Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é um querido ator que fez parte de diversos projetos dos quais nós amamos, estou falando do querido Daniel Meirelis, que aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem conferir comigo!
Bruna Jones: O que te interessou na carreira de ator e o que lhe motivou a seguir neste caminho?
Daniel Meirelis: O que me interessou na carreira, foi a possibilidade de fazer por alguns minutos a vida de alguém melhor, sorrisos, reflexões... Eu comecei já no pré... Enquanto todos dançavam quadrilha eu era o padre de texto decorado e engraçado, aconteceu, o teatro que me escolheu, depois no segundo grau do colegial que eu iniciei verdadeiramente na carreira.
Bruna Jones: Quais eram os seus maiores exemplos de carreira, no inicio da sua?
Daniel Meirelis: Ah, eu sempre fui muito fã de Jim Carrey, Chaplin, mas o que mais me deu base foi a programação cultural da TV Cultura, "Glub Glub", "Ratimbum", e eu sou muito fã de "Chaves"... Sou fã da turma da vila do SBT.
Bruna Jones: Quais foram os maiores desafios do inicio da sua carreira?
Daniel Meirelis: O maior desafio foi enfrentar o preconceito. Da família, dos amigos... No teatro sofria por ser do morro e no morro sofria por fazer teatro. Minha família sempre foi muito tradicional, e eu nasci artista, meu pai é sargento da PM, ou seja, não foi nada fácil, já trabalhei de muita coisa pra poder viver pra ver meu sonho realizado, já fui ajudante do auxiliar do assistente de mecânico de caminhão, já fui recebido em informática, sou barbeiro, sushiman, já fui motoboy, garçom, vendedor, já dormi na rua, já fugi de casa pra poder continuar com o teatro... Não foi fácil, mas na real... Eu faria tudo novamente.
Bruna Jones: Ao longo dos anos você já realizou diversos trabalhos no teatro e em eventos, voltado mais para o humor. Você diria que você escolheu o humor ou o humor que te escolheu?
Daniel Meirelis: Olha, não é fácil ser uma criança gorda, ter os apelidos de chupeta de baleia e "Pitbitoca" é algo muito engraçado, eu sempre fui engraçado... Só demorei um pouco pra aceitar, mas quando entendi que eu podia fazer as pessoas rirem pra mim e não de mim, aí eu comecei a achar a minha "missão" aqui nessa vida, o humor me escolheu, e eu escolhi o humor como uma forma de antídoto pra esse mundo tão abandonado por todos, anda triste demais a vida, ninguém se importa com o sorriso do outro, com alegria de alguém, eu me importo, é um dia que não faço alguém sorrir, o dia não vale muito a pena.
Bruna Jones: No palco você está sempre sujeito aos improvisos que podem acontecer. Já aconteceu algo inusitado com você em cena?
Daniel Meirelis: Hahaha... Eu amo improvisar, já tive um grupo de stand-up e improviso chamado "Os Patiphes" (tem canal no YouTube) devido a minha facilidade para lidar com as surpresas efêmeras do improviso. Mas já aconteceu muita coisa comigo em cena, já esqueci texto, uma vez me deram mocotó com doce de leite em cena (Peça de onde vem o verão), hahaha... Foi hilário e eu comia, eu tinha que comer, era marcação... E comi, já tomei uma rasteira em cena... Sim, uma rasteira fora do roteiro, pois eu gostava de tirar sarro improvisando em cima do texto dos outros... Um dia o Caio Marques, meu companheiro de "Patiphes" me aplicou uma rasteira... Foi incrível, eu não esperava, mas a vida é isso... Um improviso que eu amo.
Daniel Meirelis: O maior desafio foi enfrentar o preconceito. Da família, dos amigos... No teatro sofria por ser do morro e no morro sofria por fazer teatro. Minha família sempre foi muito tradicional, e eu nasci artista, meu pai é sargento da PM, ou seja, não foi nada fácil, já trabalhei de muita coisa pra poder viver pra ver meu sonho realizado, já fui ajudante do auxiliar do assistente de mecânico de caminhão, já fui recebido em informática, sou barbeiro, sushiman, já fui motoboy, garçom, vendedor, já dormi na rua, já fugi de casa pra poder continuar com o teatro... Não foi fácil, mas na real... Eu faria tudo novamente.
Bruna Jones: Ao longo dos anos você já realizou diversos trabalhos no teatro e em eventos, voltado mais para o humor. Você diria que você escolheu o humor ou o humor que te escolheu?
Daniel Meirelis: Olha, não é fácil ser uma criança gorda, ter os apelidos de chupeta de baleia e "Pitbitoca" é algo muito engraçado, eu sempre fui engraçado... Só demorei um pouco pra aceitar, mas quando entendi que eu podia fazer as pessoas rirem pra mim e não de mim, aí eu comecei a achar a minha "missão" aqui nessa vida, o humor me escolheu, e eu escolhi o humor como uma forma de antídoto pra esse mundo tão abandonado por todos, anda triste demais a vida, ninguém se importa com o sorriso do outro, com alegria de alguém, eu me importo, é um dia que não faço alguém sorrir, o dia não vale muito a pena.
Bruna Jones: No palco você está sempre sujeito aos improvisos que podem acontecer. Já aconteceu algo inusitado com você em cena?
Daniel Meirelis: Hahaha... Eu amo improvisar, já tive um grupo de stand-up e improviso chamado "Os Patiphes" (tem canal no YouTube) devido a minha facilidade para lidar com as surpresas efêmeras do improviso. Mas já aconteceu muita coisa comigo em cena, já esqueci texto, uma vez me deram mocotó com doce de leite em cena (Peça de onde vem o verão), hahaha... Foi hilário e eu comia, eu tinha que comer, era marcação... E comi, já tomei uma rasteira em cena... Sim, uma rasteira fora do roteiro, pois eu gostava de tirar sarro improvisando em cima do texto dos outros... Um dia o Caio Marques, meu companheiro de "Patiphes" me aplicou uma rasteira... Foi incrível, eu não esperava, mas a vida é isso... Um improviso que eu amo.
Bruna Jones: Qual foi o personagem ou texto mais difícil que você já teve que interpretar ao longo da sua jornada artística?
Daniel Meirelis: O mais difícil, nossa eu já tive que decorar um texto em italiano super dramático, lindo, a apresentação era no sábado e eu recebi o texto na quinta (em italiano...) Ai minha diretora na época, Maria Tornatore, disse: "Ah, deixa você não vai conseguir"... Pois decorei em um dia e foi lindo mas muito difícil, mas o mais difícil pra mim é interpretar o Suspiro (meu palhaço) na peça "Eu, Migo e Meu Umbigo", pois ele não fala e eu falo muito, e não falar, porém dizer é difícil demais... Eu prefiro o difícil... Sempre preferi , sou doido! Hahaha...
Bruna Jones: Existe algum personagem que você ainda não tenha interpretado e que você gostaria de fazer?
Daniel Meirelis: Olha, não crio expectativas, eu busco sempre me desafiar, fazer o oposto da minha zona de conforto, não sonho em fazer um personagem de alguma peça conhecida, prefiro o novo, o inédito, ou o velho reinventado, eu creio no teatro que diz algo de fato pra quem está assistindo, as pessoas que mais precisam ir ao teatro não tem dinheiro, elas estão na rua, por isso opto sempre em fazer na rua, pra ser democrático, faço em festivais, em Sesc, em escolas, teatros... Mas tudo que faço nasce na rua, pro povo, sem grandes papéis, gosto do simples.
Bruna Jones: Hoje em dia a internet está ajudando muita gente sem formação em cênicas a ganhar certos níveis de fama instantânea. Você acredita que isso pode acabar prejudicando quem é artista por formação?
Daniel Meirelis: "Quem não vive em verdade meu bem, flutua, nas ilusões da mente de um louco qualquer - Criolo". Espaço tem pra todo mundo, mas muita gente fala sem pensar, e acaba formando público que ouve sem pensar também e vira uma bola de neve, a palavra é como uma flecha... Ela vai e não volta, fama, todos buscam a fama, ganhar views, ter a atenção, mesmo sem ter a mínima noção da responsabilidade que é ter atenção. A juventude do Brasil está crescendo sem saber o que é carinho, amor pelo próximo, sem saber o que é rir de uma piada inteligente. A internet facilita muito a vida de uns... E atrasa indiretamente a vida muita gente. Passamos mais tempo no celular do que dando atenção para nossos filhos, perdemos mais tempo querendo saber da vida do outro do que prestando atenção em nossas próprias vontades e sonhos, o egoísmo anda matando, a luta pela fama, por quem aparece mais... Não tenho visto conteúdo inteligente na internet. Vejo idiotas formando legiões, e gênios definhando seus conhecimentos a sós pois o fácil, é mais fácil. Triste!
Daniel Meirelis: O mais difícil, nossa eu já tive que decorar um texto em italiano super dramático, lindo, a apresentação era no sábado e eu recebi o texto na quinta (em italiano...) Ai minha diretora na época, Maria Tornatore, disse: "Ah, deixa você não vai conseguir"... Pois decorei em um dia e foi lindo mas muito difícil, mas o mais difícil pra mim é interpretar o Suspiro (meu palhaço) na peça "Eu, Migo e Meu Umbigo", pois ele não fala e eu falo muito, e não falar, porém dizer é difícil demais... Eu prefiro o difícil... Sempre preferi , sou doido! Hahaha...
Bruna Jones: Existe algum personagem que você ainda não tenha interpretado e que você gostaria de fazer?
Daniel Meirelis: Olha, não crio expectativas, eu busco sempre me desafiar, fazer o oposto da minha zona de conforto, não sonho em fazer um personagem de alguma peça conhecida, prefiro o novo, o inédito, ou o velho reinventado, eu creio no teatro que diz algo de fato pra quem está assistindo, as pessoas que mais precisam ir ao teatro não tem dinheiro, elas estão na rua, por isso opto sempre em fazer na rua, pra ser democrático, faço em festivais, em Sesc, em escolas, teatros... Mas tudo que faço nasce na rua, pro povo, sem grandes papéis, gosto do simples.
Bruna Jones: Hoje em dia a internet está ajudando muita gente sem formação em cênicas a ganhar certos níveis de fama instantânea. Você acredita que isso pode acabar prejudicando quem é artista por formação?
Daniel Meirelis: "Quem não vive em verdade meu bem, flutua, nas ilusões da mente de um louco qualquer - Criolo". Espaço tem pra todo mundo, mas muita gente fala sem pensar, e acaba formando público que ouve sem pensar também e vira uma bola de neve, a palavra é como uma flecha... Ela vai e não volta, fama, todos buscam a fama, ganhar views, ter a atenção, mesmo sem ter a mínima noção da responsabilidade que é ter atenção. A juventude do Brasil está crescendo sem saber o que é carinho, amor pelo próximo, sem saber o que é rir de uma piada inteligente. A internet facilita muito a vida de uns... E atrasa indiretamente a vida muita gente. Passamos mais tempo no celular do que dando atenção para nossos filhos, perdemos mais tempo querendo saber da vida do outro do que prestando atenção em nossas próprias vontades e sonhos, o egoísmo anda matando, a luta pela fama, por quem aparece mais... Não tenho visto conteúdo inteligente na internet. Vejo idiotas formando legiões, e gênios definhando seus conhecimentos a sós pois o fácil, é mais fácil. Triste!
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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