Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir uma nova entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é internacional, o que deixa tudo ainda mais divertido. Conversamos com a queridíssima Monica May que participou de "Power Rangers SPD" como a Ranger Amarela e hoje ela vem ganhando uma legião de fãs por causa do seu trabalho como dançarina e modelo burlesca, a gente conversa sobre tudo isso e mais um pouco, vem conferir!
Bruna Jones: Desde muito jovem você já demonstrou interesse pelas artes em geral, principalmente por trabalhar no palco. Como foi seu primeiro contato com esta área e o que o motivou a buscar o profissionalismo como artista?
Monica May: Minha mãe é uma artista, então a arte era uma grande parte do meu dia a dia quando criança, mas eu não peguei o vírus das artes cênicas até os 13 anos, quando participei de um acampamento de improvisação na USF. Foi lá que me apaixonei por atuar e decidi que era isso que queria fazer da minha vida. Comecei a me levar mais a sério por volta dos 16 anos, quando comecei as aulas regulares de atuação, consegui um agente e comecei a fazer testes regularmente.
Bruna Jones: Todo começo de carreira costuma ser um pouco mais difícil devido a inúmeros fatores, seja pela falta de oportunidade, instabilidade financeira, etc. Como foi o início de sua jornada até chegar a algum destaque em sua carreira?
Monica May: Para mim, uma carreira tem tudo a ver com o fluxo e refluxo. É algo que acontece ao longo da vida, então sempre haverá altos e baixos espalhados por toda parte. Acho que é importante entender isso, especialmente como um artista ou alguém que trabalha de forma independente, para que você não desanime quando atinge um ponto baixo. O início da minha carreira foi incrível, na verdade. Eu era jovem, não tinha ideia do que estava fazendo e tive a sorte de ter muito sucesso e as pessoas acreditarem em mim. Foi só por volta do terceiro ou quarto ano em Los Angeles que eu cheguei a um ponto baixo e a realidade / dificuldade de ser uma atriz em Los Angeles me afundou.
Bruna Jones: Já em 2005 você alcançou fama internacional ao participar do "Power Rangers SPD". Como você acabou entrando no show?
Monica May: Eu fiz o teste como se fosse qualquer outra coisa! Na verdade, foi uma das experiências mais fáceis que tive em uma audição, porque 2 das 3 vezes que os produtores me viram, eu me coloquei na personagem. E naquela época isso era raro. Eu acredito que os papéis que você realmente deve ter serão seus. Eu era a personagem "Z" e os produtores viram isso instantaneamente.
Bruna Jones: Eu diria que "Power Rangers" costuma ser um divisor de águas na carreira dos atores, justamente pela fama internacional, o mundo todo acaba consumindo o conteúdo, comprando bonecos, dvds, gibis e diversos outros produtos, ainda hoje, anos após o fim de sua temporada, as pessoas continuam a consumir esse conteúdo. Como foi para você participar de um projeto tão grande como este?
Monica May: Quando "Power Rangers" começou a ser transmitido, não sentimos os efeitos porque ainda estávamos na Nova Zelândia filmando e a série não vai ao ar na Nova Zelândia. Quando voltei para casa nos Estados Unidos, era muito o que processar. Para ser honesta, às vezes ainda é muito para processar... haha. Ser um "Power Ranger" NUNCA vai envelhecer para as pessoas. Eu juro, vou fazer 80 anos e as pessoas ainda vão achar que é legal. Às vezes, brinco que, se algum dia tiver problemas e acabar no noticiário, a manchete começará com "Ex-Power Ranger Monica May...". Existe um legado que vem junto com a de fazer parte desta franquia que durará para sempre.
Eu tenho um boneco de ação!!
Não dá para ficar muito mais legal do que isso!
Bruna Jones: Depois de alguns anos trabalhando na indústria do cinema, você decidiu investir seu tempo e sua carreira na arte burlesca. O que motivou essa mudança de cenário para você?
Monica May: Naquela época, eu já trabalhava como atriz por cerca de 12 anos e estava completamente exausta. Comecei a ter uma ansiedade muito grande sobre a audição e, em geral, minha saúde mental não estava muito boa. Eu sabia que precisava parar de atuar um pouco, o que foi uma das decisões mais difíceis que tive que tomar, porque foi a minha vida inteira atuando. Mas assim que me permiti liberar essa identidade, a porta para minha carreira burlesca se abriu. Embora, originalmente, burlesco não fosse algo que eu pensei que faria por tanto tempo! No começo era apenas algo novo que eu queria tentar agitar as coisas... E então me apaixonei por isso.
Bruna Jones: Você acredita que a dança burlesca tem alguma relação com o empoderamento feminino? Como isso se aplica à sua jornada pela vida?
Monica May: Absolutamente! A arte do burlesco e as mulheres que conheci interpretando me salvaram. Eu tinha sido derrotada e destituída por causa do poder pela indústria do entretenimento como um todo. Quando eu descobri o burlesco, ele me deu uma nova vida e me ensinou muito sobre o poder inato que possuo como mulher.
Bruna Jones: A arte burlesca é um ato de transgressão convincente e divertido, que revoluciona ideias pré-concebidas e preconceituosas sobre corpos, formas de desejo e feminilidade. Como é para você fazer parte desse cenário onde pode inspirar direta e indiretamente na qualidade de vida de outras pessoas?
Monica May: Sim, bem colocado! Eu amo isso pra caralho. Quando estou no palco, meu principal objetivo é dar ao público tudo de mim. Ao me abrir para esse tipo de intimidade crua, espero inspirar e lembrar às outras pessoas que não há problema em ser vulnerável. Eu me senti exatamente da mesma maneira quando estava atuando. Anseio ser vista pelas pessoas tanto emocional quanto fisicamente, então esse tipo de expressão é muito confortável para mim. Alguém uma vez me disse que minha vulnerabilidade é minha maior força e eu concordo absolutamente.
Bruna Jones: Você produz todos os detalhes dos seus shows, desde as roupas até o show em si, ou seja, inspiração é algo que faz parte da sua vida. O que geralmente te inspira? O que inspira quando procura uma história para contar?
Monica May: Sou mais inspirada pelas pessoas e pela própria vida. Gosto de pensar na minha vida como uma obra de arte, por isso todas as informações que chegam, boas ou más, servem de inspiração. Francamente, às vezes pode ser opressor porque há muito que quero aprender e criar.
Bruna Jones: Felizmente a arte burlesca está crescendo cada vez mais ao redor do mundo nos últimos anos, inclusive aqui no Brasil alguns artistas estão se destacando. O que diria a quem pensa em iniciar esta jornada artística?
Monica May: Faça!!! Existem tantos recursos agora e aulas e professores incríveis. Todos nós temos algo especial a dizer e oferecer, então se você quiser, vá em frente! Na minha humilde opinião, o mundo só pode se beneficiar com mulheres seminuas mais poderosas girando borlas de seus seios!
Bruna Jones: O ano está quase acabando e apesar do ano passado vivemos na pandemia e que muitos projetos tiveram que ser adiados, há novidades por aí? Algo que você pode compartilhar com seus fãs?
Monica May: 2022 será incrível. Estarei de volta à estrada fazendo convenções e atuando, bem como lançando um novo negócio centrado nas mulheres e na maternidade. Fique conectado comigo através das redes sociais e do meu site missmayburlesque.com para saber mais!
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Eu te amo Brasil!!! Obrigada por sempre apoiar o meu trabalho e espero que um dia eu possa me apresentar ao vivo para vocês!" e se vocês quiserem continuar acompanhando o trabalho dela, basta seguir nas redes sociais por @missmayburlesque ou entrar em seu site pessoal AQUI.
Sobre as fotos usadas nesta matéria, eis os créditos na ordem que foram postadas: Ilfredo Amaya (capa), Jason Kamimura (primeira), Jason Kaminura (segunda), Darren Eskandari (terceira). E então o conjunto de três é do Ilfredo Amaya (naextrema esquerda) e Shane King (as outras duas), beleza?
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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