quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Grey's Anatomy: 21x01 - If Walls Could Talk


Meredith Grey e Catherine Fox estão em desacordo sobre sua pesquisa sobre Alzheimer , com Catherine bloqueando os esforços de Meredith para garantir financiamento externo. Jackson convence Meredith a se desculpar pelo bem maior, mas quando ela tenta, Catherine desmaia devido a complicações de seu câncer, o que a colocou em risco de insuficiência hepática . Catherine faz um acordo com Meredith: se ela seguir os desejos de Catherine em relação ao seu tratamento e mantiver sua condição em segredo de Jackson e Richard, Meredith e sua equipe podem ter seus empregos de volta. Enquanto isso, Bailey luta contra sua recente demissão e sua antipatia por sua substituta, Sydney Heron. Ela luta se deve ou não lutar por seu emprego e se inspira a fazê-lo após lidar com um paciente preso nas paredes do hospital. Lucas, dividido entre ficar em Seattle ou se mudar para Chicago, escolhe o amor em vez de sua carreira e fica para ficar com Simone, enquanto os colegas internos Jules e Mika enfrentam seu próprio dilema romântico. Schmitt, enfrentando uma crise de carreira, recebe conselhos de Link, que também descobre que Jo está grávida. Webber retorna à sala de cirurgia, transmitindo valiosos conhecimentos cirúrgicos para Winston.

Nome do Episódio: Faz referência a música da cantora Céline Dion. 

Frase do Episódio: "Em média, uma pessoa segura a respiração por um minuto. Depois disso, o dióxido de carbono do sangue começa a aumentar. Um reflexo acaba sendo acionado. Se você resistir ao ímpeto de liberá-lo... Você desmaia... Sem saber o dano que poderia causar." ... "Se fizer o que for preciso, pode se treinar pra prender de tudo sem consequências negativas. Mas muitos não têm tanta disciplina ou tempo. Eles enterram tudo lá dentro e esperam que fique lá. Não faça isso. Desabafe. Fale alto. Faça todos te ouvirem. Porque, se não fizer... Isso vai te devorar por dentro."

Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

Bruna Entrevista: 13x48 - Beto Vasconcelos


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje esteve bastante presente no cenário artístico dos anos 90/00, sendo contratado das principais agências de modelo, participando de programas de televisão, atuou como cantor e hoje está de volta ao universo do funk, estou falando do querido Beto Vasconcelos, que também é conhecido como o Vanguarda! Bora conferir o nosso papo? Vem comigo!

Bruna Jones: Primeiramente, quero deixar registrado para todos que é um prazer te receber aqui. Você possui uma carreira e histórico bastante ligado ao universo artístico e também com o esporte. Mas, vamos começar pelo esporte: Você começou a sua trajetória fazendo musculação e então, partiu para o fisiculturismo. Como foi essa decisão de fazer com que os treinos deixassem de ser apenas um hobby e passasse a ser algo mais sério e até mesmo competitivo?
Beto Vasconcelos: Minha história começa como um garoto, um adolescente muito magro que sofria bullying por todos, entende? Família, colegas, vizinhos, professores... Eu era muito magrinho e insatisfeito com aquele corpo franzino, eu via muitas revistas de educação fitness, especializadas em bodybuildere eu encontrei o caminho. Eu era muito magro, muito jovem, devia ter uns 13 anos e meu pai até pagava a ACM, que é um clube do Rio de Janeiro, só que a sala de musculação era fechada com chave, com grade, só a partir de 16 ou 18 anos de idade que poderia ter acesso ao local, então aqueles exercícios de ginástica, natação, não me serviam em nada no meu objetivo de aumentar a massa muscular. Então, com o dinheiro da mesada eu ia treinar em outro clube, no Clube Santa Luzia, que era próximo ao aeroporto. O clube era lotado de bodybuilders, de seguranças... Eu quando cheguei naquele local, vi aqueles caras grandes, falei, "Porra, esse é o meu mundo, eu queria tanto ser um de vocês." Tipo, ser muito magro, né? Mas eu era meio que ignorado por muitos, mas teve alguns que se sentiram comovidos e me ajudaram. Até os meus 17 ou 18 anos eu estava malhando, fui ganhando corpinho e meu objetivo, como eu creio que o de todos os conhecidos como "frangos", que hoje em dia é a palavra da moda, você é frango quando você não é musculoso... Mas eu era abaixo do frango, porque o frango tem um peitinho, ele tem sua asinha... Mas eu era muito, muito magro. Eu diria que eu era um toco, rs... Então... Fui crescendo, crescendo, crescendo... Fui conhecendo um pouco de nutrição, conheci os anabolizantes, que pra mim foi uma descoberta incrível na minha transformação, foi inigualável. Eu em três anos era aquele magro que tinha apelidos horríveis, quer dizer, não horríveis, pois essa palavra é muito forte, mas apelidos que me incomodavam muito, fui parar em quinto lugar, num concurso chamado "Mister Rio", foi o 17º Campeonato de Fisicultura do Estado do Rio de Janeiro e numa seletiva de mais de 30 atletas da manhã eu consegui ir para a noite, fiquei entre os 7 a se apresentar na noite e consegui o 5º lugar. Fiquei feliz demais, esse evento foi muito bacana, para o esporte na época, porque foi em um super hotel nacional, foi a apresentação do Paulo Cintura, meu camarada, apresentado por Silva Pfeiffer, por Maurício Matar. Eu posso dizer que o show, para aquela década, naquele patamar, foi fantástico. Foi um patrocínio de uma loja chamada Company na época, eu tinha patrocínio de uma loja de suplementos, de uma loja de roupas, de joggings e pô, eu fui feliz da vida, eu fiquei feliz demais, só que o que me tirou totalmente o prazer daquilo, o que fez meu mundo cair, foi quando eu recebi aquela medalha de honra ao mérito, que era bonita demais, mas quando eu fui me trocar, a medalha caiu no chão e a marquinha de "honra ao mérito" se soltou da medalha, olhei aquilo no chão e fiquei muito triste. Isso aí foi em 1987 e era época de remarcação de alimentos, inflação batendo a três, quatro vezes ao dia, não tinha alimento no supermercado, eu lembro que minha mãe mandava trazer 60, 70 ovos por dia, porque na época, a gente não tinha whey protein, a gente não tinha nada, nenhum suplemento, ovo era proteína, frango era proteína, batata doce, arroz, esses eram os nossos alimentos. Essas eram as fontes de calórica e proteica que a gente tinha. E depois de eu ver aquela medalha no chão, perceber que aquela dieta toda que eu fiz, seis meses de dieta, sabe? Para me apresentar, muito dinheiro com as bombas, enfim... Fora os outros produtos que a gente usava, que eu usei. Aquilo ali foi uma decepção danada, aí eu falei "pô, nunca mais vou querer disputar campeonato de fisiculturismo, isso é uma ilusão". Isso foi em 1987, quase 40 anos atrás, enfim... Daí eu resolvi começar a aprender a lutar, a me defender e a atacar, pois só os músculos não eram o bastante.   

Bruna Jones: Seguindo a sua jornada, você também teve experiência com o boxe, que já é uma área diferente do esporte, onde já existe contato físico com outro atleta. Infelizmente algumas pessoas ainda possuem um certo tipo de preconceito com esportes assim alegando que são muito violentos, mas sabemos que não é verdade. Como você descreveria a sua relação com o esporte e também com os demais que você foi se aprimorando ao longo dos anos?
Beto Vasconcelos: Eu comecei com o boxe Tailandês, que hoje é conhecido como como o Muay Thai, meu mestre era o Wilson Negão, que era bem casca grossa... Eu competia internamente, mas só tive uma competição como atleta mesmo, depois resolvi dar uma parada com o esporte por causa da minha carreira como modelo. Sobre a violência no esporte de combate, isso pra mim é uma tremenda ignorância, a violência está dentro das pessoas, eu creio que a arte marcial é de extrema importância na formação do caráter de uma criança, de um jovem adolescente. Eu tenho orgulho dos meus mestres terem me passado uma escola de garra, entende? E de respeito ao próximo. É aquela mesma história de dizer que o Pitbull é um cão bravo, assassino. Não. Quem faz esse cão se tornar violento é o dono. Então assim, a luta é de uma importância enorme na nossa formação, como defesa pessoal, como respeito, como hierarquia, é de extrema importância mesmo. Mas depende da origem do mestre, essa é a verdade. 

Bruna Jones: Como eu disse, ainda hoje você é bastante ativo no cenário esportivo, tendo se graduado em Luta Livre Esportiva, por exemplo. Atualmente você vem pensando em passar a fazer parte de competições de lutas ou pretende manter os ensinamentos como um hobby? Inclusive, você poderia dar uma palavra de incentivo para quem busca ser mais ativo e menos sedentário?
Beto Vasconcelos: Pois é, depois que aconteceu uma situação comigo que eu resolvi me dedicar à luta livre. Eu lembro que, quando era modelo, eu tinha dado um tempo da luta, do boxe Thai, porque eu não podia me machucar, não podia perder um dente, quebrar o nariz, que são coisas que podem acontecer sem a menor dúvida, só que eu com um filho pequeno, bebê... Trabalhando como modelo, eu não podia me arriscar, eu pagava as contas, pagava creche, condomínio, tudo... Vivendo do meu rosto, não poderia me machucar... Então em uma noite, no Rio de Janeiro, eu estava na época namorando a mãe do meu filho, estava com mais duas amigas num carro, teve uma discussão de transito em determinado momento, dois rapazes em outro carro e eu com as meninas no meu, um acabou fechando o carro do outro, mas assim que fechou, já rolou um atrito físico no qual apliquei alguns ensinamentos do muay thai e do nada veio alguém por trás e me deu um "mata leão", eu sem experiência de luta de chão, não soube me defender e apaguei, mas acordei rapidamente... Inclusive aproveito a oportunidade para dizer que quando o João de Ipanema quiser marcar uma luta para resolver isso, fica aqui lançado o desafio! Mas enfim... O incentivo que eu posso dar é: Eu posso te garantir o seguinte, tem que ter o apoio psicológico, não é só a parte do fisicamente, mas psicologicamente, só o ferro salva. Você pode ser até um super lutador, mas com um corpo muito franzino, não vai adiantar, porque você pode até se defender bem, mas interiormente aquilo ali não será o suficiente. Então foi a musculação que me fez ter o meu ego elevado e autoestima, por isso que eu digo que só o ferro salva. Infelizmente o bullying é um mal necessário!!! Por um lado é um pouco desagradável, mas por outro lado é imprescindível na vida das pessoas, pois faz você ficar forte mentalmente, fisicamente e espiritualmente... Eu diria que é um teste de superação... Se você for um magricelo como eu era ou um gordo, mude seus hábitos, reveja sua fonte de alimentação, pratique esportes... Se for um fraco e baterem em você, insista até que seus cuidadores te inscrevam no judô, na luta livre, no bjj, boxe... Seja homem e nunca um fraco derrotado!!! Se os seus cuidadores não te inscreverem em alguma arte marcial por algum motivo, vá em todas as academias de luta e peça para fazer a faxina em troca da aprendizagem... Só você é o limite ⚡️⚡️

Bruna Jones: Paralelo ao esporte, você também chegou a ter uma carreira como modelo nos anos 90/00, inclusive fazendo parte de grandes agências da época. Como foi que você acabou parando nesse universo da moda?
Beto Vasconcelos: Eu ainda estava com o boxe quando passei num concurso de modelo, foi o "Look of the Year", que a Elos e a agência International Elite Models John Casablancas promovia internacionalmente. Eu fui um dos finalistas. No ano anterior eu tentei, mas eu estava muito forte em off season e o meu estereótipo era totalmente diferente, era um cabelo grande, enfim... Um dos rapazes que selecionavam me mandou entrar no estúdio e tirar a camisa e em seguida me mandou colocar novamente. Eu falei: "Ah, é? Tá bom, ano que vem eu vou entrar no concurso e vou ganhar, eu vou pra final." E a promessa foi uma dívida que eu cumpri o que eu queria, eu fiz dieta, fiquei definido, mudei todo o meu visual e na segunda vez que me inscrevi, no ano de 1990, eu fui classificado para a final lá no clube mediterrânea em Angra, foi bem legal, inclusive tenho vários amigos que participaram desse concurso, o Carmo Della Vecchia, que é ator, o Eduardo Moscovis, um pessoal das antigas. Foi muito bacana. Dali eu tentei a agência Bambu do Hélio Passos, além dessa tinha outras duas, a Class, que era desse rapaz que me mandou colocar a camisa, ele trabalhava como booker e uma outra agência que eu não me lembro o nome. Comecei, fiz uns trabalhos, mas meu estereótipo não era o da moda, eu era um dos poucos que tinha cabelo grande, na época, que era considerado old fashion, né? Mas mesmo assim eu trabalhei bastante, depois veio a Ellite que abriu no Brasil em São Paulo e no Rio de Janeiro e fui convidado para participar do casting. Foi bem legal, trabalhei muito por anos, estava sempre em editoriais de moda, nas revistas de domingo, nos anúncios de Ryder, Coca-Cola, fiz um comercial que passou em todo o Brasil e foi muito divulgado, que era um cd da festa mix (AQUI). Foi isso, me tornei um modelo bem conhecido, bem famoso. Essa é a minha história como modelo.  

Bruna Jones: Com essa experiência você teve a oportunidade de fazer ensaios para revistas, desfiles, participações na televisão e também, viajar para fora do país. Olhando com os olhos de hoje, você acredita que foi uma experiência positiva em sua vida ter passado por essa carreira? Você conseguiu aproveitar bem todas oportunidades que passaram pelo seu caminho?
Beto Vasconcelos: Olha, pra minha vida sempre foi legal, sempre curti, tirando o período da infância e da adolescência, onde eu era problemático com a minha vida, com o meu corpo, mas depois que alcancei o controle, mente sã, corpo sã, tudo ficou mais fácil na minha vida, é ter o controle sobre si. Eu trabalhei como modelo até 1996, daí eu ingressei na carreira de cantor, gravei uma demo de euro dance, eu curtia muito WU, DJ Bobo, Corona, Labouche, e resolvi escrever uma música e gravar essa demo. A produção foi do Alfredo Kramer, ficou muito legal. Uma amiga que estava num projeto de funk melody, falou a respeito de mim para o empresário, o Vandir, que era dono da equipe Águia Discos, equipe muito famosa nos anos 90. O Vandir escutou a música, viu meu book, que era um book muito bom, bem variado, com diversos fotógrafos, muitos comerciais e editoriais de moda, enfim... O Vandir escutou a minha música e falou: "Pô, o cara é bonito e ainda canta?!". Depois disso, fizemos um teste onde era eu e mais quatro artistas, achei que estava ferrado por acreditar que os outros rapazes cantavam melhor, mas acabei que eu ganhei e o Vandir se tornou o meu empresário. Tudo aconteceu muito rápido depois disso, um mês depois, nós fechamos o contrato, eu já tinha um contrato com o empresário, aí resolvemos gravar um CD, gravamos o CD com dez faixas em dois dias. Foram sete músicas minhas e três regravações, o Vandir negociou com a gravadora e vendeu o projeto, só que eles não fizeram nada por mim, nada pelo meu CD, NADA. O diretor inclusive falou na nossa cara em um almoço, que ele não iria trabalhar com o Vanguarda, que ele trabalharia somente com o Raça Negra. A coragem de dizer isso na nossa cara, né? Um grande filho da puta. Mas no dia que o meu contrato expirou eu encontrei com ele, que me propôs de renovar o contrato, mas não aceitei, por ele ter me deixado na geladeira por três anos, se não fosse pelo Vandir, eu nem teria existido naquela época. Depois disso, eu segui trabalhando como modelo, fazendo shows ainda e resolvi dar um tempo, viajar, fui para Nova Iorque, fiz curso de fitness coach e passei a morar nos Estados Unidos. 

Bruna Jones: Além do esporta, outra paixão em sua vida com certeza é a música! Com o pseudônimo de "Vanguarda" você chegou a lançar cd e músicas que inclusive foram composições suas. Como foi que te despertou esse desejo de se expressar artisticamente na música? O que te inspirava naquele momento?
Beto Vasconcelos: Esse nome Vanguarda foi uma criação do Vandir, pô, curti muito esse momento. Mas também posso dizer que fui muito maltratado por parte do público, grande parte do público me tratava muito bem, mas só como é que é né? Rapaziada é sempre assim, né? Ninguém quer ir pro baile, quer ir pro show pra curtir com artista, né? Eu passei por várias, sabe? Falta de respeito por certas pessoas, mas é o negócio, numa carreira artística, nada é só flores, né? E eu tive que aguentar muito sapo, entendeu? E até o momento em que eu dei um basta e resolvi dar um tempo, sabe? Eu sendo um modelo famoso, tendo que passar por isso, passar por situações deprimentes como por exemplo, ser agredido verbalmente, sabe? Cheguei ao ponto de eu estar me apresentando num local, quando eu vi assim, eu vi tipo, alguém me cuspindo, quando eu virei, era um moleque, eu só falei alguma coisinha pra ele, ele sumiu. Enfim, o artista tem que cuidar, tem que lidar com o público, e o público muitas vezes é muito complicado, porque eles não têm respeito, eles não se imaginam na situação do artista. O artista sai de casa com o intuito de levar carinho, levar um lazer para o público e quando o inverso acontece é muito frustrante. Apesar que eu sempre me via num patamar acima, sabe? Se eles faziam isso, eu creio que era só inveja, sabe? E inveja é um problema muito sério, mas enfim. 

Bruna Jones: Até hoje você possui uma legião de pessoas que admiram o seu trabalho musical, inclusive, com o avanço da internet e redes sociais, as gerações mais atuais conseguem encontrar o seu material daquela época e passam a apreciar o conteúdo também. Como é para você saber que o seu trabalho artístico foi tão bom ao ponto de perdurar todos esses anos e conseguir se conectar com gerações diferentes? 
Beto Vasconcelos: Acontece que eu nunca desisti da música, entende? Eu sempre acreditei na música. Gravar uma música, acho que é como você parir um filho, sabe? É tudo muito complexo, né? Porque você escolhe a música, você cria a melodia. A melodia, você faz a letra, aí tem a produção, aí você bota a voz, aí coloca os backing vocals, quer dizer, é um trabalho, né? É um trabalho. Aí quando você vê a sua música, que você fez com tanto carinho, você enviar para certas pessoas e as pessoas ignorarem, tipo amigos mesmo, supostos amigos que você manda a música e a pessoa fala que "depois eu escuto", aí tu manda de novo e "depois eu escuto", a vai se lascar pra lá... Como se você precisasse da opinião dessas pessoas, não, eu não preciso, mas eu acho que essas pessoas, elas não tem feeling, entende? E por elas não terem feeling, elas agem dessa forma. Mais uma vez, a inveja, o despeito, né? Porque certas pessoas só sabem fazer aquilo. Eu tenho um leque de qualidade, que eu não estou aqui pra descrever, mas quando eu vejo, quando eu vi pessoas ignorando a minha música, essa última música e outras anteriores eu fui selecionando "Olha essa pessoa aqui ela não tá nem aí para você, olha essa aqui também, essa aqui também" e com isso eu fui cortando as pessoas, eu não preciso de um exército de seguidores, eu não estou nem aí pra isso, Bruna... Tanto que meu Instagram, meu Facebook é tudo fechado, sabe? Tipo, esse Facebook eu só uso para tirar foto, para resgatar fotos antigas, eu devo ter no mais umas 700 ou 600 pessoas nele, mas eu tenho mais de mil bloqueadas, pois não me interessa quem não se interessou, se mostraram pessoas arrogantes, eu vou cortando... Eu não busco seguidor.

Bruna Jones: No Spotify é possível encontrar uma música mais recente sua chamada "Eu Vou Até o Fim". Você possui planos de lançar mais músicas e também quem sabe, um canal no YouTube ou no próprio Spotify onde seja possível os seus fãs conseguirem obter o seu conteúdo em apenas um lugar? 
Beto Vasconcelos: Ela inclusive já está tocando em vários estados do Brasil. No Rio de Janeiro, Brasília, Maranhão e até hoje eu não coloquei a música no Spotify. Meu produtor, o DJ TG, ele colocou no selo dele, e como as informações bateram erradas, eu resolvi retirar, estou até hoje querendo colocar novamente, mas o tempo nunca acaba batendo, eu tento fazer, aí a foto está numa resolução diferente, aí a música tá numa resolução de baixa qualidade, aí termina que o tempo vai passando e não acontece. Eu tenho três músicas novas, Uma inclusive está saindo essa semana, vai entrar na programação, é uma regravação de uma música bem conhecida que está sendo remixada e logo logo estará nas plataformas junto com essa, a "Eu Vou Até o Fim".

Bruna Jones: Infelizmente você acabou se afastando um pouco da mídia com o passar dos anos, isso foi uma escolha sua ou foi apenas acontecendo natural? E apesar de você ter me contado que atualmente prefere estar afastado deste universo, você consideraria participar de um desses programas de "reality show" que o Brasil inteiro tanto ama e acompanha, caso fosse convidado? 
Beto Vasconcelos: Então, quanto a participar de reality shows... Eu já tinha até recebido uma proposta há muito tempo atrás, que era para a "Casa dos Artistas" no SBT, mas isso faz muito tempo, sugeriram o meu nome, mas eu estava naquela de ter feito uma revista para o público gay e feminino, fui a capa da "G Magazine", depois dessa revista eu me envolvi em um outro projeto musical que era o Mix B, onde eu cantava trance vocals em 2000, cantava maquiado, com shows pirotécnicos e era muito legal, pois eu sou fã eterno do Kiss e eu queria mesmo fazer um personagem, foi bem legal, só que durou pouco por motivos que não vem ao caso. Me apresentei no Gitana, me apresentei em várias casas noturnas em São Paulo, gravamos o clipe, mas não deu certo... Eu e a minha assessora brigávamos muito, mas vida que segue... Enfim, voltando para participar de reality show, história é o que não me falta, causos, histórias, inclusive com muitas famosas envolvidas... Mas, quem sabe? Eu não vou dizer que não participaria, eu teria que pensar direitinho, mas pode ser uma possibilidade sim. 

Bruna Jones: Estamos quase no final de 2024 já, mas ainda assim... Existe algum projeto novo seu vindo por ai? Alguma música nova ou outra coisa que queira compartilhar com as pessoas que te admiram? 
Beto Vasconcelos: A nova música fica pronta nessa semana, estou esperando o meu produtor me comunicar. Mas esse assunto ainda fica meio em segredo, pois temos que pedir autorização pra gravadora, o selo onde a música foi registrada, mas também estou ansioso para poder escutar. A gente tem essa música e outra regravação que será lançada em novembro ou dezembro, para pegar o verão, fora isso eu tenho quatro músicas, duas semi prontas e duas caminhando para serem lançadas, uma é um piseiro, que é uma batida que eu gosto. Inclusive a minha página no Instagram que é a única página aberta aos fãs, mas possui pouquinha gente é o @vanguarda_dofunk_aopiseiro. Tenho as redes sociais privadas, das quais não faço questão de envolver o público, pois a minha vida privada só diz respeito a mim e as pessoas que eu conheço, não gosto de misturar as coisas. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "A vocês que acompanham e participam da minha vida artística e esportiva, eu só tenho que agradecer pelo carinho e respeito... Vanguarda está de volta!!!" e para escutar a sua música "Eu Vou Até o Fim", é só clicar AQUI, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Bruna Entrevista: 13x47 - Marco Baby


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje já é conhecido de quem acompanha o blog, pois ele esteve aqui em duas ocasiões já (confira AQUI e AQUI), estou falando do querido DJ e empresário, Marco Baby! Fiz um novo convite para ele vir aqui relembrar um pouco mais sobre como foi o ensaio que ele fez na "G Magazine" e ele aceitou. Bora conferir o nosso papo? Vem comigo!

Bruna Jones: Primeiramente gostaria de agradecer a sua gentileza em retornar ao blog para essa entrevista especial, onde vamos relembrar um pouco de como foi a sua experiência com a "G Magazine". Em dezembro agora irá completar 20 anos desde a publicação da sua revista nas bancas de jornais. Então, já vou começar com a seguinte pergunta: Você imaginava que após tantos anos, esse assunto ainda repercutiria na mídia? Inclusive, você tinha noção de que com o avanço da internet essas fotos acabariam sendo eternizadas para gerações futuras conferirem o seu ensaio?
Marco Baby: Bruna, eu é quem agradeço o convite e será sempre um prazer falar um pouco de mim e dos meus trabalhos, principalmente com pessoas gentis como você. Eu sempre soube que essas fotos ficariam eternizadas por causa da internet, mas em relação a repercussão não imaginava que pudesse haver depois de 20 anos desde o seu lançamento. 

Bruna Jones: Na nossa primeira entrevista em 2015, você relatou sobre como foi uma surpresa o convite para fazer as fotos e como foi que você se preparou no ambiente de trabalho e com as pessoas em sua vida pessoal, para poder realizar o ensaio sem ter problemas em ambas partes de sua vida. Mas como foi a sua preparação pessoal para esse desafio? Você chegou a mudar alguma coisa na sua rotina de exercícios? Buscou conferir outras revistas ou conversar com alguém que já tinha posado nu?
Marco Baby: Na verdade, foi tudo muito rápido por que a notícia que a Sabrina Sato iria sair na "Playboy" e que trabalhava na Jovem Pan comigo na época, já havia saído na mídia e como a "G Magazine" queria associar de alguma maneira a isso, fizemos contato e em poucos dias fui fazer as fotos e nem tive tempo pra muita coisa não, tanto é que nunca tive o corpo saradão... kkkk... E nem me preocupei com isso, juro. Quanto a outros trabalhos não cheguei a me preocupar até porque eles queriam uma pegada diferente... Inclusive, se você olhar as capas da revista eu acho que a minha é a única em que o "modelo" está de camisa e com pose bem diferente das outras!!! Em relação as fotos de nudez, tivemos algumas divergências por que eu não queria que algumas fossem publicadas, mas isso foi bem negociado e tudo correu bem até por que fui muito bem assessorado na época pela Karina Sato, irmã da Sabrina. 

Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, você acabou se tornando o primeiro radialista de uma empresa famosa a aceitar posar nu, em um momento onde a "Jovem Pan" estava no auge do seu sucesso. Você comentou anteriormente que a equipe do seu trabalho estava de acordo com esse projeto, mas, como foi a relação no trabalho com seus colegas após a revista ser lançada?
Marco Baby: Na verdade a galera toda foi muito de boa, praticamente todos e acreditem vocês ou não, o Tutinha não se opôs por que consultei a ele antes, claro, e também não me cobrou nada por isso por que nos contratos da Pan consta que se você for fazer algum serviço, isso tem que ser negociado. Porém o Emilio Surita não gostou e ficou bem bolado mesmo, não queria que eu fizesse e inclusive não quis me levar ao programa "Pânico" pra entrevistar. O Carioca (Marvio Lucio) e Daniel Zukerman (que nem era o impostor ainda rs) eram muito parceiros meus, amigos mesmo, eles insistiram várias vezes com ele, mas em vão, ele não me levou no programa e inclusive ficou diferente comigo depois disso e até hoje não sei o real motivo... O resto não, Bola, Carlinhos, Vinicius, Sabrina e o restante da galera só zoavam pra caramba, mas tudo numa boa. 

Bruna Jones: Na época em que você posou para a revista, ela era bastante conhecida por conseguir atrair homens famosos para a sua capa e com isso, imagino que era possível fazer alguns pedidos para os bastidores ou algumas sugestões do que não estaria disposto a fazer e coisas do tipo. Você chegou a sugerir algo ou vetar alguma coisa que lhe foi proposta durante as fotos?
Marco Baby: Pois é, como lhe disse a minha revista foi algo diferente, parecia uma tentativa de estarem querendo atingir um público feminino também, não sei, mas não teve nada demais só as fotos que não entramos em um acordo, mas respeitaram e não publicaram. 

Bruna Jones: Quem olha as fotos da revista, acaba tendo uma percepção de que as coisas acabam acontecendo em um ordem cronológica: O modelo começa completamente vestido, ai tira uma camiseta, em seguida a calça e por fim a cueca. A sua sessão de fotos seguiu esse mesmo padrão? E o que se passava pela sua cabeça conforme ia perdendo peças de roupa e no final ver que tinha chego num ponto sem volta?
Marco Baby: Então, parece que te falei sobre isso na outra entrevista, foi tudo muito tranquilo a equipe me deixou muito a vontade e levei tudo muito na brincadeira, sou uma pessoa muito espirituosa e levo quase tudo na brincadeira, a vida já é muito seria não é verdade? Mas a sequência de fotos foi essa mesma que você descreveu em sua pergunta, kkkkk... 

Bruna Jones: O seu ensaio acabou sendo dividido em dois cenários: Em uma cabine de estação de rádio e o outro em uma casa, com o tema de Natal. Em ambos os cenários, eram locais fechados, sem interferência externa. Você acredita que por ter sido dessa forma, acabou sendo mais tranquilo para você fazer as fotos ou acha que se tivesse sido imposto uma sessão em área externa, você também teria encarado tranquilamente?
Marco Baby: Com certeza o local não influenciaria em nada e mesmo sendo em local interno haviam muitas pessoas e a maioria eu nunca tinha visto na vida. Levei numa boa e com bastante profissionalismo e a equipe toda proporcionou isso também. 

Bruna Jones: Um ensaio fotográfico pode acabar gerando centenas de fotos e depois a equipe de produção acaba selecionando as que mais gostam pra colocar em cerca de 20 páginas da revista. Você chegou a fazer parte do processo de seleção das fotos? Falando honestamente, você gostou das fotos que chegaram nas bancas? Tem alguma favorita?
Marco Baby: Participei de todo processo sim e como já citei aqui, algumas fotos não autorizei e uma foto negociamos pra ser publicada, mas não vou contar qual foi, rsrsrsrs... Quanto a que mais gostei, foi a da divulgação que aparece somente o rosto e de fone de ouvidos. 

Bruna Jones: Com a revista lançada, você chegou a participar de programas de televisão, rádios, deu entrevistas para revistas e jornais e muitos materiais promocionais no decorrer daquele mês. Com isso, imagino que o "assédio" acabou fazendo parte da sua rotina, com pessoas pedindo autógrafos, querendo abraçar, beijar, além também de provavelmente ter tido comentários de pessoas de mente mais fechada, etc... Então, como foi para você ter que passar por todo esse tipo de situação que até então não fazia parte da rotina da sua vida?
Marco Baby: Como tudo que é diferente causa uma mudança, isso não foi diferente, mas me adapto rápido a novas situações e essa não foi diferente por que sei muito bem me posicionar. E todas as vezes que fui abordado de maneira diferente como abusivas ou discriminatórias consegui me sair bem e colocar as pessoas no "seu lugar", rsrsrsrs... Sou especialista nisso e quanto a comentários, me preocupei e me preocupo sinceramente com pessoas próximas e que eu amo, quanto ao restante não faz diferença podem dizer o que quiser que não me incomodo. 

Bruna Jones: A "G Magazine" certamente fez parte e influenciou toda uma geração, não somente por causa da nudez que trazia, mas todo o conteúdo que envolvia temas importantes do cenário LGBT do momento, trazendo pautas de saúde, política, entretenimento, moda e muito mais. Só pra ter uma noção, a revista foi tão importante naquele momento, que em breve vamos ganhar um documentário sobre isso. Então a pergunta é: Sabendo como a revista foi importante na vida de tantas pessoas, como você se sente tendo feito parte dessa história?
Marco Baby: Com certeza muito lisonjeado e agradecido a Jovem Pan por que sem ela nada disso teria acontecido... 

Bruna Jones: Estamos chegando quase no finalzinho deste ano, mas ainda assim... Tem novidades vindo por aí? Algo que você possa compartilhar? Inclusive, antes de terminar, preciso atualizar a pergunta: Você ainda estaria disposto em participar de um reality show como "A Fazenda" ou o "BBB"?
Marco Baby: Sinceramente, me fiz essa pergunta outro dia e quando fui consultar a família a minha filha de 7 anos, Valentina, nem sabia do que se tratava esses realities, mas quando a mãe disse que eu poderia ganhar um bom dinheiro, mas teria que ficar alguns dias fora de casa a resposta dela resumiu tudo: "Prefiro ficar com meu pai do que qualquer dinheiro", então, sinceramente acho difícil alguém me tirar de casa se não for com eles. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero somente agradecer pelo carinho e hoje apesar de não serem tantos, mas eu ainda tenho, e é isso que me faz entender que tudo foi feito com muito amor, dedicação e que tudo valeu super a pena. Que DEUS possa iluminar a cada um de vocês!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @marco.baby no Instagram, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Bruna Entrevista: 13x46 - Marcelo de Paula


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje já é bastante conhecido de quem gosta de conferir nossas entrevistas, pois já esteve aqui duas vezes (AQUI e AQUI), estou falando do querido Marcelo de Paula, que aceitou retornar hoje para relembrar um pouco sobre como foi a sua experiência com a "G Magazine". Bora conferir como foi esse papo? Vem comigo!

Bruna Jones: Primeiramente gostaria de agradecer a sua gentileza em retornar ao blog para essa entrevista especial, onde vamos relembrar um pouco de como foi a sua experiência com a "G Magazine". Em fevereiro deste ano completou 22 anos desde a publicação da sua revista nas bancas de jornais. Então, já vou começar com a seguinte pergunta: Você imaginava que após tantos anos, esse assunto ainda repercutiria na mídia?
Marcelo de Paula: Não imaginava que isso pudesse acontecer. Foi uma grata surpresa, depois de tantos anos depois de ter feito as fotos, saber que está revista que revolucionou o mercado na época receberia tão justa homenagem como essa do documentário que vão produzir. 

Bruna Jones: Apesar de que em 2002 diversos homens famosos já tivessem passado pela revista e ela própria já ter se fixado no mercado como a principal fonte de conteúdo voltado ao público LGBT, infelizmente também tinha um outro lado onde os homens eram bastante julgados ao invés de serem aclamados como as estrelas da "Playboy". Você chegou a levar em consideração as interações futuras que você acabaria tendo por causa dessa exposição? Se sim, qual foi o fator decisivo em aceitar fazer as fotos?
Marcelo de Paula: Não tive receios de forma alguma. Além da proposta financeira irrecusável que me fizeram naquele momento, a exposição que a revista me proporcionou abriu infinitas portas no mercado. Outra coisa que as pessoas esquecem é que, apesar de ser uma revista voltada para o público Gay, também havia um número gigantesco de consumidoras femininas que também gostavam de adquirir a revista.

Bruna Jones: Enquanto você estava em negociações com a revista ou até mesmo após o contrato assinado, como foi a sua preparação para fazer as fotos? Você chegou a mudar alguma coisa na sua rotina ou buscou conferir edições anteriores da revista ou conversar com alguém que já tinha passado por essa experiência para ter uma ideia melhor de como iria ser para você?
Marcelo de Paula: Na verdade eu me entreguei de corpo e alma para esta experiência. Não quis ouvir o que os outros modelos tinham para dizer, para poder estar inteiro a disposição do fotógrafo. É claro que eu me preocupei sim, em estar com o físico em dia para poder render um bom trabalho, mas nada além disso.

Bruna Jones: Em nossa primeira entrevista, você revelou que não foi muito difícil fazer as fotos devido ao fato de você se sentir confortável com a sua nudez, mas ainda assim, o que se passava pela sua cabeça nos momentos em que precisava se desfazer da sua sunga, principalmente na hora das fotos em área externa?
Marcelo de Paula: É claro que expor a sua intimidade para um grupo que não é íntimo em alguns momentos foi mais difícil, mas a equipe era tão profissional que conseguiu driblar o meu constrangimento e em pouco tempo eles me deixaram super a vontade.

Bruna Jones: Os modelos que estampavam a capa possuíam um certo tipo de prestigio e vantagens que os modelos de ensaios internos não possuíam, como por exemplo, poder interferir de algum modo e vetar aquilo que não fosse confortável. Você chegou a interferir de algum modo em como as fotos foram produzidas, como por exemplo, sugerir algo ou vetar alguma coisa que lhe foi proposta durante as fotos?
Marcelo de Paula: Eu tive o privilégio de estar com uma equipe extremamente competente que produziu um material tão rico que eu confesso ter tido uma certa dificuldade em selecionar quais fotos seriam publicadas.

Bruna Jones: Um ensaio fotográfico pode acabar gerando centenas de fotos e depois a equipe de produção acaba selecionando as que mais gostam pra colocar em cerca de 20 páginas da revista. Você chegou a fazer parte do processo de seleção das fotos? Falando honestamente, você gostou das fotos que chegaram nas bancas? Tem alguma favorita?
Marcelo de Paula: Umas das minhas fotos preferidas foi a da capa, mas como disse anteriormente, eu tive a oportunidade de apontar, entre todas as fotos, quais as que queria ver publicadas na revista. 

Bruna Jones: Com a revista lançada, você chegou a participar de programas de televisão, rádios, deu entrevistas para revistas e jornais e muitos materiais promocionais no decorrer daquele mês. Com isso, imagino que o "assédio" acabou fazendo parte da sua rotina, com pessoas pedindo autógrafos, querendo abraçar, beijar, além também de provavelmente ter tido comentários de pessoas de mente mais fechada, etc... Então, como foi para você ter que passar por todo esse tipo de situação que até então não fazia parte da rotina da sua vida?
Marcelo de Paula: Quando eu me propus a participar desta experiência, já sabia que este tipo de situação poderia acontecer. Eu estava preparado e tive várias situações divertidas, inusitadas e constrangedoras, mas enfim, o assédio do público é normal para um trabalho como esse.

Bruna Jones: A "G Magazine" certamente fez parte e influenciou toda uma geração, não somente por causa da nudez que trazia, mas todo o conteúdo que envolvia temas importantes do cenário LGBT do momento, trazendo pautas de saúde, política, entretenimento, moda e muito mais. Só pra ter uma noção, a revista foi tão importante naquele momento, que em breve vamos ganhar um documentário sobre isso. Então a pergunta é: Sabendo como a revista foi importante na vida de tantas pessoas, como você se sente tendo feito parte dessa história?
Marcelo de Paula: Sinto muito orgulho em ter participado de um momento histórico como este, de quebra de paradigmas e ampliando o acesso a informações tão importantes para um número tão grande de pessoas. 

Bruna Jones: Hoje você vive o outro lado do mundo dos modelos, trabalhando como produtor e também como fotografo. Olhando do ponto de vista de um profissional, você acredita que a "G Magazine" como um produto que além de informativo, também abria portas para que vários modelos começassem suas carreiras, faz falta no nosso mundo de hoje ou acredita que com o crescimento das redes sociais e plataformas como o "OnlyFans", hoje talvez a revista não tivesse o mesmo impacto cultural que teve na época que esteve em seu auge?
Marcelo de Paula: Certamente, muitas portas foram abertas em função da visibilidade que eu ganhei. Temos que considerar que na época que a revista foi lançada, além do ineditismo e da inexistência de redes sociais, o alcance foi absurdo. E claro que toda novidade com essa relevância causa impacto. Hoje as novidades surgem na velocidade da luz e colhemos os frutos dos paradigmas quebrados naquela época.

Bruna Jones: Estamos quase no finalzinho deste ano, mas ainda assim... Tem novidades vindo por ai? Algo que você possa compartilhar com a gente?
Marcelo de Paula: Tenho alguns projetos em andamento, mas como bom aquariano, prefiro falar sobre eles no momento certo.

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Tenho profunda gratidão por todas as pessoas que em algum momento me reconhecem, reconheceram meu trabalho, que sempre foi fruto de muita dedicação. Muito obrigado!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, é só procurar no Instagram por @depaulamarcelo, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Bruna Entrevista: 13x45 - David Cardoso Jr.


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje já é conhecido de quem acompanha o blog, pois ele esteve em uma entrevista aqui em 2017 (AQUI), mas hoje retorna, para relembrar um pouco seus ensaios na revista "G Magazine" e também falar sobre como foi migrar para o OnlyFans, estou falando do ator David Cardoso Jr. Bora conferir o nosso papo? Vem comigo!

Bruna Jones: Em outubro deste ano vai completar 26 anos desde a publicação da sua primeira revista da "G Magazine" nas bancas de jornais. Então, já vou começar com a seguinte pergunta: Você imaginava que após tantos anos, esse assunto ainda repercutiria na mídia?
David Cardoso Jr: Eu nunca imaginei que essa revista acabaria sendo lembrada depois de tantos anos dos ensaios que realizei. Fico feliz de saber que marcamos uma época e fizemos história. Inclusive, acabei de participar de um documentário sobre a "G Magazine" para a Rede Globo. 

Bruna Jones: Você foi a 13ª capa da revista e naquela época nem todos eram realmente famosos, tinha apenas o Mateus Carrieri que estava no mesmo nível de fama que você. Por ser um projeto relativamente novo para o universo de nudez masculina em revista, você não chegou a ter receios de como essas fotos poderiam repercutir em trabalhos futuros e com opiniões negativas de pessoas que não tinham uma mente mais aberta em relação a esse assunto? 
David Cardoso Jr: Sim, na época tive muito receio em fazer as fotos para a revista e acabei perdendo alguns trabalhos naquele momento. Mas foram poucos e mesmo com isso acontecendo, valeu a pena ter feito parte da história da revista.

Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, pouco se sabia sobre esse novo projeto que estava começando do qual futuramente acabaria se tornando marcante na vida de tantas pessoas, mas voltando em 1998, como foi a sua preparação para realizar essas fotos? Naquele momento da sua vida, foi difícil para você se soltar e fazer as fotos ou você não tinha problema com a nudez?
David Cardoso Jr: Foi bem difícil fazer as fotos. Eu imaginava que seria mais fácil, mas na hora das fotos em si, não conseguia ficar excitado. Foi bem complicado e demorado para concluir o ensaio.

Bruna Jones: Você acabou fazendo tanto sucesso que na revista, que nove anos depois, estrelou uma segunda edição. Julgando pelas capas, é perceptível a mudança física em você, no segundo ensaio já estando mais maduro e agora já tendo uma bagagem sobre o assunto. Como foi para você fazer essas novas fotos? Aliás, você tem preferência entre uma das duas revistas que fez?
David Cardoso Jr: A segunda vez que fiz a "G Magazine" foi mil vezes melhor do que a primeira. Eu estava mais bonito, mais forte e mais maduro. Foi bem mais fácil. Não gosto da primeira capa que acabei fazendo, mas gosto muito da segunda.

Bruna Jones: Imagino que uma das vantagens de ser um ator famoso que estava no auge da mídia no momento dos ensaios, era ser possível fazer alguns pedidos para os bastidores ou algumas sugestões do que não estaria disposto a fazer e coisas do tipo. Você chegou a sugerir algo ou vetar alguma coisa que lhe foi proposta durante as fotos de qualquer um dos dois ensaios?
David Cardoso Jr: De verdade, não exigi nada e nada foi imposto pra mim. 

Bruna Jones: A "G Magazine" certamente fez parte e influenciou toda uma geração, não somente por causa da nudez que trazia, mas todo o conteúdo que envolvia temas importantes do cenário LGBT do momento, trazendo pautas de saúde, política, entretenimento, moda e muito mais. Só pra ter uma noção, a revista foi tão importante naquele momento, que em breve vamos ganhar um documentário sobre isso. Então a pergunta é: Sabendo como a revista foi importante na vida de tantas pessoas, como você se sente tendo feito parte dessa história? Você acredita que ter tido essa bagagem de experiências, de certa forma te ajudaram a decidir por esse novo passo em sua jornada artística?
David Cardoso Jr: Me sinto ótimo em relação a isso. Hoje os meus clientes das plataformas adultas são em sua maioria vindos daquela época das revistas. Vários casos inclusive de homens que me dizem que se descobriram gays por causa das minhas fotos na "G Magazine". Como eu disse, ter feito essa revista me ajudou muito com o meu público das plataformas.

Bruna Jones: As plataformas dão uma liberdade completamente diferente do que as revistas davam aos seus modelos, afinal, você é quem produz o conteúdo, faz as fotos e os vídeos com o cenário que deseja, usando as roupas com as quais se sente confortável, até mesmo decide as poses e edita o que é lançado. Como é para você ter essa liberdade de produzir do jeito que quer e quando quer?
David Cardoso Jr: Como eu sou o diretor de conteúdos das plataformas, gosto de poder inventar em meus vídeos e fotos. É bem mais fácil fazer tudo sozinho sem ter o constrangimento de alguém tirando fotos.

Bruna Jones: Além da liberdade, outra diferença é o fato de que nessas plataformas o conteúdo pode acabar sendo ainda mais explicito do que costumava ser nas revistas, tudo vai de acordo com as decisões de quem está criando o conteúdo. Dito isso, você chegou a protagonizar momentos mais "íntimos" em vídeos e fotos que não havia sido visto anteriormente nos ensaios da "G". Como foi essa decisão sua de ir "além" do que as pessoas estavam acostumadas? Você acredita que hoje as pessoas estão mais preparadas para lidar com esse tipo de trabalho do que lá em 1998 onde você e o Mateus abriram as portas para diversos outros famosos?
David Cardoso Jr: Hoje os assinantes querem mais putaria mesmo. Não se contentam apenas com fotos. Eu tenho um limite que coloquei pra mim mesmo: Nunca fiz vídeo transando. Mas de resto eu mostro tudo e faço tudo. Sou bem ousado nas plataformas.

Bruna Jones: Antes de terminar, preciso atualizar a pergunta: Você ainda estaria disposto em participar de um reality show como "A Fazenda"?
David Cardoso Jr: "A Fazenda" pra mim é lenda. Todo ano me prometem fazer parte do elenco e nunca fiz. É palhaçada nunca me chamarem.

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "De verdade, eu só tenho a agradecer as pessoas que gostam de mim, principalmente o público gay. Sempre me apoiaram. Devo tudo a vocês!" e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes sociais, também tem um recadinho: "Meu Instagram é a minha melhor rede social, sigam lá: @odavidcardosooficial". Combinado?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

sábado, 7 de setembro de 2024

In Memoriam: Fábio Arruda morre aos 54 anos, escritor esteve na nossa 9ª temporada de entrevistas


O consultor de etiqueta e escritor, Fábio Arruda, nasceu no Rio de Janeiro em maio de 1970 e acabou alcançando o sucesso em sua carreira ao participar do casamento da atriz Patrícia de Sabrit com o cantor Fábio Jr. Depois disso, ele passou a figurar diversos programas de televisão, até conseguir um quadro fixo no "Note e Anote". Depois disso, ele acabou participando da primeira temporada de "A Fazenda" onde teve alguns desentendimentos com outros participantes e surpreendendo a todos, ele retornou na nona temporada do reality show da Record.

Infelizmente, Fábio Arruda faleceu hoje aos 54 anos após sofrer um infarto em sua casa em São Paulo. Ele também havia feito um cateterismo e recebeu alta três dias antes do ocorrido. Deixamos aqui a nossa pequena homenagem ao querido, que em 2020 aceitou vir ao blog conversar um pouco sobre a sua carreira e suas experiências de vida, em uma entrevista exclusiva (confira AQUI). Nossas mais sinceras condolências aos amigos e á família neste momento difícil.

Qualquer novidade eu volto. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Bruna Entrevista: 13x44 - Alex Blue Davis


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado é internacional, o que deixa tudo mais divertido! Convidamos o queridíssimo ator Alex Blue Davis para vir conversar um pouco sobre sua trajetória, alguns projetos que ele esteve como destaque e muito mais. Foi uma conversa bem interessante e vocês conferem tudo a partir de agora, vem comigo!

Bruna Jones: Em 2017 você se tornou conhecido mundialmente após entrar para o elenco de "Grey's Anatomy", mas antes de falarmos mais sobre isso, vamos voltar um pouco no tempo. Quando e como foi seu primeiro contato com o mundo das artes e o que fez você se interessar em se tornar um ator profissional? Sua família o encorajou?
Alex Blue Davis: Eu amava participar de peças quando criança, do "Snoopy" ao Leão do "Mágico de Oz". Eu também amava tocar música e escrever canções, então sempre tive a sensação de que estaria no entretenimento de uma forma ou de outra. Meu pai era ator, então eu o visitava no set e amava todo o ambiente e experiência, no entanto, não decidi focar na atuação até alguns anos antes de entrar em "Grey's Anatomy". Foi uma longa jornada, isso é verdade. Uma jornada reveladora. Muito estudo e recebi muito incentivo da minha família, com certeza, isso sempre ajuda no jogo da espera. 

Bruna Jones: Infelizmente sabemos que começar uma carreira artística em qualquer lugar do mundo nem sempre é fácil, pois você precisa ter conexões para audições e inúmeros outros fatores que podem acabar desgastando um artista antes que ele atinja o auge de sua carreira. Como começou sua jornada? Quais foram as principais dificuldades que você encontrou ao longo do caminho?
Alex Blue Davis: A principal dificuldade que encontrei foi fazer os testes. Isso me deixava nervoso. Senti que não tinha uma boa noção de como ser relaxado e natural como o personagem, ao mesmo tempo em que me certificava de que tinha as falas certas o suficiente para me sentir confortável em ter uma conversa com o leitor na sala, que geralmente era, naquela época, uma pessoa que eu não conhecia antes. Recebi alguns comentários construtivos de que eu estava saindo duro nas audições e precisava ficar mais confiante como pessoa e ator. Foi difícil ouvir isso, mas muito útil. Tirei um tempo das audições no começo para estudar mais, para poder causar uma boa e forte impressão nos diretores de elenco que eu estava conhecendo pela primeira vez. E funcionou! 

Bruna Jones: Você tem muita experiência como ator e músico, tanto na televisão quanto no teatro. Você acredita que o teatro é o lugar onde os atores podem realmente colocar suas habilidades à prova, principalmente porque não há como refazer uma cena e você tem que lidar com os eventos inesperados de uma apresentação ao vivo?
Alex Blue Davis: Minha experiência com teatro tem sido poderosa, sim. Isso me mostrou o valor de estar presente com um parceiro de cena, onde o bloqueio e os cenários estão lá e são importantes, mas a cena está acontecendo entre dois, três ou dez de vocês. É isso. Se eu não estiver focado nisso, então estou afundado. E é tão divertido também, o teatro é vivo e espaçoso de uma forma que a televisão nem sempre é, porque há tantas coisas técnicas digitais acontecendo ao mesmo tempo bem na sua cara. Se eu puder trazer o espírito do teatro para um trabalho de atuação, onde a alegria de atuar e contar uma história e me conectar com meus parceiros de cena são meu foco principal, então estou fazendo meu trabalho da melhor maneira que posso e estou feliz com isso.

Bruna Jones: Você já esteve em uma situação incomum no palco? Ou um momento engraçado em que você acabou saindo do personagem ou teve que "lutar" muito para se manter focado no que estava fazendo? Você pode compartilhar isso conosco?
Alex Blue Davis: Eu estava em uma cena de improviso uma vez, onde eu deveria manter uma cara séria o máximo que pudesse enquanto um membro da tropa tentava me fazer rir. Ela disse uma palavra e eu quebrei imediatamente. Não houve briga, acabou rapidamente. 

Bruna Jones: Você começou sua carreira na televisão, fazendo pequenas aparições em séries como "2 Broke Girls", "NCIS", etc... Até que você acabou se juntando ao elenco recorrente de "Grey's Anatomy". Mas, mesmo antes disso, você já tinha tido alguns papéis de destaque em filmes e teatro. Então, a pergunta é: Como foi essa jornada na televisão para você? Você acredita que essas pequenas experiências na televisão ajudaram você a crescer não só profissionalmente, mas também pessoalmente, em termos de estar preparado para as consequências de fazer parte de um grande projeto?
Alex Blue Davis: Sim! Cada papel que fiz até "Grey's Anatomy" me ajudou a me preparar para isso de alguma forma. Ainda assim, havia algumas coisas sobre ter um papel recorrente em um programa do horário nobre que eu só poderia aprender estando em um papel como aquele. Então, estava tudo bem para mim fazer perguntas e bagunçar, as pessoas foram generosas e entenderam que eu era um pouco inexperiente. Sou muito grato por ter sido minha primeira experiência como recorrente. A equipe foi tão maravilhosa e os atores tão profissionais e gentis comigo, eu realmente ganhei na loteria com aquele seriado e sou muito grato pela quantidade de tempo que tive com aquela equipe de pessoas. 

Bruna Jones: "Grey's Anatomy" é conhecida mundialmente por suas ótimas histórias e especialmente pela representação que a série traz aos mais diversos temas. Você foi uma dessas peças importantes enquanto interpretava "Dr. Casey Parker". Como é para você ter essa noção de que sua imagem é influente no mundo todo, que nesse momento alguém no Brasil, por exemplo, pode assistir à série e se identificar com seu personagem ou com sua própria experiência?
Alex Blue Davis: É uma sensação incrível saber que posso estar ajudando alguém a se sentir visto e respeitado, como se o Dr. Parker estivesse lá lembrando as pessoas trans que elas importam e têm direito à privacidade e têm habilidades e talentos que não têm nada a ver com ser trans. Todos nós precisamos lembrar que somos mais do que as pessoas nos dizem que somos. Temos mundos inteiros dentro de nós; somos dignos de amor e respeito. Se é preciso um cara em um programa de televisão para provar isso para algumas pessoas que não entendem, então que assim seja. Espero que ajude todos a verem pessoas trans de uma forma nova e maravilhosa. 

Bruna Jones: A propósito, você chegou em "Grey's Anatomy" em sua décima quarta temporada. Antes de fazer parte do programa, você assistia? Se sim, como foi para você de repente se ver atuando ao lado de atores que interpretavam personagens que você conhecia de assistir?
Alex Blue Davis: Eu não assistia ao programa regularmente antes de entrar nele, virei fã depois!

Bruna Jones: Você lançou um álbum chamado "Songs for Surgery" cantando algumas das músicas mais famosas da série. Como surgiu essa ideia? Você planeja lançar mais conteúdo musical no futuro?
Alex Blue Davis: Perto do início do meu tempo em "Grey's Anatomy", comecei a interagir com a base de fãs porque todos estavam tão entusiasmados com meu personagem e tão receptivos comigo que eu queria fazer algo divertido para me relacionar com as pessoas. Então, comecei a escolher músicas da trilha sonora de "Grey's" e fazer pequenas versões cover, tocando violão e cantando em vídeos que postava no Instagram. A resposta foi incrível! Recebi tantos pedidos, e eu pegava um pedido e fazia aquele e era tão divertido - algumas delas eram músicas que eu nunca tinha ouvido e adoro conhecer novas músicas dessa forma. Durante o segundo ano, parecia que seria legal pegar as músicas mais solicitadas que recebi e gravar um EP delas. Foi uma experiência louca anunciar isso e ter fãs tão animados e apoiadores. Eu queria lançar mais músicas, mas a pandemia atrapalhou meu ímpeto. Atualmente, estou trabalhando em um álbum completo de originais que espero lançar até o início de 2025. 

Bruna Jones: Estamos quase no final deste ano, mas ainda assim... Você tem alguma novidade chegando? Algo que possa compartilhar com seus fãs?
Alex Blue Davis: Uma coisa legal que está por vir é o filme "Oh, Sugar!" (@ohsugarfilm). É um filme independente de Gabe Dunn (@gabesdunn) que está atualmente em pré-produção. Estou interpretando o homem principal, um músico punk tentando fazer um retorno escrevendo uma música com uma princesa do pop. Uma música que escrevi está sendo usada como faixa-título, estou super empolgado com isso. E o roteiro é incrível, junto com toda a equipe criativa e os outros atores. Vai ser uma explosão de filmar e mal posso esperar para que todos possam ver. 

Bruna Jones:
 Antes de terminar esta entrevista, tenho que perguntar: você já veio ao Brasil? Gostaria de nos visitar quando possível?
Alex Blue Davis: Eu nunca fui e adoraria visitar algum dia! Sei que há tantos lugares lindos para ir e também pessoas maravilhosas para conhecer! 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir e foi escrito em português, viu??? Olha só: "Oi! Muito obrigado por toda sua gentileza! feliz primavera!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @alexbluedavis no Instagram, beleza???

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?