Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? Convidamos o queridíssimo Gustavo Figueiredo pra conversar um pouco sobre a sua carreira musical, sobre suas inspirações e muito mais, foi uma conversa bem bacana que vocês conferem comigo, agora!
Bruna Jones: Você é compositor, pianista, tecladista e arranjador, mas antes da gente falar melhor sobre isso, vamos voltar... Qual foi o seu primeiro contato com a música e o que te fez perceber que isso poderia ser uma carreira?
Gustavo Figueiredo: Sempre gostei de música, desde pequeno. Adorava ouvir The Beatles, Queen, Elvis Presley.... Quanto eu tinha 12 anos de idade minha irmã ganhou um teclado dos meus pais e começamos a fazer aula. Ela desistiu e eu continuei, sempre me dedicando bastante. Lembro que levava o instrumento até em viagens de férias pra estudar. Realmente estava muito envolvido. Comecei a tocar na igreja e depois de um tempo entrei para uma banda gospel, onde foi minha primeira experiência tocando em diversas cidades e diferentes eventos. A partir dali eu percebi que a música não seria só um hobby pra mim. Quando sai dessa banda resolvi me dedicar totalmente a música.
Bruna Jones: No universo da música existem diversos ritmos, gêneros e subgêneros. Você atualmente tem o seu trabalho mais voltado ao MPB e o Jazz, certo? Como foi que você acabou escolhendo centralizar a sua carreira mais para esse lado musical? Você chegou a se aventurar em outros ritmos?
Gustavo Figueiredo: Já toquei de quase tudo. Sertanejo, Axé, Música Cubana, Rock, Soul, Pop, Música Judaica, Gospel, MPB, etc. Chegou uma fase da minha vida que precisava focar no que eu realmente gostava e certamente isso a longo prazo me faria crescer e conseguir mais trabalhos nesses seguimentos. Foi o que aconteceu. Além de conseguir me dedicar ao meu trabalho autoral, onde faço jazz e música brasileira, trabalhei e trabalho com grandes artistas e músicos da MPB, Pop e Jazz.
Bruna Jones: O início de carreira costuma ser um pouco mais complicado, principalmente para quem busca uma carreira artística, seja por falta de oportunidades ou até por instabilidade financeira... Como foi o início da sua jornada até agora?
Gustavo Figueiredo: Eu nunca parei os outros trabalhos pra me dedicar a minha carreira autoral. Sempre continuei tocando com outros artistas, trabalhando em estúdio e dando aulas. Acho que isso é totalmente possível. O músico, principalmente em início de carreira, tem que tentar se desdobrar ao máximo e foi o que fiz. Hoje continuo fazendo muita coisa, mas a grande maioria são trabalhos que me dão muito prazer em fazer.
Bruna Jones: Artistas costumam ser bem perfeccionistas com seus próprios trabalhos e isso muitas vezes acaba atrapalhando um pouco o desenrolar de alguns projetos. Você costuma ser mais autocrítico? Se sim, como lida com isso?
Gustavo Figueiredo: Esse ponto é muito importante. Essa autocrítica tem que sempre existir, mas também não podemos deixar isso nos congelar. Já participei de trabalhos que não foram adiante por excesso de autocrítica e algumas vezes insegurança. Muitas vezes não fico totalmente satisfeito com o que eu faço, mas não deixo de lançar ou apresentar ao público. Hoje em dia não dá pra se esconder e esperar pra lançar um trabalho quando julgamos perfeito. Acho que temos que sempre buscar o melhor, mas também aceitar o que fomos capazes de fazer hoje.
Bruna Jones: A vida de músico e compositor é feita de talento, criatividade e inspiração, o que costuma te inspirar na hora de compor?
Gustavo Figueiredo: A música por si só me inspira. Gosto de ouvir grandes músicos e compositores. É claro que algumas situações da vida já me inspiraram também. E a cabeça quando está mais livre de preocupações ajuda demais.
Bruna Jones: Hoje nós vivemos um momento em que números de seguidores estão falando mais alto do que ter talento e compreensão do trabalho que está sendo realizado. Você acredita que as redes vem prejudicando o mercado musical ou elas acabam sendo apenas um complemento daquilo que você já produz?
Gustavo Figueiredo: Acho que muitas pessoas se apegam demais ao números de seguidores e curtidas, mas nem sempre isso traduz a realidade, ou que o trabalho está em um nível alto. A internet ajuda demais os músicos a mostrarem seus trabalhos e é legal procurar aquele público que realmente gosta do que você faz artisticamente. Isso não é fácil.
Bruna Jones: Desde 2020 o mundo inteiro foi impactado por causa da covid e a sua profissão foi uma área que foi extremamente prejudicada neste período. Como foi para você esse momento de incerteza e que ao mesmo tempo, também trouxe maneiras criativas de continuar conectado ao seu público?
Gustavo Figueiredo: Foi um susto muito grande, afinal as contas não pararam de chegar e tenho uma família pra cuidar. Ainda bem que tinha uma reserva, que me ajudou no início. Depois de um tempo os trabalhos em estúdio começaram a voltar e me deu certo um alívio. Também fiz algumas lives, que era o que tínhamos naquele momento.
Bruna Jones: No final do ano passado você lançou o seu álbum "Antes do Fim". Como foi o processo criativo por trás deste projeto?
Gustavo Figueiredo: Esse projeto me deu muitas alegrias pelo resultado alcançado. Gravamos algumas músicas que compus no ano de 2020 e outras um pouco mais antigas, além de novos arranjos para "Pássaro" do Djavan e "Lamento Sertanejo" do Dominguinhos e Gilberto Gil. Finalizei todos os arranjos no início de 2021 e nos preparamos para a gravação. O trio (piano/teclados, baixo e bateria) foi gravado ao vivo em 1 dia, com tudo registrado em vídeo. Foi um dia bem cansativo, pois o processo de captação dos instrumentos e passagem de som levou um bom tempo e ainda precisávamos nos concentrar para a execução das músicas. Esse processo de gravação ao vivo, exige muito da performance dos músicos, pois não poderíamos refazer os eventuais erros. É claro que fizemos mais de um take para escolhermos o melhor. Em outro dia fizemos as gravações das vozes, pelo Kadu Vianna e Marcelo Dai. Foi uma contribuição muito grande para o álbum esses dois grandes talentos. Eu mesmo trabalhei na finalização do áudio, edição, mixagem e masterização.
Bruna Jones: Ao longo da sua carreira você já teve em diversos tipos de projetos, desde a carreira solo, como em trio, duos... Fazendo participações especiais e afins... Qual costuma ser a sua maior preocupação na hora de firmar uma parceria musical com outro profissional?
Gustavo Figueiredo: A primeira coisa é pensar em um profissional com uma linguagem que vai combinar com o trabalho. Outra preocupação é se esse profissional tem uma afinidade musical comigo e se ele é profissional de verdade em vários sentidos. Não basta apenas ser um bom músico. Precisa se dedicar ao trabalho, ser fácil no trato, saber ouvir, bom de horário e saber se adequar a diversas situações. Vaidade demais atrapalha.
Bruna Jones: Felizmente a gente está conseguindo colocar nossos projetos em andamento novamente, após vários meses de incertezas por causa da covid, dito isso... Tem novidades suas vindo por aí? Algo que possa compartilhar?
Gustavo Figueiredo: Graças a Deus estou em uma fase de muitos trabalhos. Isso é ótimo por um lado, mas atrapalha um pouco a dar sequência a meus projetos pessoais. Um projeto que estou pra finalizar e lançar é um curso online de música brasileira para piano. Espero conseguir ainda este ano.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero agradecer aqueles que acompanham meu trabalho e convidar quem ainda não ouviu, que ouça meu álbum "Antes do fim" em qualquer plataforma digital e vídeo no YouTube. Quem puder deixar um comentário do que achou, é muito importante também." e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, basta procurar por @gustavofigueiredomusic no Instagram ou clicar AQUI para ir pro seu YouTube. Já para contatos profissionais, é só enviar um e-mail para gtvfigueiredo@gmail.com, beleza???
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?