda curtindo conteúdo realmente me agradou muito. :) Viva a resistência! Pô, se tiver alguém que acompanha lendo, muito obrigado por isso! Digamos que é por vocês 3 que eu continuo!" E para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, ele também avisa: "No twitter é @henriquewicz. Facebook tem a página e Instagram odeio... Nem pensar kkk" beleza????
Henrique Fedorowicz: Esse ano venho exercitando mais o lado de roteirista ao lado do meu amigo Marcos Castro. Tenho feito alguns videos com ele no canal dele no youtube. Coisas boas vem por aí :). O Standup continuo fazendo mas esse ano tá fraco. A famosa "crise"....
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Curti o estilo do blog. Entrevistas bacanas e foco no conteúdo. Ta tão difícil hoje em dia. Vivemos uma geração selfie-fake news-meme-montagem-sarrada no ar-ostentação e ver uma galera ainda curtindo conteúdo realmente me agradou muito. :) Viva a resistência! Pô, se tiver alguém que acompanha lendo, muito obrigado por isso! Digamos que é por vocês 3 que eu continuo!" E para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, ele também avisa: "No twitter é @henriquewicz. Facebook tem a página e Instagram odeio... Nem pensar kkk" beleza????
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
Esse cara é phodastico. Gostaria muito de ser sua tia, madrinha, as duas juntas. Sei lá entende?
ResponderExcluirVOCÊ FICA CANSADO OU NERVOSO QUANDO VAI CRIAR TEXTO NO TWITTER?? POR QUE NÃO É FÁCIL
ResponderExcluirSE HOJE VOCÊ NÃO FOSSE COMEDIANTE O QUE VOCÊ PREFERIRIA SER??
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