Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é chef que participou da sexta temporada do "MasterChef" da Band, estou falando do querido Weverton Barreto que vem compartilhar com a gente um pouco das suas experiências profissionais. Vem conferir tudo isso e mais um pouco, agora!
Bruna Jones: Antes do programa você era engenheiro civil, não é mesmo? O que lhe levou para essa área e, hoje em dia, ainda continua na mesma profissão? E o desejo de seguir o mundo gastronômico, sempre esteve ali ou foi surgindo ao longo do tempo?
Weverton Barreto: Obrigado pelo convite, estou muito feliz em poder falar um pouco da minha história. Uma vez Engenheiro sempre Engenheiro (risos), eu gostei bastante de cursar engenharia civil e atuar por 8 anos na profissão, mas eu estava sufocado pelo ambiente de trabalho no qual eu me encontrava. Hoje não exerço mais a profissão, mas não significa que eu a abandonei. Eu sempre gostei de cozinhar, desde criança, mas não via a gastronomia como uma profissão, mas depois, quando comecei a assistir "MasterChef" e reproduzir os pratos das outras temporadas em casa, eu comecei a me aproximar e apaixonar. Daí estudei para entrar no "MasterChef" e mudar a minha vida profissional.
Bruna Jones: Em 2019, você se aventurou a participar da sexta temporada do "MasterChef Brasil". O que lhe motivou a se inscrever? Já havia assistido as edições anteriores do reality?
Weverton Barreto: Como disse, assisti ao programa desde a primeira temporada, na segunda eu já queria participar, mas me inscrevi somente na quinta, cheguei a ser chamando para testes, mas não entrei, fui teimoso e consegui na sexta. Para mudar de profissão, no auge da carreira de engenharia, eu precisava de algo sólido, de nome, e que impulsionasse a nova carreira, eu vi no "MasterChef" essa oportunidade.
Bruna Jones: Para participar de um reality show, durando ele o tempo que for, os participantes precisam abrir mão de algumas coisas para estar à disposição da produção durante o período de gravação. Você teve que mudar algo na sua vida para participar do "MasterChef Brasil"?
Weverton Barreto: Não mudei muitas coisas, tive apoio da família e amigos, o que é o essencial. Fiquei em São Paulo até a gravação do último episódio, me adaptei no meu antigo trabalho até me desligar. As coisas foram acontecendo durante as gravações, como era tudo novo eu não tinha planejamento, mas consegui fazer tudo como queria. A mudança principal foi a profissional, essa não teve mesmo jeito de seguir com os dois.
Bruna Jones: Como sabemos, a rotina do reality show competitivo é intensa, com várias fases eliminatórias a se encarar antes mesmo de apresentar seu prato para os três jurados da competição. Além disso, vocês precisam se relacionar com os outros participantes. Como foi para você essa relação com os demais? Era um clima mais amigável ou mais tenso devido à competição?
Weverton Barreto: Eu adoro conhecer pessoas, apesar de muito tímido no início eu me dei bem com muitos dos participantes. Eu nem conseguia ver a maldade/malícia entre um ou outro, e essas foram coisas que vi só depois do programa terminar. Tiveram aqueles que eu considerava que sumiram, aqueles que nem era tão próximos que se aproximaram, e aqueles que foram grandes amigos desde o primeiro dia. Nada fora do normal, as pessoas são assim mesmo.
Bruna Jones: Num modo geral, uma competição culinária costuma ser bastante competitiva e, obviamente, os jurados estão em constante busca por melhores resultados. Como foi a sua experiência com os comentários feitos sobre os pratos entregues durante o programa?
Weverton Barreto: Eu era um competidor que estava na média, essa era a minha estratégia no início. Quando fui eliminado fui pego de surpresa em uma prova em que eu não dominava a técnica e a receita, nunca tinha feito e comido. Fui mais traído ainda pelo meu próprio medo, a insegurança de achar que era inferior ao meu adversário. Os comentários sempre foram justos e nada me assustou, mas foram doloridas as críticas. Como eu já conhecia bem o programa, eu já estava preparado emocionalmente para críticas bem pesadas, vide as minhas reações no programa.
Bruna Jones: Sabemos que os três jurados do programa não têm muito contato com os participantes fora das gravações para que se mantenha certa neutralidade. Mesmo assim, ao longo das temporadas pudemos ver que eles se afeiçoam mais por alguns e cobram mais de outros. Como era a sua relação com o Fogaça, o Jacquin e a Paola?
Weverton Barreto: Verdade, o programa leva muito a sério essa questão da impessoalidade. Não temos contato nem dentro e nem fora das gravações. Eu senti que os jurados eram meio que tutores, mas nem sei se essa minha teoria está correta. A Paola, por exemplo, era a que mais cobrava dos meus pratos, mas foi ela quem me entregou o avental. O Jacquin tinha uma afinidade ímpar comigo, ele gostava de tudo que eu fazia, e ficou muito chateado quando fui eliminado. Já o Fogaça era aquela pessoa que se preocupava em dar conselhos, mesmo que leves, e eu senti muita afinidade por isso. Eu sou uma pessoa que gosta de ajudar o outro com conselhos, e eu pude ver bastante humanidade nele no programa neste sentido.
Bruna Jones: Ao término do programa, o que mudou na sua vida? Quais as principais diferenças entre o Weverton de antes e o de depois do reality?
Weverton Barreto: Tiveram mudanças boas e ruins. Quando participamos de um reality temos uma visão completamente diferente da realidade. Achamos que pelo fato de estarmos num programa de televisão, a nossa carreira vai deslanchar, assim como você está numa empresa de engenharia por oito anos, e não é assim. Nos primeiros meses foi difícil, estava desempregado e eliminado do "MasterChef", um pesadelo. Depois algumas coisas começaram a acontecer. Consegui estabelecer uma vida profissional nas redes sociais, fazer bastante contato no meio gastronômico, e a partir daí foram surgindo trabalhos. O Weverton antes do "MasterChef" era um cara cheio de medos, tímido, introvertido, cansado e desencorajado a sair da antiga profissão. Depois do reality eu aprendi a lidar com esses medos, me soltei e hoje nem paro de falar (risos), sou mais livre, ao menos me sinto assim. Hoje converso diariamente com pessoas de todos os cantos do Brasil, que torceram por mim, ou que me acompanharam no programa, e incentivo essas pessoas a construírem os seus sonhos na cozinha. Busco mostrar o lado descomplicado, cômico, desafiador e maravilhoso da cozinha.
Bruna Jones: Que dicas você daria para os participantes de uma nova temporada do "MasterChef Brasil"?
Weverton Barreto: A dica que eu daria é que eles estudem bastante, pratiquem em casa as receitas do programa, leiam livros de culinária clássica, sobretudo receitas francesas (ajuda demais). Sejam verdadeiros, sorriam, chorem se sentir vontade, sejam competitivos e nunca se esqueçam de que estão num programa de televisão e que serão um recorte pro Brasil e pro mundo. Ahhh, não se esqueçam de estudar confeitaria, na minha temporada poucos dominavam as técnicas dos doces e isso pode ser um diferencial.
Bruna Jones: Nos últimos anos, a reciclagem de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de "A Fazenda" ou "BBB", por exemplo, ou ainda de uma nova temporada com antigos participantes do "MasterChef Brasil"?
Weverton Barreto: Eu adoro reality, hoje eu tenho um compromisso muito sério com a gastronomia e com a minha vida profissional. Eu participaria de uma nova temporada de "MasterChef", por que não? Essas experiências só agregam. Entre "BBB" e "A Fazenda", eu já escolheria o "BBB", a visibilidade é gigantesca, e assim eu poderia aumentar a minha audiência nas redes sociais (tá difícil, viu!), e, quem sabe, sair um milionário (risos).
Bruna Jones: 2020 foi um ano atípico e, de certo modo, frustrante. Para esse novo ano que está se iniciando, você já tem algum projeto em mente? Há algo que queira/possa compartilhar conosco?
Weverton Barreto: Apesar da pandemia, 2020 foi um ano que eu consegui fechar muitos trabalhos e tenho boas expectativas para 2021. A primeira é conseguir atingir um público maior na minha empresa de tortas @tarteduchef em Belo Horizonte, ainda é um bebê. Me identifiquei muito com o universo da Internet e suas possibilidades, então pretendo expandir a minha audiência e ter cada vez mais proximidade com os meus seguidores. Quem sabe expandir a comunidade para pessoas que gostam de acompanhar meu life style, humor, e não só a cozinha.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero primeiro agradecer ao convite de compartilhar um pouco da minha trajetória, agradecer às pessoas que torceram por mim e as que continuam comigo todos os dias. Eu devo grande parte deste início de carreira como cozinheiro e criador de conteúdo a essas pessoas que diariamente interagem, concordam, discordam, elogiam, criticam. Se tem uma coisa que fazemos todos os dias é bater papo e aprender lá no Instagram. O carinho que eu recebo dessas pessoas me motiva demais. Queria convidar também quem não conhece o meu trabalho, e que gosta de cozinha, para dar uma passadinha por lá. Tem muita dica, muita receita, e esse ano eu pretendo aumentar ainda mais o volume de conteúdo para quem aprecia. Eu tento responder todo mundo, e adoro fazer amizade com os seguidores, e o assunto vai além da cozinha." e se você quiser continuar acompanhando o trabalho dele, basta seguir no Instagram que é @_wevertonbarreto ou no Twitter que é MC06_Weverton. Já para contatos profissionais, é através do e-mail cozinha.com.weverton@hotmail.com, beleza?
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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