Bruna Entrevista: 12x40 - Bel Gris

Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? Trouxemos o querido ator Bel Gris, que fez um sucesso enorme por AQUI em 2019 quando conversamos pela primeira vez, hoje ele vem comentar um pouco sobre as mudanças que aconteceram em suas produções de filmes de entretenimento adulto e mais. Lembrando que essa entrevista contém conteúdo adulto, se você for menor de idade, por favor, fale com um adulto responsável antes de continuar a leitura, beleza?

Bruna Jones: Quero iniciar esta entrevista agradecendo mais uma vez pela gentileza em retornar ao blog. Da última vez que conversamos, você estava basicamente focado em produzir conteúdo hetero, mas flertando com momentos bissexuais, certo? Atualmente, você começou a produzir conteúdo para o seu público LGBT. Como foi essa mudança de cenário para você?
Bel Gris: Eu que agradeço a você, gosto de fazer entrevistas. Produzo conteúdo para que seja visto pelo maior público possível, não é direcionado a nenhum público específico. Minha premissa como pessoa humana é acordar todos os dias com todas as aspirações de liberdade ativadas, sem precisar do apoio de nenhuma bandeira ou ter que pertencer a algum grupo que me auxilie ou ter que ser aprovado por qualquer maioria ou minoria. Quero simplesmente ser livre sem ter que usar rótulos ou me sustentar com bandeiras. 

Bruna Jones: Infelizmente, existem muitos preconceitos em relação à sexualidade e produções que envolvem casais do mesmo sexo fora do público-alvo. Você já pensou na possibilidade de acabar se prejudicando de alguma forma, seja profissionalmente ou pessoalmente, ao mudar o foco dos seus vídeos?
Bel Gris: Devemos respeitar as pessoas como elas são, o fato de analisá-las para classificá-las pela sua forma de se relacionar sexualmente já é um atentado à sua liberdade. A melhor luta é baseada nisso: Deixar cada um fazer o que quiser com sua sexualidade (sempre dentro da lei) sem precisar dar explicações ou sofrer qualquer tipo de distinção por meio de rotulagem. Todo dano ou prejuízo vem daqui: A lesão contra a liberdade da pessoa. Acho que o problema vem da raiz, estamos habituados a ter ideias incutidas em nós, a aprender lições e a pertencer a grupos que sentimos que “nos protegem” porque são semelhantes a nós. Não fomos treinados para questionar ou criticar, apenas aprendemos as lições e receber recompensas depois de aprendidas. Procuramos nos outros atos que se enquadrem naqueles que consideramos semelhantes a nós e esquecemos de realizar atos livres. O dano é este: Ser esquisito e sofrer as consequências de ser esquisito. Todos nós temos um interior estranho, devemos retirá-lo e alimentá-lo, isso e somente isso alimentará a nossa liberdade; caso contrário, sofreremos frustração. 

Bruna Jones: Falando a nível pessoal, tem gente que faz conteúdo LGBT mas só faz isso por dinheiro/trabalho, outros são na verdade bissexuais, como você se sente em relação a isso?
Bel Gris: Não tenho ideia do que implica ser bissexual, não vejo onde está o manual de instruções para desempenhar essa função. Sigo meus instintos sexuais, as situações me excitam, recebo estímulos externos e os atendo da melhor maneira que posso. Sempre senti atração sexual por homens e mulheres, mas não da mesma forma. A influência social também pode ter um papel muito importante, assim como a repressão, por isso agora me atrevo a fazer coisas que antes não ousava fazer ou mostrar diante das câmeras. O tempo está se esgotando, quero continuar experimentando meus sentidos. Viva a liberdade sexual! É como eu me sinto. 

Bruna Jones: Você iniciou a transição nos vídeos de uma forma muito sutil nos últimos anos, começando com toques, brincadeiras, até começar realmente a ter momentos sexuais ativos. Esta transição lenta foi intencional em termos de marketing ou por motivos pessoais?
Bel Gris: Eu gosto dessa pergunta. Acho que foi pelas duas coisas: Pela abertura da minha mente, cada vez mais fiel aos meus sentidos, aliada ao facto de ter feito funcionar bem do ponto de vista mercadológico, no sentido de não dar tudo de uma vez, porque considero que perderia o encanto, mas prefiro entregar esses atos de liberdade sexual em prestações. Se eu contar tudo de uma vez, o acompanhamento do processo pelo espectador perderá o interesse. 

Bruna Jones: Como foi para você a primeira vez que gravou um vídeo com outro homem? Você pode compartilhar conosco um pouco dos bastidores?
Bel Gris: Não lembro quando foi, mas posso adiantar que me lembro de uma gravação em que fiz um trio "menino, menino, menina" em que teve muita brincadeira com aquele menino. Lembro-me desse ensaio como o que mais gostei na minha vida. Não quero dizer a qual filmagem estou me referindo porque o garoto em questão atualmente só quer fazer cenas comumente chamadas de “heterossexuais” e devo ser fiel a essa vontade.

Bruna Jones: Falando em bastidores, você trabalha nessa área há vários anos, acho que já passou por algumas situações inusitadas, imprevistas ou engraçadas durante as filmagens. Você poderia compartilhar uma dessas histórias conosco?
Bel Gris: Estávamos filmando na minha lancha e uma andorinha cheia de turistas passou e nos viu transando com uma atriz enquanto um cinegrafista gravava. Na verdade, essa mesma andorinha já tinha me visto me masturbando, também me viram neste verão tirando fotos de um lindo garoto nu com o pau completamente ereto e também me descobriram uma vez quando uma mulher estava fazendo sexo oral em mim. É um barco clássico muito bonito que faz muito sucesso na zona onde tenho o barco e está sempre cheio de turistas, têm sempre umas 25 pessoas mais ou menos. Não vamos nos enganar, pois o turista vê isso deve ser, no mínimo, uma distração. 

Bruna Jones: Depois dessa mudança de cenário no seu trabalho, você acha que atraiu mais pessoas LGBT para o seu trabalho e redes sociais? Se sim, como é a sua relação com esse público?
Bel Gris: Não sei quais pessoas atraí, meu desejo é realizar atos gratuitos e que as pessoas vejam esses conteúdos. A partir daí, podem reagir como acreditam, tendo em conta a sua liberdade sexual e pessoal. Meu objetivo não é classificar, tentar ter o mínimo de rótulos possível, não quero direcionar o conteúdo para nenhum público específico. 

Bruna Jones: Uma das imagens mais populares do site deles é "Bake It Cum". Como surgiu a ideia de produzir esse tipo de conteúdo? Você pretende lançar mais episódios com esse tema?
Bel Gris: A pessoa que criou "Bake it Cum" é Maripaini. São criadores de conteúdo que conheço que produzem esse conteúdo financiado inteiramente por mim e adquirido com exclusividade. Só pode ser visto legalmente em tetatita. É um produto muito bom porque chama a atenção dos telespectadores, minha intenção clara é lançar mais episódios de "Bake it Cum" mas é muito difícil porque agora as pessoas por trás de Maripaini têm outros projetos pessoais e não têm tanto tempo como antes para assistir "Bake it Cum". Tetatita.com precisa de "Bake it Cum", pois é um bom produto audiovisual. Espero que novos capítulos saiam logo, pelo menos vou me esforçar bastante.

Bruna Jones: Aliás, falando sobre os temas dos seus vídeos. Vários deles acabam envolvendo atuação e história. Como costuma ser esse processo criativo para introduzir temas em seus vídeos?
Bel Gris: Você deve ter uma capacidade realista de combinar todos os elementos disponíveis que o criador possui. Alguém pode ter uma mente brilhante, mas ser um criador audiovisual desastroso porque as ideias que tem são impossíveis de captar na tela, visto que não dispõe de recursos suficientes. Ou seja, com base no que um criador realmente possui, ele tem que encaixar e coordenar todos esses elementos para obter um resultado final. No audiovisual é fundamental estar atento aos recursos de que se dispõe, sendo realista. Assim como um romancista pode escrever todas as fantasias que lhe vêm à cabeça e cabem no papel, no mundo audiovisual o papel não suporta tudo. Então o processo criativo geralmente começa assim, traduzindo uma ideia que alguém já tem em mente para uma realidade ou a partir dessa realidade você cria uma ideia e realiza a criação audiovisual. Gostaria de fazer filmes como fazem em Hollywood, mas não tenho os recursos nem a capacidade intelectual para tornar isso realidade. Por isso temos que colocar os pés no chão e estar sempre atentos ao que podemos fazer. A grande vantagem da pornografia é que existem falhas audiovisuais que fazem sucesso porque são capazes de transmitir excitação sexual aos espectadores. Então é mais fácil se dedicar à produção pornográfica do que fazer criações bem feitas. Mas mesmo assim, não é fácil tornar rentável tudo o que você cria. Por isso é importante ter números claros para torná-lo economicamente viável. Caso contrário, não há futuro no negócio.

Bruna Jones: Estamos quase no final do ano, mas mesmo assim, você tem alguma novidade que queira compartilhar conosco? Novos projetos que você pode compartilhar com seus fãs brasileiros?
Bel Gris: No Brasil tenho muita gente que me segue, ainda não entendo porque, talvez fosse interessante encontrar um criador que criasse conteúdo para tetatita. Estou pensando em voz alta. Nunca se sabe. Quanto a novos projetos, quero continuar com a linha que tenho seguido até agora, sou mais uma pessoa de perseverança do que de procurar explosões de sucesso. Lamento ter uma resposta tão chata. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Não sei como anda a repressão sexual no Brasil, não sei completamente. Mas o objetivo é ser fiel ao que se sente, também a nível pessoal. A mensagem seria esta, se a sua vontade é me seguir, deixe que me sigam, mas sim siga o seu caminho sem me seguir." e se vocês forem maiores de idade e quiserem continuar acompanhando, basta clicar AQUI e conferir seu Twitter pessoal ou AQUI para o da sua empresa. Já no Instagram ele avisa que o site sempre fica excluindo suas contas, mas que atualmente é essa AQUI a sua pessoal e AQUI a da empresa, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?