Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é um querido que já esteve AQUI no blog em 2016, estou falando do ator Cláudio Andrade, que aceitou o nosso convite para vir conversar mais um pouco e contar dos seus novos projetos. Vem conferir com a gente!
Bruna Jones: Na última vez que a gente conversou, você já era um ator/modelo bem reconhecido no Brasil, mas nos últimos anos você veio com algumas novidades, não é mesmo? Uma delas foi o lançamento da música "Vida Manera", que é uma composição do Iran Meu Nego e Pedro Perestrello. Como foi que você acabou se encaixando neste projeto?
Cláudio Andrade: Já nesse processo de pandemia e do pós pandemia, a gente teve que começar a se reinventar e já nessa época da pandemia em sua reta final, comecei a fazer aulas de canto e me preparar nesse ambiente, mais em função do teatro musical, que era uma expectativa que eu tinha pois as grandes produções no teatro hoje funcionam através do teatro musical. Nisso eu fui me descobrindo e trocando algumas figurinhas com amigos, um deles é o Iran Meu Nego, que é um compositor maravilhoso e ele me ofereceu essa música para que eu pudesse gravar e inclusive o trecho final também entra um pouco da minha criatividade quando eu adicionei na letra um refrão final: "eu vou chamar a minha galera para zoar, não vejo a hora da gente se aglomerar. Eu vou chamar a minha galera para curtir, não vejo a hora da gente se divertir." isso foi muito em função daquela reta final da pandemia, da esperança dos abraços e a música diz muito, é uma música de verão, alto astral, que tem a ver comigo e com a minha realidade do que eu queria lançar. Então a gente fez esse projeto junto e deu super certo, a música sempre repercute de maneira positiva onde quer que ela toque.
Bruna Jones: Aliás, a música já fazia parte da sua vida antes disso ou essa foi a primeira vez que você acabou se aventurando profissionalmente nesta área?
Cláudio Andrade: A música sempre esteve presente na minha vida desde muito pequeno pelo fato de ter um tio chamado Nino Karvan que é de Aracajú, Sergipe, onde faz muito sucesso lá e ele é cantor, compositor, artista plástico, trabalha com música terapia e eu tive a oportunidade de conviver e morar com ele na minha infância durante um bom tempo, então eu absorvi muito da música e ai tenho nas minhas raízes essa essência também e precisava explorar isso em algum momento. Eu ficava até envergonhado, pois tendo um tio tão talentoso, eu precisava fazer algo tão bom que ele pudesse aprovar.
Bruna Jones: Além de cantar e estrelar o clipe, você também acabou fazendo parte da produção dele. Como foi esse projeto pra você? Existem planos de novas músicas e clipes virem por ai?
Cláudio Andrade: Verdade, além de cantar e estrelar, eu pude trabalhar na produção do clipe, somando todas as ideias e contribuindo no processo criativo, mas a parte de produção em si de conseguir locações, material, equipamento, reunir as pessoas, mobilizar as pessoas para realizar isso foi muito interessante e deu muito mais valor no processo final. Claro que eu tenho interesse em produzir outros clipes, só não tenho recursos agora, rs... Vi que de fato produzir requer não somente habilidade para conseguir viabilizar as coisas, mas também de recursos financeiros para arcar com despesas, então as próximas etapas de gravações dependem única e exclusivamente disso, vontade eu tenho, dois clipes lançados já tenho, o primeiro foi "Num Show Particular" e o segundo "Vida Manera" e ambos foram concebidos coletivamente, mas grande parte da criação veio das minhas ideias.
Bruna Jones: Como eu disse anteriormente, você participou da produção do clipe e além disso, como ator, você possui uma vasta experiência nas artes, que é uma profissão que exige muito da criatividade e da inspiração. Dito isso, o que costuma te inspirar e estimular a criatividade em sua vida?
Cláudio Andrade: O que inspira e estimula a minha criatividade é a oportunidade de viver novas experiências, isso é muito significativo, vem de uma sensibilidade imensa. É dai que a gente busca novas referências, novos estudos e a sair da nossa zona de conforto.
Bruna Jones: Falando em experiência, você já esteve em diversos palcos pelo Brasil fazendo teatro, que é um tipo de arte mais dinâmico, já que você querendo ou não, está interagindo com a sua audiência ao vivo. Mas além disso, a gente sabe que em produções teatrais algumas coisas nem sempre saem como planejado, imprevistos acontecem, coisas inusitadas e engraçadas... Você poderia compartilhar uma história de algo que te pegou desprevenido nos palcos e como você reagiu a situação?
Cláudio Andrade: Pois é, o teatro tem essa interação e dinamismo, e muitas das vezes as coisas acontecem no palco e as pessoas não percebem, o público pensa que faz parte do texto ou qualquer coisa do tipo... Mas quando acontecem, a platéia também embarca na onda e se diverte muito. Aconteceu em "Escola de Mulheres", viajando o Brasil com Oscar Magrini, Monique Alfradique, Júlio Rocha e grande elenco, era um teatro que estava chovendo muito e tinha uma goteira no palco, essa goteira foi tapada para que a gente conseguisse fazer o espetáculo, mas no meio do espetáculo começou a chover e aquilo que fizeram para tapar não conseguiu resistir e a água começou a cair, mas caia de uma forma muito intensa, como se fosse uma cachoeira em um jato de água e justamente onde? Na minha cabeça e eu estava em cena junto com o Oscar Magrini, então o Oscar tirou sarro, fez piada e foi um delírio, a platéia foi a loucura e foi muito divertido. A gente continuou a peça em meio aquela chuva no palco, rs... Uma outra experiência foi fazendo "Alair" com Edwin Luisi e André Rosa em São Paulo, tinha uma marca onde eu colocava a estatua de Davi do Michelangelo e ai eu tinha colocar essa estatua no lugar e eu não coloquei, rs... E era uma peça que se passava com uma luza de sombra, então era uma fala do Edwin e tinha que pegar essa estatua, ele pegava a estatua e falava olhando pra ela e eu não coloquei a estatua lá, então ele disse: "Bom, vejam só o Davi de Michelangelo, quer dizer, er... Imaginem o Davi de Michelangelo, ele deveria estar aqui agora mas eu posso descreve-lo", sei lá, ele começou a falar coisas engraçadíssimas e assim, fez com que a plateia entendesse e visse, e conseguisse visualizar aquela estatua até melhor do que se ela estivesse em cena, rs...
Bruna Jones: Ainda sobre teatro, esse ano você teve a oportunidade de fazer parte do elenco da produção de "Paixão de Cristo" em Minas Gerais. Como foi essa experiência para você?
Cláudio Andrade: É verdade, foi a segunda vez consecutiva que tive a oportunidade de fazer a "Paixão de Cristo" em Espera Feliz, Minas Gerais, é uma cidade que atravessou vários problemas, né? Primeiro lá atrás, quando a gente estava na reta final da pandemia, teve lockdown, problemas relacionadas a questão de saúde, ai não conseguimos realizar a produção, já no ano seguinte, vamos realizar e vem uma enchente que devastou a cidade, então é uma cidade que sofreu muito. "Paixão de Cristo" então veio de uma maneira muito intensa para aquela população, como uma restauração da fé, através de um espetáculo ecumênico e veio também como uma esperança para as pessoas que até então estavam entristecidas com vários acontecimentos. Eu tive a oportunidade de fazer Jesus, então a primeira edição fazendo Jesus depois de tantas dificuldades, nós conseguimos realizar, no dia do espetáculo teve uma chuva que destruiu 70% do cenário e ai eu me obriguei a contribuir com aquele povo e essa produção no ano seguinte, me coloquei a disposição, só não sabia que eu seria convidado novamente para interpretar Jesus e foi assim, então agora em 2023 nós tivemos a oportunidade de fazer, já com uma produção melhor, sem aquela chuva que deu na primeira vez e a produção só tem aumentado, melhorado, consegui levar atores indicados e convidados para esse espetáculo, hoje eu tenho contribuindo muito com a "Paixão de Cristo" de Espera Feliz, não sei se farei Jesus novamente, acredito que não, pois a ideia é que a cada ano se troque o personagem, mas eu fiz dois anos seguidos muito em função dessa situação de lá atrás a gente ter atravessado tantas dificuldades e conseguirmos realizar o espetáculo tanto assim. Foi uma experiência que vai além do espiritual, além do profissional, é uma experiência única e exclusiva de quem esteve lá conosco vivendo esses dias, uma semana de ensaio, uma semana de trabalho, muitas provações e muitos milagres e realizações, as pessoas se transformam nesse espetáculo, é um espetáculo de vida.
Bruna Jones: Você já declarou no passado ser um ator do teatro e você teve a oportunidade de estar em grandes palcos e adaptações, ainda assim, muita gente ao redor do mundo tem a ideia errada de que se você não está fazendo televisão, então você não está "no auge", mas eu acredito que o teatro é a base de tudo que vem pela frente, você também acredita nisso?
Cláudio Andrade: Sim, de fato acredito e acho que o teatro ele deve vir na frente de tudo. O artista, o ator que não pratica o teatro, ele não é um artista completo. E eu posso dizer que o meu auge foi exatamente quando realizei três espetáculos diferentes em uma única temporada aqui no Rio de Janeiro, eu fazia uma peça para a terceira idade com a Lady Francisco e a Theresa Amayo que já faleceram e a Helena Werneck, nós fazíamos as quatro horas da tarde num teatro do Shopping da Gávea, de lá eu já saia para fazer as sete horas da noite em um outro teatro ainda no Shopping da Gávea, uma peça espirita do Allan Kardec, depois saia dessa peça e ia para fazer outra as nove da noite no Fashion Mall em um outro shopping, que era "Cinco Homens e um Segredo", então eu estava em cartaz na mesma temporada em três peças diferentes, pra mim o auge de um ator é isso, acredito que vivi o meu auge nesse sentido, se é que eu posso dizer, poder ter essa oportunidade de fazer três peças de teatro diferentes, com pessoas diferentes, atores diferentes, produções, textos diferentes, públicos diferentes... Isso foi o meu auge. Mesmo que eu viesse a ser protagonista de uma novela de sucesso, nada apagaria essa experiência que eu já tive, o meu auge como ator foi ter tido essa oportunidade, a televisão só vem a somar, ela acrescenta, mas o teatro é a minha paixão e foi onde eu experimentei o meu lado ator de verdade.
Bruna Jones: Outra coisa que conversamos no passado, foi uma possibilidade de você participar de "A Fazenda" e na época você estava meio dividido sobre o assunto, olhando hoje, vendo também que outras emissoras estão abertas a incluir pessoas conhecidas do público em seus realities, você se sentiria inclinado a aceitar um convite de confinamento?
Cláudio Andrade: Não só aceitaria como já me coloquei a disposição de vários programas de realities, inclusive a própria "A Fazenda". Eu não entendo por qual motivo nunca foram a fundo comigo até hoje nesses convites, investidas e nas negociações, eu me julgo um artista interessante para esse tipo de formato pelo fato de gostar de viver experiências novas, gosto de sair da zona de conforto, gosto de poder experimentar sensações, sentimentos, trabalhar o emocional, de estar ali na flor da pele, vivendo a experiência através de responsabilidades, tanto é que sempre fui assim a minha vida toda, quando fui atleta busquei dentro do esporte a referência e responsabilidade, então eu era goleiro dentro de um time de futebol onde o coletivo é vitorioso, mas o goleiro era a condição da responsabilidade de defender um pênalti, tomar um "frango" nos acréscimos, então isso te transmite uma sensação de responsabilidade, uma experiência de adrenalina, então, eu queria viver isso em um reality show. Agora também nas artes marciais, por qual motivo escolhi lutar? Pelo fato de depender somente de mim, sou eu que estou ali, a adrenalina de enfrentar um adversário, estar ali com ele, depende de mim... E um reality show depende somente de mim também, depender do meu comportamento, da minha experiência, da minha vivência, da minha contribuição para gerar o conteúdo necessário do sucesso. Acredito muito que o dia que eu participar de um reality, e eu acredito, tenho essa fé de que ainda vou participar, será um grande sucesso e eu terei uma passagem icônica e marcante, tenho muitas ideias, e eu gosto desses desafios, então só me falta mesmo a oportunidade e que eles batam esse martelo, né? Hoje as produções acabam optando mais por números, influencers, seguidores... Pois vende mais, tem mais patrocínio e tem mais possibilidades de comerciais, então uma figura como eu que traria uma audiência por um outro aspecto, acaba ficando um pouco de lado... O que era relevante lá atrás, como por exemplo, eu ter sido a capa da "G Magazine" mais vendida, ter sido protagonista de novela no SBT, ter feito teatro e viajado o Brasil, conheci todas as capitais brasileiras através do teatro, então público eu tenho, mas o que vale hoje são os influencers, são os números... Mas a minha experiência, minha vivência e o meu currículo, como muitos dizem, rs... Vale sim. Seria interessante. Está moscando quem ainda não me escalou para participar de um reality show, pois tenho muito o que vender e muito a oferecer.
Bruna Jones: Antes de terminar essa entrevista, não podia deixar de comentar, que recentemente você está se dedicando bastante fisicamente e até mesmo aos esportes de lutas, não é mesmo? O que motivou isso? Você sente vontade de fazer parte desta área mais profissionalmente falando?
Cláudio Andrade: De fato eu venho treinando depois de muito tempo, muito tempo mesmo parado, se você resgatar algumas entrevistas minha na revista "Caras", onde eu falo de luta, já fui graduado em jiu jitsu, luta livre e fazia boxe, treinei com o Miguel de Oliveira, fiz luta livre com o Leopoldo Serao que hoje está na Califórnia com a academia dele e hoje eu treino com o Jonas Bilharinho, que é da equipe do Rafael Feijão, o Jonas me trouxe essa motivação e esperança de resgatar através do esporte que eu gosto o respeito, a disciplina, a constância... Isso tudo mexeu muito comigo. Tendo um mestre que é uma referência, você acaba se inspirando e se motivando ainda mais, ao ponto de querer participar desses grandes eventos de influencias e artistas, como o Popó e o Whindersson Nunes, vai ter o Popó com o Kléber Bambam, Mc Gui e Nego do Borel, quem sabe não fazer Cláudio Andrade contra outro alguém? O difícil é ter esse alguém. Eu conheço o Mamá Brito que é CEO do Fight Music Show e a gente já conversa faz algum tempo sobre essa possibilidade, mas falta adversário, é aquilo que eu falei em relação a reality show, também acontece nesta área, o lado comercial fica enfraquecido, não dá pra fazer uma negociação quando existe um desnivelamento de seguidores, o outro não aceita, talvez por medo ou respeito, ou por causa do número de seguidores que não agregue ao valor comercial dele, entende? Então está difícil casar uma luta, mas estamos a procura de um adversário, que surja um ator, um cantor, um artista ou até mesmo influenciador, que queira lutar comigo numa categoria que a gente consiga, mas que aconteça. Estou treinando pra vida, mas um evento como esse me inspiraria muito em ter essa experiência de camping focado, sabendo sobre o adversário que você vai lutar é totalmente diferente, mas eu treino por esporte, por alegria, pelo amor, pela arte e com essa equipe que eu treino agora o foco é o MMA, treinando para o boxe pensando nesses grandes eventos de famosos, mas estou me colocando a disposição para qualquer categoria de luta, eu quero participar, acho muito interessante e quero sim levar isso para a vida, pois a disciplina que o esporte me trouxe eu quero levar adiante, acho que isso faz parte, quero deixar esse legado e futuramente dar até aulas de luta, acho muito bacana.
Bruna Jones: Já estamos quase chegando ao final do ano, mas ainda assim, tem novidades vindo por ai? Algo que possa compartilhar com a gente?
Cláudio Andrade: A novidade é que tenho três projetos que foram aprovados, que estão na capacitação para que ano que vem voltemos aos palcos para fazer teatro, que é muito bom. Outra questão é essa da luta, estou conversando com o Mamá Brito pra conseguir alguém que queira fazer essa luta comigo, pois o próximo Fight Music Show acontecerá em janeiro, que é o do Popó com o Kléber Bambam, a quarta edição do evento e também estou empreendendo na área gastronômica, logo logo vão vir informações a respeito, estou desenvolvendo uma espécie de franquia na área gastronômica e logo logo trago essa novidade, eu também gosto muito de cozinhar.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Deus coloca as melhores coisas da vida do outro lado do medo. O medo é uma ponte! Do outro lado é sua força e sua melhor fase! "Não tenhas medo"", bacana, né? E se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar no Instagram por @ClaudioAndrade.art e para contatos profissionais, enviar um e-mail para claudioandrade.art@gmail.com, combinado?
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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