segunda-feira, 27 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x50 - Gustavo Figueiredo


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? Convidamos o queridíssimo Gustavo Figueiredo pra conversar um pouco sobre a sua carreira musical, sobre suas inspirações e muito mais, foi uma conversa bem bacana que vocês conferem comigo, agora!

Bruna Jones: Você é compositor, pianista, tecladista e arranjador, mas antes da gente falar melhor sobre isso, vamos voltar... Qual foi o seu primeiro contato com a música e o que te fez perceber que isso poderia ser uma carreira?
Gustavo Figueiredo: Sempre gostei de música, desde pequeno. Adorava ouvir The Beatles, Queen, Elvis Presley.... Quanto eu tinha 12 anos de idade minha irmã ganhou um teclado dos meus pais e começamos a fazer aula. Ela desistiu e eu continuei, sempre me dedicando bastante. Lembro que levava o instrumento até em viagens de férias pra estudar. Realmente estava muito envolvido. Comecei a tocar na igreja e depois de um tempo entrei para uma banda gospel, onde foi minha primeira experiência tocando em diversas cidades e diferentes eventos. A partir dali eu percebi que a música não seria só um hobby pra mim. Quando sai dessa banda resolvi me dedicar totalmente a música. 

Bruna Jones: No universo da música existem diversos ritmos, gêneros e subgêneros. Você atualmente tem o seu trabalho mais voltado ao MPB e o Jazz, certo? Como foi que você acabou escolhendo centralizar a sua carreira mais para esse lado musical? Você chegou a se aventurar em outros ritmos?
Gustavo Figueiredo: Já toquei de quase tudo. Sertanejo, Axé, Música Cubana, Rock, Soul, Pop, Música Judaica, Gospel, MPB, etc. Chegou uma fase da minha vida que precisava focar no que eu realmente gostava e certamente isso a longo prazo me faria crescer e conseguir mais trabalhos nesses seguimentos. Foi o que aconteceu. Além de conseguir me dedicar ao meu trabalho autoral, onde faço jazz e música brasileira, trabalhei e trabalho com grandes artistas e músicos da MPB, Pop e Jazz. 

Bruna Jones: O início de carreira costuma ser um pouco mais complicado, principalmente para quem busca uma carreira artística, seja por falta de oportunidades ou até por instabilidade financeira... Como foi o início da sua jornada até agora?
Gustavo Figueiredo: Eu nunca parei os outros trabalhos pra me dedicar a minha carreira autoral. Sempre continuei tocando com outros artistas, trabalhando em estúdio e dando aulas. Acho que isso é totalmente possível. O músico, principalmente em início de carreira, tem que tentar se desdobrar ao máximo e foi o que fiz. Hoje continuo fazendo muita coisa, mas a grande maioria são trabalhos que me dão muito prazer em fazer. 

Bruna Jones: Artistas costumam ser bem perfeccionistas com seus próprios trabalhos e isso muitas vezes acaba atrapalhando um pouco o desenrolar de alguns projetos. Você costuma ser mais autocrítico? Se sim, como lida com isso?
Gustavo Figueiredo: Esse ponto é muito importante. Essa autocrítica tem que sempre existir, mas também não podemos deixar isso nos congelar. Já participei de trabalhos que não foram adiante por excesso de autocrítica e algumas vezes insegurança. Muitas vezes não fico totalmente satisfeito com o que eu faço, mas não deixo de lançar ou apresentar ao público. Hoje em dia não dá pra se esconder e esperar pra lançar um trabalho quando julgamos perfeito. Acho que temos que sempre buscar o melhor, mas também aceitar o que fomos capazes de fazer hoje. 

Bruna Jones: A vida de músico e compositor é feita de talento, criatividade e inspiração, o que costuma te inspirar na hora de compor?
Gustavo Figueiredo: A música por si só me inspira. Gosto de ouvir grandes músicos e compositores. É claro que algumas situações da vida já me inspiraram também. E a cabeça quando está mais livre de preocupações ajuda demais. 

Bruna Jones: Hoje nós vivemos um momento em que números de seguidores estão falando mais alto do que ter talento e compreensão do trabalho que está sendo realizado. Você acredita que as redes vem prejudicando o mercado musical ou elas acabam sendo apenas um complemento daquilo que você já produz?
Gustavo Figueiredo: Acho que muitas pessoas se apegam demais ao números de seguidores e curtidas, mas nem sempre isso traduz a realidade, ou que o trabalho está em um nível alto. A internet ajuda demais os músicos a mostrarem seus trabalhos e é legal procurar aquele público que realmente gosta do que você faz artisticamente. Isso não é fácil. 

Bruna Jones: Desde 2020 o mundo inteiro foi impactado por causa da covid e a sua profissão foi uma área que foi extremamente prejudicada neste período. Como foi para você esse momento de incerteza e que ao mesmo tempo, também trouxe maneiras criativas de continuar conectado ao seu público?
Gustavo Figueiredo: Foi um susto muito grande, afinal as contas não pararam de chegar e tenho uma família pra cuidar. Ainda bem que tinha uma reserva, que me ajudou no início. Depois de um tempo os trabalhos em estúdio começaram a voltar e me deu certo um alívio. Também fiz algumas lives, que era o que tínhamos naquele momento. 

Bruna Jones: No final do ano passado você lançou o seu álbum "Antes do Fim". Como foi o processo criativo por trás deste projeto?
Gustavo Figueiredo: Esse projeto me deu muitas alegrias pelo resultado alcançado. Gravamos algumas músicas que compus no ano de 2020 e outras um pouco mais antigas, além de novos arranjos para "Pássaro" do Djavan e "Lamento Sertanejo" do Dominguinhos e Gilberto Gil. Finalizei todos os arranjos no início de 2021 e nos preparamos para a gravação. O trio (piano/teclados, baixo e bateria) foi gravado ao vivo em 1 dia, com tudo registrado em vídeo. Foi um dia bem cansativo, pois o processo de captação dos instrumentos e passagem de som levou um bom tempo e ainda precisávamos nos concentrar para a execução das músicas. Esse processo de gravação ao vivo, exige muito da performance dos músicos, pois não poderíamos refazer os eventuais erros. É claro que fizemos mais de um take para escolhermos o melhor. Em outro dia fizemos as gravações das vozes, pelo Kadu Vianna e Marcelo Dai. Foi uma contribuição muito grande para o álbum esses dois grandes talentos. Eu mesmo trabalhei na finalização do áudio, edição, mixagem e masterização. 

Bruna Jones: Ao longo da sua carreira você já teve em diversos tipos de projetos, desde a carreira solo, como em trio, duos... Fazendo participações especiais e afins... Qual costuma ser a sua maior preocupação na hora de firmar uma parceria musical com outro profissional?
Gustavo Figueiredo: A primeira coisa é pensar em um profissional com uma linguagem que vai combinar com o trabalho. Outra preocupação é se esse profissional tem uma afinidade musical comigo e se ele é profissional de verdade em vários sentidos. Não basta apenas ser um bom músico. Precisa se dedicar ao trabalho, ser fácil no trato, saber ouvir, bom de horário e saber se adequar a diversas situações. Vaidade demais atrapalha. 

Bruna Jones: Felizmente a gente está conseguindo colocar nossos projetos em andamento novamente, após vários meses de incertezas por causa da covid, dito isso... Tem novidades suas vindo por aí? Algo que possa compartilhar?
Gustavo Figueiredo: Graças a Deus estou em uma fase de muitos trabalhos. Isso é ótimo por um lado, mas atrapalha um pouco a dar sequência a meus projetos pessoais. Um projeto que estou pra finalizar e lançar é um curso online de música brasileira para piano. Espero conseguir ainda este ano. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero agradecer aqueles que acompanham meu trabalho e convidar quem ainda não ouviu, que ouça meu álbum "Antes do fim" em qualquer plataforma digital e vídeo no YouTube. Quem puder deixar um comentário do que achou, é muito importante também." e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, basta procurar por @gustavofigueiredomusic no Instagram ou clicar AQUI para ir pro seu YouTube. Já para contatos profissionais, é só enviar um e-mail para gtvfigueiredo@gmail.com, beleza???

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x49 - Claudinei Quirino


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é bem especial, se você gosta de esportes e atletismo, com certeza conhece a trajetória do Claudinei Quirino, que é um dos grandes nomes da modalidade aqui no Brasil, mas se você não é familiarizado com o esporte, vem conhecer um pouco mais no papo que tivemos!

Bruna Jones: Hoje você é um dos atletas mais respeitados dentro da sua modalidade por causa da carreira que você construiu até aqui, mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar um pouco no início. Como foi que você decidiu que queria se tornar um atleta profissional? 
Claudinei Quirino: Quando eu comecei não pensei em ser atleta profissional, eu lembro que trabalhava em um posto de estrada e de repente apareceu um atleta por lá, destes que a gente sempre vê correndo nas rodovias... Ele parou para tomar água lá no posto, e um monte de garotas acabaram indo atrás para ver o rapaz, pois ele era bonito, forte... E nisso a curiosidade também me chamou e eu fui ver ele, parei pra conversar e saber o que ele fazia para ficar forte daquele jeito e ele me respondeu que era atletismo e que eu poderia fazer também, e me ensinou o local e como era, e eu fui. Se ele tivesse falado que era futebol, basquete ou qualquer outra coisa, eu teria ido também... E foi assim que aconteceu. Cheguei lá, me falaram que eu era talentoso, que corria bem e saltava bem, e fui acreditando... Até que me tornei atleta. Foi um simples fato de vaidade de querer ficar fortão e bonitão que acabou virando uma carreira. Forte até deu, bonito que eu acho que não deu muito certo, rs... Mas foi isso, foi por curiosidade que acabei começando o atletismo.    

Bruna Jones: No Brasil é difícil conseguir obter sucesso no esporte fora do futebol. Quais foram as dificuldades que você encontrou no início da carreira? 
Claudinei Quirino: As dificuldades são imensas, mas uma das principais que a gente encontra no atletismo é o patrocínio. O pessoal se pergunta o que é esse patrocínio? É o dinheiro pra você viver? É pra que? É o dinheiro pra viver, pra comprar... Pois quando você chega em um nível de treinamento é preciso abandonar o seu trabalho, pois ou você faz uma coisa ou outra, então você tem que viver somente do esporte. A prefeitura, alguns comércios locais e familiares que vão dando o suporte. Então a dificuldade é essa, é você arrumar o patrocínio, pois no atletismo você precisa trazer primeiro o resultado e em seguida vem o patrocínio, é diferente do futebol, onde você faz um gol ou a bola bate em você ali... Claro que com todo o respeito, pois tenho amigos que jogam e tal, mas daí já vira um craque e aparece um patrocinador. No atletismo é preciso correr no Brasil, correr lá fora, ganhar uma Olimpíadas, um Jogos Pan-Americanos, um Mundial e somente ai que os patrocinadores começam a aparecer.


Bruna Jones:
 Em algum momento você pensou em deixar o esporte de lado e tentar buscar uma nova carreira? O que te motivou a persistir em seu sonho?
Claudinei Quirino: Em várias vezes eu pensei em desistir do atletismo. Lembro que uma vez que vivia em Araçatuba, eu recebia pela prefeitura e tinha alguns salários atrasados, coisa normal de atleta, né? Ai um dia estava muito desanimado e conversei com um amigo meu chamado Toninho, dizendo que eu iria embora e ele falou que depois eu iria me arrepender disso, mas fiquei pensando no que iria fazer, pensei em trabalhar alguma coisa e seguir em frente, mas eu não tinha dinheiro pra isso, pra ir embora... Ai pensei que como estava em Araçatuba, ir até Lençóis Paulista era só pegar uma rodovia Marechal Rondon que era só ir reto e em quatro ou cinco horas pegando carona de carro conseguiria chegar, ou então tentar indo andando pela estrada até chegar lá. Mas ai não fiz isso, fiquei e insisti mais um pouco e graças a Deus essa insistência acabou me levando para voos mais altos, foi ali em Araçatuba que conheci o treinador Jayme Netto Júnior que me trouxe para Presidente Prudente e então comecei a minha vida esportiva.      

Bruna Jones: Mesmo antes de chegar nas Olimpíadas, você já estava conquistando outras medalhas em competições a nível mundial. Mas ainda assim, como foi para você estrear em um dos mais aclamados eventos esportivos e ainda sair de lá com uma medalha no pescoço? 
Claudinei Quirino: É verdade, antes das Olimpíadas eu já tinha sido campeão brasileiro, sul-americano, pan-americano, vice campeão mundial e medalha de bronze em campeonato mundial, fora outros eventos que eu fiz aqui no Brasil, na Europa e em outros países. Bom, estrear nas Olimpíadas com medalhas já, é uma coisa maravilhosa, uma sensação de dever cumprido, sabe? Sabe quando alguém fala "vai lá e faz" e você volta com tudo feito bonitinho. Mas você se pergunta, "você ganhou medalha de prata", então... Claro que a intenção era o ouro, mas naquele momento foi o que deu pra gente fazer com os nossos esforços, claro que respeitando o time dos americanos, eles eram muitos mais fortes que o nosso time, se você olhar o tempo deles, todos do revezamento já tinham corrido os 100 metros abaixo de 10. E se você pensar hoje em 2022 no Brasil, ninguém até o momento, espero que em breve alguém bata essa marca, mas até agora ninguém conseguiu fazer isso. Mas a sensação é maravilhosa, de dever cumprido.         

Bruna Jones: Ao longo de sua carreira você esteve nas Olimpíadas, Mundiais, Jogos Pan-Americanos e muitos outros através do mundo, apesar de estar fora do Brasil por questões de trabalho, você conseguiu aproveitar as culturas locais por onde passou? Tem alguma em especial que tenha te marcado? 
Claudinei Quirino: Eu viajei bastante, a América do Sul toda, fui na América do Norte, Oceania, Europa e outros lugares... Acho que ao todo foram 43 países. Mas assim, aproveitar de verdade não dá, se eu falar que sai e fiz tour cultura, é mentira, pois não dá. Quando você chega em um país, você faz a climatização e depois disso você compete, logo após a competição você já volta. Não tem como. Você não consegue bancar um mês depois da competição ficar passeando pela Europa, mas assim... Passeios pequenos até que dá para fazer, por exemplo, um lugar que gostei muito foi na Grécia onde visitei um pouquinho, quando fui em Roma estive no Coliseu, mas é um passeio bem curto. Na França fui na Torre Eiffel, mas nem cheguei a subir por causa da fila enorme, fui no Arco do Triunfo, então assim... Fui em alguns lugares, mas passear de fato não dá, infelizmente, rs...


Bruna Jones: Sendo tão jovem e conquistando tanto em sua carreira, a nível internacional, como foi para você se manter focado no seu objetivo e não acabar se perdendo no glamour que os status foram te trazendo, inclusive a fama?
Claudinei Quirino: Eu não era tão jovem, já tinha 19 pra 20 anos e depois disso, tudo aconteceu muito rápido na minha vida, aos 25 anos já estava correndo na Europa e tudo... E uma coisa que você perguntou que é interessante sobre não perder o foco, eu perdi sim... Teve um momento da minha vida em que perdi o foco, pois você imagina, um garoto que saiu do orfanato, que passou a maior parte da vida ali, de repente ganhando um dinheiro, que claro, não era um grande dinheiro como no futebol, mas era um dinheiro bom para quem não tinha nada, o que era o meu caso. Comprei uma casa, um carrão, uma moto, outro moto, outro carro, gastava muito com roupa... E quando estava no Brasil queria ficar saindo para boates e ficava deslumbrado, pois tudo aquilo era sonhos de infância, e eu não tinha ninguém para me aconselhar, para ter calmar e guardar dinheiro ou investir, pois a vida do esportista é curta. Mas ao mesmo tempo eu não queria mais treinar, achando que eu era artista, que eu já era o bom e chegava na competição e não ia tão bem, por causa da fama... Ela é meio traiçoeira, não é ruim, mas você precisa estar preparado e saber viver a fama, no meu caso, quando fiquei famoso, todo mundo me chamou para sair, gravações, mas não podia ter esquecido o que me levou a fama, que foi o esporte, então é preciso treinar, se você não treina e não for campeão, aquela sua fama acaba. Então sim, perdi o foco algumas vezes, mas graças a Deus sempre fui orientado em alguns momentos, mas já dei minhas pisadas de bola.            

Bruna Jones: Com o passar dos anos, você fez a sua transição para a televisão como comentarista. Como você lidou com essa transição? 
Claudinei Quirino: Até hoje eu não entendo como cheguei na televisão, eu estava aqui na minha cidade, parado e sem fazer nada, já tinha deixado de correr, ai um amigo meu chamado Caio que tinha um programa de televisão regional, que passa em televisão a cabo e um dia ele me chamou pra ir no programa, me deu um minuto para dar as noticias de esporte que aconteceram no final de semana, então eu decorava sobre futebol, basquete, colocava um pouco de atletismo, vôlei... Mas tudo de um minuto, e precisava ser decorado pra não ter cortes, só que ninguém assistia, pois era um programa de segunda a tarde, ou seja, no final de semana já tinha passado tudo sobre esse assunto, inclusive na própria segunda antes do nosso programa. E a emissora também não tinha muita audiência, mas eu me divertia, estava aprendendo e sigo aprendendo até hoje, pois estamos sempre aprendendo... E de repente um dia alguém da Globo me ligou, acho que tinham visto pela internet a minha participação no programa e me convidaram para comentar alguma coisinha, algo simples... Perguntaram seu eu tinha algum contrato com emissora, disse que não e até hoje faço trabalhos lá por contratos, no momento eu tenho um até o final do ano e assim estou ali já faz vários anos, aprendendo, comentando, falando de esporte, as vezes participo de algum programa, ou uma gravação e assim vai. A transição pra mim foi bem normal, mas eu acho que ainda sou muito tímido, mas é bom, pois a gente vai aprendendo... Eu gosto bastante da televisão, é um mundo que me fascina muito.       

Bruna Jones: Ainda sobre televisão, você já esteve cotado na mídia algumas vezes para participar de realities de confinamento, você já foi realmente convidado alguma vez? Aceitaria se fosse? 
Claudinei Quirino: Falando assim sobre reality e essas coisas de televisão, acho que uma vez o pessoal falou que eu estava cotado para ir na Record, em "A Fazenda" no começo dela, no momento eu juro que até fiquei um pouco empolgado por aparecer meu nome, mas ninguém da emissora chegou até a mim me convidando, só especulações da mídia. Mas eu acho que aceitaria, dependendo e conversando com a família, meus filhos e esposa. Acho que seria uma coisa boa mostrar um lado diferente para as pessoas, mas claro que dá medo de você acabar se perdendo um pouco naquele glamour, nas loucuras ali e se esquecer de quem você é, mas no meu caso, eu aceitaria sim.


Bruna Jones: Hoje você tem a possibilidade de influenciar de maneira positiva e direta na vida das pessoas através das redes sociais, seja compartilhando sua história ou até mesmo dicas profissionais e coisas deste tipo, diferente de quando você começou a sua carreira em que atletas dependiam mais da mídia para compartilhar suas histórias. Vendo as ferramentas disponíveis hoje, como é para você ter esse contato mais direto com o seu público e os futuros atletas do Brasil?
Claudinei Quirino: As mídias sociais são bem importantes, eu ainda uso pouco, mas estou aprendendo a trabalhar com essa ferramenta, pois eu viajo muito ministrando palestras, então viajo para escolas, orfanatos, creches... Qualquer lugar que me chamam eu sempre vou levando a minha história, eu tenho uma palestra chamada "Eu não nasci campeão" e nela eu conto um pouco da minha trajetória, pois algumas vezes você vê um atleta famoso, você pensa que ele ocorreu tudo certinho, que nasceu bem e não teve dificuldades na vida, então eu mostro os dois lados, as glórias e as dificuldades, sempre mostrando que existe uma saída para momentos difíceis que parecem nunca passar, as vezes você se encontra em um momento adverso se questionando sobre a vida e olhando a vida do outro, tentando buscar uma mudança... Nem sempre eu tenho a solução, mas sempre tento mostrar a minha vida como exemplo de superação.    

Bruna Jones: Felizmente, mesmo que aos poucos, nós estamos conseguindo retomar a nossa vida social e profissional, não é mesmo? E com isso, projetos podem ser colocados em prática e novidades surgem... Tem algo novo vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Claudinei Quirino: Infelizmente tivemos ai dois anos de pandemia, acho que atrapalhou o mundo inteiro e vocês viram os nossos atletas e todo o mundo tentando se virar do jeito que conseguiam, o Brasileiro foi bastante criativo se virando. Eu também parei um pouco de trabalhar, mais pela internet, mas esse ano eu estou com um projeto de visita, de esporte itinerantes, então ao invés da criança vir até a mim, eu que vou nos lugares, ministrando palestras e também fazendo algumas brincadeiras esportivas com professores e crianças, também ensino com alguns materiais quando eles não tem disponíveis, indico sites, como por exemplo da confederação esportiva, onde podem conseguir algum material de doação, falo como podem competir em lugares... Tento ser útil dentro da vida esportiva, procuro conferir as necessidades do local e tento ajudar dentro do possível, não só através de mim, como através de outros amigos atletas e pessoas que podem achar uma solução para aquele problema. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Eu gostaria de desejar tudo de bom para vocês, que seus sonhos sejam realizados. Tem sempre uma frase que eu gosto muito de falar, que é para quando você está um pouco desanimado ou triste, a frase é: Deus pode demorar, mas ele nunca chega atrasado. Então as vezes você está lutando e não vê a solução, acha que é melhor parar... Para mesmo... Descansa e vê onde você está errando e continua. Não desista. As vezes para melhorar, como no meu caso em milésimos de segundos, leva anos! Mas todo dia você tenta começar de novo e de novo e de novo. Se cansar para, descansa, mas continua. Não pare. Não desista." bacana, né? E se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @claudineiquirino1 e @claudineiquirinooficial no Instagram. Ele avisa que se vocês mandarem alguma mensagem ele demora um pouquinho para responder, mas ele responde. No TikTok é só procurar por @claudineiquirino também, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x48 - Jiang Pu


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é chef que participou da segunda temporada do "MasterChef" da Band, estou falando da querida Jiang Pu que vem compartilhar com a gente um pouco das suas experiências profissionais. Vem conferir tudo isso e mais um pouco, agora!

Bruna Jones: Você hoje possui uma carreira bem sólida como chef, mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar ao começo, sim? Como foi que você acabou iniciando a sua jornada gastronômica e acabou percebendo que gostaria de se tornar uma profissional desta área? 
Jiang Pu: Minha jornada de cozinha começou com a necessidade. Meus pais trabalhavam em comércio, eles trabalhavam de domingo a domingo, então tive que me vira para almoçar. Depois que peguei o jeitinho, comecei a fazer refeições para a família. Sentia muito satisfação depois de montar o prato, mas meu pai quer uma filha formada na USP, então, guardei como um sonho para ser realizado depois de aposentada. rsrs... Só que depois me formei e trabalhei na carreira, me senti muito deprimida, o momento da cozinha virou minha terapia. A partir dai tomei coragem de continuar nesse sonho. 

Bruna Jones: Na época que você começou a dar os seus primeiros passos na profissão em si, a carreira de um chef gastronômico ainda não estava muito em alta aqui no Brasil... Em algum momento você chegou a ter dúvidas em relação a sua escolha, por algum tipo de medo ou receio por se tratar de algo relativamente novo?
Jiang Pu: Na verdade a profissão é conhecido como cozinheiro, chef é um cargo para cozinheiro. Depois tomei decisão de trocar área de trabalho, a dificuldade é conseguir indicação para trabalho, e isso foi um do fatos que motivou para eu inscrever na programa de reality show. 


Bruna Jones: Muitas pessoas possuem a ideia errada de que para ser um chef basta saber cozinhar e conseguir fotos bonitas de seus pratos, o que é um absurdo, não é mesmo? O que você acha sobre essa ideia equivocada que a internet pode causar nas pessoas?
Jiang Pu: rsrsr... Esses são os blogueiros. A vida real do cozinheiro é pesado, mais de 10 horas de pé por dia, calor infernal ao lado do fogão ligado o tempo todo. Lavar, corta, cozinhar, server, limpar, ect. 

Bruna Jones: Além de talento e estudos, um outro ingrediente importante para a sua profissão é ter inspiração e criatividade. O que motiva essas duas coisas na sua vida e no seu trabalho?
Jiang Pu: Se a condição financeira do momento permitir, amo de viajar, conhecer ingredientes locais, historia cultural e óbvio, melhor os restaurantes locais. Caso não, gosto de ler também. Livros de receitas. 

Bruna Jones: Em 2015 você acabou participando da segunda temporada do "MasterChef" da Band. O que te motivou a participar da competição?
Jiang Pu: Principal motivo foi: Queria uma chance de trabalhar com comida, talvez conseguisse ganhar um pouco de publicidade no programa e no futuro um proposta de trabalhar em um restaurante dos chefs renomados. 


Bruna Jones: Para participar de um reality show, durante o tempo que for, os participantes precisam abrir mão de algumas coisas para estar à disposição da produção durante o período de gravação. Você teve que mudar algo na sua vida para participar do "MasterChef"?
Jiang Pu: Na época da gravação não éramos confinados, podíamos voltar todos os dias para nossas próprias casas, eu era jovem, estava noivada, planejando casamento, rsrsr... Nessa questão, não foi sofrido pra mim. 

Bruna Jones: Nos últimos anos, a "reciclagem" de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de "A Fazenda" ou "BBB", por exemplo, ou ainda de uma nova temporada com antigos participantes do "MasterChef Brasil"?
Jiang Pu: Tive convite de "A Fazenda" depois que terminou o "MasterChef", mas não aceitei pois não queria esse tipo de exposição da minha vida. 

Bruna Jones: Hoje você possui a oportunidade de dividir seu conhecimento gastronômico com diversas pessoas em diversas plataformas diferentes, seja no YouTube ou nas redes sociais. Como é para você ter esse espaço para entrar na vida do seu público e poder fazer alguma diferença através das suas receitas?
Jiang Pu: Acho que nesses casos sou mais "responsável", tento repassar receitas fáceis com origem oriental, sem muita complicação. Mais técnicas e menos entretenimento.


Bruna Jones: Infelizmente o mundo inteiro atravessou um período bem difícil por conta da pandemia desde março de 2020, com diversas limitações. Como uma pessoa que trabalha diretamente com o público, como foi esse período para você?
Jiang Pu: Tive que manter meu foco para as minhas filhas, na época uma com 3 anos e outra com 5 meses. 

Bruna Jones: Felizmente, mesmo que aos poucos, nós estamos conseguindo retomar a nossa vida social e profissional, não é mesmo? E com isso, projetos podem ser colocados em prática e novidades surgem... Tem algo novo vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Jiang Pu: Estou fazendo uma mini sequência de receita chinês no Instagram, junto com institutos chineses. Além disso estou prestando consultoria para um rede de comida chinesa. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Sempre tem um sonho que precisamos lutar para realizar." e se vocês quiserem continuar acompanhando ela nas redes sociais, é só procurar no Instagram por @pu.jiang1, beleza?


Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x47 - Carlos Carrasco


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é mega especial! Convidei o queridíssimo Carlos Carrasco para vir conversar um pouco sobre a sua carreira e algumas experiências que ele teve ao longo dos anos, e olha? Ficou bem bacana essa conversa! Vem conferir comigo.

Bruna Jones: Hoje em dia você é um consagrado artista na área da maquiagem e hairstylist, mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar um pouco... Como foi que você acabou se interessando por essa área artística e o que te motivou a buscar uma carreira?
Carlos Carrasco: Eu acho que já nasci artista da beleza, rsrsrs... Desde muito pequeno, já tinha uma queda por maquiagem e cabelo, lembro que quando criança, cortava os cabelos da bonecas das minhas irmãs, e cortava o cabelo delas também, rsrsrs, foi um caminho natural acho, aos 17 anos trabalhava como assistente de um cabeleireiro famoso na minha cidade, fiquei com ele até os 19 anos, foi quando ele me disse, voa meu filho, esta cidade é pequena pra você, eu acreditei e fui para São Paulo tentar a vida, então desde pequeno tenho paixão por beleza, segui o meu coração. 

Bruna Jones: Início de carreira costuma ser um pouco mais complicado, principalmente para quem busca uma carreira artística, seja por faltas de oportunidades ou até mesmo por instabilidade financeira... Como foi o início da sua jornada até aqui? 
Carlos Carrasco: Meu início em São Paulo não foi fácil, passei por vários salões, precisava me manter na cidade, e trabalhar com moda e audiovisual era meu objetivo, tive muitos nãos na minha vida, mas isso não me esmoreceu, continuei firme na meu propósito, desistir não estava no meu vocabulário. As oportunidades eram poucas naquela época, e os círculos de trabalho eram bem restritos, só conseguia trabalhar quem tinha amizade com alguém que pudesse te indicar, eu era novo na cidade, não conhecia muita gente, foram dias difíceis, São Paulo é uma selva de pedra e te engole fácil, insisti tanto no meu propósito, e acabei conhecendo gente, fazendo amizade e por consequência começaram a me indicar, mesmo sem experiência eu enfrentei de cabeça erguida errando e acertando. Tenho orgulho do que vivi!! 

Bruna Jones: Todo artista costuma ser um pouco rigoroso e perfeccionista em relação ao seu trabalho, você também costuma cobrar mais de si mesmo? 
Carlos Carrasco: A cobrança do melhor, é uma constante na minha vida, nunca gosto do que faço, acho sempre que poderia ficar muito melhor, aí para não sofrer, costumo não ver o trabalho publicado ou no ar nas estréias ou assim que sai, um editorial de moda, uma novela, ou mesmo um desfile, faço e vejo dias depois, com este tempinho meu olhar está mais manso e não me cobro tanto. (Isso não quer dizer que não me cobre, rsrsrs) 

Bruna Jones: Muita gente acaba tendo a ideia errada de que para trabalhar com maquiagem e cabelo, basta ter os equipamentos necessários, porém, é preciso ter muito mais do que isso, é preciso ter talento e aprimoramento de técnicas, não é mesmo? Como você classificaria um bom profissional da área?
Carlos Carrasco: A técnica é muito importante para um bom profissional, mas, eu sempre digo que para ser um bom profissional, além da técnica temos que treinar nosso olhar, entender de proporção e harmonia, sem isso a técnica não vale nada. 

Bruna Jones: Inclusive entre as décadas de 80 e 90 você teve a oportunidade de estar fora do Brasil para aprimorar os seus conhecimentos artísticos e aprender com os melhores cursos do momento. Como foi para você ser um brasileiro buscando uma oportunidade em países que possuem culturas tão diversas?
Carlos Carrasco: Quando eu migrei para Europa, fui para me aperfeiçoar em técnicas e buscar novos olhares, acho imprescindível que o profissional busque constantemente aperfeiçoamento, nestas buscas sempre encontramos algo que cabe na nossa mão, a identidade do profissional é muito importante, ter uma assinatura em tudo que faça, eu acho que estas viagens que fiz ao exterior, me trouxe algo que na moda falamos muito, o DNA, fui colhendo técnicas de vários profissionais renomados, e peneirando tudo que via, achei meu caminho na beleza. Nunca é fácil ser um estrangeiro e um país de cultura completamente diverte do seu, mas é rico para sua cultura, é rico para sua profissão, faz com que você olhe diferente para o que faz, eu aconselho todos a, se tiver oportunidade, saiam pelo mundo colhendo informação e cresça profissionalmente e como pessoa também. 

Bruna Jones: Imagino que com tantas viagens e experiências adquiridas no decorrer da sua carreira, você tenha passado por alguns momentos inusitados ou engraçados, você poderia compartilhar uma dessas histórias com a gente?
Carlos Carrasco: Vivi momentos inusitados na China, tive a oportunidade de ir, trabalhar e estudar lá, eu não falo Mandarim então imagina a loucura, poucos falavam em inglês lá também, então toda a comunicação era na mímica, em um dia fiz um gesto para me comunicar, e a chinesa que estava comigo ficou apavorada, eu não entendi nada, só queria ter uma informação técnica de maquiagem do teatro chinês (Estava dentro do teatro chinês fazendo um workshop, com os atores da peça, alguns já faziam o mesmo personagem a mais de 40 anos) o meu gesto foi um xingamento e eu não sabia, a chinesa gritou muito comigo, fiquei muito envergonhado pedi desculpas, morri de vergonha. No final me chamavam de brasileiro linguarudo, rs... 

Bruna Jones: Com o seu trabalho você acaba influenciando diretamente e indiretamente na vida de diversas pessoas que buscam uma autoestima melhor, como é para você poder contribuir um pouco para o bem estar do próximo?
Carlos Carrasco: Uma das coisas que mais amo na carreira da beleza, ajudar as pessoas a recuperar auto estima, para mim é o melhor da nossa profissão, me sinto honrado em poder fazer o bem a alguém, e talvez esse seja o maior motivo para eu amar tanto assim a profissão. 

Bruna Jones: Falando em influência, para fazer o seu trabalho, além de talento, é preciso ter criatividade e inspiração. O que costuma te inspirar no seu dia a dia?
Carlos Carrasco: Inspiração é o que me move, busco inspiração nas ruas, em pessoas que não conheço, ou até conheço, gosto de olhar tudo, como as pessoas se vestem ou prendem os cabelos, como se maquiam, sempre achei que a melhor inspiração está nas ruas, nos cruzamentos das ruas, nos bares, restaurantes, onde tiver pessoas existe inspiração, mas também não posso esquecer, de museus e exposições de arte que me inspiram muito.


Bruna Jones: Ao longo da sua carreira você teve a oportunidade de trabalhar com diversos artistas e emissoras, tem algum trabalho nesta área que tenha sido o seu favorito ou que você tenha algum carinho mais especial?
Carlos Carrasco: Não tenho um trabalho específico que seja o favorito, costumo dizer que o trabalho que estou envolvido naquele momento é o que me deixa em estado de felicidade, mas tem um que marcou muito, fiz uma novela na Record TV a pouco tempo, Gênesis, e foi um trabalho que me tirou da zona de conforto, estudei muito, fui entender como eram as pessoas naquele período da humanidade, o que eu poderia fazer, quais técnicas me ajudaria a criar a verdade para o projeto, foram mais de 400 personagens, então pra mim foi um trabalho que me marcou bem. 

Bruna Jones: Felizmente a gente já está conseguindo se estabilizar um pouco em relação ao tempo que precisamos ficar em isolamento social, dito isso, tem novidades vindo por aí? Algo que possa compartilhar com os seus fãs?
Carlos Carrasco: Amooooooo, tem sim, a única coisa que posso dizer por enquanto, que o meu próximo projeto, vai ser a minha maior realização, a democratização do visagismo. Em breve teremos franquias de VISAGISMO pelo país. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero dizer que não desistam dos seus sonhos, não desistam de fazer o que seu coração pede, seja grato a vida, e toda minha gratidão e amor, a todos que me querem bem." e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, é só buscar no Instagram por @ccarrasco01, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x46 - Wagner Tamborin (Bág Ilustrador)


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é bem especial, principalmente se você cresceu nos anos 90 e ama tudo o que envolvia a cultura naquela época, como Tazos, Guaraná com Brinquedo e claro, Pokémon! Convidei o querido Wagner Tamborin, o Bág Ilustrador, que fez toda uma região de Pokémons inspirados no Brasil, vem conhecer um pouco mais dele e do seu projeto!

Bruna Jones: Neste ano você ganhou a internet ao nos apresentar a "Bágdex", um projeto que pegou bem no coração de todos, mas antes da gente falar mais sobre, vamos voltar ao início. Você é ilustrador. Como foi que você acabou se interessando pela profissão?
Wagner Tamborin: Eu gosto de desenhar desde que me entendo por gente. Desde pequeno eu me sentava na frente da televisão e copiava os desenhos que passavam na televisão. Eu sempre tive o desenho na minha vida como hobby. A ilustração só foi ser 100% meu ganha pão quando eu saí da faculdade (fazia Engenharia de Software) pra viver disso, em 2019. 

Bruna Jones: Você conseguiu trabalhar para grandes empresas e projetos antes de conseguir se firmar com o seu próprio projeto, a "Bágdex". Qual foi a importância de ter essa experiência ampla antes de tomar a frente de algo tão grande como esse projeto já se tornou e continua a crescer?
Wagner Tamborin: Mesmo eu não ter seguido na área de TI, a faculdade foi um momento em que tive muitas oportunidades de networking. Fizemos na época uma empresa de desenvolvimento de jogos, onde eu era o artista, e isso nos proporcionou projetos bem bacanas e conhecer pessoas bem legais (Irmãos Piologo, Mauricio de Sousa etc.). Depois disso, já como ilustrador freelancer, eu usava a técnica do "fiz isso pra você, se gostar podemos fechar uma parceria pra fazer mais" com praticamente todos os clientes grandes que eu atendi (Luba, Canal PeeWee, Observatório Potter etc.). Uma vez que você tem um bom trabalho feito e exposto no portfólio, um cliente vai chamando o outro. 

Bruna Jones: Falando sobre a "Bágdex" agora, como foi que você acabou decidindo escolher esse segmento de personagens para criar e compartilhar com o seu público?
Wagner Tamborin: Foi por um acaso. A Bágdex surgiu de uma brincadeira no TikTok, onde resolvi desenhar um Bem-te-vi como Pokémon por causa do meme que estourou em 2021. O vídeo viralizou e começou a virar uma bola de neve de sugestões para mais monstrinhos brasileiros no mesmo estilo. Depois disso, o projeto foi ficando cada vez mais sério, e 8 meses depois eu tinha 151 Bágmon inspirados no Brasil. 

Bruna Jones: A "Bágdex" começou com as imagens lançadas para a Internet e com o passar do tempo, o projeto foi crescendo ao ponto de você já ter uma loja de produtos oficiais. Olhando agora para o início da sua jornada, como você se sente com todo esse reconhecimento e com o fato de as pessoas terem abraçado o seu projeto junto com você?
Wagner Tamborin: O alcance e as portas que a Bágdex está abrindo para mim, e agora com as pessoas que estão junto comigo na equipe, são coisas que eu jamais imaginei quando comecei o projeto. A maior parte disso foi possível graças à aceitação e a identificação do público com o projeto. 

Bruna Jones: Apesar dos personagens terem sido lançados em um tempo relativamente pequeno, o projeto em si durou muito mais, certo? Tanto para construir os personagens fisicamente quanto para a pesquisa de base. Como foi esse período de construção do projeto?
Wagner Tamborin: A partir do momento que o projeto ficou sério, eu entrei em um ciclo de pesquisa e produção para cada um dos Bágmon. Alguns monstrinhos carregam aspectos culturais, informações importantes e dados científicos que não podem ser apresentados de qualquer forma. Isso demandou 8 meses de produção, em uma janela de tempo bem reduzida, pois fazia e ainda faço as coisas da Bágdex no meu tempo livre, já que trabalho full time em uma empresa de desenvolvimento de jogos hoje em dia. 

Bruna Jones: Artistas em geral precisam contar bastante com a inspiração e talento. O que costuma te inspirar no seu dia a dia? Além disso, existe muita autocrítica e perfeccionismo. Como você lida com isso?
Wagner Tamborin: Confesso que a maioria dos Bágmon eu não tive muito empecilho para produzir, afinal, eles são baseados em coisas da nossa vida, do nosso cotidiano. Eu morei em fazenda até os meus 18 anos de idade, tive muito contato com coisas do interior e animais, isso me ajudou bastante. Fora as sugestões do pessoal, muita gente dava as mesmas sugestões, eu usava isso como termômetro para saber qual Bágmon seria o próximo/mais pedido. A questão da autocrítica atrapalhava um pouquinho, alguns que eu fiz lá no começo eu tive que redesenhar agora no final, pois depois de desenhar mais de 100 monstrinhos a minha técnica melhorou, e os primeiros estavam muito destoantes da qualidade dos últimos. 

Bruna Jones: Com esse projeto, além de chamar a atenção do público, você também chamou a atenção de grandes marcas e artistas, entre tudo o que a "Bágdex" já te proporcionou, qual foi o acontecimento que ainda "não caiu a ficha" pra você?
Wagner Tamborin: Acho que a proporção do projeto como um todo ainda não caiu a ficha. Pessoas que eu sou fã a anos da internet conhecendo o meu trabalho, fazendo vídeos, vendo e conhecendo minhas criações... a um ano atrás eu nunca imaginei que ia trocar DM com a Nilce, por exemplo, e do nada estou eu, no meio de uma feira aqui da cidade conversando com ela sobre o projeto. É surreal e muito satisfatório pra mim como artista ter esse reconhecimento. 

Bruna Jones: Sei que você finalizou a primeira geração recentemente e ainda tem muito trabalho vindo pela frente em cima desses primeiros personagens, mas sabe como é, né? Estamos ansiosos e adoramos spoilers. Você poderia dar um pequeno spoiler que seja sobre o que tem em mente para a segunda geração?
Wagner Tamborin: De fato, muita coisa ficou de fora, afinal, o Brasil é um país imenso e muito rico culturalmente, eu chuto que não arranhei nem 10% da superfície da nossa riqueza cultural e natural. Fora os Bágmon que foram esboçados e acabaram não cabendo na primeira geração. Para a segunda, quero explorar mais a parte de insetos e plantas, além de buscar mais coisas do nosso folclore e cultura indígena. 

Bruna Jones: Querendo ou não, por causa do seu trabalho na internet, você acaba se expondo para o seu público, você deixa de, digamos, "ser uma pessoa comum" e se torna um rosto conhecido e que gera um retorno dos seus telespectadores. Como você lida com essa atenção que você recebe?
Wagner Tamborin: Eu tenho um certo conforto para gravar vídeos, falar em público, pois já fui professor, já dei palestras, então quando alguém me aborda para falar sobre o projeto eu fico muito feliz! Eu entendo que eu tenho uma certa responsabilidade que antes eu não tinha. Eu tenho crianças, pais e professores me acompanhando, não posso mais me dar ao luxo de “postar o que eu quiser” sem pensar em como esse pessoal vai receber esse conteúdo. É um cuidado especial a mais para o que eu faço, e para mim, é algo muito positivo. 

Bruna Jones: Felizmente a gente está conseguindo colocar projetos em prática novamente depois de um longo período de incertezas, dito isso, tem novidades suas vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Wagner Tamborin: Nossa campanha de financiamento coletivo estará no ar em breve para todos que quiserem apoiar o desenvolvimento do jogo da Bágdex. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Eu gostaria de agradecer a cada um que me depositou esse voto de confiança em comprar a ideia da Bágdex e a seguir o meu trabalho. Muitos dizem que números de seguidores não importam, mas para mim, importam e muito! Cada seguidor novo é uma pessoa que comprou a ideia do projeto e espera ver mais sobre isso, e sem todas essas pessoas que estão me acompanhando hoje, nada disso estaria acontecendo. É um projeto que se forjou junto com a comunidade, e será assim sempre. Quem tá chegando agora, já puxa um banquinho aí na nossa roda, porque eu tenho certeza de que você vai se identificar!" e se quiser encontrar ele nas redes, ele também avisa: "Meu Instagram, TikTok, Twitter e Twitch são @bagilustrador. Lá vocês encontrar um link na minha bio para todo o meu conteúdo e para as novidades do projeto.", bacana né?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x45 - Polly Marinho


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é uma atriz premiada da nova geração, que esteve recentemente no reality show "The Bridge Brasil" e aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, estou falando da maravilhosa Polly Marinho. Vem conferir o nosso papo!

Bruna Jones: Você começou a sua carreira na televisão em 2009 ao participar de "Caminho das Índias" que acabou lhe rendendo um prêmio de atriz revelação. Mas antes da gente falar sobre isso, vamos voltar um pouco mais. Qual foi o seu primeiro contato com as artes cênicas e o que te fez desejar buscar uma carreira nesta área? 
Polly Marinho: Meu primeiro contato com as artes cênicas foi aos 12 anos no Tablado, quando entrei pra escola. Na verdade foi antes, pois a minha avó queria tanto que eu entrasse para o Tablado que ela me colocou em uma escola antes para não chegar lá crua, então aos 12 anos já estava fazendo peças e tudo mais, fazendo testes na Globo também, pois produtores de elenco sempre apareciam por lá.   

Bruna Jones: A gente sabe que construir uma carreira artística no Brasil é mais complicado, principalmente no inicio. Como foi o inicio da sua jornada? Quais foram as principais dificuldades que você encontrou pelo caminho? 
Polly Marinho: Construir uma carreira no Brasil é complicado, ainda mais se você for uma pessoa negra, né? Ai é três vezes mais difícil ou até mais. Eu ainda tive alguns privilégios alcançados pela minha família, por morar em um bairro rico, poder fazer uma escola que era a maior que tinha, onde as pessoas iam buscar novos talentos, então tive esse privilégio e estar em um bairro com diversos artistas, além da minha mãe que trabalhava como continuísta na Rede Globo, que apesar dela nunca ter conseguido nada pra mim, ela tinha muitos amigos conhecidos, diretores, produtores, atores... Então nesse meio, não tive regalias, mas era muito querida por essas pessoas. Eu acho que o mais difícil na minha caminhada foi lutar contra o racismo dentro da classe, dentro do meio audiovisual, onde a gente fica estereotipada pegando sempre os mesmos papéis como empregada, escrava, ou gordinha feia que não tem namorado, melhor amiga da protagonista... E isso é algo que luto até hoje para fugir desses enquadramentos que a mídia impõe pra gente. 


Bruna Jones: Como eu disse no começo, você iniciou a sua carreira com "Caminho das Índias" e logo de cara já recebeu o reconhecimento tanto do público quanto de profissionais em sua volta. Como foi vencer o prêmio "Prêmio Qualidade Brasil" por esta personagem?
Polly Marinho: Esse personagem realmente foi muito importante pra mim, porém não foi o meu primeiro. Eu já tinha feito "Malhação" com a Priscila Fantin, uma outra participação em uma novela que esqueci o nome agora, mas "Caminhos da Índia" foi incrível pra mim, até pelo fato de ter trabalhado com o meu amigo Babu Santana, meu melhor amigo Sidney Santiago, eu era ali do núcleo do Bruno Gagliasso que também era meu amigo, pois estudamos juntos no CÉU, muitos amigos queridos. Ganhar esse prêmio foi muito legal e especial, pois abriu diversas portas pra mim, acabei não passando batido, sabe? Um mês depois que acabou a novela eu já estava fazendo "Malhação", então realmente foi muito bom, eu tenho muito carinho por esse personagem, apesar de achar que ele acabou ficando um pouco apagado na história, pois depois diversos atores continuaram fazendo personagens com a Glória e a minha personagem mesmo com muito sucesso não foi muito reconhecida como a de outros atores, mas realmente, ela está em meu coração.      

Bruna Jones: Desde então você não parou mais, fazendo diversas personagens, tanto na televisão quanto no cinema. Como costuma ser o seu processo criativo quando recebe uma nova personagem pra interpretar? 
Polly Marinho: O processo criativo depende de cada trabalho, né? Tem diretores que gostam de trabalhar mais com os atores, outros menos, tem personagens que já vem prontos, que são mais difíceis de construir... Realmente eu fiz várias coisas diferentes e acho que o trabalho de construção depende mais de cada personagem e de cada diretor.   

Bruna Jones: Entre as personagens que você já fez, existe alguma que seja a sua favorita e alguma que tenha sido a mais difícil que você teve que fazer? 
Polly Marinho: Pra mim, os personagens mais difíceis e que eu me doou mais, são os personagens de teatro pelo fato de que os personagens que faço na televisão e no cinema até agora são personagens mais engraçados e divertidos, leves... E eu já tenho uma facilidade para a comédia, apesar de não ser o meu estilo predileto, prefiro fazer drama, mas como já tenho a facilidade para a comédia, fica mais fácil fazer essas personagens. No teatro é mais difícil, pois é um trabalho mais técnico, onde faço drama, tenho que fazer laboratório, são textos mais pesados... O personagem que eu mais gostei de fazer até hoje foi a Tatiana do texto do Gorki em "Os Pequenos Burgueses" onde era uma personagem mais pesada, dramática e carregada, pra mim foi difícil pois é o completo oposto de mim, tinha que chorar muito e adequar a minha técnica de choro para ter o gatilho de chorar quando quisesse, acabamos viajando a Europa, então pra mim é a personagem que tenho no meu coração, onde fizemos com o grupo "Nós do Morro". 


Bruna Jones: Neste ano você esteve em uma situação diferente, você foi uma das participantes da primeira temporada do "The Bridge Brasil". O que te motivou a participar do reality show da HBO Max?
Polly Marinho: O que motivou a fazer o reality show foi dinheiro, rs... Nós artistas tivemos um cachê para participar, já que né? Por qual motivo largaríamos nossas casas, nossos filhos, nossas coisas, pra se meter naquela doideira? Nós ganhamos um cachê, agora pra quem não era artista eu acho que foi um cachê mínimo, mas a gente ganhou um cachê mesmo, pois eu não iria de graça pro meio do mato só para aparecer, rs... Até pelo fato de não ser o tipo de trabalho que eu faço, tanto o prêmio quanto o cachê para participar me motivou, e eu gosto muito de desafios, não é o primeiro reality show, eu já fiz alguns antes, mas é bem difícil eu conseguir falar não para convites, só depois que eu vejo a furada que eu me meti, rs... Mas foi muito interessante o "The Bridge", mas o que me motivou mesmo foi o cachê, pois é o que me motiva todo dia, como boa capricorniana.    

Bruna Jones: Diferente dos realities que estamos acostumados a assistir, o "The Bridge" foi completamente gravado e editado, ou seja, vocês não tinham controle nenhum sobre o que iria ser exibido e nem da narrativa do programa. Como foi para você abrir mão da sua imagem, sabendo que sua participação poderia ser interpretada de diversas maneiras? 
Polly Marinho: Eu fui quem eu realmente sou, não fiz personagem como teve gente lá que criou, teve gente sim, que estava ali fazendo uma imagem de "gente boa", "coletivo" e não era nada. Não está em nossas mãos, então eu não ligo muito e lido bem, costumo falar que se não tem remédio, remediado está. rs... Então eu não sofro muito não, sofri lá dentro e vivi as situações, mas não estava me importando com o que pensariam de mim pois estava sendo eu mesma, fui eu mesma e acredito ser uma pessoa do bem, mas claro que tenho meus defeitos, inclusive pude vê-los também, como falar alto e ser muito dramática, mas assim... Sai de lá com a minha consciência tranquila, fui eu o tempo todo, essa pessoa emocional, amorosa, carinhosa... Não fui personagem, eu sou assim e meus amigos sabem que eu sou assim, rs...        

Bruna Jones: Aliás, falando em edição... Você chegou a acompanhar o programa quando foi lançado? Ficou surpresa com alguma coisa que tenha assistido? 
Polly Marinho: Acompanhei. Eu estava muito ansiosa, a gente gravou esse reality show a um ano atrás, então a gente achou que ele acabaria sendo lançado no mesmo ano, só que mais pro final em novembro e o tempo passou, mil coisas aconteceram, ele não estreava de jeito nenhum, ficamos muito ansiosos. Então quando estreou eu assistia na madrugada mesmo quando era lançado, muita ansiedade. Fiquei surpresa com muitas coisas, com a edição, com alguns comentários que não vimos, que foram feitos em confessionários, pois a gente convivia ali juntos, mas todo dia éramos chamados para comentar algumas coisas em um local próximo, porém separados, então teve alguns comentários que fiquei surpresa, mas não levei nada pro coração ao ponto de ficar magoada. A única coisa que me chateou foi uma entrevista da Suyane que eu vi outro dia, onde ela me coloca em um lugar de arrogância, sabe? E ela era uma pessoa que eu estive ao lado o tempo todo e mesmo com a facada que ela deu nas costas, eu nunca tratei mal ou me desfiz dela, mas vi que ela deu essa entrevista e fiquei muito chateada, pois ela me diminui e eu só queria deixar claro que eu nunca quis o dinheiro dela, ela poderia fazer o que quisesse, eu fiquei chateada com a divisão que ela fez entre as pessoas pois ela se contradiz. Se eu tivesse ganhado o prêmio, eu iria dividir um pedaço com a galera e ficaria com o outro, pois eu sou a minha prioridade e todo mundo estava ganhando para estar ali. O que ela não entendeu é que ela errou em dizer que dividiria o prêmio por igual, que foi o que fez ela vencer, e quando chega no final e ela não divide, é isso o que as pessoas vão cobrar dela, fiquei chateada com a divisão entre 70 mil e 5 mil, sendo que o Arthur, o Fábio também eram pessoas que pensavam igual a ela e só ganharam 5 mil se contradizendo. Fico chateada com essa entrevista, pois ela me coloca em um lugar escroto como se eu não fosse fazer o que estava cobrando, mas ela não entendeu que não era por isso que estava sendo criticada e sim pela mentira, ela não foi justa na divisão com outras pessoas e é por isso que ela é realmente a vilã do programa, pois enganou todo mundo e ainda se ferrou toda, pois no final não deve ter ficado com nada, né? Se queimou, virou vilã, está cancelada e nem deve ter levado o dinheiro pra casa, rs...


Bruna Jones:
 Muita gente acabou gostando da sua participação no reality show e desejam ver mais de você neste universo. Se você fosse convidada para algo como o "BBB" ou "A Fazenda", você aceitaria participar?
Polly Marinho: A galera gostou de mim pois fui muito verdadeira, sou muito intensa, explodo, sou carinhosa, sou muito peculiar, por assim dizer, rs... E acho que gostaram também pois rolou uma traição, né? Uma virada de chave do jogo e eu acho que quem acaba sendo injustiçado meio que vira queridinho dos realities, pois eu sentia que nos primeiros episódios eu estava meio que sendo "cancelada", né? rs... Mas, se eu participaria de outro reality? Como eu falei antes, dependendo do cachê a gente vai sim, óbvio. Tenho uma filha para criar, sou uma artista negra num Brasil de Bolsonaro, então tem que trabalhar e ganhar dinheiro.

Bruna Jones: Felizmente estamos podendo retomar projetos este ano, existe alguma novidade sua vindo por ai? Algo que possa compartilhar com a gente?
Polly Marinho: Tem muitas novidades vindo por ai, nesses últimos anos eu fiz uns dez filmes, tem "TPM" que é um filme com a Paloma Bernadi, que deve ser um dos primeiros a estrear, pois foi um dos primeiros que fiz em 2021. Tem "Mulheres Apaixonadas ao 40" com a Giovana Antonelli, onde faço a melhor amiga dela. Tem "Desapega" com a Glória Pires. Tem "De Repente Miss" com a Fabiana Karla, nossa, tem muita coisa pra estrear, rs... Tem a série da Clarice Falcão "A Eleita" pela Amazon, que deve estrear esse ano também, tem bastante coisa vindo ai, estou trabalhando sem parar tem dois anos já, então com certeza vai estrear uma coisa atrás da outra. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Fãs queridos, vamos pensar direito na hora da votação deste ano, vamos pensar conscientemente. As pessoas gostam de artistas, então elas precisam entender que sobrevivemos também, a gente está com um sindicato péssimo, não temos direito a nada, então não basta apenas gostar dos atores, é preciso entender que artistas também são pessoas iguais a você, que possuem família, se sustentam e sobrevivem, então vamos pensar direito na hora de votar, pois é fácil a gente gostar de ver filme, televisão e odiar artista como eu ouvi muito nos últimos quatro anos sobre essa idiotice de Lei Rouanet, que as pessoas falam sem saber do que estão falando. Tenha mais consciência, pensar no outro, pois amar o artista sem pensar em como eles sobrevivem e não pensar em como o artista sobreviveu nessa pandemia, não é amar o artista. É isso, ser consciente nessas eleições é o único recado que posso dar neste momento, beijos grandes!" e se vocês quiserem continuar acompanhando a moça nas redes sociais, é só procurar por @pollymarinho1 no Instagram e para contatos profissionais, é enviando um e-mail para polly.marinhojob@gmail.com, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Bruna Entrevista: 11x44 - Maylssonn


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é cantor, compositor e já teve uma experiência em reality show ao participar da segunda temporada do "The Voice", estou falando do querido Maylssonn, que aceitou vir aqui conversar um pouco sobre suas experiências profissionais, vem conferir o nosso papo!

Bruna Jones: Você é um cantor e compositor, mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos voltar um pouco? Como foi que você acabou se interessando pela música e percebeu que gostaria de fazer uma carreira na área? 
Maylssonn: Meus pais descobriram minha aptidão pra música quando eu tinha 3 anos de idade. Com 7 anos eu já era baterista na igreja. Aos 12 anos eu já ia acompanhado pelo meu pai pra fazer shows nas noites em Salvador, como tecladista rs. O lance da carreira mesmo, como cantor, veio só depois dos 17 anos. Eu já compunha desde os 8 anos e na adolescência me juntei com uns colegas pra compormos juntos. Na esperança de um dia mostrar essas músicas pra grandes artistas. E sempre que a gente mostrava a gravação pra alguém (amigos e familiares), eles elogiavam as músicas e minha voz, perguntavam por qual motivo eu não me lançava cantor. Foi de tanto ouvi, que decidi tentar, e não parei mais de cantar 😁

Bruna Jones: Início de carreira costuma ser um pouco mais complicado, principalmente para quem busca uma carreira artística, seja por faltas de oportunidades ou até mesmo por instabilidade financeira... Como foi o início da sua jornada até aqui?
Maylssonn: A gente sempre vive buscando oportunidades, com o tempo elas passam a ser mais audaciosas, maiores, mas nunca deixamos de buscar, eu acredito. Porém no início o bicho pega. O primeiro artista que me ouviu e me disse o que eu precisava ouvir no início de tudo foi o grande mestre Luiz Caldas, descobri onde ele morava, fui na casa dele mostrar minhas composições e ele me recebeu. As palavras de Luiz foram: "É isso aí que o Brasil precisa ouvir". Aquilo transbordou meu coração de alegria e eu voltei muito feliz pra casa. Mas a realidade é que banda sem dinheiro não existe, então tiramos leite de pedra, pedimos ajuda, batemos de porta em porta, largamos tudo e acreditamos no sonho, foi assim que conseguimos gravar o meu primeiro CD. Eu falo no coletivo pois na época eu fazia parte de uma banda com o mesmo grupo de colegas que compunham comigo, então foi com eles que tudo realmente começou.

Bruna Jones: Todo artista costuma ser um pouco rigoroso e perfeccionista em relação ao seu trabalho, você costuma cobrar mais de si mesmo quando está compondo ou organizando algum projeto artístico? Se sim, como lida com isso? 
Maylssonn: Haha eu sou signo de virgem ♍ rs, perfeccionismo é comigo mesmo. Tanto para compor quanto para cantar eu gosto de sempre dar o meu melhor. Eu estudo canto até hoje, e também não parei de compor, são 25 anos compondo coisas que me emocionam. Eu costumo dizer que "se for pra sair de casa e não botar pra lascar, eu nem saio" 😁 Quando o assunto é gravação eu tenho alguns problemas pois acho que nunca tá bom, estou passando por esse processo no momento com o meu novo clipe 🙈. Mas no final dá tudo certo rs...

Bruna Jones: A vida de um músico e compositor é feita tanto de talento quanto de criatividade e inspiração, o que costuma te inspirar na hora de compor? 
Maylssonn: Hoje em dia eu tento visar muito o lado comercial das coisas, mas sem perder a minha essência, que é trabalhar músicas baseadas em fatos reais. A maioria das minhas canções, principalmente as românticas, são baseadas em histórias reais, mais precisamente minhas próprias desilusões amorosas. Então quando a história não aconteceu comigo ela certamente aconteceu com alguém que eu conheço. E tudo vira música.

Bruna Jones: Você chegou a participar da segunda temporada do "The Voice" aqui do Brasil na Rede Globo. O que te motivou a se inscrever e concorrer no reality? 
Maylssonn: Na primeira edição do programa, minha amiga Ludmillah Anjos esteve participando e brilhando na telinha. Ela foi a principal responsável por eu participar da segunda edição. Principalmente me motivando e elogiando minha voz. Eu decidi encarar essa aventura. Porém, eu nunca tive a menor vontade de participar de um reality show, mesmo sabendo da visibilidade em rede nacional, eu nunca concordei em querer participar de algo onde eu precisasse colocar minha arte em jogo para competir com outros talentos. Porém, foi um divisor de águas na minha vida, tenho muito orgulho de ter sido o primeiro homem baiano a participar do "The Voice Brasil", e ser lembrado ainda por ele quase 10 anos depois.

Bruna Jones: Você competiu no programa pela equipe Cláudia Leitte. O que te fez escolher o time dela e o que você aprendeu com ela nesse período em que esteve competindo no programa da Globo?
Maylssonn: De qualquer maneira eu escolheria a Cláudia Leitte, por estratégia mesmo (Já explico). Naquela época "os cantores mais fortes" escolhiam os times de Lulu e Brown, ficando de lado Cláudia e Daniel, então na minha visão, se Claudinha me escolhesse eu teria mais chances de ir pra uma possível final pelo time dela, sem contar que ela faz carnaval de Salvador e muitos outros trabalhos que me dariam mais proximidade a ela. Só que… Na real, o programa é gravado, e mesmo com todos os técnicos virando para mim, eu sabia que só poderia escolher ela, pois os produtores avisam antes da gente subir pra cantar quais os times que ainda não foram preenchidos. Então, ela me escolheu e eu a escolhi 😍. Se isso era segredo, agora todo mundo sabe 🙊 rs...

Bruna Jones: Falando sobre realities, cada ano que passa são novos formatos que aparecem e a tendência é que continue crescendo cada vez mais. Se você fosse convidado para participar de um de confinamento, por exemplo, você aceitaria? Ou acredita que o "The Voice" já foi uma experiência suficiente? 
Maylssonn: Olha, o "The Voice Brasil" me abriu portas em outras emissoras e convites pra participar de outras competições musicais. Como por exemplo o programa "Máquina da Fama" no SBT, onde eu fui campeão no ano de 2016. Hoje, tudo é visibilidade, e eu acredito que a maioria das pessoas tem entrado nos programas de confinamento a fim de simplesmente aparecer, pois depois que saem, muitos deles ganham mais dinheiro com publicidade do que com o prêmio que o programa oferece. Porém, se pintar um convite pra mim, acima de 1 milhão de reais, tenha certeza que eu estou indo pelo dinheiro 🤣🤣.

Bruna Jones: Falando em plataforma... Para divulgação de trabalhos, cantores dependem dos veículos de comunicação (televisão, rádio, jornais, internet...). Até que ponto você acredita que esses veículos influenciam no trabalho do cantor? 
Maylssonn: Sinceramente eu acredito que televisões, rádios e jornais estão em último plano no que se diz respeito à divulgação. Hoje o mundo é digital, talvez alguém esteja lendo isso, sentado olhando para o celular ou para um computador, enquanto toma café. É uma realidade brutal, hoje o nosso "empresário" é a internet, pois sabemos de inúmeras pessoas que viram estrelas da noite pro dia por causa da velocidade em que as coisas são compartilhadas. Por outro lado a depreciação das obras acontece de forma muito mais rápida. Pois num deslizar de dedos na tela do celular, seu trabalho já sumiu no feed e a pessoa já conheceu outro mais atual e assim vai. Mas, todo veículo de comunicação, seja ele digital ou não, é super válido, principalmente pra quem tá começando. Mesmo com tantos anos de experiência, eu não nego convites, mídia boa é sempre bem-vinda. 

Bruna Jones: Ainda sobre plataformas, você se tornou um dos vários famosos que acabaram aderindo ao "OnlyFans". O que te motivou a criar uma conta destinada ao conteúdo adulto? Está sendo uma boa experiência? 
Maylssonn: Haha... Vocês sabem de tudo hein 😁🙈 Não é uma coisa que eu divuuulgue muito por aí, mas também não é algo que eu escondo. Alguns amigos do hall da fama e meio musical, inclusive ex companheiros de "The Voice", e muiuuuitos seguidores na internet me incentivaram demais pra criar um perfil, principalmente quando disseram que eu iria ganhar em dólar 🤑 haha. E tá lá, oficial e verificado 😂. Até então não levo como carreira (nem tenho pretensão), e mesmo ganhando em dólar, ainda é só diversão. 

Bruna Jones: Felizmente a gente já está conseguindo se estabilizar um pouco em relação ao tempo que precisamos ficar em isolamento social, dito isso, tem novidades vindo por ai? Algo que possa compartilhar com os seus fãs? 
Maylssonn: Graças a Deus a tempestade passou, foram tempos difíceis, sem trabalhar. Ainda estou me reestruturando, principalmente financeiramente, pois sou meu próprio empresário, então tudo depende de mim, mas programei alguns lançamentos inéditos pra esse ano, com produções de altíssimo nível, além da nova turnê Brasil que será anunciada em breve. Parcerias de sucesso 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Tem muita gente que nos segue, só pra saber de nossas vidas, pessoas que não curtem, não comentam, não compartilham e estão lá de "enfeite". A elas, muito obrigado pela audiência, só nunca desejem o meu mal, pois ele voltará em dobro pra você 😌. E aos meus amados fãs eu quero dizer que eu os amo muuuuuito, e que sempre estaremos juntos, muito obrigado por tudo até hoje. Aos leitores que ainda não me conheciam, saibam que foi uma honra participar dessa conversa, falar um pouco sobre mim e meu trabalho e dizer que vocês podem contar comigo e se sentirem a vontade pra me conhecer melhor. Que Deus abençoe a todos 🙌🏽🙏🏽" e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, ele também avisa: "Se jogar no Google "MAYLSSONN" tu acha tudo sobre mim 😁. Mas para um contato mais direto, é @EuMaylssonn no Instagram (por enquanto). Estou lutando pro Instagram me deixar ser apenas @Maylssonn e me verificar logo 😞 . Esse B.O foi por causa do "The Voice". Na época criaram um Instagram pra mim, com meu nome, mas eu não tinha acesso. E desde então, eu me lasquei… Sempre tem que ter alguma coisa antes ou depois do meu nome no @ 🤣."


Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?