Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é um querido ator que fez parte de diversos projetos dos quais nós amamos, estou falando do querido Mouhamed Harfouch, que aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem conferir comigo!
Bruna Jones: Como você decidiu que gostaria de fazer artes cênicas?
Mouhamed Harfouch: Decidi fazer por que minha tia Beth, que por achar que eu levava jeito para ser artista, pois, era sempre o engraçado da família, adorava brincar de representar e imitava todo mundo, me pegou pelo braço e me encorajou a fazer um teste para um curso no antigo Teatro Arena, onde acabei entrando e me apaixonei de primeira. Não fosse ela, não sei se teria ingressado. Era tímido e em casa meus pais achavam que era brincadeira essa minha vontade de fazer teatro. Quando realizei a montagem de final de ano disse para todos: Daqui, não saio mais.
Bruna Jones: Quais foram as principais dificuldades que você encontrou no inicio da sua carreira?
Mouhamed Harfouch: No início da carreira, não encontrei dificuldades, pois encarava tudo de uma maneira tão positiva e as coisas aconteceram tão abruptamente que acabava sendo levado de uma produção para outra. Tinha apenas 16, 17 anos... Era sustentado pelo pai ainda, então era tudo meio festa. Digo meia, por que trabalhava pesado, comecei a viajar o país muito cedo com teatro e a saudade apertava. Naquela época, chegava a ficar quase dois meses viajando de cidade a cidade. Saudade apertava. mas acho que a maior dificuldade foi aprender tudo mio na marra, na prática, vivendo. E claro, conciliar meus estudos e convencer a família de que estava no caminho certo. A família foi pega de surpresa com toda essa mudança. As dificuldades apareceram mais quando comecei a ter que decidir se esta seria a profissão que iria me sustentar. Pois demorei a verdadeiramente ganhar dinheiro para meu sustento. ralava muito e ganhava pouco ou até mesmo nada. mas ia em frente com otimismo achando que tudo aquilo era válido. E foi...
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Bruna Jones: Ao longo dos anos você teve a oportunidade de interpretar diversos personagens. Existe algum que tenha sido o seu favorito? Além disso, tem algum que você gostaria de fazer?
Mouhamed Harfouch: No teatro, adorei fazer o Benedito do espetáculo "O Auto do Novilho Furtado" do Ariano Suassuna. Um trabalho que me exigiu muito fisicamente e mentalmente. Um trabalho lindo que mesclava "commedia dell arte" com o nordeste. Foi lindo e valoroso demais. Na televisão, o polígamos Farid, Said e Tufik de "Cordel Encantado" foi sem dúvida um grande presente. E que de certa maneira me deu visibilidade e falava de certa maneira da minha origem pois era um libanês muito divertido. Existem muitos, muitos, muitos que eu gostaria de fazer, quando não houver, desisto da profissão. Desafio é a palavra que nos mantém de pé.
Bruna Jones: Como é o seu processo de criação do personagem quando recebe um novo roteiro?
Mouhamed Harfouch: Primeiro leio, tento entender o universo no qual o personagem está inserido. No teatro entender a Obra é fundamental, pois será o universo no qual seu personagem estará mergulhado. Nas TV, isto também é fundamental, mas em novela particularmente, por não ser uma obra fechada, você vai meio que construindo na medida que vai fazendo. O Importante é nunca fechar demais nenhum contexto, mas apontar possibilidades. Abrir os horizonte ao invés de fecha-los. No teatro, não, você pode cercar mais por saber que aquela obra tem início, meio e fim definidos. Você sabe o arco dramático da obra e do personagem sem sobressaltos. Uma vez entendida a obra ou sinopse, passamos a nos dedicar ao universo específico da personagem, suas relações e seus objetivos, necessidades. Todo novo personagem é um mundo de possibilidades e de descobertas, acho tudo muito fascinante.
Bruna Jones: Qual foi o personagem mais difícil que você já interpretou?
Mouhamed Harfouch: O Lucas de "Dupla Identidade", série da Glória Perez com direção de Mauro Mendonça Filho, foi muito difícil. Um personagem pequeno mas com uma dramaticidade nunca antes me exigida. Lembro que foi um trabalho de enorme concentração e entrega. Chorava litros antes mesmo de acender as luzes e gravar. Não dava para chorar no ação. O personagem estava devastado por seu grande amor ter sido assassinado por um psicopata. Barra pesada. Chegava em casa moído. Lembro que pensava: Não sei como fazer este personagem... Mas saiu e fiquei muito feliz com o resultado. No teatro, o Musical "Ou Tudo Ou Nada" foi outro desafio colossal. Protagonizar um musical da Broadway para quem não era do ramo foi um desfio maravilhoso que me exigiu fisicamente, vocalmente, mentalmente. Um trabalho de onde busquei coragem para seguro adiante pois andava num precipício de possibilidades de erro. Amei, me trouxe inúmeras conquistas!
Mouhamed Harfouch: No teatro, adorei fazer o Benedito do espetáculo "O Auto do Novilho Furtado" do Ariano Suassuna. Um trabalho que me exigiu muito fisicamente e mentalmente. Um trabalho lindo que mesclava "commedia dell arte" com o nordeste. Foi lindo e valoroso demais. Na televisão, o polígamos Farid, Said e Tufik de "Cordel Encantado" foi sem dúvida um grande presente. E que de certa maneira me deu visibilidade e falava de certa maneira da minha origem pois era um libanês muito divertido. Existem muitos, muitos, muitos que eu gostaria de fazer, quando não houver, desisto da profissão. Desafio é a palavra que nos mantém de pé.
Bruna Jones: Como é o seu processo de criação do personagem quando recebe um novo roteiro?
Mouhamed Harfouch: Primeiro leio, tento entender o universo no qual o personagem está inserido. No teatro entender a Obra é fundamental, pois será o universo no qual seu personagem estará mergulhado. Nas TV, isto também é fundamental, mas em novela particularmente, por não ser uma obra fechada, você vai meio que construindo na medida que vai fazendo. O Importante é nunca fechar demais nenhum contexto, mas apontar possibilidades. Abrir os horizonte ao invés de fecha-los. No teatro, não, você pode cercar mais por saber que aquela obra tem início, meio e fim definidos. Você sabe o arco dramático da obra e do personagem sem sobressaltos. Uma vez entendida a obra ou sinopse, passamos a nos dedicar ao universo específico da personagem, suas relações e seus objetivos, necessidades. Todo novo personagem é um mundo de possibilidades e de descobertas, acho tudo muito fascinante.
Bruna Jones: Qual foi o personagem mais difícil que você já interpretou?
Mouhamed Harfouch: O Lucas de "Dupla Identidade", série da Glória Perez com direção de Mauro Mendonça Filho, foi muito difícil. Um personagem pequeno mas com uma dramaticidade nunca antes me exigida. Lembro que foi um trabalho de enorme concentração e entrega. Chorava litros antes mesmo de acender as luzes e gravar. Não dava para chorar no ação. O personagem estava devastado por seu grande amor ter sido assassinado por um psicopata. Barra pesada. Chegava em casa moído. Lembro que pensava: Não sei como fazer este personagem... Mas saiu e fiquei muito feliz com o resultado. No teatro, o Musical "Ou Tudo Ou Nada" foi outro desafio colossal. Protagonizar um musical da Broadway para quem não era do ramo foi um desfio maravilhoso que me exigiu fisicamente, vocalmente, mentalmente. Um trabalho de onde busquei coragem para seguro adiante pois andava num precipício de possibilidades de erro. Amei, me trouxe inúmeras conquistas!
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Mouhamed Harfouch: Me preparei imensamente, com aulas de canto que faço até hoje, fono e trabalho de condicionamento muscular que faço até hoje. Acabei descobrindo também um alergia a ácaro que ferrava a garganta e a voz. Hoje trato com vacinas e posso dizer que minha vida mudou.
Bruna Jones: A peça acabou se tornando foco da mídia devido ao fato da nudez de vocês, foi difícil para você tirar tudo na frente da plateia?
Mouhamed Harfouch: Como disse anteriormente, foi um trabalho de muita disponibilidade. Nunca me imaginei pelado num palco. Tinha pesadelos com isso no início, mas só o fiz por que a história a ser contada era linda demais. Uma história de superação e que acabou sendo a minha própria história pessoal de superação também. Depois me diverti muito com a situação. O momento da nudez era hilário.
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Mouhamed Harfouch: Como disse anteriormente, foi um trabalho de muita disponibilidade. Nunca me imaginei pelado num palco. Tinha pesadelos com isso no início, mas só o fiz por que a história a ser contada era linda demais. Uma história de superação e que acabou sendo a minha própria história pessoal de superação também. Depois me diverti muito com a situação. O momento da nudez era hilário.
Bruna Jones: Você é um dos poucos atores que consegue manter sua vida pessoal afastada da mídia. Existe alguma formula para evitar os "fofoqueiros"?
Mouhamed Harfouch: Não sou um ator de baladas. Sou um cara família. Sou casado há 7 anos, tenho um filha de 4 e espero outro para março. Minha vida é dedicada a eles e ao meu ofício. No mais, sou um cara comum, vou ao supermercado, pego metrô, ando muito nas ruas e falo com todos. Outro dia, postei uma foto no meu Instagram dizendo que tinha adorado a linha 4 do metrô. Descobri que a foto foi publicada em diversos sites e revistas como algo surpreendente, um ator andando de metrô. Achei tão engraçado isso ser uma notícia... Não sou celebridade.
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Bruna Jones: Hoje em dia a moda é ficar confinado em algum reality show, alguma vez você já foi convidado para algum? Aceitaria participar?
Mouhamed Harfouch: Não. Nunca fui convidado e também não aceitaria participar.
Bruna Jones: Tem novidades vindo por ai? Algo que possa compartilhar?
Mouhamed Harfouch: Estou captando recursos para montar o meu monólogo para o ano que vem. Uma história sobre o homem contemporâneo com direção de Amir Haddad e texto meu e do Moises Liporage. Também preparo o show de lançamento do meu EP "Flores Pisadas", onde exponho minhas composições pela primeira vez. Tive banda e sempre adorei compor, mas nunca tive coragem de mostrar. O musical me despertou essa coragem! O EP está disponível para todos nos plyérs de música digitais, como Spotify, Deezer, pele Tunes entre outros. Os clipes estão disponíveis no YouTube. Passem lá!
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Sejam felizes. Busquem aquilo que façam seus corações vibrarem. Arrisquem, se joguem, não tenham medo dos obstáculos, lá na frente verão que os obstáculos são a graça da vida. Cada superação te torna mais forte. E não tentem controlar a vida, ela é incontrolável. Beijos!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @Mouhamedh no Instagram e no Twitter, já no Facebook é @MouhamedHarfouch, beleza?
Mouhamed Harfouch: Não. Nunca fui convidado e também não aceitaria participar.
Bruna Jones: Tem novidades vindo por ai? Algo que possa compartilhar?
Mouhamed Harfouch: Estou captando recursos para montar o meu monólogo para o ano que vem. Uma história sobre o homem contemporâneo com direção de Amir Haddad e texto meu e do Moises Liporage. Também preparo o show de lançamento do meu EP "Flores Pisadas", onde exponho minhas composições pela primeira vez. Tive banda e sempre adorei compor, mas nunca tive coragem de mostrar. O musical me despertou essa coragem! O EP está disponível para todos nos plyérs de música digitais, como Spotify, Deezer, pele Tunes entre outros. Os clipes estão disponíveis no YouTube. Passem lá!
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Sejam felizes. Busquem aquilo que façam seus corações vibrarem. Arrisquem, se joguem, não tenham medo dos obstáculos, lá na frente verão que os obstáculos são a graça da vida. Cada superação te torna mais forte. E não tentem controlar a vida, ela é incontrolável. Beijos!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @Mouhamedh no Instagram e no Twitter, já no Facebook é @MouhamedHarfouch, beleza?
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Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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