Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é um queridíssimo dublador, que com certeza você já conferiu algum trabalho dele, principalmente se você é ligado ao universo de séries e animações, estou falando do Cláudio Galvan, que aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem comigo!
Bruna Jones: Você possui uma carreira artística muito ampla, seja como ator, cantor, dublador... Mas antes da gente falar melhor sobre isso, vamos voltar um pouco no passado. Como foi que você acabou sendo inserido neste universo artístico e o que te motivou a buscar uma carreira nesta área?
Cláudio Galvan: Minha carreira começou na adolescência, ao ir com a minha turma de escola assistir no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o balé Don Quixote, percebi naquela hora que meu desejo era estar num palco daquele e no dia seguinte fui em busca de escolas de dança para me tornar um bailarino. Depois de 5 anos de estudo na Escola de Danças do Teatro Municipal, integrei o corpo de baile e cheguei a dançar alguns vales de lá: O quebra Nozes, o Lago dos Cisnes, Copelia e mais alguns de repertório. Daí paralelamente fui fazendo teatro amador e aos poucos me inseri em teatro musical.
Cláudio Galvan: Minha carreira começou na adolescência, ao ir com a minha turma de escola assistir no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o balé Don Quixote, percebi naquela hora que meu desejo era estar num palco daquele e no dia seguinte fui em busca de escolas de dança para me tornar um bailarino. Depois de 5 anos de estudo na Escola de Danças do Teatro Municipal, integrei o corpo de baile e cheguei a dançar alguns vales de lá: O quebra Nozes, o Lago dos Cisnes, Copelia e mais alguns de repertório. Daí paralelamente fui fazendo teatro amador e aos poucos me inseri em teatro musical.
Bruna Jones: Inícios de carreira sempre costumam ser um pouco mais complicados, principalmente para quem busca uma oportunidade nas artes em geral. Como foi o início da sua jornada até conseguir se estabilizar na carreira?
Cláudio Galvan: Sim, o início da minha jornada como quase todos os artistas no nosso país foi bem difícil, eu sempre precisei trabalhar paralelamente em outras áreas para bancar meus estudos, comercio e etc... Somente aos 26 anos me decidi a me dedicar apenas a trabalhos na minha área mesmo que fossem mal remunerados e até sem remuneração, como experiência. Com o passar do tempo a qualidade que eu consegui como, ator, bailarino e cantor acabaram me dando ótimas oportunidades nesse mercado.
Cláudio Galvan: Sim, o início da minha jornada como quase todos os artistas no nosso país foi bem difícil, eu sempre precisei trabalhar paralelamente em outras áreas para bancar meus estudos, comercio e etc... Somente aos 26 anos me decidi a me dedicar apenas a trabalhos na minha área mesmo que fossem mal remunerados e até sem remuneração, como experiência. Com o passar do tempo a qualidade que eu consegui como, ator, bailarino e cantor acabaram me dando ótimas oportunidades nesse mercado.
Bruna Jones: Artistas em geral costumam ser bastante perfeccionistas em relação a tudo o que fazem, principalmente nesta era em que tudo é compartilhado quase que instantaneamente na internet. Você costuma ser mais crítico em relação ao seu trabalho ou busca manter uma certa distância?
Cláudio Galvan: Sou o mais crítico que posso com meu próprio trabalho sempre. Pra mim não há possibilidade de fazer um trabalho que não tenha um ótimo nível de qualidade. É fundamental a minha auto crítica para sempre estar numa linha profissional de alto nível e assim sobreviver dignamente da minha profissão.
Bruna Jones: Você já possui bastante experiência na sua carreira e no decorrer deste tempo, como eu disse anteriormente, você já fez de tudo um pouco: Televisão, teatro, dublagem... Entre as personagens que você já teve a oportunidade de fazer, qual foi a mais difícil e por qual motivo?
Cláudio Galvan: No teatro musical sem dúvida o personagem que me deu mais trabalho foi o "Zazu" o mordomo do rei no "Rei Leão" numa temporada em SP de uma turnê oficial da Broadway, que durou 2 anos. Era bem difícil pois eu tinha que atuar manipulando um pássaro com diversos controles diferentes. O trabalho corporal era bastante pesado e eram 8 sessões por semana. Duração de cada sessão 2h e 40min.
Cláudio Galvan: No teatro musical sem dúvida o personagem que me deu mais trabalho foi o "Zazu" o mordomo do rei no "Rei Leão" numa temporada em SP de uma turnê oficial da Broadway, que durou 2 anos. Era bem difícil pois eu tinha que atuar manipulando um pássaro com diversos controles diferentes. O trabalho corporal era bastante pesado e eram 8 sessões por semana. Duração de cada sessão 2h e 40min.
Bruna Jones: Como dublador, você tem acesso aos roteiros muito antes de quando o projeto acaba estreando, não é mesmo? E a gente sabe que dubladores não podem nem comentar publicamente sobre os projetos enquanto estão gravando, então a minha questão é: Como você lida em saber quando uma história é bacana e não poder compartilhar com as pessoas em sua volta, os famosos "spoilers"?
Cláudio Galvan: Na verdade o acesso ao material do dublador só tem no dia em que vai dublar por questões de segurança. Não recebemos nada antes. Mas quando a gente dubla o filme, claro que sabemos o que acontece antes do público mas nós profissionais dessa área assinamos um contrato de sigilo antes de todas as produções. Então profissionalmente não é autorizado nenhum tipo de divulgação por nossa parte de nenhum conteúdo que esteja ali no filme. Eu não tenho problema com isso porque é uma questão profissional e nisso sou bastante correto sempre.
Cláudio Galvan: Na verdade o acesso ao material do dublador só tem no dia em que vai dublar por questões de segurança. Não recebemos nada antes. Mas quando a gente dubla o filme, claro que sabemos o que acontece antes do público mas nós profissionais dessa área assinamos um contrato de sigilo antes de todas as produções. Então profissionalmente não é autorizado nenhum tipo de divulgação por nossa parte de nenhum conteúdo que esteja ali no filme. Eu não tenho problema com isso porque é uma questão profissional e nisso sou bastante correto sempre.
Bruna Jones: E por falar em "spoilers", nem sempre você recebe o roteiro completo ou grava suas cenas com outros atores simultaneamente, certo? Como é para você ficar com algumas lacunas na história, sem saber o que está acontecendo fora do núcleo da sua personagem?
Cláudio Galvan: De fato como nos dubladores sempre gravamos as nossas partes individualmente, muitas vezes não temos acesso a diversas partes do filme. Mas isso não atrapalha porque quando temos alguma dúvida referente a alguma ligação que possa existir e que seja importante para a personagem que a gente está dublando, o papel do diretor é estar ali para tirar qualquer dúvida que houver já que ele tem acesso antes de todos ao filme inteiro.
Bruna Jones: Você é conhecido por emprestar a sua voz para diversos atores em filmes e seriados, mas em especial, você marcou a vida de muita gente ao dublar diversos personagens da Disney, como em "Mulan", "Corcunda de Notre Dame", "Pocahontas", o próprio Pato Donald e muitos outros... Como é para você ter feito parte da história de tanta gente através destes personagens?
Cláudio Galvan: É realmente incrível e agradeço diariamente por ter a oportunidade de trabalhar e sobreviver exclusivamente da minha profissão que me dediquei a vida inteira. Mas o prazer que a gente tem por fazer parte da história de milhares de vidas é o que me movimenta para querer continuar melhorando meu rendimento e por conseguinte levando um melhor trabalho ao espectador.
Cláudio Galvan: É realmente incrível e agradeço diariamente por ter a oportunidade de trabalhar e sobreviver exclusivamente da minha profissão que me dediquei a vida inteira. Mas o prazer que a gente tem por fazer parte da história de milhares de vidas é o que me movimenta para querer continuar melhorando meu rendimento e por conseguinte levando um melhor trabalho ao espectador.
Bruna Jones: Hoje em dia com os streamings crescendo cada vez mais, a dublagem está ganhando espaço em projetos que até alguns anos atrás não possuía, como os realities. Como você avalia esse crescimento na área?
Cláudio Galvan: Acho ótimo o crescimento dessa área de entretenimento, é mais um grande leque de produções que tem que ser dubladas, isso só tende a crescer e oferecer maior quantidade de trabalhos para os profissionais da nossa área.
Cláudio Galvan: Acho ótimo o crescimento dessa área de entretenimento, é mais um grande leque de produções que tem que ser dubladas, isso só tende a crescer e oferecer maior quantidade de trabalhos para os profissionais da nossa área.
Bruna Jones: Infelizmente desde março de 2020 a gente está vivendo esse momento de pandemia, que aos poucos estamos conseguindo retomar nossas vidas sociais e profissionais, uma das áreas mais prejudicadas com isso foi a artística, por conta do fechamento de teatros, cinemas, redução de gravações para a televisão... Como foi esse período para você?
Cláudio Galvan: Realmente um período bem difícil para nós artistas, talvez o pior de toda a minha história dentro das artes. Pra piorar ainda tivemos um governo que destroçou mais ainda nossa categoria. Mas felizmente a arte sempre tem o poder de se renovar e também as dificuldades pra mim sempre acabam me fazendo pensar ainda mais em soluções. Eu particularmente estou sem fazer teatro desde 2019 mas me mantenho com bastante trabalho mesmo assim porque tenho uma escola de dublagem, o Galvan Estúdios que anda a todo vapor de forma totalmente remota com alunos por todo Brasil além de continuar dublando também remotamente do meu próprio estúdio e ainda estou fazendo uma novela na TV Globo o remake se Pantanal que está linda é será um sucesso estrondoso.
Bruna Jones: Felizmente, mesmo que aos poucos, nós estamos conseguindo retomar a nossa vida social e profissional, não é mesmo? E com isso, projetos podem ser colocados em prática e novidades surgem... Tem algo novo vindo por aí? Algo que possa compartilhar com a gente?
Cláudio Galvan: Sim, estou planejando cuidadosamente um retorno bem aos poucos da minha escola de dublagem que será híbrida com poucas turmas presencias é o online não vai parar. Veio pra ficar. E como já disse estou para estrear em março com a novela Pantanal e meu personagem se chama Ari. Um piloto de avião que terá passagens muito interessantes nessa nova novela.
Cláudio Galvan: Sim, estou planejando cuidadosamente um retorno bem aos poucos da minha escola de dublagem que será híbrida com poucas turmas presencias é o online não vai parar. Veio pra ficar. E como já disse estou para estrear em março com a novela Pantanal e meu personagem se chama Ari. Um piloto de avião que terá passagens muito interessantes nessa nova novela.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero agradecer muito aos expectadores do blog que são fãs do meu trabalho e dizer que é graças a vocês que vivo uma trajetória tão boa e prazerosa. Para Aqueles que estiverem a procura de suas profissões e ainda não se encontraram, procurem fazer sempre algo que gostem de verdade que seja com prazer e alegria. Isso faz com que você se torne um excelente profissional na sua área e não fique apenas esperando a hora da aposentadoria." e se você quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar no Instagram por @claudiogalvan e @galvanestudios, beleza?
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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