quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Bruna Entrevista: 10x137 - Carla Visi


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é a talentosíssima da Carla Visi, que aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências profissionais na música com a gente, foi uma conversa bem bacana que vocês conferem tudo, a partir de agora, vem comigo!

Bruna Jones: Você é bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, pós graduada em Gestão Ambiental, além de doutoranda em Ecologia Humana. O que te levou a essas escolhas acadêmicas?
Carla Visi: Amo poder acessar o conhecimento. Me encanta também poder compartilhar. Por isso acreditei que através do jornalismo poderia contribuir com a vida das pessoas ao oferecer mais informação sobre diversos temas com linguagem mais simples. No entanto, a minha comunicação se consolidou através da música levando alegria, emoções, história, cultura e já há alguns anos reflexões sobre questões socioambientais. Tudo começou na experiência de cantar na ECO-92, depois uma homenagem aos catadores de lata no Carnaval do ano 2000 que ensejou em um show temático no Teatro Diplomata no mesmo. E assim surgiu a necessidade de cantar, mas também falar sobre Sustentabilidade com mais profundidade. Até hoje, quanto mais aprendo, mas percebo que sei muito pouco diante da complexidade da jornada humana em Gaia. 

Bruna Jones: A música sempre esteve presente em sua vida? O que te fez perceber que você deveria escolhê-la para seguir carreira?
Carla Visi: Eu não escolhi a carreira de cantora. A música me escolheu, me intimou como um chamado ancestral. Sou a quarta geração de cantoras. Minha mãe pediu desde o ventre que fosse uma criança que amasse música. Aqui estou eu... AMO e vivo música. 

Bruna Jones: Início de carreira sempre é um período complicado. Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou no começo da caminhada artística?
Carla Visi: Meu início de carreira não foi difícil. Cantava muito nos bares para me sustentar, claro que era cansativo cantar na noite e estudar durante o dia, mas também era extremamente prazeroso. Hoje, devido a pandemia principalmente, sinto muita falta dos palcos. No palco me sinto em casa. 

Bruna Jones: Apesar de ter passado por outros grupos e já ter experiência como cantora, você foi projetada nacionalmente no cenário musical ao assumir os vocais da Cheiro de Amor em 1995. Quando e como surgiu o convite para ser a vocalista da banda?
Carla Visi: Um dos empresários da banda me ligou nas vésperas do meu aniversário em agosto de 1995. Na nossa reunião custei a acreditar que Marcinha sairia do grupo. Soube que algumas pessoas do cenário musical indicaram meu nome. Entre elas estavam Cristóvão Rodrigues, importante radialista para a música baiana, e o diretor artístico da Polygram (Universal Music) Max Pierre. Foi um momento decisivo para minha carreira e uma grande oportunidade de aprendizado. 

Bruna Jones: Comandar um bloco no carnaval de Salvador exige, principalmente, muito fôlego e disposição. Como era a preparação antes de subir num trio e entrar no circuito?
Carla Visi: Além das apresentações em trios elétricos, os shows em palco também exigiam muito preparo vocal e físico. Então o trabalho de condicionamento era constante. Mas especificamente antes das apresentações fazia aquecimento vocal e algumas posturas de yoga para preparar mente, corpo e alma para aquele momento de entrega. No palco há maior controle do espaço cênico e da plateia, no entanto em um trio os estímulos e interferências são numerosos. Exige centro. Qualidade de presença, gratidão e AMOR. 

Bruna Jones: Musicalmente falando, o que te inspira? Quais são as suas principais referências do mundo musical?
Carla Visi: Minha primeira grande influência e mestra foi a minha mãe. Por ser cantora, ela me mostrou boa música brasileira e internacional desde criança. Uma das obras mais marcantes para minha geração foi "Os Saltimbancos", adaptada por Chico Buarque em 1977. Ouvíamos música francesa, italiana, rocks ingleses... E muita música brasileira, dos antigos, como Noel Rosa, Lupicínio, Caymmi até os expoentes dos grandes festivais passando pelos clássicos da bossa nova. Até hoje me lembro de tentar cantar "Eu e a brisa" de Johnny Alf no banho e ouvir minha mãe me alertando sobre uma parte da melodia. Todas as intérpretes brasileiras daquela altura me influenciaram muito, mas especialmente Elis Regina que me tocava fundo o coração com suas interpretações. 

Bruna Jones: Com a música você teve a oportunidade de viajar pelo mundo e se apresentar em diversos festivais, premiações e outros eventos... Imagino que com isso você tenha algumas boas histórias para contar, poderia compartilhar uma que tenha sido inusitada?
Carla Visi: A viagem internacional mais marcante foi uma turnê que realizamos no Japão em 2004 organizada por Daniel Rodriguez com apoio da Latina Produções e a Min-On. Foram 24 dias e 11 apresentações em lugares diferentes por todo país. Fizemos shows em teatros lindos para plateias acolhedoras e lotadas de japoneses. Eles são muito especiais. 

Bruna Jones: Você se tornou uma voz ativa nas redes, principalmente sobre prevenção ao câncer, sustentabilidade, entre outros assuntos. Como você avalia a presença das redes sociais no contexto de um artista e a influência que eles exercem sobre os seus seguidores?
Carla Visi: Acho que tenho ideias um tanto diferentes sobre ser uma pessoa célebre (celebridade). Ter notoriedade midiática traz responsabilidades. Como temos uma cultura predominantemente consumista, a arte, as pessoas, os conceitos se tornaram efêmeros e descartáveis. Por outro lado, a celebridade quer usufruir ao máximo da sua projeção midiática para vender produtos e ter retorno financeiro. Até as campanhas sociais, ambientais e outras questões relevantes viram modismo sem consistência. Há muito tempo estou fora da mídia convencional e nem me enquadro nos altos índices de acesso das redes sociais. Mesmo assim, falo e canto com todo amor e verdade para aqueles que gostam de me ouvir. 

Bruna Jones: Estamos nos recuperando de uma pandemia mundial, e isso, com certeza, modificou um pouco dos nossos planos e rotinas. Como isso interfere no seu dia a dia e na sua carreira?
Carla Visi: Durante os dois anos dedicados ao Mestrado (2018/2020), esperava consolidar minha carreira em Portugal e em outros países. Desde 2019 temos dificuldades de fechar shows e turnês com as oscilações constantes das regras sanitárias. Há muita incerteza e isso tem sido muito difícil para o setor da cultura e do entretenimento. 

Bruna Jones: O ano já está quase chegando ao fim, mas ainda assim, tem novidades vindo por aí? Algo que você possa compartilhar com a gente?
Carla Visi: Com a ausência de uma agenda de shows, surgem projetos especiais como gravação de canções com outros colegas e planos na área acadêmica, com as palestras, musicais presenciais ou online. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "A impermanência é uma das leis da natureza. Vamos aproveitar e aprender com esse momento para desenvolver a nossa resiliência e o melhor em nós. Cuidar de si e cuidar do outro. Cuidar da nossa casa e do planeta. Respeitar as diferenças pois a riqueza e a beleza estão na diversidade. Nutrir a Cultura da Paz e a solidariedade universal são fundamentais para o presente / futuro da Humanidade." e se você quiser contratar ela para algum evento ou shows, basta falar com o Marcos Fróes no (71) 99136-0882, sua página no Linkedin é AQUI, Facebook é AQUI, no Instagram e Twitter é só buscar por @CarlaVisi e seu site pessoal é AQUI.

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

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