quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Bruna Entrevista: 10x113 - Mary Silvestre


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é cantora e conhecida da galera que adora um reality show, estou falando da queridíssima Mary Silvestre que aceitou vir compartilhar um pouco de suas experiências profissionais com a gente, foi uma conversa bem bacana e vocês conferem tudo a partir de agora. 

Bruna Jones: Você possui uma carreira artística bem diversificada, tendo no seu currículo trabalhos como modelo, atriz, apresentadora, cantora e até mesmo assistente de palco. Mas, vamos voltar ao início? O que te motivou a querer fazer parte do universo artístico?
Mary Silvestre: O que mais me motivou, eu acredito que seja o incentivo do meu pai. Porque desde muito pequena, ele já tinha uma câmera e me filmava fazendo praticamente tudo, então esse incentivo de cantar, incentivo de falar com a câmera, de me comunicar, foi desde muito cedo. Então, eu sei que eu também tinha vontade, mas como não conhecia tanto isso, foi inconsciente, foi acontecendo. Meu pai incentivava bastante e aí quando eu tive oportunidade de ingressar numa carreira de modelo, começou por aí e foi muito legal, porque foi natural acontecendo tudo. 

Bruna Jones: Todo início de profissão é um pouco complicado, seja por questões financeiras ou por outros motivos. Como foi para você no início da sua?
Mary Silvestre: Nossa, nem me fale! O início sempre é muito complicado e no meu caso também... Quando eu iniciei a carreira de modelo, a primeira vez que eu participei de um desfile, foi quando uma agência de modelos foi até a minha escola na época e convidou e selecionou algumas meninas para participar de um concurso. Só que para começar, você já precisava entrar com o entrar com o traje daquele desfile, aluguel, você precisava pagar os convites, a mesa da sua família, vender convite para a família… Então existiu essa essa interferência porque uma tia minha chegou a dizer pro meu pai não gastar esse dinheiro comigo, que na época acho que eram uns R$100. Ela falou assim: “não gaste este dinheiro, vocês não tem condições de investir, isso não vai te dar retorno algum”, falou pro meu pai, eu lembro como se fosse ontem. E aí ela disse que a filha dela já havia feito algo parecido e só foi perda de tempo e gasto de dinheiro, enfim... Ela me jogou um balde de água fria. Então essa questão financeira pesou, mas (a falta de) apoio também né? Apesar do meu pai e minha mãe me apoiarem, esse pessoal em volta não acredita tanto, não quer que você evolua e acaba pesando também nas suas decisões. Eu cheguei a contar uma história ainda me referindo a questão financeira esses dias atrás e eu nem postei ainda, mas eu tava contando num vídeo sobre uma viagem que eu fiz com meu pai. O carro dele na época era um carro bem humilde, uma Belina 89, e ele não estava apto para viagem. A gente tem que fazer uma viagem e o carro foi parando de cinco em cinco minutos na estrada, a gente andava 1km, o carro parava e a gente esperava o carro voltar, arejar um pouco, tomar um arzinho para voltar a andar e foi um perrengue daqueles. E hoje eu faço uma propaganda de uma marca de carros e eu tava lembrando disso, quando eu passei na estrada uma situação bem difícil, mas não me fez desistir, muito pelo contrário, foi uma uma força a mais. 

Bruna Jones: Você chegou a largar a faculdade para concorrer ao título de Miss São Paulo, chegando longe não só lá, mas também no “Miss Mundo Brasil”, certo? O que te fez desejar concorrer ao titulo de “Miss”?
Mary Silvestre: O que me fez desejar concorrer ao título de Miss, foi que quando eu estava participando do meio da moda mesmo, eu percebia que o padrão para ser uma modelo internacional, passarela, fashion, comercial, enfim, era um padrão diferente do meu. Eu sou uma mulher que tem um pouco mais de curvas, não sou uma mulher magra e nunca fui. Eu sempre fui magrinha quando era mais nova, mas nunca cheguei nesse padrão que as modelos geralmente tem, as modelos fashion. Então eu percebi que no mundo “miss” eu ia me dar melhor e era uma vontade que eu tinha, eu achava bacana essa representatividade da Miss, a voz. Aí eu entendi que pra mim seria mais interessante o mundo miss do que propriamente dito o mundo da moda. 

Bruna Jones: Você também foi coleguinha do antigo “Caldeirão do Huck”, quando surgiu o convite e como aconteceu sua participação? O que mudou em sua vida depois do programa?
Mary Silvestre: O “Caldeirão do Huck” surgiu exatamente pós concurso de Miss, porque eu já tinha participado do Miss da minha cidade, do Miss São Paulo, depois Miss Brasil (no qual eu fui representando o estado de Sergipe) e fui pro Miss Supranational, na Polônia. Quando eu voltei do Miss Supranational, o Henrique Fontes, que é o diretor do Miss Mundo Brasil, estava conversando com Luciano Huck pra transmitir o concurso de Miss Brasil lá no no Caldeirão. E na época, o Luciano estava com alguns desfalques, que saíram algumas, uma de licença maternidade… Aí ele comentou com o Henrique que para ele seria interessante ter uma miss ali no palco do Caldeirão, que nunca tinha tido feito a experiência. E aí o Henrique mandou algumas fotos minhas, já que a Miss Brasil, a primeira colocada, tinha uma agenda muito lotada e eu era a segunda. Aí o Luciano marcou uma reunião comigo, com toda a produção, os diretores e eu fui até lá. E no mesmo dia que eu fui, foi um perrengue também, esse dia tem muita história pra chegar na Globo. Cheguei com algumas horas de atraso, porque eu saí de São Paulo de ônibus, quase fui assaltada, enfim, foi bem terrível... E nesse dia que eu cheguei no Caldeirão, eu já saí de lá contratada, com figurino, subi no palco já nesse dia, foi inesquecível. Graças ao Henrique Fontes e ao Miss Brasil. 

Bruna Jones: Entre 2016 e 2017, você fez uma participação na série “Dois Irmãos”, além de ter experiência como atriz em comerciais. Onde a atuação está presente na sua vida? Você tem pretensões de seguir carreira como atriz?
Mary Silvestre: As primeiras vezes que eu tive experiência com atuação, foi justamente em clipes que eu participei de outros cantores, clipes meus mesmo que eu tive que atuar. E aí quando surgiu a oportunidade de fazer “Dois Irmãos”, a única experiência que eu havia era justamente essa de clipes. Conforme eu fui tendo contato com os profissionais da área da Globo, enfim, do teatro, eles me incentivaram bastante para que eu fizesse cursos preparatórios e eu fiz alguns. Fiz Fátima Toledo, eu fiz Mikhail Chekhov, que é uma técnica incrível, lá no Rio de Janeiro, fiz bastante workshops com a Priscila Lobo, que é produtora de elenco da Globo e algumas coisas paralelas que agora não vou lembrar o nome. Eu cheguei me dedicar uma época a isso, mas eu acho que quando a gente quer mesmo alguma coisa, precisa se aprofundar e aí eu tive que escolher. Naquele momento eu não consegui dar prosseguimento aos cursos, pra ter uma formação mesmo, mas é uma coisa que eu gosto bastante. Admiro demais essa carreira e tem alguns convites por aí ainda, que eu vou falar logo mais sobre essa área de atuação. 

Bruna Jones: A música também faz parte da sua carreira. Como ela surgiu na sua vida? Que desafios teve que enfrentar para encontrar seu espaço como cantora?
Mary Silvestre: A música está muito presente na minha vida em todos os momentos, eu ouço música da hora que eu acordo até a hora que eu vou dormir, eu canto e amo mais que tudo. Acho que a música é o primeiro item que fez parte da minha vida, porque como eu comentei no início, foi cantando, filmando músicas… Desde pequena eu gosto muito de cantar para a família, igreja, enfim, é uma coisa que eu sempre gostei e da mesma forma que que a atuação, a música eu fiz muita coisa falando em estudos. Eu comecei a fazer aula de canto lá em 2014. A primeira vez que me chamaram pra fazer algo profissional mesmo, gravar meu primeiro CD, eu falei, vamos lá, vou fazer um curso pra realmente me preparar pra isso. Só que é algo muito minucioso e demorado, então eu fiz um curso com um professor, com outro professor, até me encaixar na professora certa, na pessoa que falava mais ou menos a minha linguagem, que eu pudesse entender. É uma coisa que eu amo fazer. Eu componho, eu tento a cada dia estudar um pouquinho pra melhorar nisso, entender o meu timbre, entender as interpretações, os diferentes ritmos. Gosto de ouvir desde MPB até o funk brasileiro, até música internacional. Então música é uma coisa que eu posso passar horas falando e às vezes ouvindo também sobre, porque eu não sei tudo, né? Como eu vim do interior de São Paulo, aqui se ouve muito sertanejo e eu era um pouco alienada em relação ao resto dos ritmos brasileiros. Hoje eu consigo entender que música também representa povos, culturas, diferentes formas de vida e isso pra mim é muito legal. Eu pretendo sim, ainda esse ano, fazer algumas coisas relacionadas a música, eu estou até com uma engatilhada já. O problema da música é o investimento. Investimento é muito complicado, porque quando você não tem empresários, é muito difícil você tirar de um trabalho seu para poder investir em outro. Então isso é complicado, mas por amor a gente faz tudo. 

Bruna Jones: Musicalmente falando, o que te inspira? Quais são suas maiores influências?
Mary Silvestre: Como eu disse, a gente acaba ficando um pouco alienado quando a gente fica no interior, só ouvindo um tipo de música. Mas eu sempre tive uma influência desde pequena, que até hoje eu sou extremamente fã: Ivete Sangalo. É um ritmo que a gente não ouve tanto aqui no estado de São Paulo, que é o axé, mas acho que ela transita por vários outros ritmos, MPB, ela canta rock, ela canta blues, samba... Qualquer coisa que você coloca pra Ivete, ela interpreta maravilhosamente bem, de uma forma única e ela não é só uma intérprete, ela é uma atriz, ela é uma cantora, ela é um ser humano extremamente admirável. Então ela me inspira assim, demais. Tem muitas outras cantoras que me inspiram e eu acho que é bom a gente pegar o melhor de cada um e tentar se identificar com aquilo, pra colocar no nosso estilo. Mas acho que falando de uma figura, é ela. 

Bruna Jones: Em 2015, você participou de um reality de mulheres do funk, o “Lucky Ladies Brasil”. Como surgiu o convite e como você avalia essa experiência?
Mary Silvestre: O “Lucky Ladies” foi uma surpresa maravilhosa na minha vida, eu tinha acabado de fechar com o escritório, primeira vez que eu estava realmente trabalhando com música profissionalmente, gravando CD, fechando shows... E esse escritório já tinha alguns artistas renomados ali, que já faziam sucesso no Brasil, no Rio de Janeiro, uma delas era a MC Sabrina, que estava até afastada da música e o meu escritório contratou na mesma época que eu. E a Sabrina estava já com agenda lotada, pronta pra começar de novo. Eu não a conhecia pessoalmente e ela foi chamada, ela era um dos nomes cogitados. Ela foi até essa essa conferência com o pessoal da Fox e eles entrevistaram a Sabrina, perguntaram da carreira dela, da história, que ela tinha uma história longa, ela foi uma das primeiras a cantar funk... E meu empresário estava com meu material, o meu CD na mão, meu mídia kit e ele deixou em cima da mesa, quando eles estavam vindo embora. Aí os os americanos da Fox ficaram curiosos: “quem é essa aqui, desse CD?”, meu empresário disse: “ela é uma outra artista nossa, do nosso escritório”. Foi quando ele me ligou na hora e falou: “Mary, onde você está?”, eu falei: “eu estou aqui na Barra da Tijuca” e ele: “corre pra Ipanema em 20 minutos” e eu: “não sei se consigo”. Do jeito que eu tava, eu saí da Barra, fui pra Ipanema em 20 minutos, saí correndo, não sei como, peguei o primeiro táxi que eu vi e cheguei lá. Levei até uma revista Playboy pra eles, lacrada, para presentear o pessoal da Fox. Eu imaginei que por serem americanos, eles não conheciam nada sobre o Brasil, levei a revista, assinei e presenteei. Eles me perguntaram muitas coisas, eu não sabia falar muito bem inglês, entendia algumas coisas, mas tinha um intérprete comigo. Cada coisa que eu respondia, o intérprete respondia em inglês e eles riam. Eu pensei: “eu tô conseguindo a proeza que eu nunca imaginei, fazer os americanos rirem de piadas e histórias brasileiras, histórias minhas”. Foi algo assim que eu saí dali e tinha a certeza que alguma coisa boa estava à minha espera. E foi incrível, foi uma das melhores experiências da minha vida. O “Lucky Ladies” foi um presente mesmo, todas as meninas ali, até hoje. Eu estava até ouvindo a história de uma amiga minha, que a Tati Quebra-Barraco e a Solange Gomes estavam falando de mim, sobre o “Lucky Ladies” na “Fazenda” essa semana. Então é uma coisa que ficou gravado, não só o meu coração pelo visto, mas no coração de todo mundo que vivenciou aquilo ali. 

Bruna Jones: Tendo uma certa “experiência” com reality de confinamento, você toparia enfrentar outro como BBB ou A Fazenda?
Mary Silvestre: Experiência, né? A gente sempre pensa que como a gente conhece um pouco mais, aquilo que vai nos ajudar… Você sabe que eu já pensei em entrar em reality show antes da minha filha nascer? Mas depois da minha primeira filha nascer, eu fico pensando assim, meu Deus, talvez fosse excelente minha carreira. Mas eu também fico pensando no lado de deixá-las aqui sozinhas, duas filhas crianças, uma bebê… Então eu penso sim, mas não agora. Eu não sei se vai surgir a oportunidade daqui a algum tempo, mas eu fico pensando assim, eu deixo que Deus guie, eu deixo nas mãos de Deus e se for pra ser... Na hora vai acontecer e eu vou ter coragem, mas não tenho procurado muito isso ultimamente. 

Bruna Jones: Estamos começando a nos recuperar de momentos bastante delicados a nível mundial, como isso interferiu no seu dia a dia e na sua carreira? Apesar disso, existem novidades suas vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Mary Silvestre: Interferiu bastante na minha carreira, porque eu estava fazendo shows até, começando a galgar uma agenda na música, fazendo muita publicidade. Então deu uma balançada, mas ao mesmo tempo, quando parou tudo, eu tive um contato comigo mesma, um contato maior, consegui estudar música online, consegui estudar inglês online, consegui ler muito. Também, talvez se não tivesse tido esse período dificultoso pra todos, eu não teria minha segunda filha agora, talvez eu esperasse mais, então foi necessário pra mim esse tempo. E agora antes da minha filha nascer, eu cheguei fazer até um clipe que eu ia trabalhar e logo em seguida eu fiquei grávida. Mas agora eu estou com outro projeto engatilhado que eu quero lançar esse ano ainda e também trabalhos na TV, que eu amo comunicação. Então tem essas coisas aí, tem trabalhos na TV, que estão rolando já, hoje eu estou fazendo publicidade na SKY na Record, tem algumas coisas de música que eu quero muito ter tempo para poder me dedicar a isso e investimento. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "O recado que eu quero deixar pra vocês é que nunca desistam dos seus sonhos, mas também não esperem só o sonho acontecer. É importante que a gente vá em busca dos sonhos e não deixe que nada os impeça. Por exemplo, eu tive vários empecilhos, ou melhor, que poderiam ser empecilhos, mas que de uma forma ou de outra, acabei passando por cima. Às vezes fazemos alguma coisa pequena se tornar grande e impedimos que algo maior aconteça. Então corram atrás e não deixem coisas pequenas, pedras pequenas, impedirem seu caminho. Obrigada pela oportunidade e pela abertura, fiquei muito feliz em falar com vocês e contar um pouquinho da minha trajetória. Obrigada mesmo! Obrigada Marcelo também! Vou deixar minhas redes, meu contato profissional. Fico extremamente feliz em saber que pessoas como vocês estão indo bem, abrindo espaço pras pessoas falarem, contarem histórias que eu acho muito bom, ouvir e compartilhar! Um beijo grande!" e para quem quiser continuar acompanhando ela na internet, basta procurar por @marysilvestreoficial no Instagram e para contato profissional é só usar o número +55 (16) 99728-7104, beleza?

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

2 comentários:

  1. Gostava de assistir o Lucky Ladies, não encontro os episódios completo na Web

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  2. Gostava de assistir o Lucky Ladies, não encontro os episódios completo na Web

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