Bruna Entrevista: 10x37 - Larissa Vitorino

Olá, olá... Tudo bem, queridos leitores? Então que hoje é dia de conferir mais uma entrevista inédita aqui no blog, olha que bacana? Convidamos a queridíssima Larissa Vitorino que participou da temporada do ano passado do "The Voice Brasil" para conversar um pouco sobre suas experiências profissionais e também sobre o reality, além disso, também descobrimos se ela aceitaria migrar para outro reality, será? Vem conferir! 

Bruna Jones: Início de carreira sempre é um período complicado. Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou no começo da caminhada artística? 

Larissa Vitorino: Eu comecei muito cedo, com 14 anos de idade eu comecei a tocar profissionalmente, então eu tinha uma visão e necessidades muito diferentes de hoje. Na época, pra uma pessoa de família pobre, com 14 anos de idade e sem nenhuma fonte de renda, eu comecei a me achar Ryca, haha! Como eu não estava à frente da banda com negociações, eu já trabalhava com um cantor que resolvia toda essa parte burocrática, a minha dificuldade naquele momento era continuar estudando, porque eu tocava muito, viajava pra tocar, e ainda tinha a escola regular e o curso de música no Conservatório Estadual de Música da cidade.

Bruna Jones: Musicalmente falando, quais são as suas maiores inspirações e como elas interferem no seu trabalho autoral? 

Larissa Vitorino: Eu tenho diversas inspirações. Gosto de algumas cantoras e cantores. Mas eu não busco essas inspirações para minhas músicas autorais (ou essas influências vêm de maneira inconsciente...). Quando eu vou compor, é porque algo está no meu coração e eu preciso deixar sair aquele sentimento, ou então eu penso num briefing mesmo: pra quem estou compondo, qual a intenção, qual a função da música, e coisas do tipo... Mas eu gosto bastante de Norah Jones, Mônica Salmaso, John Pizzarelli, Patrick Watson, Camille, Billie Eilish, Zeca Baleiro, Rosa Passos, Vanessa Moreno, Duda Beat, Beatles, Tom Jobim, Hamilton de Holanda... E outras coisas mais... 

Bruna Jones: Recentemente, você esteve brilhando nos palcos da nona temporada do “The Voice Brasil”. Quais foram as suas principais motivações para encarar esse desafio? 

Larissa Vitorino: Eu não me inscrevi. Eu fui achada e convidada pra participar das audições. Eu nunca me vi nesse tipo de programa, achava que eu não fazia muito o perfil (não estou opinando como bom ou ruim, estou dizendo sobre perfil mesmo). Então o grande incentivo foi a pandemia e os reflexos disso nos trabalhos musicais. Sempre vivi de música e sempre trabalhei muito. Ultimamente, antes da pandemia começar, eu vivia confortavelmente com o meu trabalho, então eu não sei dizer se eu iria para a seletiva do The Voice se fosse em outra época... Mas com tudo parado, achei que seria uma boa oportunidade de mostrar meu trabalho. 

Bruna Jones: Pra quem não sabe, o “The Voice Brasil" começa julgando seus participantes unicamente pela voz. Caso algum jurado goste do que está ouvindo, ele aperta o botão “QUERO VOCÊ” e escolhe o artista para seu time. Como é a sensação de cantar e estar sendo avaliado sem que haja contato visual com quem está te analisando? 

Larissa Vitorino: O contato visual é o que menos me preocupava, porque eu sei da minha competência musical. Não quero parecer esnobe, altiva, arrogante, mas o fato é que eu trabalho profissionalmente com música há 25 anos, e estudo todos os dias da minha vida... Então estou falando de trabalho e esforço mesmo. Eu sabia o que eu estava fazendo lá, musicalmente falando. Eles são músicos, então eu sabia que eles reconheceriam meu trabalho. A questão mais complicada pra mim era o gosto. Porque uma coisa é você reconhecer que uma pessoa é uma boa musicista, a outra é gostar do som que ela faz... Então eu tive medo deles não gostarem do som que eu fazia. E tive medo também de ficar muito nervosa e não conseguir realizar meu trabalho. 

Bruna Jones: Você competiu no programa pelo time Michel Teló. O que você aprendeu com o cantor nessa caminhada? 

Larissa Vitorino: O Teló é uma pessoa muito tranquila, eu o admiro pela percepção que ele tem das coisas, da música. Eu gosto muito de observar as pessoas, então aprendi muito com ele as sacadas de repertório, de entender o todo que está acontecendo. 

Bruna Jones: Num modo geral, uma competição musical costuma ser bastante competitiva e, obviamente, os jurados estão em constante busca por melhores resultados. Como foi a sua experiência com os comentários feitos sobre as suas apresentações durante o programa? 

Larissa Vitorino: Como eu comentei, eu sempre soube o que estava fazendo, quem eu era, o que eu poderia ou não conseguir com o programa. As pessoas sempre têm suas opiniões, elas sempre querem alguma coisa de você. A grande questão é definir o que você é (musicalmente falando mesmo, em termos de identidade vocal), e dizer pras pessoas: “eu sou isso aqui, eu tenho isso. Você pode gostar ou não de mim, tudo bem!! Mas não pode dizer que é ruim, porque eu tenho consciência do que eu faço e sou uma profissional. Claro que eu nunca disse isso dessa forma pra ninguém, porque soa mal educado, mas se você tem isso no seu coração, não se abala com as críticas ruins, você consegue ouvir uma crítica e ver se realmente é algo que você pode melhorar. Então tem isso também, eu sempre leio, escuto, aí eu penso e vejo se concordo ou não. Porque às vezes realmente é um ponto que posso melhorar, estudar mais... Em relação às críticas positivas, eu também não me envaideço. Procuro analisar realmente o que procede ou não. Às vezes uma pessoa me elogia e por dentro eu tô assim: “não acho que isso seja bom, preciso melhorar rsrsr”, mas novamente, eu não falo isso pra pessoa. Eu escuto e analiso, e procuro sempre melhorar e também aceitar o que eu posso fazer. 

Bruna Jones: Como você está lidando com toda a visibilidade que o programa trouxe para a sua carreira? Como é a sua relação com os fãs que chegaram depois dessa participação? 

Larissa Vitorino: Eu estou trabalhando em muitos projetos, como sempre. Tentando aproveitar ao máximo a visibilidade. Sempre respondo as pessoas. Tem hora que é muita mensagem, muito tudo, mas tento responder a todos porque acho que todo ser humano, por mais que eu não concorde com ele, merece ser ouvido com respeito e respondido com respeito. 

Bruna Jones: Devido à pandemia, a temporada buscou seguir os protocolos indicados pela Organização Mundial da Saúde. Uma das novidades foi o confinamento dos participantes em um hotel. Existe alguma história desse confinamento com os outros participantes que seja divertida/curiosa e você queira compartilhar? 

Larissa Vitorino: O hotel tinha aquelas chaves de cartão. Um belo dia eu vou colocar o lixo pra fora (porque a gente recebia comida no quarto e colocava o lixo de fora do quarto pro pessoal do hotel recolher), aí eu empurrei a porta e a porta fechou. Eu fiquei de fora do quarto sem o cartão, descalça, com um moletom de 20 anos de idade, caindo na bunda, todo velho, uma blusa dessas que todo mundo tem vergonha de usar (eu adoro usar roupas velhas), e aí tive que ir nesse modelo na recepção. Uma colega ainda tentou me ajudar, mas tinha que ser eu mesma pra ir à recepção. Ela me deu uma máscara descartável e eu fui lá na recepção, toda molambenta, num hotel chiquérrimo... 

Bruna Jones: Nos últimos anos, a “reciclagem” de participantes de reality show virou algo comum na televisão brasileira. Você aceitaria um convite para participar de “A Fazenda”, “BBB” ou, quem sabe, retornar ao próprio “The Voice Brasil”? 

Larissa Vitorino: Depende muito da situação do momento, o que vai estar acontecendo comigo, quais serão os meus planos naquele momento. Hoje eu aceitaria, até porque a situação para os músicos ainda está ruim com os efeitos da pandemia... Então tem que ver realmente. 

Bruna Jones: 2020 foi um ano atípico e, de certo modo, frustrante. Para esse novo ano que está se iniciando, você já tem algum projeto em mente? Há algo que queira/possa compartilhar conosco? 

Larissa Vitorino: Tenho vários projetos: Em janeiro lancei meu curso “Quem Quer PAS”, online de artes (música, cênicas e visuais), voltado para o PAS UnB (1, 2 e 3 etapas); No início de fevereiro vou lançar o Método Voice, que é um método online criado por mim, para ensinar e preparar cantores e cantoras; Dia 19 de fevereiro tem o lançamento de um Single: “Areia”, que vai sair no Spotify, Apple Music, Deezer e outras plataformas de streaming; Tenho meu canal do YouTube de covers, que eu lanço músicas toda quinta; Vários lançamentos e feats serão feitos durante o ano. Tem feat garantido com os ex-The Voicer: Carlos Jr, Simone Mazzer, Gabi Porto e vários outros cantores de Brasília também. Minha agenda pra shows e eventos está aberta pra 2021 e 2022. 

Bacana a nossa conversa, não é mesmo? E ela ainda deixou um recadinho antes de ir, olha só: "Gente, obrigada por todo carinho que vocês me deram durante o programa!!! Obrigada àquelas pessoas que continuam me apoiando agora, após o programa!!! Peço que vocês continuem nos apoiando. Nós artistas fazemos música pra vocês, então me escutem no Spotify e plataformas de música, me sigam no meu canal do YouTube e Instagram!!! Sempre que puderem, repostem, divulguem, coloquem minhas músicas pra tocar!! Isso é fundamental nesses tempos de crise!!! E Obrigada mais uma vez." e para quem quiser continuar acompanhando, basta procurar nas redes sociais. No Instagram é @_larissavitorino, no Twitter é @ _larissavitorin, no Facebook é /larivitorino e no YouTube é /LarissaVitorino29 e para contatos profissionais basta enviar um e-mail para contato@larissavitorino.com.br ou WhatsApp/Tel: (61) 98168 9600, beleza? 

Espero que vocês tenham gostado, em breve eu volto com mais! Qualquer novidade eu volto, lembrando que quem quiser entrar em contato comigo, pode add no facebook, procurando por "Bruna Jones" e que agora na página oficial do blog, vocês encontram conteúdo exclusivo: clique aqui! Podem também procurar e seguir no twitter e instagram no @odiariodebrunaj certo?