Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é chef que participou da quinta temporada do "MasterChef" da Band, estou falando do querido Dalvio Barrichello que vem compartilhar com a gente um pouco das suas experiências profissionais. Vem conferir tudo isso e mais um pouco, agora!
Bruna Jones: Antes de você participar do "MasterChef Brasil" você era treinador de basquete, não é mesmo? O que lhe levou para essa área e, hoje em dia, ainda continua na mesma profissão? E o desejo de seguir o mundo gastronômico, sempre esteve ali ou foi surgindo ao longo do tempo?
Dalvio Barrichello: O basquete faz parte da minha vida desde muito cedo, mesmo quando eu era atleta amador (categoria de base) no Palmeiras eu já pretendia ser um treinador de basquetebol. Assim iniciei logo esta trajetória com 15 anos e até hoje sigo com esta atividade pois é o que eu amo. Não só na quadra como treinador, mas como gestor e amante da modalidade. A gastronomia sempre foi algo muito mais pessoal e nunca tive interesse em seguir nessa área, gosto de cozinhar para a família e os amigos mais próximos. Porém após participação no programa ela naturalmente começou a ocupar um espaço maior e dividir com o basquetebol o meu tempo e a minha disponibilidade, aprendendo e executando cada vez mais e mais. Ainda sim o basquete sempre consome a maior parte desse total.
Bruna Jones: Como eu disse, você se aventurou a participar do "MasterChef Brasil". O que lhe motivou a se inscrever? Já havia assistido as edições anteriores do reality?
Dalvio Barrichello: Sempre acompanhei o programa, gostava muito e sempre acompanhei todas as temporadas, não só do Brasil mas de todo o mundo. Aprendi muito e experimentei bastante coisa referente a gastronomia graças ao programa. A inscrição foi uma coisa engraçada pois os meus amigos insistiram muito, acabei fazendo com a ajuda deles e acarretou que fui selecionado. A motivação principal foram os amigos.
Bruna Jones: Para participar de um reality show, durando ele o tempo que for, os participantes precisam abrir mão de algumas coisas para estar à disposição da produção durante o período de gravação. Você teve que mudar algo na sua vida para participar do "MasterChef Brasil"?
Dalvio Barrichello: Certamente esse é um ponto crucial e importante dentro da definição dos rumos do programa, além do tempo disponível demanda muito foco exclusivamente no projeto, não é fácil. Eu mesmo tive certas dificuldades, pois nos quase 30 dias que participei das seleções e filmagens sempre tinha que arrumar alguém para me cobrir nos compromissos profissionais e abri mão de muita coisa no pessoal. Creio que pessoas de São Paulo (local da sede da TV Bandeirantes) acabam sofrendo um pouco pelo fato de que por mais que você se desligue, você acaba tentando conciliar as coisas. Eu sempre no pouco tempo que tinha antes e depois dos compromissos com o programa acabava indo atrás de saber como andavam as coisas que eu tinha deixado de lado e isso cria um conflito árduo. Na minha temporada mesmo, o Carlinhos teve que abandonar as gravações por conta de um problema pessoal. O pessoal que vem de fora e consegue um cronograma melhor (férias do trabalho, ou mesmo sem emprego) apesar de estar longe de casa, acaba podendo focar 100% no programa e isso ajuda a obter um melhor rendimento, sem sombra de dúvidas. O top 5 da minha edição prova isso.
Bruna Jones: Como sabemos, a rotina do reality show competitivo é intensa, com várias fases eliminatórias a se encarar antes mesmo de apresentar seu prato para os três jurados da competição. Além disso, vocês precisam se relacionar com os outros participantes. Como foi para você essa relação com os demais? Era um clima mais amigável ou mais tenso devido à competição?
Dalvio Barrichello: Me considero uma pessoa do bem e como trabalho com gestão de pessoas (como técnico, professor e gestor), tenho muita facilidade de fazer amizades. Em pouco tempo já tinha uma boa relação com praticamente 90% dos participantes. Obviamente a euforia e o momento ajudam a manter um excelente clima antes de efetivamente a competição começar. O clima seguiu muito bom até o início do programa, nesse momento, as pessoas já se conhecem um pouco melhor e começam a mostrar para o que vieram e suas verdadeiras faces. O processo muda quando o programa começa a passar na TV e tem gente que acredita piamente que virou celebridade. Nesse momento muda totalmente a postura. Eu nunca fiz isso, não é do meu caráter. Meu feeling foi certeiro como na maioria das vezes e hoje graças a Deus, eu mantenho contato com as pessoas que foram verdadeiras no quesito amizade.
Bruna Jones: Num modo geral, uma competição culinária costuma ser bastante competitiva e, obviamente, os jurados estão em constante busca por melhores resultados. Como foi a sua experiência com os comentários feitos sobre os pratos entregues durante o programa?
Dalvio Barrichello: Para mim pessoalmente foi sensacional. Tive ótimos feedbacks dos jurados e dentro do grupo de participantes, creio que fui cotado como um bom competidor e cozinheiro. Nas seletivas, me destaquei e entreguei ótimos pratos. No duelo pelo avental, fiz um prato que a Paola disse estar "99% perfeito" e segundo o Jacquin "não parecia comida de amador". Na primeira prova do programa também fui muito elogiado, sendo o único destaque na prova usando ingredientes simples, enquanto os outros usaram uma caixa de ingredientes mais nobres. Esses momentos me motivaram muito.
Bruna Jones: Sabemos que os três jurados do programa não têm muito contato com os participantes fora das gravações para que se mantenha certa neutralidade. Mesmo assim, ao longo das temporadas pudemos ver que eles se afeiçoam mais por alguns e cobram mais de outros. Como era a sua relação com o Fogaça, o Jacquin e a Paola?
Dalvio Barrichello: Foi algo incrível. Mesmo com pouco tempo, acho que consegui o respeito deles. Na prova do duelo, foi legal conquistar a Paola e o Jacquin e o Fogaça gostou, mas não me deu muita moral. Já na primeira caixa misteriosa, meu prato foi muito elogiado e o Fogaça me cumprimentou e me deu muita moral. Foi incrível em tão pouco tempo conseguir um feedback tão positivo. A minha eliminação gerou muita emoção por parte dos jurados. Os três estavam emocionados e sinto que no fundo viram que eu tinha potencial para ir muito mais longe do que fui. Revendo o momento da minha saída fica nítida essa emoção. No dia da repescagem, eu infelizmente não tive sorte. Peguei uma prova de degustação e estava saindo de um quadro de resfriado viral, não conseguia sentir o gosto de absolutamente nada e fui muito mal na prova. Foi frustrante porque eu queria cozinhar e voltar. A Paola disse no meu ouvido quando não avancei na prova "que pena menino, eu queria muito experimentar a sua comida novamente" e o Fogaça lembrou do meu prato destaque, me deu um forte abraço e disse "você é o participante eliminado cedo mais emblemático da história desse programa, sucesso". Pude encontrar com eles depois e foram momentos incríveis. São 3 grandes profissionais e acima de tudo, seres humanos.
Bruna Jones: Infelizmente você acabou não indo muito longe na competição. Ainda assim, acredita que foi uma experiência mais positiva do que negativa? Faria algo de diferente?
Dalvio Barrichello: Com certeza uma experiência maravilhosa e positiva. Creio que mais 3 episódios eu poderia ter ido bem longe, sabendo do meu potencial. Não faria nada de diferente além de pensar um pouco mais em mim do que no coletivo.
Bruna Jones: Ao término do programa, o que mudou na sua vida? Quais as principais diferenças entre o Dalvio de antes e o de depois do “MasterChef Brasil”?
Dalvio Barrichello: Mudou que a gastronomia ganhou um espaço muito grande na minha vida, ela realmente não é apenas mais um hobby. Hoje ela divide espaço na minha vida profissional junto com o esporte e busco me aprimorar com o tempo cada vez mais.
Bruna Jones: Nos últimos anos, a “reciclagem” de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de “A Fazenda” ou “BBB”, por exemplo, ou ainda de uma nova temporada com antigos participantes do “MasterChef Brasil”?
Dalvio Barrichello: Estou aberto a possibilidades, mas no meu caso específico vejo essa decisão como algo momentâneo. Não tenho uma resposta fixa mas certamente sendo num momento viável, poderia considerar sim.
Bruna Jones: 2020 foi um ano atípico e, de certo modo, frustrante. Para esse novo ano que está se iniciando, você já tem algum projeto em mente? Há algo que queira/possa compartilhar conosco?
Dalvio Barrichello: Para nós do esporte tem sido tenebroso. Estou praticamente a 16 meses sem poder trabalhar com o basquete (salvo alguns treinamentos personalizados e alguns projetos de internet). A gastronomia me ajudou muito nesse momento difícil, trabalhei com alguns eventos particulares e encomendas e me ajudou bastante. Pretendo seguir e espero poder em breve junto a todos retomar a vida normal.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam no programa e hoje ainda nos projetos que desenvolvo tanto na gastronomia como no basquetebol. Busco sempre a excelência, o respeito e a paixão em tudo que faço." e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, é só procurar no Instagram por @dalvinho14, no Facebook por Dalvio Barichello Jr e no Twitter por @dalviomchef, beleza?
Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?
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