segunda-feira, 18 de abril de 2022

Bruna Entrevista: 11x31 - Carlos Machado


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado é uma das pessoas mais gentis e incríveis que nós já tivemos a oportunidade de conversar, estou falando do ator Carlos Machado. Falamos um pouco sobre as principais experiências que ele teve em sua carreira ao longo dos anos e vocês conferem tudo isso e muito mais, agora!

Bruna Jones: Hoje em dia você é um dos atores mais populares da televisão Brasileira, mas antes disso, você possui uma formação em odontologia. O que motivou a mudança de cenário da saúde para as artes cênicas? 
Carlos Machado: Me formei em odontologia já fazem 31 anos e na mesma época eu estava começando a fazer teatro, na verdade, três anos depois de ter me formado, 28 anos atrás. Comecei a fazer teatro e cursos voltados para interpretação de televisão e cinema, com vários diretores famosos, tive a oportunidade de fazer curso com o criador de "Malhação", o Flávio Colatrello, Fábio Barreto que é diretor de cinema e outros... Paralelamente eu sempre tive a carreira de dentista como um porto seguro pelos altos e baixos da carreira artística. Me pós graduei em ortodontia no Rio de Janeiro e sempre trabalhei em clinicas onde eu tivesse quem me substituísse quando estivesse em gravações mais pesadas, então essa escolha já foi pensada em como uma profissão na qual a gente tem essa possibilidade de ter uma outra atividade paralela.      

Bruna Jones: No inicio da carreira, diversos artistas acabam se inspirando na carreira de outros atores famosos e até mesmo seguem admirando conforme os anos vão passando. Na sua experiência, quem te influenciava na sua carreira? 
Carlos Machado: Eu sempre admirei no Brasil principalmente, o trabalho do Lima Duarte que pra mim é o grande mestre e tive o prazer e a honra de contracenar no "Você Decide", onde fiz o personagem titulo e ele era o dono de uma escola de samba, carnavalesco... Esse episódio se chamava "O Príncipe da Feira". E foi pra mim uma grande oportunidade, pena que foi apenas um capitulo, já pensou se fosse uma novela? Eu protagonizando com esse mestre em grandes partes da novela? Seria fantástico. Mas foi só um episódio que foi sensacional e uma grande honra, foi uma aula poder contracenar com o Lima Duarte.  


Bruna Jones: Ao longo da sua carreira você já teve a oportunidade de interpretar diversos tipos de papéis, desde personagens mais sérios e até mesmo alguns mais voltados para o humor. No geral, existe algum tipo de personagem que seja o teu preferido na hora de interpretar? 
Carlos Machado: Eu sempre tive mais vontade de interpretar vilões, personagens com esse perfil, em primeiro lugar por exigir mais da gente enquanto atores e em segundo lugar por eu ter um perfil que facilita um pouco esse tipo de interpretação, eu sou muito alto, tenho 1,91, tenho uma voz forte, talvez não por acaso eu tenho interpretado muitos vilões na minha carreira, como por exemplo em "Fina Estampa" onde eu era o braço direito da Christiane Torloni, a grande vilã da novela, mas também interpretei bonzinhos, como o Inácio de "Amor â Vida" contracenando com a Tatá Werneck, que foi muito bom.  

Bruna Jones: Você possui experiência nas mais diversas áreas do cenário cênico. Você acredita que com o passar dos anos, você acaba ficando mais seguro como ator ou é um constante aprendizado? 
Carlos Machado: Com certeza, é sempre um constante aprendizado. Cada personagem, cada espetáculo, principalmente no teatro, ensina muito no meu ponto de vista. No teatro eu acho que um dos espetáculos que eu mais aprendi foi "Escola de Mulheres" do Molière, onde interpretei o protagonista do texto, peça essa na qual eu vi sendo interpretada por Jorge Dória, outro ator que sempre admirei e que é mestre do humor. Foi realmente um desafio, um desafio bem interessante e gratificante. Mas no teatro o mais impactante pra mim foi ter feito Jesus Cristo em uma peça que não foi comercial, foi feita apenas uma apresentação e teve uma dedicação muito grande entre todos os envolvidos que me trouxe uma experiência que eu vou carregar para a vida, que realmente foi muito impactante na minha vida enquanto ator.  

Bruna Jones: Qual foi a personagem mais difícil que você interpretou? 
Carlos Machado: Com certeza foi Jesus Cristo o personagem mais difícil de interpretar, mas te confesso que também não foi fácil interpretar o lado oposto dessa história linda da "Paixão de Cristo" quando interpretei Pilatos na "Paixão de Cristo de Nova Jerusalém" de 2014, quem procurar no YouTube pode ver alguns trechos dessa produção épica, algo que eles fazem como ninguém, o maior teatro a céu aberto do planeta, cerca de 10 mil pessoas por dia durante uma semana acompanhando vários cenários e em um lugar espetacular que simula Jerusalém antiga. Interpretar Pilatos foi um desafio também, pois eu como cristão, como uma pessoa que crê em Jesus e olhar nos olhos dele e lhe mandar para a cruz, sem sair do personagem, ouvir ele falar e não se emocionar enquanto cristão, não foi nada fácil, foi desafiador...   


Bruna Jones: Um de seus maiores sucessos foi o Ferdinand de "Fina Estampa", que inclusive estava no ar novamente ao longo desta pandemia. Como foi para você interpretar um personagem que é falado até hoje pelo público? 
Carlos Machado: Interpretar o Ferdinand foi realmente muito gratificante e tudo aconteceu de uma maneira sobrenatural, eu diria. Esse personagem está na primeira cena do primeiro capitulo contracenando com a protagonista da novela, a Lilia Cabral e foi até o último episódio, o que não era previsto, pois inicialmente ele morreria no meio da novela... Foi sensacional, pois foi sem dúvida nenhuma um personagem que marcou por ser um vilão que era cativante, engraçado, nada dava muito certo pra ele, super do mal mas que tinha medo de ratos... Aliás, uma cena muito bem feita na qual contracenei com os ratos e fiquei preso pela Christiane Torloni na sauna da casa dela, na verdade era uns 30 ratos, mas os efeitos transformaram eles em 300, rs... Foi muito legal, um papel muito divertido apesar de ser vilão, sempre muito leve e interessante, metade da novela gravei na praia como dono de uma rede de vôlei perto de um quiosque era o Wolf Maia, que foi o diretor. Por incrível que pareça esse papel acabou caindo nas minhas mãos através de um sonho, que eu creio que papai do céu me deu, na qual o Wolf me falava que eu trabalharia na próxima produção dele, então imediatamente lhe procurei pois aquele sonho não me parecia algo natural e as coisas foram acontecendo de forma sobrenatural, era pra ser, enfim... Acredito em destino, mas a gente tem que dar os passos para que esse destino se cumpra, eu acredito em vários destinos diferentes nos quais vão mudando conforme os passos que você dá, então nesse caso esse destino se cumpriu pois dei os passos de procurar o Wolf Maia e me deixar a disposição dele.           

Bruna Jones: Hoje em dia a gente percebe uma mudança gritante na forma como os artistas se articulam pela mídia e pelos fãs, com o crescimento das redes sociais, principalmente com o Instagram, os números de seguidores algumas vezes estão falando mais alto do que o talento. O que você acha sobre isso? Até que ponto a internet está influenciando no cenário artístico, em sua opinião?
Carlos Machado: Sobre a internet, diga-se de passagem, meu Instagram e fã page é @eucarlosmachado, mas eu sinceramente meio tenho que dizer que redes sociais é algo que eu nunca dei muita atenção, de fato pessoas que não são muito relevantes enquanto artistas muitas vezes tem milhões de seguidores, enquanto que outros com uma relevância surreal tem poucos milhares, me vem imediatamente grandes nomes gigantes da teledramaturgia, não quero citar nenhum... Mas eu confesso que de algum tempo para cá tenho dado mais atenção, pois é o futuro já presente, através das redes você tem um pequeno canal de televisão em suas mãos onde você pode fazer seus fãs e seguidores te acompanharem em tempo real muitas vezes, é algo que a gente não pode deixar de lado de forma alguma.


Bruna Jones: Hoje em dia os realities estão dominando cada vez mais a televisão brasileira, inclusive você chegou a "participar de um", o "Saltibum". Mas sobre os de confinamento, você aceitaria participar de algum programa deste gênero?
Carlos Machado: Não sei... Eu acho que nunca se deve dizer não definitivamente para nada, acho que a gente não deve deixar a porta fechada para nada na nossa vida, a menos que seja para o que é do mal, obviamente... Mas eu acho que o reality show tem o seu papel importante algumas vezes, outras vezes não tem muita importância e outras de uma forma, como eu diria... Desnecessária e sem proposito, talvez? Mas eu acho que os realities quando são feitos com proposito pode ser algo que traz boas informações e possibilidades de reflexão, acho que é isso o que deve ser mais buscado, muitas vezes isso pode ser feito como já foi em algumas vezes, com participantes de conteúdo e interessantes, com modelos de realities, formatos que ainda não foram feitos e que possam ser transformadores para a sociedade de forma positiva, eu acho que ainda está para acontecer esse tipo de programa e quem sabe eu possa estar envolvido nisso?  

Bruna Jones: Aos poucos estamos retomando a nossa rotina após dois anos complicados que tivemos... Ainda assim, existe alguma novidade vindo por ai? Algo que possa compartilhar com os seus fãs? 
Carlos Machado: A maior novidade que posso compartilhar com meus fãs e com quem está com interesse do que acontece de bom nos Estados Unidos, é que acerca de 6 meses eu abri uma empresa em sociedade com o meu cunhado, que é casado com uma sobrinha que foi criada como irmã, aqui nos Estados Unidos, faz mais de quinze anos que ele trabalha e pesquisa no mercado de construção, imobiliária e leilões mais restritos nos quais você consegue adquirir propriedades com 10, 20 e até 50% do valor de mercado. A gente tem tido um excelente êxito na empresa que ainda é bem nova e crescendo de forma rápida, a gente também tem vontade de iniciar um curso no qual brasileiros que não moram nos Estados Unidos possam investir nesse tipo de seguimento, você não precisa ter Green Card e nem estar no país para fazer esse tipo de investimento e aquisições, é um desejo que a gente tem no coração e estamos amadurecendo essa ideia para em breve lançar um projeto onde as pessoas possam aprender de forma gratuita esse caminho que é um segredo da fortuna dos americanos, talvez... Apesar de a séculos eles fazerem isso, continua sendo uma espécie de segredo que 90% das pessoas não conhecem esse caminho, neste sentido. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero deixar um recado para quem me segue, para quem é meu fã e tem curiosidade sobre coisas boas que estão vindo por ai, me sigam nas redes sociais @eucarlosmachado no Instagram e fã page, que por lá a gente troca figurinha, eu sempre respondo quem me manda mensagem, algumas vezes demora um pouquinho quando tem muita mensagem, mas eu sempre respondo. Então, contem comigo, qualquer duvida estou a disposição. Um beijo no coração e um beijo na alma."


Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

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