Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado de hoje é um querido ator que fez parte de diversos projetos dos quais nós amamos, estou falando do querido Renato Siqueira que aceitou vir aqui compartilhar um pouco de suas experiências com a gente, vem conferir comigo!
Bruna Jones: Você possui uma carreira extensa no mundo das artes. Como você conseguiu conciliar e atuar em diversas funções dentro do seu longa?
Renato Siqueira: Desde muito cedo fui fascinado pelo mundo da sétima arte, aos 14 anos produzi meu primeiro curta com amigos do bairro e foi dali em diante que minha carreira começou. Por exemplo no longa "Diário de um Exorcista", eu roteirizei, dirigi, editei, fiz a pós produção, o sound designer e também os efeitos visuais. Para conciliar tudo foram longos anos de estudo. Resumindo, eu me formei em audiovisual, mas, não parei por ai, me especializei em cada área do cinema desde atuação até como cinegrafista e editor. Tirei DRT de tudo que você possa imaginar, compreendendo assim o comportamento de trabalho de todos os profissionais dentro de um set de filmagem. Tenho 22 filmes no currículo dentre eles 19 curtas metragens, 2 médias e 1 longa metragem que é o "Diário de um Exorcista". Contudo, grande parte da minha experiência foi adquirida produzindo filmes independentes, essa sem dúvidas foi a melhor escola que tive, perfeita. Perfeita porque nas produções que realizei tive a oportunidade de errar e aprender com os meus próprios erros, evoluindo a cada produção e sempre atuando praticamente em todas as áreas. Então, quando fui produzir o "Diário de um Exorcista" não tive muitas dificuldades nessa questão.
Bruna Jones: Qual foi a maior dificuldade na produção do filme independente?
Renato Siqueira: Produzir arte independente não é fácil, isso já é uma grande dificuldade e como evitamos a recorrer a órgãos culturais, leis fomento, devido a demora no processo de seleção, captação, preferimos arregaçar as mangas e se valer de autossuficiência financeira para produzir essa obra". Então a ordem foi economizar, usamos efeitos visuais no lugar de maquiagens e buscamos gravar em locais de fácil acesso. "Realizar uma obra artística no Brasil, ainda mais com a magnitude de um longa-metragem cinematográfico, sem investimentos público, fomento ou de grandes empresas, é um 'feito' para poucos e foi pensando dessa forma que eu Renato Siqueira e minha talentosa equipe composta por Beto Perocini (Diretor de fotografia e também produtor), Wagner Dalboni, Edu Hentschel, Luciano Milici e outros excelentes profissionais, conseguimos retirar das trevas o longa-metragem "Diário de Um Exorcista - Zero" para o mundo!
Bruna Jones: Você possui mais trabalhos voltados para o suspense, o que mais te chama à atenção neste gênero?
Renato Siqueira: Gosto, amo terror. É uma plataforma onde posso mostrar as minhas habilidades como cineasta e todas as coisas que amo no cinema. Por exemplo, em filmes de terror posso trabalhar personagens com quem o público realmente vai se importar, misturando elementos de horror com elementos dramáticos. No terror, posso explorar o drama familiar e transforma-lo em um terror psicológico a minha maneira. Como por exemplo, um pai alcoólatra que bate em seu filho, posso conta-la de uma outra perspectiva, um pai possuído pelo demônio que faz horrores com sua família. Como já disse, aprecio muito o gênero terror, mas também sou eclético, gosto de outros gêneros e que vou produzi-los no decorrer da minha vida.
Bruna Jones: Seu atual sucesso é o longa "Diário de um Exorcista – Zero", o filme ficou alguns anos em produção, não é mesmo? Como foi para você o processo de criação e produção deste longa?
Renato Siqueira: Essa inspiração, a idéia de realizar um filme de exorcismo no Brasil surgiu no final do ano de 2010. Eu, Renato Siqueira, estava terminando as filmagens do meu curta "Laços Violados" (suspense / policial) e estava pronto para um novo desafio, mas eu me perguntava: "Qual seria esse novo desafio?" E a resposta veio como uma meta, produzir um longa metragem com uma história inédita e surpreendente, algo que ainda não tivesse sido explorado no Brasil, pois o cinema nacional de ficção fantástica é quase escasso, seguindo sempre a mesma linha, apostando nas comédias e no realismo crú das comunidades carentes, policiais cariocas e traficantes. Então, certa noite adormeci no sofá de casa assistindo televisão e as 3:00 horas da manhã acordei assustado com os gritos alucinantes que saiam da boca de Regan McNeil personagem do clássico "O Exorcista", interpretada pela atriz Linda Blair. Após este susto pensei: "Por que não uma história de exorcismo no Brasil?". Dai para frente tudo começou.
Bruna Jones: O que mais te chamou atenção na história de "Diário de um Exorcista – Zero", que te fez pensar que era a história ideal para um longa?
Renato Siqueira: Adaptamos simultaneamente, a mesma história para o cinema e a literatura. "Após muita pesquisa e entrevistas, chegamos a uma narrativa que caberia tanto às letras quanto ao audiovisual". A história é inspirada na vida de um padre exorcista brasileiro que enfrentou dezenas de casos de possessão demoníaca no país transformou-se em livro pelas mãos Renato Siqueira e Luciano Milici que pesquisaram o contexto social e político da época do protagonista para apresentar ao leitor um cenário plausível. "A vida do padre e seu envolvimento pessoal com as entidades sobrenaturais desde a infância atravessam o tempo e passam pelas intensas mudanças do cotidiano interiorano dos anos 1950 e 1960", diz Milici. Apesar de real, a história contada em livro e filme manteve as informações inidentificáveis. "As famílias dos envolvidos permitiram gravações das entrevistas e forneceram documentos, mas solicitaram a garantia de sigilo". Um contrato foi firmado assegurando que ninguém poderia ser identificado. Um detalhe importante é que a fase final do livro se passa em 1969, dois anos antes de William Peter Blatty lançar "O Exorcista" e quatro antes do filme ser produzido. talentosa equipe composta por Beto Perocini (Diretor de fotografia e também produtor), Wagner Dalboni, Edu Hentschel, Luciano Milici e outros excelentes profissionais, conseguimos retirar das trevas o longa-metragem "Diário de Um Exorcista - Zero" para o mundo!
Bruna Jones: Agora o "Diário de um Exorcista – Zero" entrou no catalogo mundial da Netflix e com certeza vai ganhar um número incrível de telespectadores atingidos. Como você se sente com tudo isso?
Renato Siqueira: Eu sinto que consegui cumprir a minha missão nesse projeto, pois o "Diário de um Exorcista - Zero" entrou para a história do cinema nacional como a primeira produção independente de horror a estrear na Netflix em 86 países na qualidade Ultra-HD. Contudo, abrimos uma nova porta, porque o longa metragem está sendo um estímulo aos produtores nacionais, independentes ou não, principalmente do segmento terror e pode abrir muitas portas, pelo fato de uma produção 100% brasileira estar disponível em todos os países da Netflix.
Bruna Jones: Existem planos para continuações dessa história?
Renato Siqueira: Sim. Teremos uma trilogia que será lançada nos cinemas com a distribuição da Europa Filmes e outras produtoras que já estão em negociação e cada produção será feita com requintes de super produção... O primeiro filme da trilogia já está em produção e suas filmagens estão previstas para iniciar no fim desse ano. Os filmes da trilogia se chamarão: "Diário de um Exorcista I – Gênese do Mal", "Diário de um Exorcista II – Possuídos" e "Diário de um Exorcista III – Apocalipse" - "A trilogia apresentará personagens, arcos, efeitos e muito mais terror, além de surpresas que não estão no livro e nem no Diário de um Exorcista – Zero"
Bruna Jones: Existe algum tipo de história que você ainda não teve a oportunidade de contar, mas que adoraria fazer um dia? Além do filme entrando na Netflix, tem alguma outra novidade pintando por ai?
Renato Siqueira: Existe sim e vou conta-la em breve nos cinemas. Tem novidades sim. Esse ano lançaremos o thriller chamado "Atração de Risco" e a continuação para os cinemas "Diário de um Exorcista - A Gênese do Mal". Portanto, em 2018, podem esperar muitos sustos, porque iremos aterrorizar os cinemas nacionais e porque não do mundo todo também, né?
Bruna Jones: Hoje em dia a maioria dos artistas buscam participar de programas como "A Fazenda" para conseguir uma visibilidade maior na mídia. Esse tipo de programa é algo que te interessaria fazer?
Renato Siqueira: Nunca, mas nunca mesmo!!!
Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Vou deixar aqui uma frase que me inspirou e continua me inspirando. - Se você quer fazer um filme, faça-o. Não espere patrocínio, não espere circunstâncias perfeitas. Simplesmente faça-o! "Quentin Tarantino"."
Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?
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