quinta-feira, 11 de junho de 2020
Bruna Entrevista: 9x45 - Dórian Ciríaco
Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? O pessoal pediu e eu trouxe hoje o ex-dançarino do "Calcinha Preta", o querido Dórian Ciríaco para conversar sobre suas experiências enquanto era dançarino, as coisas que ele anda fazendo hoje em dia e também revelou se aceitaria participar de um reality show, será? Vem conferir tudo isso e mais um pouco!
Bruna Jones: Atualmente você está trabalhando na área de turismo, não é mesmo? Mas antes de falar sobre isso, vamos voltar um pouquinho no tempo... Pouco mais de uma década atrás, você estava trabalhando como dançarino no "Calcinha Preta". Como foi que surgiu essa proposta para você? A dança sempre fez parte da sua vida?
Dórian Ciríaco: Sim, atualmente trabalho com turismo. Mas, falando da dança, a proposta para o "Calcinha Preta" surgiu quando eu morava em São Paulo, no final do ano de 2008, quando recebi o convite do amigo Reginaldo Sama. Já nos conhecíamos há muito mais tempo e partilhávamos do mesmo círculo de amizades, pois somos da mesma cidade natal e conhecíamos o trabalho um do outro. A dança começou a fazer parte da minha vida aos 11 anos de idade, na época da lambada, com minha irmã, influenciados pela nossa mãe, que sempre apoiou nossa vontade. De lá para cá foram grupos de dança, bandas, viagens, etc (até, mais ou menos, meus trinta e poucos anos. Hoje estou com 41). Foram muitos trabalhos nessa linda profissão de que tenho muita gratidão e admiração!
Bruna Jones: Com o tempo que você ficou na banda, você chegou a fazer bastante sucesso na mídia, participando de vários programas de televisão e eventos. Como foi essa experiência para você?
Dórian Ciríaco: Na "Calcinha", na maioria das vezes em que a banda ia para programas de televisão, os dançarinos escolhidos para participar eram os mais antigos, então não fiz tantos programas com eles. Mas os que fiz e participei foram experiências únicas. Confesso que fiquei extasiado com a proporção que a banda tinha, e tem, na mídia. Com o tanto de fãs e admiradores que acompanham a banda e fazem parte do grande sucesso que ela é! Senti-me realizado e agradecido naqueles momentos, pois todo artista, além de amar o que faz, fica feliz quando seu trabalho é reconhecido e visto por muitos. Um artista não seria nada sem os palcos, as luzes, o som, a dança, os gritos e aplausos, e, principalmente, o carinho do público e dos fãs, que fazem a "magia" disso tudo!
Bruna Jones: Você inclusive chegou a passar de dançarino para vocalista na banda formada com o ex-colega de banda, Reginaldo Sama, vocês fizeram shows como "Balaio2Gatos", como foi para você assumir esse novo projeto?
Dórian Ciríaco: Foi desafiador, apesar de tudo ter acontecido de forma espontânea, nada previsto ou programado. Um certo dia estávamos em um quarto de hotel com a então produtora da Calcinha Preta, já sabendo que iríamos sair da banda, e ela olhou pra gente e disse: "Porque vocês não cantam? Já pensaram em montar uma banda? Vocês são dois gatos. Eu ajudo. A gente coloca tudo num balaio e vê no que dá!". Foi daí que surgiu o nome da banda, "Balaio2Gatos" (risos). Começamos a rir na hora, mas aquilo plantou uma sementinha em nós que nos deixou na vontade de, pelo menos, tentar. Eu e o Reginaldo, muito antes da "Calcinha Preta", já tínhamos trabalhado no Japão e lá eles têm uma cultura muito forte de cantar em Karaokê e, praticamente todos os dias, nós cantávamos, por diversão, e éramos elogiados pela nossa voz. Óbvio que precisávamos trabalhar isso, fazer aulas para aprender técnicas, etc, mas "metemos a cara" e colocamos o projeto para frente. Começamos a estudar música, a treinar, gravamos um CD, mesmo sem tanta experiência, e começamos a fazer alguns shows em São Paulo, onde eu morava na época e o Reginaldo passou a residir também. Foi muito bom e aprendemos muito, como pessoa e como profissional, mas durou apenas um ano, mais ou menos, quando eu decidi, por motivos pessoais, desligar-me do projeto e seguir por outros caminhos.
Bruna Jones: Ainda na época do "Calcinha Preta" você chegou a posar nu com outros dois colegas de banda para a "G Magazine", o que te motivou a aceitar o convite da revista? É algo que você se arrepende de ter feito ou faria novamente?
Dórian Ciríaco: A minha motivação, a princípio, foi o "calor" da própria situação em si. Mais um trabalho conhecido nacionalmente, que eu vejo como artístico, e que poderia dar mais um "up" na carreira. Lógico que isso somado à proposta financeira, que, apesar do cachê inicial não ter sido lá essas coisas, teria sido boa, se tivéssemos recebido o percentual prometido e acordado de vendagem das revistas, o que nunca aconteceu! Chegamos a entrar com um processo na justiça, que também nunca finalizou e isso ficou perdido no tempo. Entretanto, não me arrependo de ter feito, pois tudo na vida é aprendizado, mas com os propósitos, objetivos e metas que tenho hoje, acredito que não faria novamente, por não fazer mais parte do meu momento atual.
Bruna Jones: Como eu disse no inicio da nossa entrevista, hoje em dia você trabalha com turismo, certo? Foi decisão sua optar por sair da mídia e buscar um trabalho mais seguro ou foi por falta de oportunidades?
Dórian Ciríaco: Sim, trabalho com turismo (e estou fazendo outra faculdade, dessa vez na área da saúde – enfermagem – tudo a ver, kkk). Sou turismólogo por formação acadêmica e chegou um certo tempo em que decidi tentar trabalhar naquilo em que me propus e aprendi na universidade. Sempre fui muito curioso e gosto de aprender coisas novas, em diferentes áreas. Tanto que antes de trabalhar com turismo, fui contratado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, como concierge, na parte da hotelaria hospitalar. Lá fiquei por 1 ano e três meses, antes de entrar no turismo propriamente dito. Nesse período de transição ainda fiz alguns trabalhos com o teatro e com a dança e ainda cheguei a ir morar novamente fora do país, em Seoul, com um grupo de dança. Ou seja, não faltaram oportunidades, até porque acredito que quem faz as oportunidades somos nós mesmos. Foi apenas uma opção minha de procurar algo que pudesse me dar uma estabilidade melhor.
Bruna Jones: Você sente falta da época em que dançava? Como foi a sua readaptação não só profissional, como pessoal, para a vida que leva hoje?
Dórian Ciríaco: Sim, sinto falta. Sinto saudades! Afinal, foi, ainda é, e acho que sempre será, a profissão a qual durei mais tempo da minha vida e que atuei por amor (não que eu não ame o que faço hoje e o que pretendo fazer no futuro). Mas sem dúvida foi, e ainda é, a que mais amei! Mas aprendi que temos que seguir em frente. Continuo amando e admirando a arte no geral, mas temos que fazer escolhas, agarrá-las com amor e vontade e pôr em prática ações que proporcionem a realização dessas escolhas. Se você me perguntar se eu voltaria a dançar? Talvez. Considero-me um cidadão do mundo. Faço minhas escolhas e vivo o presente!
Bruna Jones: Agora sim, por qual razão você optou por turismo e não uma outra profissão? O que te chama mais atenção nesta nova área de atuação?
Dórian Ciríaco: Como eu já atuava no meio artístico na época em que decidi fazer uma graduação, resolvi fazer algo que se aproximasse do que eu gostava e que pudesse agregar no que eu já fazia. Além das artes eu sempre fui um apaixonado por viagens, pelo mundo, por conhecer novas culturas, novos povos, nova gastronomia, costumes, etc, e eu queria, além de aprender, levar esse conhecimento para outras pessoas, ajudando elas a realizarem seus sonhos de viagens. Eu tinha acabado de chegar de 2 anos de trabalho no Japão e pensava em voltar para lá, mas, dessa vez, queria voltar com uma profissão a mais. Com uma profissão que eu pudesse atuar lá fora também, além da dança. E o que vi mais próximo disso foi o turismo. De repente trabalhar numa agência de viagens internacional ou em uma companhia. Aérea ou em um aeroporto, por exemplo. Tanto que também fiz o curso de Comissário de Voo (mas nunca consegui atuar nessa profissão, rsrs). E também não voltei mais para o Japão, como eu pretendia, mas me formei em turismo.
Bruna Jones: Muita gente acha que um turismólogo é apenas uma profissão para quem gosta de viajar, mas não é bem assim... Um turismólogo também pode trabalhar em diversas áreas, desde eventos até hotelaria ou em agencias de viagens e exercer diversas outras funções, não é mesmo?
Dórian Ciríaco: Eu, como a maioria das pessoas, também achava isso. Mas ao longo do curso vi que realmente não é bem assim. Até hoje, quando falo que sou turismólogo, algumas pessoas me perguntam se isso é o mesmo que ser guia de turismo, que, por sinal, é uma linda profissão, que também exige um curso específico. O curso de turismo proporciona a pessoa a atuar em áreas de eventos, hotelaria e agências, como você bem pontuou, assim como áreas, direta ou indiretamente de urbanismo, meio ambiente, direito internacional, línguas, hotelaria hospitalar, entre outros. No meu caso, por exemplo, ter a graduação de turismo e falar outras línguas foi importantíssimo para eu ter conseguido ir trabalhar no Hospital Albert Einstein. Era, inclusive, um dos pré-requisitos.
Bruna Jones: Infelizmente com o momento atual que estamos enfrentando no mundo inteiro com o coronavírus, muita coisa está sendo afetada direta ou indiretamente. Como essa fase está sendo para você, tanto profissionalmente quanto pessoalmente?
Dórian Ciríaco: Infelizmente isto é a nossa realidade atual e, devido a esta realidade, fui desligado recentemente da agência de viagens a qual estava trabalhando há 5 anos. Nosso setor, assim como vários outros, estão sofrendo com esta crise. Profissionalmente, isso é muito ruim, pois o turismo é diretamente afetado! Como pessoa, esta crise mostrou que precisamos nos conectar mais uns com os outros, através da empatia e do amor ao próximo, que estavam esquecidos com a correria do mundo urbano e capitalista.
Bruna Jones: Apesar de você não estar mais na mídia, ainda assim, se houvesse um convite para você participar de uma "A Fazenda" ou "BBB", você aceitaria se expor em um programa dessas?
Dórian Ciríaco: Apesar de não ser o meu foco atual, talvez fosse legal participar.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero agradecer primeiramente o convite para participar desta entrevista e dizer a todos os leitores do blog e fãs que vivam! Vivam intensamente, sem medo de errar e de ser feliz! Corram atrás dos seus sonhos, mudem as estratégias e os caminhos, se for o caso, mas não desistam, pois, mesmo que os acontecimentos nos levem para outros rumos, tudo na vida é aprendizado. E, se der medo, vai com medo mesmo. Mas vai! Conhecimento, seja inato ou adquirido, é a única coisa que levamos conosco! Somos eternos aprendizes!" e para quem quiser continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar por @dorianciriaco no Instagram e no Facebook por Dórian Ciríaco, beleza?
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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O Dórian Ciriaco é um ser iluminado , um cara que completo literalmente . ������������������������������������
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