segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Bruna Entrevista: 11x76 - Marco Bianchi


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é bem especial pelo simples fato de ter feito parte da melhor era da MTV, estou falando do queridíssimo Marco Bianchi, que apresentava o "Rock Gol". Hoje ele vem aqui no blog conversar um pouco sobre a sua carreira e muito mais, vem comigo!

Bruna Jones: Ao longo das últimas décadas você acabou se tornando referência no jornalismo humorístico, principalmente no lado esportivo. Mas antes da gente falar mais sobre isso, vamos começar lá pelo começo. O que te motivou a buscar a sua formação em rádio e televisão?
Marco Bianchi: Curtia muito televisão, esportes… Queria explorar minha criatividade e ter uma carreira prazerosa, que eu tocasse com motivação e alegria. Sou humorista e interpretei um personagem jornalista enquanto estive no Rock Gol, da MTV. Humor e notícia são difíceis de conciliar, um é fato e o outro é fantasia. 

Bruna Jones: Antes de você migrar para a televisão, você teve uma boa jornada no rádio, principalmente quando entrou para o elenco da "89 - Rádio Rock". Como foi esse início de carreira até conseguir se estabilizar?
Marco Bianchi: Os primeiros 4 anos na USP FM foram penosos. Era ótimo criar meus próprios programas, mas não tínhamos audiência e nem remuneração. Nesse período, por outro lado, tive muita liberdade de ação e criei todos os personagens que depois (em uma emissora comercial) ficariam famosos. Sou grato ao Sálvio Santana, falecido operador da emissora da USP, que era meu parceiro de edições dos quadros. 

Bruna Jones: Com o sucesso na rádio, você acabou migrando para a MTV onde comandou o "Rock Gol" por alguns anos. Como surgiu esse convite e o que te motivou a aceitar essa migração para o audiovisual?
Marco Bianchi: O convite veio por causa de um quadro futebolístico cômico que criei no rádio, o Mesa Quadrada. Um quadro que tinha “No primeiro bloco Palmeiras, no segundo bloco mais Palmeiras, no terceiro bloco só Palmeiras…” O início da tevê foi difícil, o veículo e o esquema de produção eram totalmente diferentes. Com o tempo e o apoio de uma grande equipe de profissionais, eu me acostumei e aprendi a criar no novo formato. 

Bruna Jones: Apesar de ser formado em rádio e televisão, como foi para você a transição de deixar de ser "uma voz" e passar a se tornar um rosto visto pelos telespectadores?
Marco Bianchi: Era complicado me apresentar com a minha cara e o meu nome, pois sempre me expressei pelos personagens. Então tive que criar um tipo Marco Bianchi/Marcoss Binaqui, que é um sujeito de falas bonitas e um “futebólogo formado na FODERJ”. 

Bruna Jones: O "Rock Gol" era com certeza um dos programas mais populares da MTV e vocês tiveram a oportunidade de trabalhar ao lado de diversos músicos e convidados, tanto no programa de palco quanto nos jogos. Imagino que por se tratar de um programa onde imprevistos e coisas aleatórias eram possíveis, você tenha histórias engraçadas de bastidores ou algo mais irreverente que tenha acontecido ao vivo. Você poderia compartilhar uma história com a gente?
Marco Bianchi: O humor vive na fronteira entre a graça e a desgraça. Se errar a dose, fica ofensivo. Uma vez, durante um programa ao vivo, o Edinho, filho do Pelé, se irritou com uma pergunta/piada feita por mim. Quis saber quem era pior, ele como goleiro (do Santos) ou o pai como cantor.


Bruna Jones: Uma das coisas mais marcantes sobre o programa, com certeza era a sua parceria com o Paulo Bonfá. Vocês já se conheciam antes da MTV ou foi a própria emissora que acabou percebendo e ajudando na química de vocês?
Marco Bianchi: A gente se conheceu aos 6 anos de idade e até hoje nossas famílias moram no mesmo prédio. Essa intimidade favoreceu muito nossa dupla, em muitos momentos atuamos no base do "transmimento de pensação". 

Bruna Jones: Além do "Rock Gol", você também fez parte do time de dubladores do "Mega Liga de VJ's", fazendo uma versão fictícia de você mesmo. Como foi essa experiência?
Marco Bianchi: Foi bacana estar em uma animação nacional, embora eu não participasse da criação da série. Essa produção foi um marco do período em que a MTV Brasil era referência na tevê brasileira, com inúmeros conteúdos originais que seduziam no bom sentido o público jovem e/ou vanguardista. 

Bruna Jones: Hoje em dia não tem como negar que as redes sociais se tornaram um meio de consumir conteúdos dos artistas favoritos. Você inclusive chegou a migrar para um canal do YouTube (que infelizmente está parado faz algum tempo), o que motivou essa mudança de cenário e você pretende retomar em algum momento?
Marco Bianchi: As redes sociais são um elo sensacional com o público, mas nem sempre geram receitas, em geral representam trabalhar de graça. Inclusive porque sou pessoalmente incompetente nas questões comerciais e empresariais. Mesmo assim, pretendo retomar minha presença nelas em breve, com novos vídeos e projetos. 

Bruna Jones: Outra coisa que deixou de ser um "guilty pleasure" e hoje em dia quase todo mundo consome algum tipo deste produto, é os realities. Você alguma vez já foi convidado para algum programa deste tipo? Participaria?
Marco Bianchi: Os realities são uma tendência hegemônica na televisão há mais de uma década e eu não me encaixo nela, pois abomino evasão de privacidade e, em geral, prefiro me expressar pela ficção. Constato sem pestanejar que perdi muito espaço no mercado para comediantes que são mais versáteis e acessíveis, em especial por atuarem na própria pele. 

Bruna Jones: Felizmente a gente já está conseguindo retomar as atividades após alguns anos de incertezas por causa da pandemia, dito isso, tem novidades vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Marco Bianchi: Tenho um novo projeto de vídeos de humor e espero poder lançar em 2023, possivelmente com a ajuda de ex-parceiros de trabalho, como o Felipe Xavier, do Chuchu Beleza. É um projeto abrangente, surpreendente, pode conter diversos tipos de sátiras do cotidiano. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Sou muito grato ao meu público, sem ele meu trabalho não teria valor. Agradeço às pessoas pelo carinho e pela lembrança, mesmo quando estou meio sumido do mapa, como neste ano, quando perdi meu querido pai e tive que reunir forças para seguir adiante. Abraços efusivos, exclamação!" e se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes, basta dar uma olhada em seu site AQUI que vocês conferem todas as informações oficiais, beleza????

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

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