sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Bruna Entrevista: 10x93 - Henrique Cosendey


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é o Henrique Cosendey que por muitos anos trabalhou como dublê de corpo em diversas novelas da Rede Globo e que hoje trabalha na área de analise corportamental e também de treinamento de resgate, a seguir vocês conferem um pouco sobre suas experiências de trabalho e de vida, ficou bem bacana e espero que gostem!

Bruna Jones: Você possui uma boa relação com as atividades físicas de maneira geral, tanto que você acabou se profissionalizando em algumas áreas que envolvem bastante ter um bom desempenho físico. Antes da gente aprofundar um pouco nisso, qual foi o seu primeiro contato com esportes ou treinamento físico? O que te motivou a dar atenção para o corpo desta maneira? 
Henrique Cosendey: Então, meu pai, atualmente é coronel da Força Aérea da Reserva e ele sempre me estimulou muito a fazer atividade física. Então, com cinco anos de idade, eu já montava cavalo, com uns seis, sete eu já atirava com arma de fogo, conforme ele me ensinava. Eu já praticava montanhismo, já desde cedo também com ele. Praticava acampamento. Com onze anos de idade, eu fiz o primeiro curso autônomo, né? Mergulhar com cilindro, com onze anos, nessa mesma idade eu fui vice-campeão brasileiro de arco e flecha, aí por conta dessas atividades, eu entrei no treinamento neuromuscular na academia, em Botafogo, se eu não me engano, isso aí foi em 1989. Aí daí pra frente eu fui entrando em várias lutas, então eu fiz caratê, fiz taekwondo, fiz judô, fiz jiu-jítsu, fiz box em inglês, box tailandês. Entrei também natação. E com dezoito anos eu fiz meu primeiro curso de escalada em rocha. Aí que eu realmente comecei a me descobrir. Né? Até virar instrutor de escalada em rocha. Então, posso dizer que aí foi o início da minha descoberta de mim mesmo, na verdade, eu tinha muitas questões, quando eu era pequeno, na verdade, algumas eu trago até hoje, mas eu tinha dislexia, que significa falta de atenção, né? Depressão crônica, e vários transtornos de ansiedade, isso porque eu sempre fui muito sensível, eu era uma criança muito sensível, muito perceptível e tive uma infância muito conturbada por conta da separação dos meus pais, que os dois ficaram muito afetados com isso, sabe? Então assim, ninguém tem uma responsabilidade direta sobre isso mas as pessoas sofrem. 

Hoje em dia, o que eu trabalho é basicamente entender o sofrimento dos pais pra que eles compreendam que a criança não é responsável por isso, criança manifesta uma série de questões, mas a criança ela manifesta sinceramente a emoção dos pais, que às vezes nem eles reconhecem. Mas, na minha época, não sabia disso, né? E aí, os esportes, as atividades físicas, acabaram fazendo parte. Eu não gosto do nome esporte, porque envolve competição. Eu realmente não sou a favor de competição, eu sou a favor de cooperativismo, sabe? Como acontece na escalada. Outro passo muito importante na minha vida como ser humano, foi ter começado a praticar ioga, né? E hoje em dia eu ministro aulas de ioga, Então, eu comecei a praticar o ioga com vinte e três, vinte e quatro, eu acho. Eu tomei um curso de meditação transcendental. Hoje eu também dou aula de meditação transcendental. E aí, já mais tarde já com quarenta anos, eu também fiz curso de professor e isso tudo me tocou muito, né? Não podemos chamar isso de atividade físicas, são grandes metodologias, grandes presentes que foram dados a humanidade pra que o ser humano pudesse organizar, se perceber primeiro, se desenvolver em vários níveis e pudesse se organizar como um ser humano, organizar seu estilo de vida pra que houvesse seu vibracional, pra que ele encontrasse o verdadeiro caminho, pra que ele encontrasse as respostas do verdadeiro sentido da existência dele aqui. 

Eu entrei para a academia da Força Aérea, aliás, pra Escola Preparatória de Cadetes do Arco, né? Eu ia fazer o curso de oficiais aviadores e aí quando eu entrei na academia pra escola para educação do ar primeiro, lá eu já começava, já a dar aula de escalada, né? E lá, na Epcar eu fui da equipe de tiro e quando eu fui pra academia da Força Aérea, estava fazendo salto com vara, e entrei pra grima também, que eu sempre quis fazer de grima. Eu jogava com florete. Respondendo objetivamente essa última pergunta... Você pode ter certeza que o que me colocou nesse lugar todo foi uma série de doenças. Então, essas doenças me ajudaram muito, essas dores me ajudaram muito. Então, na verdade, a forma como eu respondi a esse sofrimento, não desistindo e querendo buscar uma saída natural pra eles. Esse movimento de não rejeição da dor. É esse movimento de percepção. E de que tudo que existe nesse universo. É baseado de uma, de uma frequência amorosa. E que o momento em que você quer controlar, no momento em que você rejeita o sofrimento, rejeita essa condição. Então, aí sim você cai numa frequência de ignorância e vem a doença pra te mostrar que esse não é o caminho, vem a dor, pra te mostrar, que esse não é o caminho. elas vem em nome do amor. Todas elas. Pra tentar fazer você escutar. O que você não quer perceber. 


Bruna Jones: Você possui algumas formações ligadas ao desempenho físico, como por exemplo, ser mergulhador profissional. Como foi que você começou nesta área e o que te fez acreditar que seria a profissão certa para você? 
Henrique Cosendey: É. Eu tenho muitas formações profissionais nessa área. Então, hoje em dia eu sou instrutor, que chama, né? É um último nível de instrução. Eu sou instrutor de mergulho. Mergulho autônomo, instrutor de escalada, sou instrutor de resgate de salvamento em altura, sou instrutor de vários cursos na área de atendimento pré-hospitalar, sou instrutor de bombeiro profissional civil, sou da partitória de realidade de salvamento aquático, a parte toda de resgate de salvamento em locais remotos, trabalho em altura, trabalho em espaço confinado, resgate de salvamento... Então é, deve ter aí mais algumas para dizer que não me recordo agora. Tem uma coisa que é muito importante também que me torna diferente, né? Nas minhas profissões, que é a parte de ser analista comportamental, né? Isso tudo aí vai me dando uma visão Integralista, né? Uma visão holística, que me atraiu porque, por eu ter dislexia, déficit de atenção, essas coisas todas, toda vez que entro em condição de um risco extremo em que eu posso morrer, eu acabo desenvolvendo a minha tensão. Então, ela me cura nisso. Mas, assim, com certeza, a base disso tudo foi poder tá em contato com a natureza, contato com a mãe natureza, que é onde eu sinto realmente a relação de mãe e filho é quando eu estou na natureza. E quando eu era pequeno eu tinha muitos medos, né? Como eu te falei, eu tinha muitas questões, questões graves por conta da minha sensibilidade. E aí, com treze anos, eu não dormia sozinho eu tinha medo de escuro, eu tinha medo de tudo que você possa imaginar, tinha crise de claustrofobia, tinha muitas crises respiratórias, crises alérgicas. E aí chegou um momento em que eu fui entrar em casa um dia e estava tudo apagado. O medo tomou conta de tudo. O que é que eu faço? E aquilo produziu em mim uma agressividade, sabe? Uma raiva que eu entrei gritando pra dentro do medo. Eu prometi pra mim que eu ia ser instrutor de tudo que eu tivesse medo. aí eu me vi uma vez, eu me achava muito burro, sabe? Porque eu era muito diferente, minha forma de pensar, minha forma de aprender, minha forma de perceber o mundo era muito diferente, porque eu sou sinestésico, eu aprendo pelas sensações, eu aprendo não pelos livros, sabe? Eu aprendo vivenciando, eu aprendo com o corpo, com o movimento. 

Aí eu prometi pra mim que eu ia ser instrutor de todos os elementos, da água, do fogo, da terra e do ar, né? De todos esses o único que eu não me tornei instrutor foi de paraquedismo. Eu sou paraquedista, faço salto livre. Já tive no ar de várias maneiras, mas também eu não pretendo me tornar instrutor de paraquedismo. Mas o que me seduziu pra tudo isso foi a percepção de uma possibilidade, de uma cura natural, daí enfrentando os meus medos, enfrentando os meus temores com a mãe natureza. E aí, depois disso, eu comecei a descobrir essa cura, que eu comecei a descobrir esse amor, que eu comecei a descobrir essa relação, né, de que existia uma cura nessas atividades. Então, eu comecei a levar pessoas hoje. E aí, ao levar pessoas e ver as pessoas sentindo o mesmo, percebendo tudo que eu percebi e ver pessoas se curando, essa foi a melhor sensação de toda a minha vida. E aí eu falei assim: “Eu tenho que me dedicar a isso, porque isso me completa.” Essa ajuda. Receber o desenvolvimento do outro. Sabe? Isso realmente me completa. E que eu tenho certeza que eu quero isso pro resto da minha vida. E trabalho com isso até hoje. O tempo em que eu parei de trabalhar com isso, realmente tinha um vazio muito grande. A minha empresa representa oito escolas internacionais onde toda essa área aí, sabe? Então, sou instrutor internacional, último nível de todas essas áreas aí, inclusive, de mergulho.. 

Bruna Jones: Além disso, você também é dublê de corpo profissional, tendo no currículo diversos trabalhos em novelas e programas de televisão, como foi que você acabou entrando nesta área?
Henrique Cosendey: Com relação a parte dublação, né? A gente chama aqui no Brasil de dublação. E como que foi isso? Eu era da equipe dos anjos e do asfalto, a parte de treinamento né? Lá conheci um cara muito bacana, chamado Paulo Pacheco, também conhecido como Paulinho, que é dublê também. Bem mais antigo que eu. E aí, como eu já tinha formação de muitas coisas nessa área, a vida era montanha, mar, mata e atendimentos de realidade, ele me indicou, aí eu comecei a fazer trabalhos lá, trabalhei pra caramba, fiz filmes nacionais, internacionais, fiz um monte de novelas né? Fiz um monte de programas e aí eu acabei saindo, entrei pra uma equipe chamada sua ação, acabei saindo pra fazer outras coisas por um tempo e depois retornei pra uma outra equipe, do impacto do coordenador, o dono era Felipe Dias, também um grande dublê. E aí, lá, eu cheguei a ter a oportunidade de trabalhar como coordenador de dublação, coordenando as cenas, né? Mas trabalhava também muito na parte de segurança dos dublês, segurança dos atores... De reconhecimento, de perigo. Então, lá a gente fazia de tudo. Viajei muito, muita ação, foi um período muito importante pra mim na vida. 


Bruna Jones: Muitas pessoas não sabem, mas um dublê de corpo nem sempre faz somente cenas de ação, em determinados momentos podem acabar sendo usados para substituir uma atriz grávida, ou algum ator que tenha se machucado ou que não podia estar presente na gravação de determinada cena... E até mesmo quando o ator não quer fazer alguma cena de nudez. Quais foram os tipos de cenas que você já protagonizou enquanto dublê? 
Henrique Cosendey: Não tem como contar não, porque foram dez anos, pô. Eu fiz coisa demais, eu fiz trabalho demais, trabalhava todo dia no Projac, teve uma época que era todo dia, às vezes a gente fazia quatro novelas por dia diferente entendeu? Saia de uma, ia pra outra, saímos de uma, gravava até de madrugada, né? Então, assim, eu dobrei de ação, trabalhava na segurança de cena, cuidava de segurança dos atores, né? Cuida da segurança dos próprios dublês, coordenava as cenas, falava do material todo que iria precisar, entrava em contato com parcerias de efeito especial, entendeu? Treinava os atores... Então, muitas vezes eu dei cursos, pra treinar o ator, pra ele poder fazer a cena. A gente faz reconhecimento, quando a área é muito perigosa. Às vezes a gente vai lá escalar pra subir a montanha, pra levar o ator pra cima. Então, assim, tem mais ou menos um relatório ai de quase tudo com o que trabalhei nessa área. Trabalhei demais. 

Bruna Jones: Enquanto dublê, você chegou a passar por alguma situação de risco? Além disso, poderia compartilhar um momento inusitado que você acabou passando durante alguma gravação? 
Henrique Cosendey: Quase todas as cenas que eu fazia, envolvia um risco de vida, ou risco de lesão grave, né? Quase todas, mas teve algumas vezes que eu quase morri e foram coisas muito graves, uma vez a gente foi içar uma barra dentro dum estúdio, eram duas torres de andaime, cada uma de seis metros de altura mais ou menos e as torres não estavam presas no chão. Quando estava na barra lá em cima, as torres fecharam, elas desabaram, uma foi encontra a outra, elas desabaram e caiu aqueles metais todos muito pesados, todos em cima de mim. você já viu aquele jogo pega vareta? Foi exatamente isso que aconteceu, te juro, nenhuma me tocou. Então assim, eu já devo ter morrido, umas seis ou sete vezes em questões bem graves. Hoje eu entendo porque que eu não morri. É pra fazer o trabalho que eu estou desenvolvendo. Teve uma cena de “A Padroeira” que eu tive que escalar várias vezes uma montanha de duzentos metros, várias vezes escalar e fazer a pesca aberta. Muita dor. Mas assim, eu me machuquei em duas cenas, uma, acho que foi em “A Padroeira” mesmo, estava descendo, montando num cavalo, com espada, capa, um monte de coisa, o cavalo se assustou e saiu de lado o galopando no campo de golfe, o cavalo caiu por cima de mim. me dê um coice na cara, um na barriga e um na coxa. Ali eu tomei uns pontinhos, só que eu treinava muito, o meu corpo era muito forte, os músculos eram muito densos. E aí foi só isso aí. Aí depois eu tive que construir, entendeu? Depois desse acidente pra voltar a montar a cavalo. O outro foi numa cena, que eu não lembro qual foi a novela, que eu tive que saltar de um trapézio, assim, de uns cinco a seis metros de altura, junto com uma dublê, a Roberta, no colchão. E aí, eu falei quando eu soltar, tu solta, a gente já estava pendurado lá. E aí na nossa contagem de tempo eu fui, ela não foi, aí quando eu caí no colchão, ela caiu por cima do meu dedo mindinho, ele fez uma hiperextensão, sabe? Aí tinha um pessoal forte da equipe que pedi para me segurar que eu iria colocar no lugar, Na hora que ele me segurou meu dedo, eu puxei, o cara desmaiou. Aí tinha outro lá, aí, da minha equipe, o Valtinho, acho que foi ele, segurou, aí puxei, coloquei no lugar e estabilizei, estava precisando muito trabalhar, não dava pra parar de trabalhar, então tive que escalar prédio, fazer um monte de coisa com o dedo imobilizado. Eu mesmo imobilizei ali e continuei a fazer as coisas. Isso aí, acho que foi um as vezes que eu me machuquei, né? As outras vezes a maioria era risco de morte e risco de ficar aleijado ou questões muito graves. Esse foi um dos motivos pelos quais eu parei de gravar. 

Bruna Jones: Em determinado momento do auge dos seus trabalhos na Rede Globo, você acabou tendo uma breve "vida pública" por ter feito trabalhos como modelo e participado de programas de televisão para divulgar seus trabalhos. Como foi essa experiência para você de fama, ainda que na época não fosse essa loucura que é hoje graças as redes sociais? 
Henrique Cosendey: Esse momento de fama, foi um momento que talvez eu tenha adoecido mais na minha vida. Foi um momento assim que o ego me dominou totalmente. O ego é a noção do indivíduo sem o todo, né? É onde a gente só pensa na gente e para de pensar no resto dos seres humanos. adoeci muito, foi um momento que me trouxe grandes consequências inadequadas pra minha vida, pra minha saúde, sabe? Mas assim, eu pude ter claramente a certeza a partir daí do que é que eu vim fazer aqui. Mas foi uma um grande momento de ilusão que eu vivi em que foi importante pra mim, pra eu despertar, pro que é que eu sirvo, pro que é que me ajudou nas minhas habilidades e meus talentos servem, que é porque eu te falei, que é pra ajudar pessoas. Quando eu não ajudo pessoas, eu sofro com isso. Quando eu vivo do ego, eu sofro e adoeço. 


Bruna Jones: Ainda sobre convites, hoje em dia o que predomina a televisão mundial são os realities, sejam de confinamento ou não, se você fosse convidado para algo como "A Fazenda" ou até mesmo "No Limite", você aceitaria? 
Henrique Cosendey: Não, eu nem assisto mais tevê. Nem tenho contato. Assim, meu contato com as mídias. Se você olhar aos meus canais, é sempre tentar passar algum conceito filosófico, assim, tentar ajudar as pessoas, pra sempre contribui alguma coisa que vai melhorar a vida das pessoas, né? Então, eu não teria interesse, meu interesse é cada vez mais em sair de perto das cidades, é cada vez mais ir pro meio do mato, é cada vez mais tá com animais, é participar da sociedade assim de uma forma em que eu possa verdadeiramente contribuir, sabe? Mas contribuir pra alguma coisa que vá trazer consciência, alguma coisa que vai trazer reflexão, alguma coisa que vá ajudar as pessoas a ficarem menos doente, as pessoas a se encontrarem mais, reencontrarem um caminho pra que se afastem desse ego de uma forma saudável, é que elas contribuam mais pro todo. 

Bruna Jones: Hoje em dia você é analista comportamental e também instrutor técnico de resgate, como foi que você acabou trocando de área? 
Henrique Cosendey: Como eu te falei, eu tive que me resgatar primeiro do meu inferno, volta e meia, eu consigo, mas as vezes eu estou nesse inferno de novo e me resgatando, inferno mental, que é o inferno que eu acredito, que a gente entra e sai, todos os dias. Só que me deu uma felicidade muito grande. Eu encontrei a felicidade em oferecer ferramentas pra pessoas que já tivessem sofrido demais. E que elas quisessem verdadeiramente encontrar um caminho pra felicidade, que tivesse que passar pela descoberta do amor próprio e que tivesse que passar pela ajuda a humanidade, ou melhor, pela ajuda, pela contribuição a todos os seres vivos. Então, hoje em dia eu contribuo muito mais para a sociedade que antigamente. Eu tive um caminho de dor e sofrimento e treinamento que foi muito importante. Eu tive um caminho de ilusão, de equívocos, de inadequações, que foi muito importante e continua sendo e eu continuo tendo. Mas agora bem menos que naquela época. Agora eu vivo bem menos a ilusão. E aí, agora eu estou bem mais afastado, né? É um projeto que já tinha ele há muitos anos, que vinha constituindo ele, chamando Dedure College, pra constituir, eu viajei a Índia, passei muitos dias lá na Índia, entrevistando vários líderes religiosos, de várias religiões de fé, fui fazer um documentário lá, esse documentário até hoje eu não conseguia editar, mas virou um curso chamado “A Ciência da Felicidade”, que eu ministro aqui, com esse curso, eu trabalho com empresas e trabalho com pessoas normais, né? Pessoas físicas, ministrando esses treinamentos, tem um chamado “Confinamento da felicidade”, outra “Liderança Humanizada”, outra “Ciência da Felicidade” e trouxe um material muito rico, eu fui lá pra Índia pra entrevistar eles sobre amor, compaixão, sofrimento, felicidade, ignorância, sabedoria, dali de voltei completamente diferente, sabe? Completamente tocado e a partir dali a vida na cidade grande, ou a vida onde eu realmente não pudesse ser útil, que eu não pudesse transformar a minha vida, eu não queria estar mais. Essa área sempre pertenceu a mim, quando eu era pequeno e moleque, eu desci a minha irmã pela janela com uma corda, eu explodia coisas, descia a escada com porta, eu tinha uma energia muito grande que estava completamente desorganizada. Então, no momento em que eu organizo essa energia pra ajudar pessoas, pra reduzir o sofrimento, pra ajudar pessoas a se encontrarem, as que querem. Então, no momento em que eu converto essa energia para isso. Então, começa a transitar mais vezes pelo resgate de salvamento que sempre foi a minha paixão. 

Bruna Jones: Hoje você possui um canal no YouTube onde compartilha seus conhecimentos profissionais e pessoais, como surgiu a ideia de fazer o canal? Existem planos de aumentar ainda mais o crescimento na plataforma? 
Henrique Cosendey: Como eu te falei, né? O canal do YouTube eu tinha vários projetos lá.. Um deles se chamava “Laça Café”. Onde quem apresentava era o Henrique de Moraes, fazendeiro. Esse laço café, é laço de uma cidade proibida no Tibé que se extrai de uma cultura milenar, uma sabedoria milenar sobre muitas coisas. É a ideia era tratar temas, né? Sobre medo, depressão, dor, então pegar todo o conhecimento que eu tive e expor esse conhecimento, sabe? E dar, oferecer ele, esse documentário que eu não fiz, porque ainda não consegui arrumar recursos pra fazer, eu ia fornecer ele gratuitamente pra sociedade. Essa é a minha contribuição. A gente não pode só vir e se beneficiar das coisas e das pessoas. A gente tem que, eu costumo falar assim, “Se você vai na macieira e pega uma maçã, sinta-se obrigado a retornar lá e adubar essa macieira, porque você levou forma dela de se reproduzir. Então ela te deu sombra, ela te deu alimento, ela te deu água, e o que você deu a ela?” Então, é importante a gente sentir obrigado a retornar isso, mantendo uma corrente de fé do bem, né? Muitas pessoas de gratidão, a gratidão é uma é uma condição muito mais transcendente a isso, é quando já tá no seu coração fazer tudo pelas pessoas, sabe? De vez em quando você recebe um agrado, né? Mas obrigado não, obrigado é pra gente aqui, ocidental, que não tem o costume de retornar os benefícios que a gente recebe, nem a natureza, nem os seres humanos, nem ao que a gente pode chamar de sociedade, né? Porque se fosse assim, a gente manteria uma corrente do bem, muito mais acesa. Aí eu tenho Drink College, é um canal que a gente fala de muita coisa, de filosofia, muita coisa de autoajuda, muita coisa e lá a gente ajuda também muitas crianças... Eu não gosto do termo deficiente, porque deficiente especial somos todos nós, todos temos alguma, né? Grandes deficiências, mas também todos somos especiais pra alguém, né? Então são crianças com um pouco mais talvez. E mesmo assim eu nem sei se são tantas assim. Porque você vê gente sentado em cadeira com rodas bem pequenininhas sofrendo muito mais as vezes do que essas crianças que sentam em cadeiras com rodas grandes. 

Bem tenho um outro Instagram que é PHDR treinamentos, e lá a gente fala e oferece, tem a empresa que precisa vender os serviços... De brigada, combate a incêndio bombeiro profissional civil, resgate de salvamento, tudo isso, mas a gente oferece muitas dicas de primeiros socorros e prevenção de acidente. Então, é bacana também. E a gente está precisando de uma força lá. No canal. Então, assim, eu tenho fazer com que a minha vida, a minha casa, o lugar que eu trabalho, seja um lugar aonde muitas pessoas se beneficiem. Isso não quer dizer que eu não cometa muitos erros, isso não quer dizer que eu não machuque também muitas pessoas, não quer dizer que eu tento ser um cara perfeito, longe disso, eu tento a cada ano errar menos, sabe? E tentar fazer com que minha vida seja um lugar que muitas pessoas possam tirar alguma coisa delas, como se eu tivesse passando replantando um jardim pra que um dia eu possa olhar pra trás e só vê flores, né? Mas as flores tem espinhos também. Então eu não busco nada perfeito, eu busco talvez reduzir o impacto do meu egoísmo, tento reduzir o impacto do meu ego, tento reduzir o impacto de quando eu não sou humano na minha existência, tentando fazer o máximo de coisas boas, pra ajudar pessoas, sabe? Isso é o que me tira do meu inferno. Esse é meu céu. Sim, um planejamento de fazer o ciência da felicidade online, né? E vender esse curso, hoje em dia, eu ministro ioga online. Então, a minha aula de ioga, ela tem duas horas e é uma hora de filosofia, uma hora de parte prática, as pessoas podem participar, é bem baratinho, são duas vezes por semana, terças e quintas as das dezenove às vinte e uma. E tinha interesse de fazer “Ciência da Felicidade” mas a gente ainda não teve estrutura pra fazer isso aí. 


Bruna Jones: 2020 foi um ano bem difícil e esse inicio de ano também está sendo um período de adaptações, ainda assim, tem novidades suas vindo por ai? Algo que seus fãs podem ficar esperando?
Henrique Cosendey: Então, agora, talvez, pela primeira vez na vida, eu possa, realmente, oferecer alguma coisa bacana pras pessoas que, se por acaso, tem alguém que me segue, né? Eu tenho muita coisa pra oferecer agora, que eu tenho filosofia, eu tenho poesia, eu tenho amor incondicional, eu tenho as melhores intenções, e na parte de combate a incêndio, eu estou com um projeto de desenvolver um simulador de combate. Que é um projeto pioneiro, não tem no mundo. Então, a gente está lutando aqui pra pegar grandes empresas e poder ajudar também esse pessoal, mudar a qualidade do treinamento em todos os treinamentos, levar responsabilidade, levar consciência, levar algumas respostas, né? Do que a gente realmente veio fazer aqui, o que realmente importa, do que é felicidade e todo mundo que trabalha comigo, são pessoas que vieram pra cá com dor, que vieram com problemas, se encontraram e hoje em dia participam comigo dessa equipe linda que sempre se dedicou ao melhor pra ajudar as pessoas que querem ser ajudadas. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Tem uma frase que eu gosto muito, que fala assim: “O amor é a chave para o infinito.” E se eu pudesse deixar um recado além desse, eu deixaria perguntas: Qual é o sentido da vida? O que é a felicidade? Qual é o propósito do sofrimento? O que é o amor? essas perguntas vão levar a gente a algum lugar, algum lugar de saúde, né? O que é a felicidade e pra que a felicidade? Como desenvolver a felicidade, como desenvolver o amor, o que é a compaixão e o que é paixão, a compaixão desenvolve essas perguntas modificaram a minha vida e modificam até hoje. Então, eu deixaria esse recado pra vocês, verdadeiramente, se questionarem sobre isso, não com o intelecto, mas com o coração." 

E se você quiser continuar acompanhando, ele também avisa como fazer: "Então, nas redes sociais o Instagram é @Dreamcollege.7 e o @phdrtreinamentos, aí lá você vai ver nosso site, a gente tem o site da PHDR um do Dream College, que estão construção ainda, confira AQUI. E aí eu tenho as aulas de ioga online, pra conseguir se inscrever nas aulas é só entrar em contato pelo WhatsApp, que é (75) 99948-7417." lembrando que o contato é para fins PROFISSIONAIS, hein? Além disso, vocês também podem conferir o canal dele no YouTube, clicando AQUI.


Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

2 comentários:

  1. Muito bom! Muito ricas conversa! Parabéns aos dois! Parabéns ao Henrique pela perseverança em ajudar ao próximo e pela incansável vontade de aprender e se especializar em tantas modalidades profissionais! Deus lhe abençoe e proteja!

    ResponderExcluir