segunda-feira, 8 de março de 2021

Bruna Entrevista: 10x28 - Natália Jorge


Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? E a nossa convidada de hoje é chef que participou da sexta temporada do "MasterChef" da Band, estou falando da querida Natália Jorge que vem compartilhar com a gente um pouco das suas experiências profissionais. Vem conferir tudo isso e mais um pouco, agora!

Bruna Jones: Antes do programa você era servidora pública, não é mesmo? O que lhe levou para essa área e, hoje em dia, ainda continua na mesma profissão? E o desejo de seguir o mundo gastronômico, sempre esteve ali ou foi surgindo ao longo do tempo? 
Natália Jorge: Sim, sou formada em Direito e em Ciência Política e tenho uma especialização em Direito Constitucional. Estudar para concursos foi o caminho natural para a minha formação e na minha cidade, Brasília. Ainda sou servidora pública e a paixão pela gastronomia surgiu aos poucos, não tem muito tempo. 

Bruna Jones: Em 2019, você se aventurou a participar da sexta temporada do "MasterChef Brasil". O que lhe motivou a se inscrever? Já havia assistido as edições anteriores do reality? 
Natália Jorge: Comecei assistindo MasterChef pela temporada Kids, que pra mim foi a melhor! Depois continuei acompanhando as outras temporadas e fui aprendendo muito com o programa, até que chegou um momento em que me pareceu possível participar. Minha principal motivação foi desenvolver o grande hobby que é a culinária pra mim. 


Bruna Jones: Para participar de um reality show, durando ele o tempo que for, os participantes precisam abrir mão de algumas coisas para estar à disposição da produção durante o período de gravação. Você teve que mudar algo na sua vida para participar do "MasterChef Brasil"? 
Natália Jorge: Participar de um programa como o MasterChef demanda tempo e dinheiro. É necessário ficar à disposição da produção durante um período indeterminado: os participantes não têm acesso a qualquer tipo de planejamento com a agenda de gravações. No meu caso, como eu ainda não era estável no serviço público, não podia tirar licença e tive que usar as minhas suadas férias. Além do tempo, também é necessário ter dinheiro para comprar passagens para os testes e gravações, sempre de última hora, e para se manter em São Paulo. Existe uma ajuda de custo, mas que não é suficiente para quem é de fora da cidade. Na época, entendi esses custos como investimentos. 

Bruna Jones: Como sabemos, a rotina do reality show competitivo é intensa, com várias fases eliminatórias a se encarar antes mesmo de apresentar seu prato para os três jurados da competição. Além disso, vocês precisam se relacionar com os outros participantes. Como foi para você essa relação com os demais? Era um clima mais amigável ou mais tenso devido à competição? 
Natália Jorge: Eu, particularmente, nunca encarei o programa como uma competição para ser ganha a qualquer custo, pois observei, nas edições anteriores, que não necessariamente o vencedor é o mais bem-sucedido após o programa. Mas há participantes mais e menos competitivos. Há os que entram para participar, os que entram para ganhar e, claro, os que entram para causar... Independentemente das motivações de cada um, o clima, na maior parte do tempo, era amigável. 

Bruna Jones: Num modo geral, uma competição culinária costuma ser bastante competitiva e, obviamente, os jurados estão em constante busca por melhores resultados. Como foi a sua experiência com os comentários feitos sobre os pratos entregues durante o programa? 
Natália Jorge: Quem conhece o programa sabe que comentários escrachados e que beiram a ridicularizarão são uma constante. É uma estratégia da produção para engajar as massas e, infelizmente, é o que faz do programa tão popular. Eu olho para isso de maneira objetiva: sei que o roteiro é feito para ser um espetáculo e que as avaliações não são pessoais, nem necessariamente reais, e, portanto, não tem porque eu me sentir melhor ou pior com aquilo. Em uma das minhas avaliações, o Jacquin comparou o meu molho de tomate fresco a uma comida enlatada que ele consumia quando adolescente na França. Eu ri e twittei: pelo menos era um enlatado francês. 


Bruna Jones: Sabemos que os três jurados do programa não têm muito contato com os participantes fora das gravações para que se mantenha certa neutralidade. Mesmo assim, ao longo das temporadas pudemos ver que eles se afeiçoam mais por alguns e cobram mais de outros. Como era a sua relação com o Fogaça, o Jacquin e a Paola? 
Natália Jorge: Apesar de o contato com os chefs não ser muito próximo nos bastidores, é natural que haja certas afinidades e atritos. Durante a minha trajetória, eu sentia certa hostilidade vinda do Fogaça e, sem dúvidas, tive maior afinidade com a Paola, que quebrou as regras de "isolamento" da produção para me abraçar e me falar algumas palavras especiais nos bastidores, quando fui eliminada. 

Bruna Jones: Ao término do programa, o que mudou na sua vida? Quais as principais diferenças entre a Natália de antes e a de depois do “MasterChef Brasil”? 
Natália Jorge: Assistir a você mesmo na televisão é algo perturbador, mas muito bom para o autoconhecimento rs. Saí mais proativa, menos tímida, aprendi muito sobre gastronomia e sobre audiovisual durante o programa, e com muitas histórias para contar. 

Bruna Jones: Que dicas você daria para os participantes de uma nova temporada do “MasterChef Brasil”? 
Natália Jorge: Lamento que a Paola não mais estará no time de jurados da nova temporada. Na minha época, era ela quem dava as cartas do programa. Uma dica muito valiosa é estudar muito os jurados, conhecer preferências, tanto de ingredientes, quanto de técnicas, ler seus livros publicados, etc. Permaneçam fiéis a vocês mesmos, apesar das provações rs. 


Bruna Jones: Nos últimos anos, a “reciclagem” de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de “A Fazenda” ou “BBB”, por exemplo, ou ainda de uma nova temporada com antigos participantes do “MasterChef Brasil”? 
Natália Jorge: Nunca assisti à Fazenda e não acho que o programa tenha a menor afinidade comigo rs. A princípio eu não participaria de outro reality rs. 

Bruna Jones: 2020 foi um ano atípico e, de certo modo, frustrante. Para esse novo ano que está se iniciando, você já tem algum projeto em mente? Há algo que queira/possa compartilhar conosco? 
Natália Jorge: Sim, um grande projeto pessoal para este ano é mudar de país para estudar mais sobre comida: não apenas as técnicas culinárias, mas principalmente os aspectos históricos, sociológicos e culturais que envolvem a alimentação e a boa mesa.

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir: "Obrigada por terem chegado até aqui e por me acompanharem nas redes sociais. Espero que tenham gostado de saber um pouquinho mais sobre os bastidores de um programa que contribuiu para uma mudança muito grande na relação dos brasileiros com a comida." e quem quiser conferir, o Instagram dela é @nataliajorge, e se você clicar AQUI será redirecionado para o site dela, agora, se quiser mandar um e-mail para contato profissional é para o assessorianjc@gmail.com, beleza?


Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?

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