terça-feira, 12 de março de 2019
Bruna Entrevista: 8x13 - Felipe Folgosi
Olá, olá... Tudo bem, pessoal? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é bem especial, estou falando do ator Felipe Folgosi que nos últimos anos acabou entrando no universo das HQs aqui no Brasil e hoje vem aqui contar um pouco mais sobre isso, sobre futuros projetos e também de outros momentos de sua carreira. Ficaram curiosos? Então, vem comigo!
Bruna Jones: Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que é um prazer te receber aqui em meu blog. E para começar, vamos voltar um pouco na sua carreira. Você é um dos grandes atores da televisão brasileira, com vários papéis de destaque no currículo. Como foi que você acabou conhecendo a carreira de artes cênicas e percebeu que era algo que você gostaria de fazer?
Felipe Folgosi: Obrigado Bruna, eu que agradeço pelo convite! Eu me interessei por artes cênicas antes de saber o que eram artes cênicas (risos). Na verdade sempre gostei muito de cinema, desde criança, e brincava de encenar as cenas dos meus filmes favoritos com meus amigos. Esse amor pelo cinema me fez ir trabalhar em uma locadora de vídeos quando eu tinha quatorze anos, para poder passar o dia vendo filmes, mas logo depois estar "desse" lado da tela não bastava, então fui fazer uma escola de teatro profissionalizante e pouco depois estava fazendo comerciais. Com dezessete anos fiz um teste para uma minissérie da Globo chamada "Sex Appeal" e não parei mais.
Bruna Jones: Quais foram as principais dificuldades que você encontrou no inicio da sua carreira como ator?
Felipe Folgosi: Tudo precisa de estudo, investimento pessoal e tempo. Ter começado com comerciais me ensinou a lidar com a rejeição, afinal de contas você faz vários testes e pega alguns. Talvez a maior dificuldade foi ter que sair da minha cidade, São Paulo, para ir para o Rio de Janeiro, e ter que me adaptar a nova realidade.
Bruna Jones: Você viveu em duas épocas completamente diferentes em termos de público. Nos anos 90 o auge dos fãs consistia em mandar cartas para as emissoras, montar fã-clubes e recortes de revistas adolescentes. Hoje em dia a internet cortou vários caminhos e liga o fã ao seu artista pelas redes sociais de maneira mais fácil. Como você avalia e lidou com essas mudanças?
Felipe Folgosi: Sim, era bem diferente. Por um lado, acho bacana o fato de que hoje em dia você pode acompanhar quem você gosta de uma forma mais direta, muitas vezes até entrando em contato diretamente pelas redes sociais. Por outro lado, acho que as rede sociais também aumentaram a exposição e muitas vezes uma cobrança não saudável, então acho que o segredo é sempre buscar o equilíbrio.
Bruna Jones: Falando em mudanças, você começou a trabalhar também com roteiros. Como foi que surgiu a ideia da HQ "Aurora"?
Felipe Folgosi: Quando voltei de uma temporada de dois anos em Los Angeles estudando cinema, comecei a escrever roteiros pensando em vender para o mercado americano. Uma ex-namorada na época, notou que tenho vários sinais de nascença, e brincou que se ela pegasse uma caneta, poderia fazer aquela brincadeira de "ligar os pontos". Isso me deu a ideia de um sujeito que faz um exame médico e no resultado aparece o padrão de uma constelação impregnado em seu corpo. Essa foi a ideia inicial, que levei bastante tempo desenvolvendo, pesquisando astronomia, física, medicina e outras coisas para construir uma história que ao mesmo tempo fosse verossímil e fantástica, até chegar no que hoje é o Aurora.
Bruna Jones: "Aurora" fez tanto sucesso que outros títulos vieram após esse projeto. Como "Comunhão" e "Um Outro Dia". Todos eles em HQ, por qual razão essa foi a plataforma que você decidiu utilizar para estabelecer as suas histórias?
Felipe Folgosi: Como minha formação é em cinema, sempre escrevo em formato de roteiro cinematográfico. Mas cinema é muito caro para se produzir, enquanto quadrinhos, que também é uma paixão que tenho desde criança, apesar de também ser caro, já é possível de ser produzido individualmente.
Bruna Jones: Hoje em dia as HQs estão ganhando uma dimensão bem maior no Brasil, o público cresce cada vez mais e busca por diversidades. Infelizmente não são tantos projetos Brasileiros que acabam nas mãos do público. Como escritor e pessoa inserida neste universo, como você avalia o mercado hoje em dia?
Felipe Folgosi: O mercado cresceu muito, mas ainda é bem pequeno em comparação com outras mídias. Ferramentas como as redes sociais e o financiamento coletivo ajudaram muito as pessoas produzirem e divulgarem o trabalho, mas existe uma crise no setor editorial, com várias livrarias fechando. Muitas vezes é difícil ter retorno financeiro do tempo e trabalho investido, então acredito que quem faz quadrinho independente no Brasil realmente faz por amor a arte e por querer dividir com as pessoas suas histórias.
Bruna Jones: Várias adaptações de cinema e de séries hoje em dia acabam vindo com base em histórias de livros e HQs, você possui planos para expandir suas séries em outro veiculo de comunicação?
Felipe Folgosi: Gostaria muito, até porque como disse, minhas histórias nascem como roteiros para audiovisual. Tivemos algumas adaptações nacionais recentemente, "Laços", "Tungstênio", "O Doutrinador", então acredito que as produtoras estão descobrindo, como lá fora, que existe muito conteúdo de qualidade no mundo das HQs nacionais.
Bruna Jones: Paralelo a isso tudo, você nunca deixou de atuar. Como você faz para equilibrar tudo isso em sua vida?
Felipe Folgosi: Sabe que não sei (risos). Minha sorte é poder trabalhar com coisas que realmente gosto, mas trabalho é sempre trabalho, muitas horas queimando neurônios e dormindo pouco, mas no final, principalmente quando recebo uma mensagem de alguém que leu meus quadrinhos e se emocionou, ou que é fã de algum trabalho como ator, todo esforço vale a pena.
Bruna Jones: Você é um dos atores que consegue manter sua vida pessoal mais privada na mídia, tanto que quando aceitou participar de "A Fazenda" acabou pegando muita gente de surpresa. O que te motivou a participar? Foi uma experiência bacana na sua vida?
Felipe Folgosi: Foi uma questão profissional. Eu era contratado da Record e durante cinco anos recusei participar, até que achei que seria bom para minha relação com a empresa aceitar o convite. É uma experiência única, diria surreal, mas o importante é que grande parte do público gostou da minha participação e que não foi algo que prejudicou minha carreira, acho inclusive que até aproximou algumas pessoas que só me conheciam através dos personagens e puderam ver um pouco de como sou pessoalmente.
Bruna Jones: Tem novidades vindo por ai? Algo que você possa compartilhar?
Felipe Folgosi: Tem dois filmes que devem sair em breve, "Eu Sou Brasileiro", sobre o universo do futebol e "Um Broto Legal", sobre a cantora Celly Campelo, que lançou a Jovem Guarda. Além disso, já comecei a gravar uma participação na novela "As Aventuras de Poliana", onde vou ser pai da Yasmin e dos gêmeos Gael e Benício.
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Quero agradecer a todos vocês que me seguem, seja como ator ou como quadrinhista. Muito obrigado pelo carinho e saibam que todo trabalho que faço é pensando em vocês!" e para quem quiser continuar acompanhando nas redes sociais, ele também avisa: "Quem quiser conhecer e comprar meus quadrinhos, Aurora, Comunhão, Um Outro Dia e Chaos, é só mandar uma mensagem na página do AuroraHQ no Facebook (AQUI), que explico como fazer para receber na sua casa autografado. Me sigam também no Instagram, pelo @felipe_folgosi e no YouTube no canal ffolgosi. Obrigado!"
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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