terça-feira, 16 de abril de 2024

Bruna Entrevista: 13x19 - Bill Brochtrup


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E o nosso convidado é internacional, o que deixa tudo mais divertido! Convidamos o queridíssimo ator Bill Brochtrup para vir conversar um pouco sobre sua trajetória, alguns projetos que ele esteve como destaque e muito mais. Foi uma conversa bem interessante e vocês conferem tudo a partir de agora, vem comigo!

Bruna Jones: Você tem uma carreira artística muito ampla, sendo ator, produtor, etc. Mas antes de falarmos mais sobre isso, vamos voltar ao início. Como você acabou desenvolvendo o interesse por uma possível carreira artística?
Bill Brochtrup: Primeiramente, obrigado pela oportunidade de conversar com você e com seus leitores no Brasil e no exterior — é um prazer. Para responder à sua pergunta, sempre me considerei muito sortudo por saber desde cedo o que queria fazer – tornar-me ator. Tal como muitos jovens, comecei a fazer peças de teatro na escola e adorei a camaradagem que surge de um grupo de pessoas que se juntam para criar algo artístico. É sempre divertido e desafiador e também viciante! Eu nunca quis fazer mais nada, então a decisão de continuar atuando como carreira nunca foi questionada.

Bruna Jones: Sabemos que construir uma carreira artística é mais complicado do que outras áreas profissionais, principalmente no início, quando é preciso passar por muitos testes e criar conexões. Como foi o início da sua jornada? Quais foram as principais dificuldades que você encontrou ao longo do caminho? 
Bill Brochtrup: Foi difícil no começo, com certeza! Deixei minha casa em Tacoma, Washington, para estudar em Nova York e depois me mudei para Los Angeles quando tinha 21 anos. Eu só conhecia alguns amigos da escola e, honestamente, passei o primeiro ano no apartamento deles, curtindo, morando com eles, comendo pizza e assistindo MTV sem nenhuma ideia real de como funcionava o show business. Então foi definitivamente um começo lento! Foram tempos difíceis, mas continuei estudando e sempre trabalhando no teatro, tentando melhorar no ofício. Sinceramente, eu estava bem sem noção!

Bruna Jones: Como disse acima, você tem uma vida artística vasta e experiente e um dos principais ingredientes para uma carreira de sucesso nesta área, acredito que seja a criatividade e a inspiração. O que te motiva na hora de contar uma história ou compor um novo personagem?
Bill Brochtrup: Excelente pergunta. Estou muito interessado em ótimas histórias, ótimas escritas. Então, sinto que é meu trabalho investigar o roteiro, tentar descobrir qual o papel que meu personagem desempenha na história geral e, então, torná-lo o mais honesto e verdadeiro possível. Quando olho para um roteiro, é muito importante para mim fazer escolhas interessantes e positivas sobre o que o personagem está fazendo a cada momento.

Bruna Jones: Você tem muita experiência em teatro, tendo a oportunidade de estar em grandes palcos e adaptações premiadas, muita gente ao redor do mundo tem a ideia errada de que se você não está fazendo televisão ou cinema, então você não é famoso, mas acredito que o teatro é a base de tudo que vem pela frente, você também acredita nisso?
Bill Brochtrup: Bem, obviamente eu adoro teatro, sempre adorei. Muitos dos melhores atores do mundo começaram – e continuam a trabalhar – no teatro. Tive a sorte de trabalhar em vários meios diferentes e cada um é diferente, divertido e desafiador à sua maneira. Na televisão, assim que uma cena é filmada e todos sentem que temos uma ótima tomada, passamos para a próxima cena. No teatro temos que recriar a história todas as noites, então isso é uma grande diferença. Eu gosto de ambos!

Bruna Jones: Atualmente o cenário de atuação tem evoluído muito graças às inúmeras plataformas que surgem a cada ano, como Netflix, Disney+, HBO Max, etc... Proporcionando audiência em todo o mundo. Sabendo disso, como é para você ter essa noção de que sua imagem é influente no mundo todo, que neste momento alguém no Brasil, por exemplo, pode estar conferindo um de seus projetos e se emocionando de alguma forma?
Bill Brochtrup: É muito modesto pensar nisso! E prova algo que sei ser verdade – que se nós, como atores, conseguirmos captar alguma verdade sobre o comportamento humano, isso será traduzido para pessoas de diferentes culturas em todo o mundo. Pessoas são pessoas e todos temos as mesmas necessidades, desejos e medos. Uma boa narrativa transcende fronteiras. Adoro ver filmes e programas de televisão de todo o mundo – é uma espiada em mundos que não conheço, mas estou curioso para aprender. É uma maravilha!

Bruna Jones: Falando em ser observado no mundo todo, um de seus personagens mais marcantes aqui no Brasil foi o "Dr. Joe Bowman" em "Major Crimes', um personagem bastante sensível em um contexto de vulnerabilidade na história. Como foi dar vida a esse personagem?
Bill Brochtrup: Obrigado. Adorei trabalhar em "MAJOR CRIMES". O produtor executivo, James Duff, é um velho amigo meu (eu participei de uma peça que ele escreveu no início dos anos 1990) e ele escreveu esse papel pensando em mim, o que é uma grande honra. Tornou muito fácil atuar, porque "Dr. Joe" pensa e fala muito como eu! Essa é uma série que eu gostaria que durasse mais alguns anos porque eu realmente amei o personagem e sinto que havia mais para explorar. Além disso, "MAJOR CRIMES" teve um dos melhores elencos (e equipes) da televisão. Pessoas fantásticas.

Bruna Jones: Ao longo de sua carreira você teve a oportunidade de interpretar diversos tipos de personagens e até histórias de diversos gêneros, como comédia, drama e até algo mais voltado para o terror. Existe um tipo de personagem que você mais gosta de interpretar?
Bill Brochtrup: Como ator gay que se assumiu na década de 1990, eu estava nervoso em interpretar personagens gays, com medo de ser estereotipado. Mas ao longo dos anos eu realmente gosto de interpretar personagens gays porque parece mais verdadeiro com quem eu sou – e há, é claro, muitos, muitos tipos de homens gays. Cada personagem é um indivíduo, mas me sinto muito mais livre interpretando gays. Sinto que tenho algo a dizer e contribuir como artista. No ano passado fiz uma peça, "THE INHERITANCE" de Matthew López, interpretando tanto o autor inglês E. M. Forster como um homem gay que viveu a crise da SIDA na década de 1980 em Nova Iorque. Não sei quando gostei tanto de um papel, mas pensando bem, adoro todos os meus papéis. "John Irvin" no "NYPD BLUE" sempre será o papel que mudou minha vida.

Bruna Jones: Artistas tendem a ser muito perfeccionistas com o próprio trabalho e isso muitas vezes acaba atrapalhando alguns projetos. Você costuma ser mais autocrítico? Se sim, como você lida com isso?
Bill Brochtrup: Ah, sou muito autocrítico, infelizmente. Quando me vejo na tela geralmente me encolho! Tenho que assistir a uma cena pelo menos duas vezes, a primeira só para entender minha aparência! E então posso assistir a atuação. Quanto mais velho fico, mais confio no que estou fazendo, mas esse tem sido um processo que dura a vida toda. Tive um ótimo professor de atuação que disse que os artistas têm que ser como monges – nós apenas continuamos praticando, apenas continuamos praticando. E é verdade.

Bruna Jones: Estamos quase chegando ao segundo semestre e queremos saber: Vem alguma novidade por aí? Algo que você possa compartilhar com seus fãs?
Bill Brochtrup: Continuo trabalhando como Diretor Artístico da Antaeus Theatre Company, um teatro clássico aqui em Los Angeles. Se algum de seus leitores estiver em Los Angeles, venha nos ver! Acabei de anunciar nossa próxima temporada, que incluirá peças de Oscar Wilde, William Shakespeare e Tennessee Williams. Quanto a mim, fiz workshops de várias peças novas que espero que tenham vida futura.

Bruna Jones: Não posso deixar de terminar esta entrevista sem antes saber: Você já esteve no Brasil? Gostaria de vir nos visitar, se possível?
Bill Brochtrup: Ainda não estive no Brasil, mas está no topo da minha lista. Sou um caminhante ávido e gosto de fazer trilhas de vários dias - já percorri o Caminho de Santiago, o Caminho Português, o Tour du Mont Blanc e acabei de voltar da caminhada Ciudad Perdida na Colômbia, minha primeira vez na América do Sul. Eu adorei, então com certeza voltarei à América do Sul em breve.

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ele ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Sou muito grato por ter sido convidado a compartilhar minha história com você e espero que as pessoas continuem assistindo e curtindo meu trabalho de cinema e televisão. Continuo com muito orgulho disso! Obrigado. (Espero ter acertado!)" (Ele enviou esse recadinho escrito em português). E se vocês quiserem continuar acompanhando ele nas redes sociais, basta procurar no Instagram por @billbrochtrup ou então entrar em seu site pessoal AQUI, beleza?

Espero que vocês tenham gostado da entrevista de hoje, em breve retornarei com novidades. Continuem acompanhando o blog para não perder nenhuma entrevista nova e nem os nossos projetos com o "BBRAU". Lembrando que quem quiser continuar acompanhando mais nas redes sociais, basta procurar no Facebook, Instagram e no Twitter por @odiariodebrunaj, combinado?

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